Autora: Maria Cristina de Oliveira(*)
Neste ano era esperado um forte investimento no Brasil. Estimava-se que os empresários investiriam expressivamente na expansão dos seus negócios a partir da aprovação da PEC do pacto federativo, da aprovação da Reforma Administrativa, da Reforma Tributária, da Reforma Emergencial e da autonomia do Banco Central, antes das eleições municipais.
Veio o COVID-19 e o impacto foi grande em todos os sentidos. Deveríamos levar no máximo 30 dias para nos adaptarmos e seguir em frente, com as realizações dos planos do Governo, mas conflitos internos, políticas públicas erradas nas esferas federativas, jogo de interesses, gastos não previstos, choque de demanda, choque de oferta, perdas de vidas. Enfim, uma verdadeira catástrofe e nada foi aprovado. Portanto, o Brasil não deve mais contar com novos os investimentos neste ano.
Se olharmos as nossas exportações líquidas que é um braço forte da nossa economia, vamos ver que ela também foi atingida, porque nossos maiores compradores são a China, União Européia, Estados Unidos, Argentina, países do epicentro do Covid-19. Portanto, as exportações brasileiras ficaram comprometidas.
O consumo é outro braço forte de aquecimento da economia, mas com as pessoas em isolamento diminuiu a necessidades de se consumir e somada à insegurança de se perder o emprego, certamente provocou a queda de consumo.
Diante de tantas dificuldades na economia o Governo agiu, por exemplo, destinando cerca de 40 bi para manter as pequenas e médias empresas em modo de sobrevivência, para que elas não fechassem definitivamente, mas mesmo assim até julho deste ano, segundo o IBGE, 716.000 empresas fecharam as portas.
Não será fácil a retomada da economia e o país já comprometeu quase 100% do PIB. Uma ação de extrema importância dos governos é facilitar a vida de quem quer empreender, porque o empreendedor é capaz de gerar renda, gerar empregos.
Nos últimos anos tem crescido muito a economia criativa. Este setor chegou a empregar formalmente em 2017 em torno de 840 mil profissionais.
Segundo
o autor inglês John
Howkins no livro "The Creative
Economy", publicado em 2001, são atividades nas quais a
criatividade e o capital intelectual são a matéria-prima para a criação,
produção e distribuição de bens e serviços.
A economia criativa diz
respeito ao segmento econômico onde a criatividade individual é a principal
fonte de transformação. É o uso que as pessoas fazem da sua imaginação criativa
para dar valor ou agregar valor a uma ideia.
As indústrias criativas, portanto, são aquelas que utilizam como insumo produtivo a criatividade e as habilidades dos indivíduos.
Os serviços que compõem a
economia criativa são, por exemplo, jogos eletrônicos, vídeos sob demanda,
design, desenvolvimento de software, mídias, editoração, música, teatro, dança,
propaganda artística, arquitetura, artes, cinema, TV, rádio, etc.
Calcula-se que no Brasil a economia
criativa já representa 16% do PIB.
Há muito que se fazer após a
pandemia, começando com todos os cuidados de proteção à saúde no combate ao
Covid-19.
Graduada em Letras pela PUC Campinas;
-Pós-Graduanda em Ciência Política pela UNYLEYA ;
-Atualmente é funcionária pública federal.
Nota do Editor:
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