Autora: Genha Auga(*)
Por que será que aquilo que está em nós, insistimos em jogar, culposamente, nos outros? O que não queremos enxergar em nós mesmos, refletimos nos espelhos deslocados e desfocados de várias outras pessoas e, quase sempre, não nos identificamos com nenhuma delas.
Vivemos num faz de conta, não assumimos posturas perante a vida, aceitamos qualquer julgamento ou deixamos vir ao nosso encontro o que nem sempre queremos ou escolhemos e esse estado de “paralisia” pode levar-nos a becos escuros e à depressão porque perdemos a capacidade de interagir com aquilo que realmente cultivamos e alcançamos, seja o mais íntegro ou fragmentos que carregamos dentro de nós.
Recusamos o que somos e nos envolvemos com pessoas com as quais não temos afinidades e que tomam conta de nossas vidas. Seria como recusar o maior presente que Deus nos deu que é a vida e o livre arbítrio, para ficarmos em busca de recompensas ou culpas em outros espelhos que não são os nossos. Afinal, cada espelho é pessoal e cada um deve ter sua própria sombra.
Deixemos vir ao nosso encontro, seja com afinidades ou convergências, somente o que queremos e escolhemos, como se guardássemos uma chama todas as noites...
Se vivermos de forma transparente a vida será melhor e, mesmo quando ela nos trouxer momentos difíceis pelos quais teremos que passar, ainda assim, poderemos protagonizar nossas vidas e somente protagonistas regem espetáculos...
Deixemos cair nossos confortáveis disfarces. Não ganharemos pontos nos escondendo do que dá medo ou de quem nos reprova. Cada um tem que ver a vida da forma que conhece e de acordo com o ambiente que foi criado ou onde viveu, assim como a diferença entre o menino da rua, o da periferia e o da classe mais favorecida.
Todos tem seu valor na Terra, somos criativos, produtivos e importantes para quem nos conhece.
O destino se cumprirá e a morte certamente chegará, mas o que deixaremos será apenas o que fomos e como vivemos, faremos falta por nossa importância e para quem nos carregar dentro de si.
Reflitamos sobre nossas questões e aprendamos nessa escola a enfrentarmos qualquer tipo de escuridão que nos aprisione, não nos suicidemos pela alma, vivamos plenamente cada experiência, aceitemos com calma cada momento ruim e imaginemos a melhor forma de sairmos dela. A calma nos trará pensamentos coerentes e bons resultados.
Não abramos mão do caminho até a felicidade e mesmo que sejamos inadequados, ainda poderemos rir e, se não pudermos mudar nossas vidas, temos que contá-las aos nossos filhos e netos, para que eles, através de nossas experiências, possam mudar, talvez, o curso deles.
(*) GENHA AUGA
-Bacharel em Comunicação Social, com Habilitação em Jornalismo Impresso -(MTB: 15.320);
-Cronista do Jornal online “Gazeta Valeparaibana” - desde fevereiro de 2012;e
-Direção Geral da Trupe de Teatro “Seminovos” – Sede de ensaios no Teatro João Caetano de São Paulo (Secretaria Municipal de Cultura-Prefeitura de São Paulo) – autora de textos e roteiro - desde 2015 com apresentações em Teatros, CEUs, Saraus, Hospitais, Escolas, Residenciais para Idosos, Centros de Convivências, Eventos, Instituições de Apoio às Crianças Especiais
NOTA DO EDITOR :
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