sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O problema do país não acabou com o fim do PT






Ao contrário do que muitos acreditavam, o problema do Brasil não foi resolvido com a queda do PT. Muitos saíram às ruas para exigir o fim do Lula-petismo. O Impeachment da presidente aconteceu. Isso foi ótimo, pois a organização criminosa que estava no poder, e levou o país a mais profunda recessão da história foi desmascarada. Mas, foi apenas o primeiro passo.

A operação Lava-Jato voltou a dar esperança aos brasileiros. Combatendo a corrupção sistêmica, expondo toda sorte de falcatruas com o dinheiro público e principalmente condenando autores dos atos ilícitos, independentemente de sua condição financeira e influência política. 

Ainda é necessário avançar. O foro privilegiado ainda impede que os políticos que estão exercendo mandato respondam em primeira instância pelos seus crimes praticados como um cidadão comum,tornando-os praticamente impunes devido a morosidade do Supremo Tribunal Federal em julgá-los. As leis ainda não punem com o rigor devido os crimes de corrupção. Se a sociedade soubesse, o quão danoso é a prática de tal ato para o país, haveria uma comoção maior acerca do tema. E com certeza pautas importantes iriam avançar no legislativo.

Ocorre que não interessa a classe política em geral que os crimes praticados sejam apurados com rigor. Para esse grupo, devem continuar existindo brechas na lei que possibilitem a prática de atos ilícitos. A certeza da impunidade é o que mais motiva essa corja de bandidos.

Recentemente, um projeto de iniciativa do MP com apoio popular em massa, intitulado “As Dez Medidas de Combate a Corrupção” foi colocado em pauta para discussão na câmara dos deputados. O projeto visa combater a impunidade e facilitar o trabalho de procuradores e agente públicos que atuam contra crimes dessa natureza.

O momento que estamos vivendo é crucial. 

A delação da Odebrecht e de mais 70 executivos da empresa, incluindo Marcelo Odebrecht e seu pai Emílio, foi assinada. E isso causou pânico no congresso, pois mais de 100 parlamentares são citados na denúncia. Os políticos envolvidos nas falcatruas articulam deixar o texto mais brando, e prometem modifica-lo para anistiar o crime de caixa 2 (tipificado no projeto). Um verdadeiro golpe na sociedade civil. Com isso, muitos condenados por esse motivo poderão ser soltos. E investigações em andamento, principalmente da lava-jato, se tornariam nulas. A votação do texto final será realizada na próxima semana, estamos atentos a isso? 

Precisamos pressionar os parlamentares, manifestar, voltar às ruas. 

No senado, Renan Calheiros presidente da casa e envolvido em inúmeros inquéritos, pediu urgência na votação do crime de abuso de autoridade que beneficiará principalmente os investigados, e claro, salvará sua própria pele. O descalabro, se aprovado, limitará a atuação do ministério público e polícia federal. A votação está marcada para o início de dezembro. Estamos atentos a isso?

Apoiar o combate a corrupção deveria ser o objetivo de todos os cidadãos de bem independente de seu posicionamento político, ou ideologia. Precisamos ficar muito atentos com o que ocorre em Brasília, e cobrar de nossos representantes muita seriedade e comprometimento com o bem do país.

Vamos nos mexer! A hora é agora. Use as redes sociais, ligue para seu deputado, vá às ruas manifestar-se. A democracia está em risco. Não podemos deixar passar o momento e entregar o país na mão de um monte de bandidos!


POR FÁBIO RIBEIRO E GIL VIANA












-Especialista em Engenharia de Software e
-Um dos líderes do Movimento Loucos pela Pátria e do Movimento Brasil Conservador.
Twitter: @Protest_A e @Fabioacr
- Formada em Administração de Empresas

Nota do Editor:

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