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domingo, 29 de janeiro de 2017

Transtorno do pânico



Sentir um medo ou mal-estar muito intenso, taquicardia, suor e ter a sensação de morte iminente, como se o seu coração fosse parar, são alguns dos sintomas que caracterizam o Transtorno do Pânico. Este transtorno está classificado dentro dos transtornos de ansiedade pelo DSM-IV. Para se configurar o seu diagnóstico são necessários; Ataques de pânico recorrentes e espontâneos (inesperados) e pelo menos um ataque foi seguido, durante um mês ou mais, das seguintes características: preocupação persistente em relação a ataques adicionais; preocupação em relação às implicações do ataque ou às suas consequências (perder o controle, ter um ataque cardíaco, enlouquecer, etc. É muito comum a procura por emergências médicas ao sentir esses sintomas, pois as pessoas inicialmente costumam buscar uma causa orgânica. Ao ir à emergência e não encontrar essa causa gera um sofrimento tremendo para o indivíduo que busca uma explicação.

Muitas vezes os familiares duvidam e desconfiam que seja “pitis” ou “frescuras”. Esse transtorno é claramente diferente de outros tipos de transtornos de ansiedade, pois suas crises são súbitas, geralmente seus fatores desencadeantes não são claros para o indivíduo e frequentemente são crises incapacitantes. Seus sintomas aparecem como uma preparação do organismo para algo “terrível”. Por isso, a reação comum é a fuga/esquiva dessas situações. 

Assim, após ter tido uma crise de pânico a pessoa pode desenvolver medos irracionais e evitar situações. Porém, mais importante que o diagnóstico é o seu tratamento. A psicologia vem realizando inúmeras pesquisas e estudos na área dos Transtornos de Ansiedade, devido ao seu alto índice de ocorrência na clínica e das diferentes formas de manifestações, possivelmente oriundo de uma sociedade com o ritmo acelerado e com altos padrões de exigência individuais e grupais. 

Dessa forma, a psicologia inicia questionando o conceito de “anormalidade”, pois considera que todo comportamento do indivíduo é funcional àquele ambiente em que ele está inserido e que cada indivíduo estabelece uma relação única com seu ambiente, sendo, portanto, funcional para a pessoa naquele momento ter desenvolvido tais sintomas. Entretanto, é de fundamental importância à análise e intervenção do transtorno e seus sintomas, pois geram sofrimento pessoal e uma disfunção social.

Nesse sentido, um dos objetivos terapêuticos é compreender a função da sintomatologia no ambiente do paciente, que será diferente em cada caso. Existem estratégias desenvolvidas para lidar emergencialmente com as crises, como técnicas de relaxamento e instruções sobre o transtorno e concomitantemente é imprescindível que se trabalhe em sessão a criação de novos repertórios, o que proporcionará ao indivíduo lidar diante de situações possivelmente aversivas, ampliando os ambientes que o mesmo frequentará com o objetivo de entrar em contato com novas fontes prazerosas/reforçadoras, gerando um aumento nas relações sociais e uma redução nos comportamentos de fuga/esquiva causados e mantidos pela ansiedade. 

O seu tratamento precoce é fundamental para reduzir o sofrimento e prejuízo associado ao transtorno, além de prevenir o surgimento de complicações e comorbidades

POR VITOR ANDRADE DOS REIS



Psicólogo e Psicanalista;
-Pós graduado  pela Universidade Cândido Mendes em:
- Saúde Mental;
- Geriatria;
- Psicologia Organizacional e
- MBA Gestão de Pessoas
- Especialista pela Unifesp e Sociedade Interamericana de Hipnose em :
- Hipnose Clinica;
Programação NeuroLinguística

-Especialista em tratamento de álcool e outras drogas pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Unifesp e
-Mestrando em Gestão da Educação pela UHLTCONSULTÓRIO: EDIFÍCIO ROTARY, SALA 212 - ITAPERUNA/RJ

Nota do Editor:


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