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sábado, 23 de julho de 2022

Alunos e o desenvolvimento de habilidades



 Autor: Emilton da Silva Amaral(*)

Muitos de meus alunos, ao longo dos anos, tímidos e temerosos, tiveram suas habilidades destravadas. Alguns se tornaram profissionais habilidosos em diversas áreas, outros se tornaram docentes e até palestrantes. Fico emocionado só de lembrar o antes e o depois. A principal chave para alcançar esse objetivo é, antes de tudo, o fator motivacional. Saber estimular o aprendizado, a vontade de aprender, não depende somente dos aprendentes, mas também daqueles que escolhem a profissão de ensinantes, professores ou não. Não basta apenas desenvolver os conhecimentos didáticos do processo de ensino/aprendizagem, é preciso ter empatia, gostar de acompanhar o desenvolvimento de cada pessoa, alegrar-se com cada pequena evolução. Em minha jornada, até aqui, tive a oportunidade de orientar milhares de pessoas em suas questões pessoais e profissionais. Essa é a missão que escolhi desde muito cedo. Como é bom poder ajudar!

Talvez, para alguns colegas acadêmicos, dizer que tive a oportunidade de orientar milhares de alunos possa causar alguma estranheza, mas foi a minha realidade. Sempre fui próximo e empático para com meus alunos. Fui instrutor por muitos anos, antes de me tornar docente. Ministrar aulas e palestras em escolas da rede pública e privada, nos estados do RJ e ES, foi de grande inspiração e aprendizado. Ao longo dos anos recebi SMS, e-mails, telefonemas e mensagens de pessoas gratas por terem estudado, ou mesmo, só me escutado em palestra. Me lembro de um testemunho, não provocado, de uma aluna que, ao início do curso era tímida demais, onde declarou seu agradecimento por ter feito uma apresentação, na escola onde estudava, sendo aplaudida e ovacionada de pé por seus colegas de turma, os mesmos que praticavam "bullying", por seu comportamento arredio e tímido. Ser aplaudida por desconhecidos é uma coisa, ser aplaudida e aclamada por colegas de turma é um verdadeiro acontecimento transformador.

A vida é feita de escolhas e essas determinarão os resultados que obteremos durante a jornada. Todos se sentem atraídos por pessoas bem humoradas, bem dispostas, atenciosas, inteligentes. Pessoas que têm segurança no que falam, transmitem a segurança que todo Líder precisa ter. Isso se aprende por teoria e prática. Nossas ações, gestos e falas transmitem o que somos e pensamos. Por isso é necessário ter um mínimo de cuidado com o que falamos e como falamos, pois "traumas" podem advir daí, prejudicando a motivação de cada indivíduo. O que falamos pode ser compreendido de uma forma diferente da que desejamos. O entendimento difere de pessoa para pessoa.

Em países em desenvolvimento, algumas pessoas podem pensar serrem muito melhores do que de fato são, e essa tendência de se sobrestimar é ainda pior nas elites, segundo o professor Stephen Loughnan, da Universidade de Melbourne (Austrália) e doutor em psicologia.

Destruidores de Sonhos estão por todos os lugares, estão em todas as situações, podem estar ao seu lado na forma de um amigo, de um familiar, de um(a) colega de trabalho ou de local de estudo, pode até mesmo ser uma pessoa que você ama e te ama. Uma fala destruidora de sonho, muito comum de se ouvir é: "Isso não serve para você" ou "Você sabe que vai levar um tempo para conseguir, se conseguir", ou ainda, "Você nunca pensou em fazer outra coisa?"... Nem todos sabem que estão minando a motivação, ou fazem isso intencionalmente. É a visão que têm sobre o assunto, a atividade ou questão. Como disse antes, o entendimento e a compreensão difere de pessoa para pessoa. Mas, como manter a sua motivação? Com o verdadeiro interesse e dedicação! Não se pode obter resultados desejados e de qualidade sem manter o foco no principal objeto que se deseja alcançar ou realizar.

*EMILTON DA SILVA  AMARAL


-Licenciatura em Ciências Biológicas pela UFRJ - Universidade Federal do RJ (2013);

-Pós-Graduação Lato Sensu pela ISEAC - Faculdade Afonso Cláudio (2013);

-Pós-Graduando  em Língua Portuguesa – Redação e Oratória  no Centro Universitário Celso Lisboa;

Nota do Editor:

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