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sábado, 14 de março de 2020

O Uso de Jogos e brincadeiras na Educação


Autor: Lúcio Panza(*)



No Brasil o uso de jogos na escola foi incentivado pelo movimento educacional Escola Nova, que na década de 1930 procurou modernizar o ensino trazendo para a escola as novas descobertas, nos ramos das várias ciências, acerca do ensino e da aprendizagem. Em 1953 foi criada a Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário (CADES). Nessa campanha os professores que ministravam cursos de capacitação davam ênfase ao lúdico nas aulas para estimular e motivar os alunos pelo gosto a Matemática (Januário, 2008). 

Os "Jogos e Brincadeiras” estão contemplados nas Diretrizes Curriculares para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio como conteúdos estruturantes. Conforme as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’ s, MEC, 1998, p.47), as atividades com jogos podem representar um importante recurso pedagógico, já que: 

"Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções. Propiciam a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e imediatas, o que estimula o planejamento das ações". 

O interesse em aprender pode ser despertado no aluno através de ambiente lúdicos que harmonizam conhecimento e prática dos conceitos repassados em sala de aula. 

Partindo-se do pressuposto de cunho educacional eu criei um jogo pedagógico e propus a um grupo de quinze alunos do 8° ano do ensino fundamental de uma escola municipal, localizada no município de Bangu, Rio de Janeiro, que manusearam o jogo Cidade-célula. O jogo aborda as funções das organelas da célula animal através do uso de analogias pela comparação de estruturas prediais de uma cidade modelo. O jogo foi elaborado a partir de adaptações do modelo TWA (Teaching With Analogies) proposto por Glynn (1991) com base em análises de livros didáticos de vários níveis escolares. Glynn (1991) realizou observações de aulas de professores de ciências. 

O jogo Cidade-célula aborda, com uso de analogias, as relações de complementaridade funcional das organelas celulares; faz uso de representações de construções da cidade: usina hidroelétrica, biblioteca, rodoviária, farmácia, alfândega e restaurante, como forma de sugerir comparações de desempenho de atribuições públicas às funções das organelas celulares. 

Os resultados indicaram que o jogo atraiu o interesse, apreço das crianças envolvidas e que o trabalho com analogias auxilia a percepção.

Destaco muitas vantagens no uso de jogos no ambiente escolar como facilitador da aprendizagem de conceitos já aprendidos de uma forma motivadora para o aluno, favorecendo a socialização entre eles, o desenvolvimento da criatividade e a participação do aluno na construção do seu próprio conhecimento. 

Para maiores informações sobre o jogo e como utilizá-lo em sua prática pedagógica entre em contato pelos canais: professorpanza@gmail.com

*LÚCIO LAMOGLIA PANZA




















-Pós-graduado em Ensino de Ciências e Biologia pela UFRJ e Biociências e Saúde pela FIOCRUZ;
-Atua como professor regente no magistério público estadual e municipal da cidade do Rio de Janeiro;
-Possui experiência em mediação de exposições científicas em espaços formais e não-formais. Elabora projetos de jogos didáticos com foco no aspecto lúdico como instrumento de aprendizagem; 
-Participa de atividades de extensão cultural com projetos pedagógicos desenvolvidos nas Unidades escolares.
Site: http://luciopanzasilva.wixsite.com/escritor


Nota do Editor:

Todos os artigos publicados no O Blog do Werneck são de inteira responsabilidade de seus autores.

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