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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O tempo em que o amor não tem tempo (Um texto agradável ou um aprendizado)


                    As pessoas estão cada vez mais conectadas, mas nunca se sentiram tão sós. As coisas mais importantes tornaram-se: ter o novo modelo de celular, o time de futebol, a marca que usa (viramos modelos de propaganda), fazer sexo com o maior número de pessoas possíveis, receber curtidas nas fotos das redes sociais. Chegamos em uma época onde ser bem sucedido é ter dinheiro, o carro do ano, o apartamento, um título.
Vivemos em uma sociedade depressiva, perdemos a essência humana entre o medo e a desordem de uma competitividade doentia baseada unicamente no sucesso material. Quem somos e o que nos tornamos? Somos o que temos. Precisamos ter para ser? Mas, já não somos? Tornamo-nos desejos de escolhas alheias, desejo do desejo do outro. “Acostumamos a viver na solidão”. Perdemos de si mesmo. Seguimos a rotina diária de permanecer como homens sérios, quando dispomos de horas raras.

Tristes dias. Chegamos ao tempo em que o amor não tempo. Talvez um dia acordamos e vemos o quanto o tempo cortou nosso rosto com uma navalha, já que não tivemos olhos para ver o tempo com calma. O tempo é uma palhaço que dorme a espreita. Então, encontre-se no caos das capitais, na multidão de solitários perambulando pelo metrô e nos shoppings. Encontra-te a ti mesmo e todo o amor que perdeu com o tempo. Afinal, com o passar do tempo, perdemos a ingenuidade e a fantasia e nos tornamos adultos solitários, sempre em busca de preencher um vazio que nós mesmos criamos.

Portanto, não deixe de seguir seu coração, seus desejos e sonhos. A felicidade está no amor, no canto dos pássaros, na brisa no rosto, no sorriso de uma criança, na energia do mundo (Deus). Ame mais, brinque mais com as crianças e amigos, sinta mais a brisa no rosto, leia mais poesias, deixe a criança que está dentro de você viver, diga mais eu te amo, abrace mais, beije mais, sonhe mais – Viva. Afinal, como dizia Fernando Pessoa: “Somos apenas cadáveres adiados.

Por MARCELO SANTOS SOLEDADE
















- Escritor;
- Autor do Livro de poesias "O Outro de Mim- Editora -Biblioteca 24 horas- 2013;
- Já trabalhou como:
   - Auxiliar Administrativo;
   - Operador de Call Center e
    - Assistente de Atendimento;
- Atualmente está se graduando em Psicologia(5º ano) pela Faculdade Metropolitanas Unidas - FMU

Nota do Editor:

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