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sábado, 16 de julho de 2016

A Cegueira Educacional


O que é a cegueira? Falta de percepção visual? Perda da habilidade de enxergar?

Saramago, tem uma frase que me inquieta, “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”. Como temos enxergado a educação? Que sentido ela traduz quando falamos de educar na diversidade, quando pensamos em escolas inclusivas? O que é inclusão, em um país que diz que a “ Educação é direito de todos”?

Será que perdemos a habilidade de enxergar, ou nunca a desenvolvemos?

Falta-nos a percepção, falta-nos o olhar, o ver o reparar.

Pensar a educação, é pensar os atores que nela atuam, os sujeitos que a protagonizam, as culturas que nela habitam.

Rubem Alves, dizia que a primeira educação é a educação do olhar, “educar os olhos para ver”...

Esse ver precisa passar primeiramente pela formação docente, pois é esse profissional que faz a mediação da aprendizagem.

A formação docente, vai além da formação inicial, vai além do aperfeiçoamento, da especialização. Considerando que currículo é, “caminho”, precisamos refletir sobre o currículo, ou seja, o caminho da formação continuada. O que vemos nesses espaços de formação? 

As comentadas reuniões pedagógicas ou HTPs, HTPCs, os horários coletivos dos professores, na maioria das vezes, se resume a recados, agendas, correção de atividades, quando na verdade poderia e/ou deveria ser, momento de formação, de reflexão da prática, de estudo, de pesquisa, de partilha, de construção da identidade do corpo docente, da identidade da escola.

Que educação queremos? Que educação pretendemos? Quem somos nesse processo? Quem são nossos alunos? Como aprendem? O que nossos alunos trazem?

Delegamos essa atividade para terceiros, que trazem realidades distantes da que vivemos, e nosso olhar se desvia do foco!

Exigimos que nossos professores trabalhem no contexto da inclusão, mas não os incluímos nas dificuldades que enfrentam para entender um currículo que não foi desenhado para “atender a todos”, e muito menos, “ a cada um “. Falta uma proposta curricular para nossas formações, que se abra para os contextos locais. Com isso os conflitos paradigmáticos bailam nas salas de aula, nas salas dos professores e atrasam o movimento educacional, pois educação é movimento!!

Olhos de ver, olhos de reparar!!

Interessante pensar nos sentidos, nas habilidades que são desenvolvidas quando alguma necessidade especial se faz presente, a sensibilidade fica aguçada. São desenvolvidas estratégias...

E nós educadores o que fizemos com nossos sentidos, falamos tanto, queremos levantar bandeiras, mas o que de concreto temos feito pela educação. E não venham me dizer que a cegueira educacional chegou há poucos anos, isso se arrasta há muito tempo!

Que tal começarmos a olhar a partir de nós mesmos, da contribuição que podemos oferecer, das propostas que podemos apresentar ou desenvolver, eu, você, nós.

Se nossos professores não estão preparados para todas as mudanças que se refletem na educação, não basta dizer é questão de adaptação. Adaptar é uma coisa, inserir é outra bem diferente. Mas isso fica para uma próxima reflexão...

Por hoje: Olhos de ver, olhos de sentir, olhos de perceber, olhos de conceber, olhos de querer, olhos de viver!!

POR REGINA CASTRO MARCHI











-Formação: 
   -Magistério com especialização em educação infantil; e
   -Pedagogia com habilitação em Administração Escolar e Orientação educacional;
-Especialização em Psicopedagogia;
-Mestranda em Educação Profissional;
-Professora, Consultora Educacional, Palestrante, Escritora. Atuando como Supervisora Educacional.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

O Ouro e o Feijão




O homem tem notícias sobre este metal precioso datada de cinco mil anos atrás. Metal este que provocou tragédias e tragédias mas também riquezas e riquezas.

Hoje desde dentes, computadores, aparelhos eletrônicos,naves espaciais,moedas, e tantas outras utilizações ainda fazem do ouro um metal PRECIOSO.

Feijão:

O feijão como o ouro é conhecido pela humanidade há milênios. Assim como o ouro está sujeito ao jogo da OFERTA e da PROCURA. Diferente do ouro é um produto que se pode manusear sua produção a um custo infinitamente inferior.

Os concorrentes do ouro seriam a prata, o cobre, o diamante , (Nióbio?) e outros metais e pedras, mas que não se sobrepõem à cotação do ouro como base monetária.

Os concorrentes do feijão são a soja, milho , algodão onde suas produções nos EUA ordenam e redirecionam as metas de produção no país devido as Commodities terem seus preços futuros mais vantajosos para os produtores.

Nossa produção de feijão 800 kg por ha é menor em relação à de países como EUA, Japão, Turquia e Itália que segundo a FAO produzem mais 1.400 kg/ha.

Isto posto, podemos verificar que atender a nação com o ingrediente mais usado e consumido no país passa pelas vantagens FINANCEIRAS. 

Nossos governantes ávidos pelo poder e por se reelegerem pela eternidade usam recursos do Tesouro Nacional para fomentar e subsidiar esses produtores. Cabe a estes pseudos governantes fazerem as contas para que a sociedade não fique refém da ganância e do uso indevido de vantagens do dinheiro público por produtores mal intencionados.

Óbvio que se desfazer de toneladas e toneladas de um produto sem retorno financeiro e sem o devido respeito ao abastecimento interno foi um TRUQUE de maldades da que estava presidente.

Mas o ponto crucial a que me refiro, é que os governantes na hora de liberarem verbas e verbas para a agricultura devem ter em mente o favorecimento de uma produção razoável para que não falte o produto, não o encareça e muito menos deixe o agricultor com excesso de produto de forma a desvalorizá-lo.

Todos ganharíamos se além de olharmos os mercados futuros, víssemos os do presente.

Hoje devido a essas lambanças inocentes ou talvez calculadas com 60 sacas de feijão podemos comprar um veículo zero KM. 

Então, FEIJÃO VIROU OURO para uma sociedade faminta por justiça e por governantes mais aptos a fomentarem soluções para nosso emblemático país...

Por ÁLVARO MARCOS SANTOS







-Microempresário na área de prestação de serviços
-Autodidata formado pela Faculdade da Vida

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Vergonha Olímpica

  
Todos sabemos que no próximo mês, mais exatamente no dia 05, a cidade do Rio de Janeiro vai receber os Jogos Olímpicos, durante 16 dias a cidade e o país estarão sendo acompanhados em todo o mundo, não sei se isto é bom ou ruim, mas acho que está mais para ruim, isto devido aos problemas em que o Brasil vem tendo nos últimos meses e até anos.

A falta de segurança e de saúde pública é o que mais preocupam aos brasileiros e estrangeiros que pretendem ou pretendiam vir acompanhar os jogos. Se formos ver os noticiários da imprensa estrangeira vamos encontrar manchetes que desencantam a todos que leem ou veem. A Zika, os tiroteios, assaltos, crise econômica, impeachment da Presidenta Dilma, problemas ambientais... Estes são alguns dos casos que repercutem na mídia mundial, repercussão esta que envergonha o país e empobrece as atividades esportivas que irão ocorrer. 

Para muitos os Jogos Olímpicos não passam de atividades esportivas e gente feliz nas arquibancadas ovacionando os competidores, o problema é que os Jogos vão mais além do que todos pensam. Enquanto milhares de torcedores e acompanhantes dos esportes olímpicos festejam, muitos se alegram pelo dinheiro que recebem e pelo boicote que estão dando a todos os brasileiros. Muito antes de tudo acontecer, muito dinheiro já foi investido e desviado, muitos problemas já aconteceram e muitos ainda vão acontecer. A cidade de certa forma vai sair ganhando, principalmente a rede hoteleira, o comércio e a aviação, os quais vão aumentar os preços nas alturas, vão lucrar, vão de certa forma "roubar" o povo brasileiro e mundial.

Hoje no que mais se fala são os convites feitos aos ex-presidentes do Brasil, os quais poderão acompanhar de perto a abertura dos Jogos Olímpicos no Maracanã no dia 05 de agosto, quanta ironia, entre eles estarão dois presidentes que sofreram impeachment, e outros que estão sendo alvos de maracutaias e estão sobre a mira da justiça federal. Realmente não mais de se esperar nada neste país.

Concordo que os Jogos Olímpicos são importantes para a população  mundial, as atividades esportivas engrandecem a cultura e o povo de cada país, mas o que acontece é que neste ano de 2016, o evento irá ocorrer na hora no lugar errado.   
 

Por Fernando Bervian
  • Administrador do Blog do Bervian;
  • Gaúcho de Ivoti/RS;
  • Ensino Médio Completo;
  • Futuro Jornalista.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

A perda de tempo indenizável





A desvalorização da moeda americana na última década, bem como a exacerbação das compras virtuais, suscitaram demasiadamente a massificação do consumo no País. Com isso, as contendas advindas destas relações ostentaram abrupta expansão; ao passo que os fornecedores mantiveram-se com pouco ou nenhum preparo, a fim de solucionar as casuísticas apresentadas. 

Tantas demandas e pouco preparo, consequentemente, levam os consumidores a enfrentar desgaste emocional e estresse prolongado, em razão da perda de tempo e da angústia experimentados. Uma vez que, em razão de suas vulnerabilidades, acabam sujeitando-se à “boa vontade” do fornecedor que, sempre visando ao lucro indiscriminado, ignoram os que dependem de uma solução justa e legal.

Não é razoável que o mau atendimento, a desídia e o desrespeito aos consumidores, que muitas vezes se veem compelidos a sair de sua rotina, seja continuamente visto como comum e, quem, injustificadamente, dele se apropria e cause lesão, deve responder por dano moral, não mais sendo considerado mero dissabor ou aborrecimento pelos Tribunais, admitindo-se a reparação civil pela perda do tempo livre. 

O entendimento atual é o de que, mais valioso que a reparação pecuniária, por ser bem jurídico irreversível, o tempo do consumidor deve ser, sobremaneira, respeitado. Haja vista, inclusive, o princípio da dignidade da pessoa humana. 

Quando a má prestação de um serviço transborda a razoabilidade, e dá lugar à irritação, a frustração, ao sentimento de descaso, ao sentimento de se sentir somente mais um número no rol de consumidores, é que ocorre a violação do direito à paz, à tranquilidade, à prestação adequada dos serviços contratados, em suma, a uma série de direitos intimamente relacionados à dignidade humana. 

Hoje o consumidor brasileiro percorre uma verdadeira via crucis para tentar ver respeitados os seus direitos, por isso, alguns juristas já aceitam a tese do chamado “desvio de tempo” ou também denominado “via crucis”, caracterizando-os como danos morais advindos da perda de tempo, energia, competência ou produtividade, que poderiam ser perfeitamente empregados em alguma outra atividade à escolha do consumidor, e não em manobras para tentar resolver um problema, decorrentes de atos ilícitos ou por condutas abusivas dos fornecedores. 

A indenização pela perda do tempo livre trata de situações intoleráveis, em que fogem do que usualmente se aceita como “normal”, em se tratando de espera por parte do consumidor. São aqueles famosos casos de call center em que se espera durante 30 minutos ou mais, sendo transferidos de um atendente para o outro, ou quando o reembolso não é realizado em tempo razoável, por inúmeros obstáculos fabricados pelos fornecedores, a fim de manipular desistência de direitos. 

Diante disso, constata-se o desrespeito ao consumidor, que é rapidamente atendido quando da contratação, mas, quando busca o atendimento para resolver qualquer impasse, é obrigado, a perder seu tempo livre.

Adverte o Des. Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que “no plano dos direitos não patrimoniais, porém, ainda há grande resistência em admitir que a perda o tempo em si possa caracterizar dano moral. Esquece-se, entretanto, que o tempo, pela sua escassez, é um bem precioso para o indivíduo, tendo um valor que extrapola sua dimensão econômica. A menor fração de tempo perdido em nossas vidas constitui um bem irrecuperável. Por isso, afigura-se razoável que a perda desse bem, ainda que não implique prejuízo econômico ou material, dá ensejo a uma indenização. A ampliação do conceito de dano moral, para englobar situações nas quais um contratante se vê obrigado a perder seu tempo livre em razão da conduta abusiva do outro, não deve ser vista como um sinal de uma sociedade que não está disposta a suportar abusos”. 

Ademais, vejamos o acórdão de nº192966 proferido pela Egrégia Turma Recursal do Distrito Federal sobre caso análogo: 

CIVIL. COMPRA DE PRODUTO COM DEFEITO. SUCESSIVAS TROCAS. DANO MORAL. OBRIGAÇÃO DE REPARAR.
1 – a demora em se resolver o defeito verificado no aparelho celular do apelado, fazendo com que o mesmo fosse, por várias vezes, até a loja da assistência técnica autorizada pela apelante, numa verdadeira perigrinação em busca do seu direito, caracteriza dano moral passível de reparação em pecúnia. 2 – recurso conhecido e improvido.
20030110358644ACJDF. 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do D.F. Rel. LEILA CRISTINA GARBIN ARLANCH. DJU 07/06/2004, Pág.77.

Ressalte-se que, a procrastinação em reembolsar o consumidor está entre uma das causas de perda de tempo, conforme jurisprudências do E. TJDFT, in verbis: 

DIREITO DO CONSUMIDOR. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. BANCÁRIO. DANO MORAL. PRESENÇA. MANUTENÇÃO DO QUANTUM.
I. O Código de Proteção e Defesa do Consumidor estabelece que a responsabilidade civil dos fornecedores em razão dos danos causados aos consumidores é objetiva. Havendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.
II. Comprovada a conduta ilícita da instituição bancária e do escritório de cobrança, que frustraram as expectativas da autora de renegociação da dívida, fazendo-a percorrer uma verdadeira via crucis na tentativa sem que pudesse resolver administrativamente a questão, correta a condenação das fornecedoras, solidariamente, ao congelamento do saldo devedor e à compensação por danos morais sofridos pela consumidora.
III. A compensação por dano moral deve ser informada por critérios de proporcionalidade e razoabilidade, observando-se as condições econômicas das partes envolvidas; a natureza e a extensão do dano.
IV. Negou-se provimento aos recursos.
(Acórdão n.884125, 20100111814673APC, Relator: JOSE DIVINO DE OLIVEIRA, Revisor: VERA LUCIA ANDRIGHI, 6ª TURMA CÍVEL, Data de Julgamento: 22/07/2015, Publicado no DJE: 04/08/2015. Pág.: 274)
Dentre alguns acórdãos sobre o tema, cita-se um da relatoria de um dos maiores processualistas do País, Alexandre Câmara, que fortalece a afirmação da teoria. Confira-se:

DES. ALEXANDRE CAMARA - Julgamento: 03/11/2010 - SEGUNDA CAMARA CIVEL Agravo Interno. Decisão monocrática em Apelação Cível que deu parcial provimento ao recurso do agravado. Direito do Consumidor. Demanda indenizatória. Seguro descontado de conta corrente sem autorização do correntista. Descontos indevidos. Cancelamento das cobranças que se impõe. Comprovação de inúmeras tentativas de resolução do problema, durante mais de três anos, sem que fosse solucionado. Falha na prestação do serviço. Perda do tempo livre. Dano moral configurado. Correto o valor da compensação fixado em R$ 2.000,00. Juros moratórios a contar da citação. Aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do CPC, no percentual de 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa. Recurso desprovido.
Por enquanto, o entendimento está no âmbito dos tribunais de Justiça. No Superior Tribunal de Justiça, por exemplo, ainda prevalece a aplicação do simples contratempo. Mas a tese é crescente e vem sendo aplicada, inclusive, nas provas do Ministério Público de Minas Gerais, a exemplo do 53º concurso para promotor. 

O que não se pode mais é aceitar que os fornecedores não reconheçam a vigência e eficácia do Código de Defesa do Consumidor e utilizem-no como tábula rasa para perseverarem desrespeitando quem os mantém no mercado. 

Por TATIA MARGARETH DE OLIVEIRA LEAL - OAB/DF 42.734










- Advogada no escritório Wellington Medeiros Advogados Associados;
- Pós-graduada em Direito e Jurisdição “lato sensu” pela Escola da Magistratura do DF;
- Graduada pela Universidade da Amazônia;
- Membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família; e
- Membro da Comissão de Direito de Família da OAB/DF.
Contatos:
(61) 98142- 0400
tml@wellingtonmedeiros.com.br
http://www.wellingtonmedeiros.adv.br
SHS Quadra 06 , Conjunto A , Bloco C, Sala 813 - Ed. Brasil XXI
Brasília/DF

terça-feira, 12 de julho de 2016

Aposentadoria especial na área médica




É previsto no nosso ordenamento jurídico, o direito para aqueles que trabalham em condições que prejudicam sua saúde e integridade física, por exposição permanente a agentes nocivos, poderão se aposentar mais cedo, além de não incidir o fator previdenciário.

A maioria das pessoas acredita que não possui mais o direito de se aposentar pela modalidade especial, onde possuem o direito de aposentar-se após trabalhar durante 15, 20 ou 25 anos, pois existem lendas urbanas que acabou em 1995.

Focaremos o presente artigo, sobre atividade na área médica onde, em muitas das vezes, expõe o profissional a material infectocontagiante e radiações ionizantes entre outros agentes nocivos, por exemplo, é o caso do dentista que examina os dentes e a cavidade bucal, por via indireta (utilizando aparelhos) ou, por via direta, para verificar a presença de cáries e outras afecções.

Bem como, para a secretária que está exposta à radiação da máquina do raio-x.

Esse Instituto pretende abarcar a preservação da vida do profissional por meio da redução do tempo de contribuição.

O profissional sem vínculo empregatício não está excluído da possibilidade de concessão da aposentadoria especial, até porque contribui para o sistema previdenciário. 

Portando, o segurado deve comprovar a exposição a agentes nocivos, especialmente por intermédio de laudo pericial elaborado por médico do trabalho, no qual conste a descrição do local de trabalho, os serviços realizados, as condições ambientais, o registro dos agentes nocivos e o tempo de exposição, entre outras informações pertinentes, bem como o quadro de profissões em vigor até 1995 (para o INSS) e até 1997 (judicialmente).

Existe também a possibilidade de converter o período trabalhado em atividade especial em comum e aposentar-se por tempo de contribuição.

Administrativamente, esse benefício é negado na maioria das vezes, representando um retrocesso à busca do objetivo da justiça, bem-estar sociais e saúde do trabalhador bem como a sua dignidade. 

Ademais, o INSS tem o poder dever de conceder o melhor benefício ao segurado.

Ficou alguma dúvida sobre a forma de comprovação, quem possui direito ou outros assuntos relacionados?

Por IAN GANCIAR VARELLA - OAB/SP 374.459 












-Advogado e Consultor Jurídico
Osasco (SP); - Bacharel pela UNIFIEO em 2015;

- Pós Graduando em Direito Previdenciário na Legale;
-facebook.com.br/adv.varella
- Email:varella@adv.oabsp.org.br
Associado a Tanganelli, Thieme e Costa advogados
Rua Deputado Emílio Carlos, 1249 cj 22
Osasco - SP.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Qual o sentido do seu aniversário?





Muita gente não gosta de ficar 1 ano mais velho. E quase o mundo inteiro detesta envelhecer. Nem mesmo “velho gosta de velho”, já notou? Sei que soa agressivo, mas é a verdade. Sabe porquê? Porque o que é eterno como a alma, jamais envelhece. E no fundo no fundo, somos uma alma e temos um corpo (este é o significado de “ser humano”).

É por isso que quando olhamos no espelho, quase sempre nos surpreendemos por nos sentirmos mais bonitos do que realmente estamos vendo refletido. E arrumamos o cabelo, passamos a mão no rosto, conferimos os dentes querendo que tudo esteja no lugar certo.

Daí quando se trata de ficar mais velho hmmmmm… vai depender muito de que época é esta.

As crianças adoram fazer aniversário. Os adolescentes sonham com a maioridade e as chaves do carro. Os adultos costumam passar bem por esta data, afinal de contas, a vida é assim mesmo! Mas quando inauguramos a casa dos “enta”, a cantiga muda…

Enta! Quarenta, Cinquenta! Daí pra frente a coisa só aumenta. Vixi! Nada mais combina com vinte, trinta… só vai soar diferente novamente quando chegar aos cem…

Aos cem? Meu Deus… volta!

Vamos refletir melhor: não precisamos temer a idade longeva! Só precisamos viver bem esta, na qual estamos. As demais virão em um movimento saudável e natural.

A coisa mais interessante que compreendi sobre isso foi perceber que os centenários são muito orgulhosos da idade que têm e adoram comemorar aniversário.

Demonstram raciocinar que já passaram por várias fases inclusive “aquela do medo da morte”e continuam vivinhos! Parece que isso dá um efeito de coragem que ainda nem sei como chamar. A partir dos cem iniciam um diálogo do tipo: “agora vivo por conta do Chamado de Deus”, com uma face tão boa que até eu me sinto encorajada!

É um marco histórico aqueles que hoje chegam aos cem, pois nunca tivemos tantos centenários assim. E eles estão nos dando muitas oportunidades para aprender sobre o envelhecimento saudável. Afinal de contas só chega aos cem quem se mantém por muito tempo saudável, certo? E são muitos de nós os candidatos para tal feito. Nada melhor do que nos preparar. Lapidar o envelhecer, enquanto é tempo.

Por volta dos 80 anos muitas pessoas sentem-se inseguras quanto ao futuro (ou páram de pensar nele). Mas não há como viver escondendo o futuro. Muito menos viver bem, temendo o futuro. Não tem como! Creio que isso acontece pelo medo de morrer que todos nós temos. Sabe porquê? Porque a alma, além de jovial, também é bela e eterna. Mas nos esquecemos disso quando vemos nosso corpo se modificando tanto, tanto…

A questão é que dos 80 pra frente parece que vamos concluindo nosso amadurecimento “sobre a vida e o viver”. E se a vida continua generosa vamos nos satisfazendo, finalmente, com a vida que temos! Completando coisas que faltam, perdoando e aceitando tudo, queixando menos, reclamando menos. Interessante… não vejo os centenários reclamarem. Sinto que reclamar é algo que nem combina com eles.

Acabo de criar uma hipótese: quem vive reclamando vive menos. Será? Creio que sim pois reclamação é sinal de autoestima baixa e quem tem autoestima baixa não se cuida! Quem não se cuida… de fato vive menos!

Sendo assim… fazer aniversário vai ficando cada vez mais difícil. Até que a pessoa perde o gosto pela celebração da marca fantástica de seu nascimento que ficou “láááá trás”, enquanto você se mantém arrastando histórias!

Mas tudo muda quando sinto que a vida se parece com a costura de uma maravilhosa colcha de retalhos ou o cuidado de uma maravilhosa e extensa lavoura. Existem nós e erros enquanto tecendo. Existem pragas e seca enquanto plantando. É isso tudo que se celebra a cada marca de 1 ano.

A verdadeira celebração está nas inúmeras “super-ações”, nas inúmeras pequenas vitórias, na fortaleza de tolerância que foi construída, no vasilhame cheio de gratidão que foi preenchido!

Assim concluo seguramente: vale mais celebrar 100 anos do que 1, 10, 15 anos. Cada vez com mais idade, mais vitórias.

Parabéns a todos aqueles bem mais velhos do que eu, pois viver longevamente é um ato de coragem e pra quem chega, é a maior conquista de todas: a conquista de uma vida completa, onde se encontra o sentido de seu aniversário.

E quanto ao sentido de se viver um vida completa… veremos num próximo texto! Pode ser?

Até breve!

Postado originariamente em https://www.aterceiraidade.com/curiosidades/sentido-seu-aniversario/

Por GAL ROSA










-Terapeuta ocupacional em geriatria e gerontologia;
- Especialista em espiritualidade e autoconhecimento;
-Instrutora de oficinas de memória há 10 anos e
- Colaboradora do Projeto Terceira Idade.

domingo, 10 de julho de 2016

Você já sentiu Medo? Ou seria Fobia? Pânico talvez?


Entenda a diferença!!!

Essa questão é frequentemente trazida pelos pacientes em meus consultórios de SP e Litoral.Por esse motivo vou explicar de uma forma resumida e simples a diferença de sentir MEDO, ter FOBIA e/ou TRANSTORNO DO PÂNICO.

MEDO - É uma emoção primitiva, um mecanismo de aprendizagem, evolutivo de sobrevivência, ou seja, uma resposta adaptada a uma situação de PERIGO REAL.

Quando sentimos MEDO é gerada ansiedade e ativamos os hormônios do stress:

Cortisol – direciona a glicose dos tecidos para o fluxo sanguíneo, ativando assim a atividade cerebral criando um choque de adrenalina.

Adrenalina – prepara o organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a pressão arterial, relaxa certos músculos e contrai outros.

FOBIA – É a resposta exagerada a uma situação de NÃO PERIGO ou POUCO PERIGO. E é caracterizada por medo intenso, irracional e incontrolável de objetos ou situações específicas. Podendo ser desencadeado de um único episódio traumático. A FOBIA compromete as relações sociais e causa sofrimento psicológico.

TRANSTORNO DO PÂNICO é uma grande ansiedade, resposta descontrolada a uma situação de PERIGO IMAGINÁRIO.

Dura em média de 10 minutos a até 30 minutos, e com pelo menos 4 sintomas descritos abaixo:

As crises do Transtorno do Pânico são inesperadas e normalmente surgem sem nenhuma manifestação anterior. São descritas por medo intenso que chega ao desespero de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo algum ou sinais de perigo iminente.

O medo de ter novas crises podem gerar novas crises e dificultar a rotina desse paciente, com medo de perder o controle, enlouquecer, ter um ataque do coração e até morrer.

TRATAMENTO

Atuação do tratamento TCC – Terapia Cognitiva Comportamental é uma reestruturação cognitiva, que é uma reaprendizagem ou resignificação da reação que antever a resposta de alerta do organismo para uma reação mais equilibrada. Essa abordagem psicológica auxilia na mudança da cognição (pensamento) e consequentemente o comportamento. Em muitos casos, dependendo da gravidade do quadro do paciente, é feita juntamente com um medico psiquiatra para auxílio de medicamentação para baixar a ansiedade e tornar mais fácil e rápido o controle dos pensamentos e gradativamente a mudança de comportamento diante da situação vivida de cada paciente.

Por RENATA MILAZZOTTI












-Psicóloga Clínica e Neuropsicóloga pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina da USP;

-Atua com Psicoterapia e Reabilitação Neuropsicológica de:

  • Crianças;
  • Adultos;
  • Casais e 
  • Idosos 

-EMAIL: neuropsicologa.usp@gmail.com
-WhatsApp: (11) 99741-4017

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