Talvez você não perceba que ao abrir os olhos pela manhã ao som de seu despertador, você tem diante de você um menu onde pode escolher tudo sobre o seu dia, e quem sabe sua vida.
Algumas pessoas reclamarão todos os dias sobre o barulho do som que o faz acordar, sem se dar muito conta de que precisa apenas, antes da próxima manhã de som torturante, trocar o toque para outro, mais agradável.
Talvez você nunca tenha percebido que diante de várias situações que te irritaram profundamente durante seu dia, estava a oportunidade de escolher por não se irritar.
(Então você se pergunta: “É mesmo? E onde fica esse botão?”)
Vamos lá, vamos aprender juntos.
Você pode escolher por soltar todos os palavrões que conhece ao derramar sem querer, café na camisa com a qual iria trabalhar.
Você também pode escolher por sair odiando o vizinho quando chega na garagem e o carro dele está muito próximo ao seu.
E talvez você não se dê conta de que com raiva acabou por acelerar demais seu veículo ao sair, contraindo uma multa na esquina.
Além disso chegou alterado demais naquela reunião importante e acabou sendo julgado negativamente, perdendo de fechar aquele negócio esperado.
Tudo poderia ter sido diferente.
Você concorda?
Mas de nada resolve partirmos para o passo de aprender a escolher, se antes disso não aprendermos o passo da consciência.
Primeiramente eu tenho que aprender a fazer um balanço dos meus dias, dos meus meses, dos últimos anos da minha vida e o que eu tenho feito dela, que aliás está passando tão rapidamente enquanto eu me embrenho neste terror de estresse e flagelo, que é a correria da vida moderna.
Quais são as suas últimas lembranças sobre se cuidar com calma, ou quando esteve em estado de paz prolongada, descanso e despreocupação?
O que tem feito com seu tempo, família, com seu corpo?
É preciso aprender o exercício de manter a consciência sobre nossos momentos, sobre cada passo de nosso dia, e principalmente e indispensavelmente sobre os momentos em que se começa a sair do equilíbrio, a caminho da irritação, raiva, ansiedade ou do que quer que seja que lhe tirará do mínimo centramento.
Porque é nesse exato ponto que eu posso aplicar estar alerta e definitivamente escolher se vou ou não adentrar ao chamado daquela situação estressante que ali se apresenta.
É uma questão de segundos, mas segundos decisivos e valiosos.
Ao enfrentar, por exemplo, a atitude mal-educada de alguém logo cedo, na fila para pedir um suco na lanchonete, quando este alguém simplesmente entra na minha frente me ignorando num ato brusco de malcriação, eu posso chamar pela minha consciência, respirar, e naquele instante escolher o que pensar, e como prefiro reagir.
Posso então escolher esbravejar com a pessoa, elevando meu estado furioso, me esquecendo completamente dos últimos prejuízos que sofri ao sair nervoso de casa para ter um dia infernal.
Posso escolher gritar palavrões dentro da minha cabeça, o que não me fará menos nervoso.
E posso escolher por me esforçar por manter a minha paz, imaginando apenas que aquela pessoa talvez não tenha recebido educação adequada de berço, ou que ela esteja passando por um momento tenebroso em sua vida, que a fez reagir assim pelo mundo afora, e nem foi pessoal.
Eu posso mudar meu foco, respirando fundo e trazendo uma recordação que valha a pena, ou acessando meu aparelho celular para um grupo de amigos de onde geralmente vem mensagens bobas, mas engraçadas, que divertem.
O que importa é conseguir a grandeza de mudar o foco no momento certo.
E aos poucos poder ter a felicidade de observar que consigo aliviar e evitar sofrimentos e desgastes.
Posso escolher entre o céu e o inferno.
A questão é: eu sempre posso. Eu posso fazer da forma como eu quiser. Posso escolher tentar estar mais tranquilo e menos desequilibrado, oferecendo uma parte melhor de mim para mim mesmo, e para quem estiver perto de mim.
Talvez até hoje você não tenha parado para pensar nisso, ou talvez esteja esperando se sentir exaurido o suficiente para começar a pensar em mudar isso na vida.
Sem dúvida que é mais inteligente que se aprenda o quanto antes a escolher pela serenidade, se colocando mais disposto a aprender que todo mundo é tão diferente do outro, e que não adianta esperar que mesmas atitudes minhas venham do outro para mim.
Aprender a se manter dentro de sua boa escolha por um estado de ânimo feliz, entendendo que o outro é responsável pelas escolhas dele, não permitindo que o estado do outro afete o meu.
Isso parece mágico, mas é apenas um lado real da vida, aliás, um lado que inúmeras pessoas não acessam há muito tempo, já habituadas à sua ansiedade e dificuldades no dia a dia.
É passo a passo, é conseguir cada dia um pouco mais.
Então agora que você já sabe do caminho, fica a seu critério escolher seguir por ele.
Basta se lembrar desses passos:
Reveja sua vida e a qualidade dela.
Se coloque alerta desde que acordar, na intenção por um dia leve.
Mantenha a consciência assim que uma situação adversa surgir.
Pause por um segundo e respire, se permitindo tomar uma decisão ali, como se tivesse um botão positivo que pudesse apertar e seguir em frente desejando aproveitar seu dia e ser feliz.
Mude o foco de sua mente toda a vez que sentimentos ruins se intensificarem.
Treine, exercite, aplique.
Escolha sempre consciente.
Escolha sua paz (com cobertura extra de saúde e satisfação com a vida).
POR ROSANGELA TAVARES
-Psicóloga clínica – CRP 06/64149;
-Formada em psicologia clínica pelo Centro Universitário Unicapital, na Moóca, ano de 2000;
-Atende em consultório particular, na abordagem psicanalítica;
-Atendimento de adultos, adolescentes, casal.
Rua Santa 104 – Vila Mascote – São Paulo – SP
www.rosangelatavarespsicologa.com.br
WhatsApp: 11 985725600
Nota do Editor:
Todos os artigos publicados no O Blog do Werneck são de inteira responsabilidade de seus autores.
Caríssima, peço perdão por ter a opção de escolher mas deixar minha mente pesada e passada a ferro nos jogar no limbo da política brasileira, onde nós fazemos péssimas escolhas, deixamos nosso fervor, nosso horror do dia a dia entupirem nossas mentes e assim, elegermos e reelegermos esse bando de sanguessugas, que nos prometem dias melhores...
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