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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Dois pesos, duas medidas


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Não sabemos em que valores se apoiam aqueles que atiram pedras na Presidente Dilma Rousseff, mas são adoradores do deputado Eduardo Cunha.

Fazendo uma análise fria do arranjo, verifica-se que a situação do deputado Eduardo Cunha é bem pior do que a situação da presidente Dilma no que se refere à operação Lava Jato.

Ocorre que o deputado Eduardo Cunha está sendo investigado e pode vir a ser acusado e virar réu de uma ação penal em breve, enquanto a Presidente Dilma Rousseff, por obra e graça do procurador Rodrigo Janot, sequer está sendo investigada.

A presidente Dilma está com um índice de aprovação de 8%, isto é, rente ao chão, e sofre todo tipo de críticas com as quais não podemos discordar em sua maioria, enquanto o deputado Eduardo Cunha, contra o qual pesam acusações de delatores de integrar o esquema de corrupção na Petrobras, é endeusado pelos apedrejadores da presidente da República porque se intitulou, de forma oportunista, ser oposição ao governo Dilma.

Onde está a moral daqueles que atiram pedras na Presidente Dilma, porque a consideram mentirosa e corrupta, e, ao mesmo tempo, aplaudem o investigado por corrupção, deputado Eduardo Cunha?

Os pesos e as medidas usados para aferir os atos da presidente Dilma Rousseff são bem diferentes dos pesos e das medidas utilizados para aferir os feitos ou supostos feitos do deputado Eduardo Cunha.

Que tipo de valores têm essas pessoas que uma hora reprovam a corrupção de um, outra hora aplaudem a corrupção do outro?

Desavergonhadamente, são essas mesmas pessoas que explicam o inusitado, dizem que aceitam, aplaudem e apoiam qualquer um que diga estar contra a Presidente da República e o PT, sem, no entanto, se importarem se o sujeito é igual, pior ou melhor que a Presidente Dilma Rousseff.

A imoralidade parece que não é uma exclusividade do mundo político, invadiu parte da sociedade também, e é com tristeza que constatamos isso.

Qualquer bandido que mate outro bandido deve ser perdoado por todos os seus crimes? Que lógica imoral é essa? Que pensamento imundo é esse?

Não é assim que vamos mudar o Brasil.
Enquanto existirem essas pessoas tolerantes com a corrupção, nada mudará, podem tirar Dilma Rousseff da Presidência da República, podem prender meio mundo de corruptos, mas enquanto houver tolerância com a corrupção, sempre haverá novas Dilmas, e novos Lulas, Renans e Cunhas.

A corrupção somente poderá ser seriamente combatida quando deixarmos de ser tolerantes e coniventes com ela e com aqueles que a praticam.

Não podemos desperdiçar a oportunidade de eliminar da vida pública todos esses Lulas, Dilmas, Renans e Cunhas que destroem o Brasil, o momento é este.

Postado no dia 09.08.2015 em  BLOG DA KATIA 

Por KATIA DE OLIVEIRA

Katia

-Advogada e Poeta 

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