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sábado, 7 de novembro de 2015

Pátria Doutrinadora


Vou retornar ao tema da politização e partidarização da educação nos últimos 13 anos. O assunto é da extrema relevância e gravidade. 

A educação é o "molde" do individuo. Se a sua formação não se der em um ambiente de liberdade e pluralidade corremos o risco de formar cidadãos "peça" e não cidadãos "autônomos" do ambiente social.

Nos regimes Fascista , Comunista e Nazista , a educação ganhou destaque justamente por sua capacidade de formar indivíduos "peça" da máquina estatal. É o princípio Corporativista que dilui o individualismo em favor da idéia de "coletividade" social. Na Corporação o sistema é hierarquizado e as decisões emanam de um poder centralizado que dita as normas e os objetivos do partido e do governo. Decisões colegiadas se dão em um ambiente controlado ideológicamente. Qualquer idéia fora da "pauta" corporativa é rejeitada e tratada como "subversão" de valores.

As escolas, nos regimes totalitários, são centros de doutrinação. A formulação do programa atende aos interesses do partido e do Estado. Não há diversidade de pensamento. Não se permite o questionamento do que é ensinado . 

O resultado dessa "lavagem cerebral" pode ser dimensionada históricamente na histeria das massas ovacionando líderes sanguinários como Adolf Hitler , Josef Stalin e Benito Mussolini entre outros. 

Analisando as últimas provas do ENEM fica absolutamente clara a determinação do Ministério da Educação em impor um programa socializante e marxista para a rede de ensino médio do país, particularmente na área das ciências humanas. A ausência de questões de pensadores liberais e a predominância quase absoluta de autores da extrema esquerda transforma o exame em simples verificação do grau de adestramento ideológico do estudante. 

O prejuízo na formação do jovem , que é ensinado a enxergar a história e a realidade sob uma ótica exclusivista e excludente, é incomensurável. Felizmente existem outras variantes no processo de aprendizagem que escapam do controle alienante dos livros e professores militantes. A internet , a familia e os meios de comunicação acabam servindo como links alternativos na formação e informação dos alunos. 

Enquanto a educação for entendida como mero instrumento de dominação ideológica, servindo aos interesses de um partido , e não aos interesses plurais da nação , teremos que conviver com "exames nacionais" que privilegiam determinados conceitos em prejuízo de um entendimento mais abrangente das ciências humanas. 

Se por um lado a "pátria educadora" se esforça no sentido de homogeneizar o ensino das ciências humanas , produzindo um ambiente intelectual favorável ao seu projeto totalitário, outras áreas do ensino, como a lingua portuguesa e a matemática, tem apresentado resultados pífios que nos envergonham diante do mundo. 

A "pátria educadora" do PT pouco difere, em objetivos, da "pátria doutrinadora" dos regimes mais corruptos e autoritários da história. 

A função dos professores independentes é oferecer aos alunos uma educação democratizada que aceite a diversidade de pensamento como pilar básico do conhecimento humano. Esta tarefa se torna muito difícil quando um governo usa das suas prerrogativas legais para impor dogmaticamente sua visão autoritária do mundo e da história.

Por OMAR FERNANDES



-Licenciado e Bacharel em História;
-Graduado pela Universidade Gama Filho; e
-Atuou como professor na rede pública e privada da cidade do Rio de Janeiro.
@omarbrasilrj

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

E agora Brasil? 2016 subimos ou descemos de vez?




A maioria dos economistas, agora que não dá mais para esconder os dados catastróficos da Economia Brasileira, concorda que 2016 será um ano bem complicado. Mas dentre essas perspectivas ruins, o que poderíamos destacar de setores que podem até se beneficiar? 

Embora a presidente siga impopular para alguns, analistas econômicos dizem o seguinte: O imbróglio político, segundo Maílson da Nobrega, vai se alongar. “Impeachment é como bomba atômica. É para ter mas não é para usar, diz o ex-ministro. Em sua opinião, os efeitos de um processo de impeachment da presidente Dilma seria muito danoso ao Brasil. “O processo apresentado na semana passada está muito mal feito, com argumentos fracos e por isso ficará sendo questionado por um longo período”, diz. (Em evento da Confederação Nacional de Seguros CNseg em 26/10/2015). 

Já que pelo jeito teremos que aturar a presidente eleita democraticamente a vida segue. E que tal observarmos setores que podem salvar a lavoura da economia brasileira? Veja matéria sobre o tamanho do rombo no Orçamento

Certos setores, por exemplo, se beneficiam com a alta do dólar. É o setor exportador. O Real desvalorizado deixa nossos produtos mais baratos e consequentemente venderão mais, assim ajudando o saldo positivo no Balanço de Pagamentos. Mas e Mercado interno? Claro que mesmo com crise as pessoas tendem a consumir produtos que possam, mesmo que inconscientemente, ajudar em um momento de crise. Moda por exemplo. Você se pergunta: Moda? Eu respondo: sim!

Veja texto de uma matéria sobre esse assunto no site exame.com

"Pessoas com a cabeça no lugar só compram um sapato novo depois de assegurar que terão casa, comida e transporte (embora seja verdade que nem todos têm a cabeça no lugar). Por isso, o avanço da moda se dá aos saltos: de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)­, as pessoas dobram seus gastos mensais com moda a cada degrau que sobem na escada social". 

No Brasil há um dado interessante: a moda já movimenta somas vultosas, e o Brasil é um dos maiores consumidores mundiais. Não necessariamente da moda alta costura, mas de perfumes de todas as faixas de renda, cabelos, cosmética... sem contar os setores de infra estrutura, elétrico, construção, energia... (porque a tendência de crescimento é inevitável e manutenção de infra estrutura é fundamental). Veja também setores que contratam em tempos de crise

Existe uma frase muito interessante que diz: "numa crise existem dois tipos de pessoas: as que choram... e as que vendem lenços". ou seja, simplesmente é preciso enxergar a oportunidade não importa o momento em que se viva. 

E um dado interessante: segundo o Economista Ricardo Amorim, "falta acreditar que o país está em um processo de sustentabilidade de crescimento. O empresário brasileiro está treinado para o Brasil que não dá certo e isto não condiz mais com a realidade atual. Também falta uma atuação mais forte junto ao governo, mobilizando ações pela melhoria de infraestrutura, redução de tributos, condições de educação para mão-de-obra. O que sobra: o empresário no Brasil desenvolveu uma capacidade de ajuste, de lidar com o imprevisto, de ser flexível a mudanças". 

Então aprendamos a olhar onde estão as oportunidades mesmo em meio a incertezas. 

E um Feliz 2016 com muito otimismo!

Por ANA STUCCHI




-Economista de formação;
-MBA em Gestão de Finanças Públicas pela FDC - Fundação Dom Cabral; e
-Atualmente na área pública

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O Analfabeto Político



O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Bertolt Brecht



Opinião Fernando Bervian:  Concordo plenamente com as palavras de Bertolt Brecht, acredito que muitas pessoas hoje podem ser consideradas como analfabeto político. Muitos acham que em suas vidas a política não interfere em nada, alguns pensam que políticos são todos iguais, outros tendem a fugir de assuntos referentes a política e poucos entendem a importância da política para a sociedade brasileira. Dificilmente vemos pessoas discutindo política de forma civil e pacífica, algumas defendem seus partidos, outros seus candidatos, alguns não defendem e apenas criticam e na hora de votar a tecla branca é usada, e aí se vai mais um voto que poderia sim interferir no futuro de uma cidade, de um estado ou de uma nação.   

Por FERNANDO  BERVIAN
- Administrador do Blog do Bervian;
- Gaúcho de Ivoti/RS;
- Ensino Médio Completo; e

- Futuro Jornalista ou Professor de Geografia. 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Empresário diz que depósito à mulher de Vaccari foi por amizade




Um dos suspeitos de operar pagamentos de propina na Petrobras, o empresário Cláudio Mente, afirmou nesta terça-feira (3) à CPI dos Fundos de Pensão na Câmara que o pagamento de R$ 400 mil a uma conta da mulher do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi um empréstimo por causa da "amizade" que mantinha com ele.

Mente explicou que conheceu Vaccari em 2007, dizendo não se recordar de quem o apresentou, e que um ano depois fez o empréstimo. "Vaccari depois se tornou um grande amigo", afirmou. Disse que nunca trataram de negócios.

Segundo o empresário, eles almoçavam uma vez por mês ou de dois em dois meses, e passou a ser amigo também da família dele. Mente contou ter sido apresentado a Vaccari para lhe dar "palpites" sobre uma questão referente a problemas nas finanças do Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), que Vaccari comandava.

Questionado se já havia feito empréstimos a outros amigos, Mente declarou que sim, mas admitiu que apenas o repasse a Vaccari foi formalizado em um contrato. "[A formalização foi feita] porque ele queria contabilmente, queria o dinheiro legal, pra não ser exatamente mal interpretado como está sendo", disse.

Uma das suspeitas levantadas pela Polícia Federal é que esse empréstimo poderia servir para "esquentar" o pagamento de propina de uma empresa a Vaccari.

O empresário já foi acusado pelo doleiro Alberto Youssef como operador de pagamentos de propina e pelo advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, também delator da Operação Lava Jato, como responsável por pagamento de propina a dirigentes do fundo de pensão da Petrobras, a Petros.

Carlos Costa trabalhou para Cláudio Mente. À CPI, o empresário negou pagamentos de propina e disse que a empresa responsável por um trabalho junto à Petros, a CSA, pertencia a um sócio seu, mas que ele não era sócio da empresa.

Apesar disso, ele admitiu ter participado do trabalho junto à Petros, para compra de créditos da Indústria Metais do Vale, mas disse que a atuação foi regular e que só conheceu Vaccari depois disso.

Notícia postada às 16,32 hs do dia 03/11/2015 em http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/11/1701648-empresario-diz-que-deposito-a-mulher-de-vaccari-foi-por-amizade.shtml

Comentário

Amizade?
Não dá para acreditar que depois de um ano a pessoa tenha confiança no novo amigo para emprestar R$400 mil...
E, tem mais quando se empresta a um amigo não se faz um contrato.
Cláudio Mente MENTE demais. 

Dilma afirma que 'reorganização' da economia não afetará políticas sociais Seção Política



Nesta terça, Dilma participou da cerimônia de abertura da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar, em Brasília. Ao chegar ao evento, a presidente foi ovacionada pela plateia, que entoou o tradicional grito “Olê, olê, olá! Dilma, Dilma!”.

Além dela, participaram da cerimônia os ministros Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Marcelo Castro (Saúde) e o ministro da Educação em exercício, Luiz Cláudio Costa.

"Passamos hoje por momentos de ajuste, por um momento necessário para reorganizar nossa situação fiscal, reduzir inflação, recuperar a força de nossa economia. Para isso, nós vamos adotar várias medidas, mas, asseguro a vocês, essas medidas têm por objetivo encurtar este período para que possamos, de forma mais rápida, crescer e gerar todos os empregos e oportunidades necessários para o nosso povo", afirmou a presidente.

"Todas as escolhas que fizemos [de ajuste fiscal] estão orientadas pelos compromissos de – ao mesmo tempo – fazer uma reorganização da nossa economia, mas nós não vamos abrir mão das políticas que estão mudando o Brasil", complementou.

Em um discurso que durou cerca de 25 minutos, a presidente voltou a defender o Bolsa Família e afirmou que o programa "não será reduzido". No mês passado, o relator do Orçamento 2016 no Congresso Nacional, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que iria propôr um corte de R$ 10 bilhões dos R$ 28,8 bilhões previstos para o programa no ano que vem.

"Quero assegurar que o Bolsa Família continua sendo pago pontualmente e garanto que não sera reduzido", enfatizou Dilma.
Ao defender os programas sociais do governo, Dilma disse que não dará "nenhum passo atrás" na trajetória do governo federal de combate à fome. Ela enfatizou, reiteradas vezes, que o Brasil saiu do mapa da fome do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

"Como a gente diz: o fim de um período é o início de uma nova luta. Por isso, nenhum passo atrás será dado na nossa trajetória, nós vamos ampliar nossa agenda, que não é qualquer agenda. É uma das agendas centrais do meu governo. Nós daremos continuidade e avançaremos sem qualquer recuo a todas as ações que garantam que brasileiros e brasileiras fiquem livres da fome", disse.

Notícia postada às 18h44 do dia 03/11/2015 em
http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2015/11/nao-vamos-abrir-mao-das-politicas-que-estao-mudando-o-brasil-diz-dilma.html

Comentário

Essa história de afirmar que não vai fazer uma coisa e depois fazer nós já conhecemos.
Quem não se lembra que ela afirmou em sua campanha  que não mudaria "nem que a vaca tussa" os direitos trabalhistas como férias, 13º salário e fundo de garantia dos trabalhadores  e pouco tempo depois de sua posse mudou...
Se ela agora foi ovacionada pela platéia em breve face ao corte no Bolsa Família que certamente fará ela será ovocionada com uma chuva de ovos podres.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

A (des)confiança legítima

Bom dia amigos!!

A  3ª feira chegou  e com ela a partir de hoje passo a postar a
 Seção
Direito  e Justiça

que passa a ser semanal e  com a postagem de um só artigo.

O artigo de hoje é 

A(des)confiança legítima, de autoria de












LUCAS CORREIA DE LIMA
GRADUADO EM DIREITO PELA UEFS
SÓCIO DO ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA NEVES, LIMA & RIOS
CONCILIADOR DO TJBA
EMAIL:lucascorreia303@gmail.com

Em tempos de crise nacional, os rumos das relações têm se tornados incertos. Compromissos antes assumidos pela Administração Pública, seja com as empresas ou com os cidadãos, são abruptamente suspensos e planos são desconstituídos por força de contingências politicas e econômicas. 

Muito comum que novas decisões acabem sendo tomadas administrativamente, cortando adicionais de servidores, alterando jornadas de trabalho, extinguindo expedientes e desconstituindo relações jurídicas.

Todavia, o futuro não pode ser assim tão incerto no plano dos direitos, mesmo porque, não vivemos mais num Estado déspota onde a vontade de um particular faz as leis e sua ação o comportamento estatal. A expressão que consagra esse despotismo – L’État c’est moi (O Estado sou eu) - famosa fala do Rei francês Luis XIV, não prevalece mais num Estado Democrático de Direito, onde as atitudes de um Estado representam nada mais do que a vontade formalizada de um povo simbolizado por seus representantes democraticamente eleitos.

Por isso mesmo, esse mesmo povo que é o detentor de todo o poder do Estado – não existe, nesse sentido, expressão melhor do que aquela constante nos termos do parágrafo único do artigo 1º de nossa Constituição Federal – espera de seu Estado a concretização de compromissos assumidos, os quais, muitas vezes, firmados em relações jurídicas de muito tempo atrás, perpetuados pelo tempo e acreditados como sólidos.

O Brasil, como jovem República Democrática, tem muito que aprender com outros países mais desenvolvidos, inclusive nesse campo jurídico. Talvez por isso valha a pena trazer um ensinamento vindo da Alemanha de 1956, quando o caso de uma viúva naquele país trouxe um precedente jurídico que mudou a forma de pensar da Administração Pública.

Vamos ao caso: a dita senhora, residente da banda Oriental da Alemanha, foi advertida pela Administração Pública do lado Ocidental alemão que era beneficiária de um direito à pensão decorrente do falecimento de seu marido. Muito grata, a viúva se dirigiu ao lado Ocidental a fim de formalizar o recebimento de sua pensão, por lá passando a residir. Certa feita, entretanto, após muitos anos, a mesma administração que lhe deferira os benefícios reviu o procedimento adotado e, então, chegou a conclusão de que o citado beneficio havia sido dado de modo ilegal, razão pela qual sua anulação era imponível. O caso chegou à máxima instância decisória administrativa da Alemanha – o Tribunal Administrativo Superior de Berlim – que decidiu manter o benefício, mesmo que suas raízes tivessem sido reconhecidamente ilegais. A razão invocada foi muito mais do que a lei, mas a confiança da viúva, que mudara toda a estrutura de sua vida por ter confiado na pretensão que havia lhe ofertado e acreditado na legitimidade do que obtivera, razão pela qual a abrupta retirada seria ofensa à boa-fé da cidadã.

O caso alemão, em ampla significação, trata de segurança jurídica, que nada mais do que o dever imposto ao Estado frente aos seus cidadãos de manter uma postura uniforme, coesa, de ideias e comportamento coerente, sem rompantes, cortes abruptos de benefícios ou sustações inesperadas de direito. Doutro lado, o instituto da segurança jurídica corresponde ao direito de todo cidadão de viver e se sentir numa sociedade onde seus direitos sejam conhecidos e seguramente efetivados, a despeito de quaisquer eventos externos ou reveses internos. Como ensina 

Num país onde “tudo que é sólido se desmancha no ar”, onde crises econômicas ameaçam direitos de diversas ordens, faz-se mais do que necessário lembrar-se do princípio do Direito Administrativo da confiança legítima. Como base nesse luminar, o Estado brasileiro deve reconhecer a parede que é o fim da linha de suas ações desesperadas de reverter problemas econômicos à base de restrições nos direitos alheios. Conforme observa Canotilho[1]:

“o homem necessita de segurança para conduzir, planificar e conformar autônoma e responsavelmente a sua vida. Por isso, desde cedo se consideravam os princípios da segurança jurídica e da proteção à confiança como elementos constitutivos do Estado de Direito”.

E quando se fala em contenções, limites e reduções de benefícios trabalhistas e da seguridade social são os primeiros alvos. Bem por isso que, no último ano, foram as áreas mais tingidas com leis ceifadoras de direitos então ofertados. Exemplo disso foram as Medidas Provisórias 664 e 665, ambas editadas em 30 de dezembro de 2014, as quais trouxeram alterações profundas aos direitos trabalhistas e previdenciários dos servidores públicos e dos trabalhadores comuns.

Patente, portanto, que a confiança do cidadão brasileiro vem sendo constantemente abalada por uma Administração inquieta, essa “dona mandona, volúvel e que gera sérias desconfianças”. Como ensina o jurista administrativista Celso Antônio Bandeira de Melo (Curso de Direito Administrativo, 18ª ed, São Paulo: Malheiros, 2005, p.427): “A Administração não pode ser volúvel, errática em suas opiniões. La donna è móbile - canta a ópera; à Administração não se confere, porém, o atributo da leviandade.

Falando-se em confiança legítima e dever da Administração de demonstrar segurança, como não lembrar o emblemático problema de âmbito nacional gerado pela destemperada decisão do CONTRAM – órgão nacional de trânsito com poder normativo – que após assustar uma vasta categoria de cidadãos que dirigem seus veículos com a obrigatoriedade da posse de extintores em automóveis, em setembro deste ano voltou atrás em sua norma, repercutindo num prejuízo gigantesco tanto para os fornecedores de extintores que havia abastecido seus galpões com base na nova norma de trânsito, quanto em relação aos motoristas que, assustados, correram contra o tempo para respeitar a dita norma.

Onde está a proteção da confiança? É possível ainda confiar num órgão de trânsito que se mostra tão tresloucado como mostrou? E o prejuízo, quem reparará?

Tal contexto foi só um exemplo da violação, entre tantas outras, desse instituto jurídico do Direito Administrativo brasileiro, tão desrespeitado. Vale ressaltar que um cidadão que não tem sua confiança protegida ou reparada em caso de violação recebe um tácito incentivo que não deve confiar nas próprias normas de sua sociedade, o que o respalda a cometer violações, tal como o estado comete, numa replicação ininterrupta pelo desprezo às normas.

Não é mesmo nenhuma surpresa que segundo pesquisa realizada pela Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas, no Índice de Percepção no Cumprimento das Leis, de acordo com a pesquisa, 82% dos entrevistados reconheceram que é fácil desobedecer às leis no Brasil (http://www.conjur.com.br/2014-jul-06/aumenta-desrepeito-leis-pais-pesquisa-fgv).

Daí que devemos ter cautela em tempos volúveis como este. Contratos firmados com a Administração Pública devem ser vistos com prudência. O desrespeito a eles e consequente descumprimento pelo Estado é quase uma lamentável expectativa. Mais prejudicial ainda é o impacto sobre os cidadãos trabalhadores e servidores deste país, agora atormentados por um ordenamento cada vez mais reduzidos salarialmente.

Obviamente que isso não impede o acesso ao Judiciário para barrar todas essas violações. Isso é algo que tem de ser feito. A confiança do cidadão é algo que merece ser recompensada pelo Estado, máquina política que nada mais do que uma massa de representação social. Não possui vontade própria, pois age em nome de quem representa, daí que absolutamente contraditório que surpreenda com súbitas mudanças normas pacificadas. O respeito e a confiança não é algo afastável sob o pretexto de crises, senão a crise moral de um administrador público desleal.

O Direito Administrativo brasileiro, todavia, ainda tem muito que se concretizar. Nisso também confia a sociedade.

[1] CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 3.ed. (reimpressão). Coimbra: Almedina, 1999.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Jayne Gomes Molina

 


"Cantora Jayne Gomes Molina".

Biografia - cantora Jayne

Jayne nasceu em Paranapuã, cidade do interior de São Paulo. Desde pequena, a cantora geminiana e de voz forte, sabia que havia nascido para cantar. Envolta em uma cultura extremamente sertaneja, Jayne partiu para os palcos logo aos seis anos de idade, cantando em festas na região. Na adolescência, passou a atuar em bandas, o que lhe deu toda a vivência e tarimba que tem hoje, mas paralelo ao sonho de cantar, também cultuava o desejo de voar.

Determinada, ela deixou o interior seguindo para São Paulo para estudar. Fez Economia na FAAP e trabalhou como aeromoça, acumulando mais de 7.700 horas de voo nacionais e internacionais. Mas o sentimento pela música e pelos palcos bateu mais forte. Em 1989, ela volta aos palcos e ganha o Festival de Música Sertaneja, e prêmio Sharp de revelação da música brasileira, entrando definitivamente para o cenário como cantora profissional. 

Considerada hoje a melhor intérprete da música sertaneja, Jayne marcou este estilo musical com uma absoluta novidade: foi a primeira a cantar numa arena com elegância e beleza, montada em seu lindo cavalo branco adestrado, participando de aberturas de rodeio por todo o País. E por toda a dedicação a esse público e aos profissionais que movimentam esse universo, é que recebeu o título de "Rainha do Rodeio”, música que marcou seu primeiro trabalho, ao lado de “Se ainda existe amor” e “Estrada da Esperança”

"Amigos para sempre""Você vai ver""Preciso ser Amada" e "Cavaleiros do Céu" tocaram em rádios de todo o País e rapidamente, Jayne despontou no meio musical, passando a integrar o primeiro time da música sertaneja e ser presença confirmada nos melhores rodeios do país. "A Solidão", versão de "La Solitudini""Mississipi" e “Dia de Formatura” também alcançaram os primeiros lugares nas paradas das rádios brasileiras.

O seu quinto CD, Jayne gravou com feras do country americano, em Nashville, lugar considerado o berço da música country. "Cowboy fora da Lei", de Raul Seixas, "Sem Você" (versão da música "Without You") e "O mais importante é o verdadeiro amor", lhe renderam o primeiro disco de ouro da carreira.

No sexto trabalho, "Conta Comigo" foi o carro-chefe, além da versão "Um sonho a mais" (Unbreak my heart) e as sertanejas "Desde que te vi" e “Pombinha Mensageira”.

Após um afastamento dos palcos por sete anos pra se dedicar ao nascimento de seu filho Bryan, Jayne lança um novo trabalho: "Recomeçar" e a canção de mesmo nome começa a trazer de volta o talento e encanto de uma cantora mais madura e apaixonada pelo que faz. “Galope da Paixão”"Contigo em la distância” e “Ave Maria”, versão de Schubert, também marcaram esse trabalho ao lado de sucessos como “Chuvas de verão”"Falando às paredes” e “O que eu faço amanhã” numa roupagem muito especial. 

No projeto "Mulher"Jayne comemora 18 anos de carreira e grava inéditas. Conquista mais uma vez o coração de seus milhares de fãs com "Sacrifício""Uma mulher quando ama" e "Eu não Desisto” de sua autoria, e “Cuida de nós Nossa Senhora”, uma canção linda dedicada aos Cowboys do rodeio, voltando a fazer as aberturas das Festas de Peão em todo País.

Em 2013, realiza o sonho de gravar o disco "Coração Sertanejo", onde resgatou clássicos sertanejos como "Disparada""Meu primeiro amor""Canarinho prisioneiro"“Avenida Boiadeira” entre outros. E nesta fase atual, Jayne resume toda carreira repleta de sucessos no DVD “AMIGOS PARA SEMPRE” retribuindo o carinho de seus milhares de fãs espalhados por todo este imenso Brasil.


Jayne lança DVD com maiores sucessos e com participações especiais

Uma carreira consolidada, repleta de sucessos, caracterizados de maneira única, pela voz inconfundível de Jayne. Aplaudida por seus milhares de fãs, querida pelos amigos da música, do rádio e da televisão, a cantora lança seu mais novo trabalho - "Amigos para sempre". Um novo DVD que vai eternizar suas canções e que conta com participações de amigos especiais. “Pensamos num trabalho que tivesse a minha cara, as músicas que marcaram a minha trajetória desde os tempos do rádio, da aviação, até os dias de hoje. E que meus amigos dividissem esse momento comigo”. 
Jayne vive um momento muito especial na carreira, que pedia a gravação de um DVD. Por isso, preparou um repertório surpreendente! Gravado em São Bernardo do Campo, o DVD é intimista. Jayne traduz no palco, a sensibilidade e a garra que a consagrou como uma das mulheres com maior sucesso no segmento sertanejo. “Cavaleiros do Céu” e “Rainha do Rodeio” resgatam a época em que abria as festas de rodeio de todo o País em seu lindo cavalo branco.

Juliano Cezar, participa da canção “Cowboy é sempre Cowboy”. “O Juliano trilhou comigo toda essa estrada da música country. Ele é um cowboy de verdade”, comenta a cantora. Já a dupla Matogrosso e Mathias faz uma parceria surpreendente na canção “Sem Você” (WithoutYou). Talento inconfundível!”.
Neste DVD, Jayne passeia por clássicos sertanejos, cantados em seu último trabalho, num momento acústico que vai encantar a todos, entre eles: “Disparada”"Meu primeiro amor”, “Lembrança”“Vá pro Inferno com seu amor”, além de uma participação mais que especial! Jayne canta com sua mãe, Tereza Gomes, “Canarinho Prisioneiro”. “A mãe canta comigo desde criança. Cantávamos em casa com meu pai fazendo segunda voz todos esses clássicos que fiz questão de resgatar neste trabalho. Teve uma época, lá em Paranapuã/SP, que eu não queria mais cantar. Aquela rotina de ensaio com Sr. Alfredo Trindade que me ensinou os primeiros passos na música, estava ficando chata. Aí minha mãe disse: Então, se não quer mais cantar, vá pra roça, 'panhar' algodão! Por isso estou aqui hoje e devo tudo que sou a ela: minha mãe!" Já o modão “Do mundo nada se leva”, conta com a participação do padre sertanejo Alessandro Campos, ficou muito bom a gente cantando junto. 

Jayne mostra o quanto é versátil no palco. Do sertanejo para o clássico internacional “Contigo en la Distância”. Mas as músicas que marcaram a carreira também ganharam destaque no trabalho: a inesquecível “Mississipi”, o estouro “A Solidão" e as marcantes “Você vai Ver” e “Uma mulher quando ama”. Clássicos da sua carreira que não podem faltar em nenhum show traduzem a trajetória da cantora: “Estrada da Esperança” e “Dia de Formatura”. “Essas músicas são minha cara. Elas carregam uma mensagem muito forte”. 

O DVD também contempla canções inéditas que prometem agradar seus milhares de fãs: “Quer o quê?”“Tô nem aí” e a “A Casa”, em que a cantora faz dueto com o cantor Thiago Servo (ex-Thaeme e Thiago). “Thiago, um dos maiores compositores do momento, me deu esse prazer de cantar uma música de sua autoria... linda!"

Jayne traz ainda uma surpresa. Gravou “Sonda-me, Usa-me”, que mostra toda a sua religiosidade e emociona com sua bela interpretação. “É um hino”, diz a cantora. Para encerrar, uma canção inesquecível e que traduz todo o sentimento do DVD: “Amigos para sempre”. “Esse trabalho é realização de um sonho, de um desejo meu. Tenho certeza que esse é um momento inesquecível pra mim, vai ser especial também para esse público que me acompanha há muito tempo, pra quem eu canto, pra quem eu devo toda minha amizade e carinho. Haja o que houver com minha carreira, seja o que for do meu futuro, seremos cada vez mais...“Amigos para Sempre”. 

Texto produzido e enviado para meu E-mail de

Thiago Simão 
Assessoria de Imprensa
(imprensa@jayne.com.br)

Por FERNANDO  BERVIAN
- Administrador do Blog do Bervian;
- Gaúcho de Ivoti/RS;
- Ensino Médio Completo; e


- Futuro Jornalista ou Professor de Geografia.

domingo, 1 de novembro de 2015

Como aumentar a autoconfiança?




11 Dicas para aumentar a autoconfiança 


Autoconfiança é tudo na vida de uma pessoa, quem confia em si mesmo acaba por atingir todos os seus objetivos cedo ou tarde. Quem é autoconfiante consegue obter sucesso na vida profissional, conquista os melhores cargos, realiza grandes vendas e prospera em seus negócios. E as vantagens não param por ai! Ao contrario do que se pensa as pessoas que conseguem mais sucesso nos estudos e vida acadêmica também são os que confiam em si mesmo e para finalizar pessoas confiantes são mais felizes em suas vidas amorosas. Então não faltam motivos para querer ser autoconfiante não é? Então veja mais algumas dicas para alcançar isso:


O que é autoconfiança?

É o ato ou sentimento de confiar em si mesmo, a ação de acreditar nas próprias qualidades e capacidade de realizar tarefas. Autoconfiança é o resultado de uma boa autoestima e uma autoimagem positiva. Ela é um sentimento aprendido e desenvolvido ao longo da vida. A autoconfiança é situacional, ou seja, alguém pode ser muito autoconfiante em determinadas ocasiões, mas em outras não. Entretanto a confiança em si mesmo tende a se generalizar para muitas circunstâncias distintas.

1. Esteja preparado

Simples assim: enquanto você não acreditar que é capaz de fazer algo, ficará inibido pelo medo. Por outro lado não basta se convencer de que consegue e falhar na hora h. 

O coerente é se preparar para o que se pretende fazer aprendendo a teoria e fazendo pequenas tentativas antes de partir para o grande desafio. Autoconfiança sem preparo é burrice.

2. Pratique excelência


Expulse a preguiça da sua vida, tudo o que tiver de fazer faça da melhor maneira possível, se esforce para ser melhor e ir mais longe. Não estou te aconselhando a se tornar competitivo com outras pessoas, a ideia é superar a si mesmo. Realizando um bom trabalho você será reconhecido pelas outras pessoas, conhecerá a sua própria capacidade e com isso conquista-se a autoconfiança.


Leia também: 


3. Aceite as consequências

Toda vez que se tenta fazer alguma coisa nova ou diferente você faz uma aposta: pode-se ter sucesso ou então fracassar; pode cair nas graças das outras pessoas ou se tornar motivo de piada. A questão é que só consegue ter sucesso quem aceita as consequências de falhar.

Não é tão ruim assim! O medo faz a consequência parecer bem pior do que ela realmente é, além disso, você não é feito de vidro é capaz de suportar qualquer coisa que vier. Entenda que é necessário dissolver a sua autoimagem de coitadinho que precisa ser defendido e que não aguenta brigar.

4. Não se deixe levar pelo pessimismo

Pensar que o pior vai acontecer não ajuda em nada e só corrobora para que você tenha mais medo. Quer ter autoconfiança? Então precisa aprender a vencer os pensamentos negativos e se deixar guiar pelo otimismo. Lembre-se que o seu pessimismo pode ser apenas uma forma que você encontrou para não precisar tentar.

5. Esteja perto de pessoas que lhe apoiem

Meus amigos não são bons? Não é exatamente isso, mas a tendência natural buscar estar ao lado de pessoas que se assemelhem a nós, ou seja, seus amigos provavelmente não são exemplos de autoconfiança e ousadia e desejam que você continue sendo iguais a eles. 

6. Não se incomode com as críticas

Por mais que você se esforce e por melhor que faça, sempre irá escutar críticas, no geral a crítica é apenas a vingança dos que fracassaram ou sequer tentaram fazer algo diferente. Os críticos seguem os que fazem sucesso assim como o trovão vem após o relâmpago, desse modo se não estiver ouvindo críticas é por que você não é lá grande coisa.

7. Aprenda com seus erros

Todo mundo erra cedo ou tarde, todos falham uma hora ou outra, isso é algo inevitável. O que não se pode fazer é desistir por causa disso ou se conformar com seus fracassos, é necessário se compreender onde se errou e tentar fazer de um modo diferente na próxima vez, só assim se adquire excelência e se constrói a autoconfiança.

8. Não exija tanto de você

Ser conformista e derrotista não colabora para que você desenvolva sua autoconfiança, por outro lado exigir muito de si mesmo só te faz se sentir incapaz ou insuficiente para alcançar os seus objetivos. Dificilmente algo é realizado perfeitamente e sem falhas, na verdade a única coisa que conta é se deu certo no final. Todo mundo que realmente bom no que faz começou medíocre e com tempo e esforço se tornou melhor, então não espere ser perfeito, apenas continue se esforçando mais e mais.

9. Valorize seus pontos fortes

Conheça e reconheça as suas qualidades e talentos e não deixe ninguém minimiza-las ou as desmerecer, principalmente você mesmo! É claro que existem pessoas que te superam nas suas qualidades, mas isso não as tornam menos importantes e nem menos interessantes, são as suas qualidades que te ajudaram a chegar em suas metas.

10. Não supervalorize a opinião alheia

As outras pessoas possuem ideias diferentes das suas e podem não gostar daquilo que você gosta ou faz... mas quem disse que a opinião delas é mais importante que a sua? Não seja “Maria vai com as outras” acredite naquilo que os fatos mostram. Não se deixe levar pelo que diz a maioria, entenda que sucesso tem quem aprendeu a quebrar regras e nadar contra a maré. 

11. Trabalhe a sua autoestima

Autoestima e autoconfiança estão muito ligadas, pois aquilo que você gosta em si mesmo te traz confiança. Compreendendo isso é possível notar que se não nada em você que lhe agrade é difícil confiar em si mesmo comece a trabalhar a sua autoestima.


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http://www.psicologosp.com/2013/04/aumentar-auto-confianca.html


Por CESAR A.S.BORELLA


-Psicólogo Clínico e Blogueiro nas horas vagas