Não conseguimos esquecer o deboche de um ex-presidente do Brasil em relação à FOME. Fome Zero que serviu de tema para suas palestras e marketing eleitoreiro, nada mais é que uma afronta, uma indisposição ao organismo nada abundante de seres que respiram. O assunto vem se alongando mundo afora desde os tempos das ‘marolas’, quando o mesmo, até aqui, não se fartou de sua nociva acetia.
A primeira ideia transmitida da palavra FOME literalmente é a de ter grande necessidade de se alimentar, de se nutrir, aquela sensação enorme que traduz o desejo que vem do organismo. Desejo de matar a fome, suprindo a carência alimentar, a subnutrição, a subalimentação. Vivemos à míngua de muitos nutrientes, seja em tempos de guerra, de carestia, de desemprego, moléstias, pobreza, miséria, ausência completa de víveres e fatores climáticos. Palavra muito usada em sentido figurado, de sentimentos, tanto de expressões gratificantes quanto de ironia e ainda que em discursos eleitoreiros.
Fome é saciar e sustentar nosso corpo, alma, emoções e ações.
Nenhum ser vivente consegue acabar com a fome!
Quase todos neste mundo, um dia já sentiram fome de alimentos, ainda que fosse durante as doze horas de jejum para um exame médico. A fome é assustadora, amedrontadora, dorida e ao mesmo tempo corriqueira. Não há quem queira estar nesta situação. Muitas crianças mundo afora nem sabem que aquela necessidade intensa leva o nome “fome”. Necessidade doída que nos faz ter vontade incessante de alívio. Não se gosta desta fome. “Gosta-se menos quando batemos nas costas da pessoa e dizemos: - Tudo dará certo, com certeza, vai com Deus...”, e, despedindo o necessitado, não praticamos o que está em nossas mãos para fazer, transferindo à fé pessoal, a responsabilidade de solução.
Fome! Lá está ela até mesmo no tão conhecido Sermão da Montanha: - “Felizes, os que têm FOME e sede de justiça, porque serão fartos.”
Sempre haverá fome na Terra. E, hoje, o Brasil vive este momento de fome de alimentos, fome de sede, sede de fome, fome de dinheiro, de conhecimento, de sabedoria, de carinho, de justiça, de amor e de paz. Anda esfomeado aquele que se tornou o mais contumaz ganancioso governo, achincalhado, cotado como maior corrupto e corruptor de todos os tempos e espaço. Subnutrido de conhecimento e sabedoria porque não alimenta uma nação, um povo, mas sim, tão somente a própria cobiça, que uma vez concebida é a geradora de uma fome sem fim.
E como fica o grão de arroz na mesa dos brasileiros?
Sexto mês de governo, uma vez que o quinto já estava lotado, a Presidência da República, àquela época, insiste em que atentamente acompanhássemos o “Programa Fome Zero”.
Creio que já não se aguentando mais de fartura, o deflagrador do natimorto Programa, com boas gargalhadas (maio/2015), apoiado pela aprovação da plateia de líderes sindicalistas, empolgou em seu discurso, misturando grãos à mesa com a fé. Mais aplaudido ainda e com os olhos borbulhantes de desprezo zombou de um segmento, afirmando também que não acredita na Bíblia e que, mesmo assim, esfomeados votam neles, “por causa do grão de arroz à mesa”.
Antes o orador tivesse feito a leitura dos 66 livros desta Biblioteca e teria encontrado muita coisa sobre tributos, impostos, sede, justiça, governos, impérios, honra e fome. Assim, jamais o governo estaria tão subnutrido, cheio de escamas de orgulho e carente de sabedoria.
Por certo, se conhecesse a verdade, do leme de seu corpo, dos corpos dos líderes sindicalistas, dos legisladores e dos que apoiam este medonho governo, não sairiam tantas tochas, faíscas de fogo. De suas narinas não sairiam espirros procedentes duma panela fervente que arde. Tampouco seu hálito faria incendiar carvões e da sua boca, mordidas de dentes cheios de furor e labaredas de desprezo pela população.
Não haveria sequer a silhueta esburacada da fome que não só faz doer ossos, estômagos e sentimentos. Dói tudo!
Fome de lançar anzóis de justiça, travando a fome pelo nariz, boca, furando-lhe as bochechas com o gancho, enchendo-lhe a pele de arpões, a cabeça de farpas e não mais viver à míngua de famigerada ganância. Mas, sim, resplandeceria como luz, e os seus olhos brilhariam como as fartas pestanas da alva, restituindo, alimentando a Nação da intensa fome que esperneia. Fome de alçar vôo para dias aquém deste nefasto desgoverno, num só clamor voluntário, através das manifestações pelas ruas de todo o País, saciando assim, a inevitável promoção da fome de justiça.
Sem sombra de dúvidas, aumentou a fome de toda natureza!
Por MARILENE MARQUES
-Contabilista Aposentada;
Por MARILENE MARQUES
-Contabilista Aposentada;
-Mineira da Vila de Assaraí, Pocrane - MG e
-Trabalhando com Voluntariado Social.
Mora na Região do Vale do Aço-Leste de Minas Gerais
@mmarques57
-Trabalhando com Voluntariado Social.
Mora na Região do Vale do Aço-Leste de Minas Gerais
@mmarques57
Profundo e sincero seu texto, Marilene. Um retrato impresso com ferro e fogo que indubitavelmente haveremos de guardar para não nos esquecer. Nossas lágrimas têm encharcado o solo brasileiro, dia após dia. Uma fome construída e cultivada cuidadosamente, para que dela se alimente os interesses dos mandatários perversos. O imprescindível de nossa luta, é transformar essa fome de nossos irmãos, em informações, em argumentos, que finalmente os alimente a coragem de mudar tudo. Parabéns, querida, você foi muito precisa e oportuna em seu texto. Bjs e muito sucesso!!!
ResponderExcluirAi amiga, há tempos que venho guardando este nó do Fome Zero. Caimos no laço do passarinho. Voamos em volta e não conseguimos nos soltar, agir. Há de chegar a hora, e, que não demore, para que não necessitemos de trocar tantas fronhas de nossos travesseiros. Agradeço muito a sua opinião, que tanto enrique o texto e anima-me a perseverar. Muitos beijos.
ResponderExcluirParabéns pelo excelente , verdadeiro e profundo texto !
ResponderExcluirFome zero ? Ou um programa "pândego " desse desgoverno ? De 13 anos para cá a fome no país , em todos os sentidos que ela tem , aumentou e muito . Cresceu a fome por alimentação digna e saudável , aumentou o desemprego , cresceu a carência de serviços públicos essenciais decentes , a educação piorou , etc., graças a esse sórdido desgoverno do "PT".
Agora o povo está tomando consciência das barbaridades cometidas pelo desgoverno e, através das manifestações de ruas , vem exigindo que a "Justiça" e os poderes governamentais cumpram a constituição e liberte o país do estado de precariedade e letargia em que foi posto há 13 anos . Aí , sim , teremos Fome Zero !
Obrigada pelo seu comentário. Excelente desfecho. Aí sim, haverá Fome Zero! Que sejamos instrumentos de conscientização e ação, até que possamos deitar e dormir um sono reparador. Grande abraço!
ResponderExcluirParabéns pelo artigo, Marilene!
ResponderExcluirPor ele, você faz um desabafo contundente contra o desrespeito de autoridades que tripudiam, em nome do poder de que se investem, sobre o sagrado direito de preservação da vida dos indivíduos, que têm sim, fome para receber o alimento que sustenta o corpo; 'fome' de justiça ante as injunções de grandes injustiças; 'fome' de saber, ávidos por conhecer e entender para melhor viver! 'Fome' de alegria, de paz e esperanças!!
E para suprir nossa 'fome' de carinho e afeto sincero, receba meu fraterno abraço!!
Retribuindo nossa fome de carinho e sincero afeto com muita intensidade Mônica. A fome de alegria é suprida pela nossa força de prevalecer, sempre amparada pelo que é justo, pela justiça, pela sua promoção. Ai está a nossa alegria. A justiça não tem cara de bonitinha e nem de boazinha. Abraços desde as Minas das Gerais.
ResponderExcluirObrigada, querida!
ExcluirAmo Minas demais!!
Sucessos e alegrias!!
Fé e esperanças, sempre!!