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sábado, 9 de março de 2024

Educar para a sustentabilidade




 Autor: Carlos Arruda (*)


Ao depararmos com os noticiários atuais, somos bombardeados com informações sobre questões climáticas e ambientais, particularmente em nosso país, como a ocorrência de secas prolongadas, chuvas intensas nunca observadas antes, além de questões como epidemias de dengue, covid, dentre outras doenças que pareciam estar controladas ou até mesmo extintas.

Aí nos perguntamos: O que está acontecendo? Será o fim dos tempos?

Ao termos a história como parceira, verificamos que o modelo de sociedade que escolhemos, nos fez abraçarmos cada vez mais o ter, o acumular, sacrificando o meio social e a natureza, esgotando os seus recursos, seu poder de recuperação, e sobretudo que esta também é um ser vivo, que age e reage.

Esse modelo abraçado pela humanidade, criou "estruturas sociais pesadas", não somente nos meios de produção, como também modelos políticos que radicalizaram na tese de que o ser humano se faz por aquilo que tem e os que não tem devem lutar para terem!

Minha pergunta é: qual o preço que estamos pagando por isso?

Não se trata aqui de adotar posturas ideológicas partidárias, mas sim em refletir, como a humanidade está dando valor à vida e o que de fato é necessário para sermos felizes!!

Este modelo social que está ai, é mais do que evidente que não respeita nada, nem o ser humano, muito menos o planeta!

Mas como mudar isso?

Sem dúvida nenhuma para mudar ou minimizar essas condições, é preciso mergulhar num verdadeiro estando de "conversão", quase que religiosa, é preciso educar e reeducar o espirito de todos, desde as gerações mais novas até às mais adultas, levando em conta que de fato, o que se está em jogo é o futuro da vida e da humanidade.

Por exemplo: se nossas cidades não suportam mais tanto veículos, não estaria na hora de usarmos mais outros meios, como o transporte público (que necessita ser decente), bicicletas, minimizando dessa forma o dióxido de carbono, o desgaste das vias urbanas, proporcionando uma melhor convivência?

Não se trata aqui de "acabar com o automóvel", mas utilizar o mesmo quando necessário. E outra coisa: é necessário numa família com quatro pessoas, todos terem automóvel?

Uma outra questão para se refletir: como nos alimentamos favorece nossa saúde, preserva a estrutura da saúde pública, consumimos menos medicamentos, aumentamos nossa longevidade? Praticamos atividades físicas, necessárias à nossa saúde física e mental?

Abordei acima somente alguns exemplos, mas de nada adianta tudo isso, sem investir nas novas gerações tendo a Educação como ferramenta.

É preciso que as crianças construam um entendimento sobre o modelo nefasto de sociedade que estamos vivendo e que tomando consciência disso, questionem, proponham, que sejam criativos e que cuidem da vida em todas as suas dimensões, coisas que não estamos fazendo direito, deixando um péssimo legado e ainda colocando em risco a vida no planeta num curto espaço de tempo!

De fato, educar para a sustentabilidade é de fato ver, apontar, corrigir e propor um modelo alternativo de vida, que respeita todas as suas dimensões, que trabalha o cuidado e a empatia com o(s) outro(s), é se preocupar consigo mesmo e com o semelhante e com o meio.

Educar pela sustentabilidade não se restringe "a plantar árvores"! É rever todo o modo de vida e as estruturas sociais (principalmente o Estado) que replica um modelo devastador com tragédia anunciada! De fato, educar para a sustentabilidade é uma proposta de conversão de vida, é acreditar que o possível é possível, é dignificar a vida!!!

*ANTONIO CARLOS JESUS ZANNI DE ARRUDA
















-Graduação em Pedagogia pela Universidade do Sagrado Coração (2017);

- Graduação em Filosofia pela Universidade do Sagrado Coração (1996);

- Mestrado em Educação para a Ciência pela UNESP (2004);
-Doutorado em Educação para a Ciência pela UNESP (2009); e

- Pós doutorado em Educação pela UNESP (2020)


-Trabalha no Ensino Superior nas mais variadas disciplinas, como filosofia, ética e responsabilidade social, antropologia, metodologia científica e filosofia da educação) ;

-Possui experiência na EAD (Educação a Distância) como tutor e elaborador de conteúdos, de projeto pedagógico e gestão de processos;

-Possui conhecimento em metodologias ativas;

- É parecerista ad hoc de avaliação de artigos científicos na Revista Educação e Filosofia na UFU (Universidade Federal de Uberlândia);

- Participa do grupo de estudos em Desenvolvimento Moral na UNESP de Bauru - SP;

-Possui competências em Gestão Educacional, incluindo em especial a liderança e gerenciamento de professores, coordenadores universitários e processos acadêmicos;

 -Possui contato e experiência com o SINAES, ENADE, FIES, PROUNI, Censo de Ensino Superior, CPC’s de Curso Superior, Projetos Pedagógicos de Curso, Projetos de Desenvolvimentos Institucional, Avaliações de Cursos, projeto de elaboração e solicitação de abertura de cursos na modalidade EAD junto ao MEC e ainda recepcionar avaliadores do próprio MEC. É Colaborador de Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação e Moralidade na UNESP de Bauru - SP. e

-É avaliador de cursos superiores pelo Conselho Estadual de Educação do Estado de São Paulo.

Contatos:

e-mail: arrudafilosofia@hotmail.com

linkedin: Carlos Arruda

Tel: (14) 991152195

 Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0764418599887611


Nota do Editor:

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