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domingo, 30 de outubro de 2016

Outubro rosa e o impacto psicológico da mulher diagnosticada com câncer de mama


Há um processo interno de incertezas e dúvidas, que se inicia, a partir do momento em que a mulher descobre que tem um nódulo na mama.

Ao se confirmar que o tumor encontrado é maligno, haverá diferentes fases de conflitos internos que oscilarão desde a negação da doença, até mesmo a fase final onde há a aceitação da existência do tumor, pelas quais a mulher diagnosticada passará.

A mulher com câncer de mama juntamente com sua família passam por alterações psicológicas, que são os conflitos internos, os quais não terminam com a cirurgia, mas sim, vão além com os tratamentos, como exemplo, a quimioterapia e a radioterapia.

Geralmente e infelizmente, percebe-se que as pessoas tratam os indivíduos acometidos pelo câncer como quem está para morrer brevemente. Muitas vezes, assim como o próprio paciente, querem saber “quanto tempo” a pessoa ainda tem de vida. Assim, algumas vezes se padecem da situação ao invés de apoiar a pessoa com câncer e motivá-la a seguir em frente, o que muito auxiliaria a diminuir a incidência de depressão, que em muitos casos, são altas.

Na maioria das vezes, no momento em que a mulher tem o diagnóstico de câncer de mama confirmado, a primeira reação é de desespero. E então, há uma concreta percepção da finitude da vida humana, por meio da antecipação da presença da morte. Este impacto inicial é o marco das alterações psicológicas causadas pelo diagnóstico do câncer de mama. Porém, a reação ao diagnóstico, depende das características da personalidade de cada paciente, da doença, das variáveis do tratamento, da interação da paciente com a doença e, ainda, dos fatores ambientais. O câncer de mama pode ser considerado uma das doenças mais temidas pelas mulheres, tanto do ponto de vista físico, pela possibilidade de uma mastectomia, quanto do ponto de vista psicológico, pois a mama tem uma representação simbólica muito importante para a mulher, que alcança diversos aspectos profundamente enraizados no universo feminino, tais como a feminilidade, maternidade, sexualidade e a autoestima, que podem ser afetados diretamente com a mastectomia. O acompanhamento psicológico de uma mulher diagnosticada com câncer de mama e que precisará passar por uma mastectomia se torna importante diante das inúmeras sensações que podem se fazer presentes antes e pós cirurgia. O intuito do psicólogo é o de auxiliar a mulher no processo de enfrentamento dessa situação, em que podem estar bem presentes sintomas depressivos, de angústia e/ou de ansiedade. Já a cirurgia reparadora é uma contribuição significativa para a reconstrução da integridade psíquica das pacientes, promovendo segurança, motivação e melhora da autoestima. Mesmo assim, algumas mulheres podem ainda vivenciar essa situação com dificuldade. Nesses casos, um trabalho psicoterápico pode amparar a paciente a receber essa situação, superar suas dificuldades, analisando possíveis sentimentos de angústia atuais nesse momento.

Como vimos, a paciente, assim como toda a família, pode se abalar com o diagnóstico de câncer de mama. Por conseguinte, é importante que a família seja/esteja bem estruturada diante do diagnóstico, para poder proporcionar uma rede de apoio consistente, o que permitirá à mulher com câncer de mama, um melhor enfrentamento da circunstância.

Conscientize-se, previna-se contra o câncer de mama, faça o autoexame. Declare seu amor por você mesma, cuide-se.

POR MARCELA ALCANTARA HENRIQUE DA ROCHA










-Psicóloga CRP SP 06/118780
-Bacharel em Psicologia - Unicastelo - Universidade Camilo Castelo Branco SP;
-Atuação em Psicologia Clínica desde 2014: atendimento psicoterápico individual para adolescentes, adultos e idosos. Terapia de Casais. Orientação Vocacional;
-Formação Complementar em Projeto de Extensão: "Plantão Psicológico" - Centro de Formação de Psicólogos - Unicastelo (2014);
-Publicações em Brazilian Journal of Health - artigo: "Depressão Ocupacional: Impacto na Saúde Mental do Colaborador" (2015) (Fabio Pinheiro Santos, Marcela Alcantara Henrique da Rocha) - disponível on-line no endereço eletrônico http://inseer.ibict.br/bjh/index.php/bjh
-Telefone: (11) 98370-7839 (whatsapp) 
-E-mail: marcelarochapsi@gmail.com

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