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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Economia nos Anos do Regime Militar:Verdades e Mentiras




Em muitos anos de luta contra o socialismo e os projetos de Poder da Esquerda e reengenharia social, me tornei odiado por petistas que me ameaçam de morte e tentam me ofender diariamente, mas recentemente os ataques vêm de outro extremo, os intervencionistas.

O modelo de ação é muito semelhante, atacam com chavões e frases prontas e preguiçosas coladas de páginas radicais que apelam aos militares para que salvem a Pátria, como se estes não fizessem parte do status quo. Chega a impressionar o grau de ingenuidade de algumas afirmações.

A maioria dos que defendem a solução via militar, afirmam ter vivido o período, portanto, em grande maioria são mais velhos que eu, tenho 54 anos de idade. Sou um defensor dos mais experientes e valorizo essa experiência, porém, nada supera meu compromisso e admiração pela verdade dos fatos, pela honestidade intelectual, pois chega de mentiras e desonestidade que a esquerda vomita todos os dias em todo o tempo.

Não dá para defender ideias sem nenhuma conexão com a realidade!

É verdade que a intervenção de 1964 era necessária, que existia sim uma luta das esquerdas para implantar uma Ditadura do Proletariado, isso é fato! Também é verdade que os militares trouxeram o país a um novo patamar de progresso econômico, o tal "Milagre Brasileiro", muito importante e que poderia ter feito muito mais ao país se os recursos tivessem sido administrados de forma eficiente, o que nem sempre aconteceu.

Os governos militares fazem parte da história do Brasil e seus feitos são incríveis e reais, foram escondidos e distorcidos pela Esquerda e precisa sim de correção histórica. Mas a verdade é que se os feitos positivos são verdadeiros, também muitos problemas surgiram nesse período, pois a prosperidade e crescimento produzidos nos primeiros anos, também trouxeram problemas nos anos seguintes e principalmente nos anos finais, dos 21 totais de governos militares.

Assim como Lula teve um primeiro mandato marcado pela prosperidade econômica decorrente do "milagre das commodities", os governos militares também tiveram seu período de milagre sustentado por fartos empréstimos externos, sobretudo de bancos norte-americanos. Dólares que entravam em forma de dívida externa de longo prazo e que inundaram o país, trazendo prosperidade e crescimento.

Os governos militares ganharam popularidade assim como Lula teve em seu primeiro mandato. Essa popularidade trouxe grande poder, tal qual. O que podemos observar é que poder demais produz uma sensação de "pode tudo" e, o que aconteceu com Lula foi também um fenômeno de alguns governos militares que se excederam em suas ações, praticaram corrupção, superfaturamento em obras e muitos projetos do governo eram dominados por militares ocupando postos por indicação política e interesses alheios aos interesses da nação.

O incrível sucesso trouxe aos militares, assim como trouxe ao Lula, um certo descaso com a coisa pública. O sucesso fácil fez militares abandonarem a austeridade fiscal e o rígido controle da economia, dando início a uma grave crise econômica, cujo start foi a "crise mundial do petróleo" ocorrida a partir de 1973. O grau de endividamento externo supera 90% da dívida total nos anos 80 e a crise fiscal faz aumentar a dívida interna consumindo com juros a capacidade de investimento do governo. O temor aumentava em relação a saúde financeira do país, a dependência do país aos empréstimos externos só aumentava e os juros cresciam na mesma proporção do risco-Brasil.

Em 1982 a recessão econômica era profunda! O desemprego recorde havia disparado desde a crise da construção civil iniciada em 1975, com auge em 1976, atingiu a indústria de forma brutal nos anos 80. O brasil agora estava nas mãos e sob controle de credores externos que ditavam regras econômicas e exigiam o cumprimento de normas cada vez mais recessivas. 

Com a produção em baixa e uma inflação de custos absurda, o dinheiro não valia mais nada. Os governos militares perderam popularidade, cresceram os movimentos populares que pediam a redemocratização do país, eleições diretas e a anistia aos exilados políticos. 

Os militares haviam prolongado demais a intervenção que se transformou numa ditadura que limitava a liberdade de expressão. A população foi ensinada durante esses 21 anos, que política não era assunto para o povo e a alienação foi um legado trágico que "matou" gerações, deu oportunidade para que as esquerdas viessem a ocupar o vácuo de poder. O brasileiro agora buscava novos "Salvadores da Pátria" e encontraram 21 anos depois, os mesmos que levaram os militares ao poder em 64 pela intervenção. Esses agora, pareciam heróis diante de uma nova geração de alienados políticos.

Em 1985 o país voltou a ter um presidente civil que herdou uma economia destruída pela alta inflação, que chegou a índices de mais de 200% ao ano. As bases da economia estavam adoecidas pela crise fiscal e dívidas interna e externa que levariam a hiperinflação nos anos seguintes, superando 1000% ao ano.

Os militares foram fundamentais em certo sentido, mas não largaram o poder facilmente e, ainda cometeram erros absurdos em relação a transição, com dívida externa absurda, produção irregular e inflação descontrolada. Um legado que destruiu grande parte dos benefícios iniciais da intervenção. Sua extensão alongada ao extremo arrasou a economia só controlada em 1994 com o advento do Plano Real.

Esses são fatos históricos que intervencionistas tentam esconder com a mesma força que petistas tentam transformar os 13 anos de PT, numa revolução transformadora da sociedade e tentam colar que exista o fim da pobreza anunciado mundo afora, mas que não encontra conexão com a realidade em ambos os casos. A intervenção certamente representaria um atraso insustentável ao Brasil, a perda de investimentos externos, represarias e sanções econômicas que o país não suportaria. 

É preciso assumir os fatos, romper com o Estado Gigante, aprender com a História para não repetir os mesmos erros que tanto prejuízos trouxeram ao nosso lindo e resiliente país.

Vamos mudar, vamos romper com as mentiras? Vamos trabalhar pela mudança em 2018, renovando o Congresso Nacional e elegendo gente com projeto de país? 

Gente que represente romper com esse Sistema Perdulário e ineficiente, que reduza o Estado, os privilégios, os impostos e faça a economia do país vencer os desafios da produção, que a riqueza produzida pela sociedade permaneça e seja distribuída a quem produz, quem trabalha e quem investe no país, na produção e geração de empregos.

A única forma do país sair da inércia econômica consiste em estimular os investimentos em pequenas empresas e projetos, investimentos em infraestrutura e crescimento baseado na eficiência e capacidade de produção interna em todos os setores, a exemplo do que ocorre com o agronegócio brasileiro. 

A economia no Brasil somente voltará a crescer se fizermos as “lições de casa”. É preciso reformar todos os níveis de contas obrigatórias, desburocratizar, desestatizar, tornar o Estado mais seguro no sentido de evitar o aparelhamento e a sensibilidade a mudanças de governo. A economia de mercado e incentivo a pequenos empreendedores e atração de investimentos, são itens fundamentais para que o Brasil entre em 2019 num ciclo de desenvolvimento e crescimento consistente, fechando as portas totalmente aos modelos praticados pelos militares (crescimento baseado em endividamento externo) ou no modelo Lulopetista (crescimento baseado em aumento da demanda por crédito, sem investimentos privados e subsídios estatais para “empresas amigas”). 

Retrocesso nunca mais!

 POR ALUISIO NOGUEIRA













-É Escritor, Romancista, Terapeuta, Consultor de Empresas e de Economia.

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