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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Confiar ou não confiar?

                                                      

Depois de denúncias , inclusive, direcionadas a assessores do governo o Presidente Michel Temer tem a garantia do seu cargo.Quanto à confiança e credibilidade do povo essa  dependerá da habilidade do Presidente na hora de reestruturar sua equipe de trabalho e o ideal seria que ele nesse momento pensasse no país, nos avanços da economia, na redução do alto e pesado custo da máquina administrativa do Estado.Sabemos não ser de hoje este alto custo que precisa ser atacado e me parece que entra e sai governo e esse custo só aumenta. 

Não basta que o Presidente fique confiante de que terminará o seu governo ou de que tenha total e plena confiança em seus Ministros e no Legislativo.É preciso que se estabeleça uma agenda mínima , séria e responsável, com as mínimas necessidades para que o país continue crescendo  mesmo a passos de tartaruga.Só assim o povo, talvez, volte a confiar no governo.Chega da palavra estagnação.Isso não vale para uma nação  que se coloca dentre as dez maiores do mundo.
                                        
Não é suficiente dizer para a sofrida população que o governo gasta mais do que arrecada e que para isso vai ter que aprovar a qualquer custo medidas impopulares , tal como a Reforma da Previdência.

É necessário que antes haja um intenso debate com a sociedade,porque na minha modesta opinião, não há outra forma ou outro meio de se discutir tal questão que não esse. 

De outro modo, seria provocar um evento por demais doloroso naqueles pagadores de um sistema que todos os governos insistem em dizer que são os sustentadores de tudo e que se não puderem mudar, mexer, reformar, a consequência é a quebra e banca rota  do país.

Deveriam admitir que geriram mal, com incompetência  e buscaram nos cofres da Previdência Social o dinheiro para tapar os furos e rombos frutos das suas incompetências e nem vou falar das roubalheiras. Busco na minha lembrança de algum governante ter dito isso  a não ser na época de caça aos votos.

Li, para concluir, um artigo muito interessante  de autoria de Gustavo Tanger Jardim  publicado no Correio do Povo, de Porto Alegre,onde o autor cita o filósofo francês Gilles Lipovetsky como quem teria percebido essa grande mudança no comportamento social iniciada a partir dos anos 80. Lipovetsky chamou essa mudança de"hipermodernidade".Nesse pensamento dimensionamos tudo no "hiper":os supermercados viraram hipermercados, se gostamos de algo dizemos "hiper" bom , seu texto, ficou ótimo? Parabéns.É um hipertexto.Bem, por aí vai.O articulista, desenvolve o seu artigo e faz uma reflexão, mais do que pertinente, a calhar, com o momento atual que estamos vivendo, ele diz – "Dentro desse cenário  não restam dúvidas que a "hipercorrupção" é a contribuição brasileira à "hipermodernidade".

É tempo de buscarmos cada vez mais dentro de nós motivos para continuar confiando em novos rumos, caminhos e acreditar que o debate exaustivo de temas que nos interessam será feito com a seriedade que merecem , porque o povo merece e é o mínimo que se pede num momento como esse.Até a próxima.Deus os abençoe.

POR SARITA DE LOURDES FERREIRA GOULART














- Formada em Direito pela UNISINOS-São Leopoldo-RS - Turma de Janeiro/1988;
- Pós graduada no Curso de Especialização em Direito Político pela UNISINOS em 1990;
- Natural de Canoas - RS.
- Advoga no Escritório de sua casa em Canoas-RS
- Email: saritagoulart@gmail.com
- Celular: 51 9 9490-0440

Nota do Editor:

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