Eu amo ser casada com meu marido. Amo enfrentar desafios juntos, compartilhar conquistas e derrotas, trocar coisas, ideias e experiências. Mas nem sempre é fácil. Já passei e passo (menos) por crises, problemas difíceis de serem resolvidos sem uma boa dose de autoconhecimento.
Vou dividir com vocês então, algumas coisas que aprendi com a experiência e com o investimento no relacionamento. Destaco: O casamento é uma das principais oportunidades para o nosso desenvolvimento pessoal.
Vamos lá:
1. Conhecer seus valores e os valores do seu parceiro.
Valores são atitudes que servem de guia para nossas decisões e formas de viver. Os nossos valores nos guiam independentemente de os-conhecermos ou não. Não conhecê-los, nos deixa confusos, dificulta fazer escolhas, dificulta acordos, diálogos.
Por exemplo, se um dos mais importantes valores meus é a honestidade, ficarei incomodada ou furiosa quando não ver honestidade no meu parceiro, mas posso até não saber porque estou me sentindo assim. Se um valor dele é comprometimento e este não é um valor meu, altas brigas podem sair dali, sem que saibamos exatamente porque estamos brigando.
Quando um sabe o valor do outro, o respeito aumenta, o diálogo honesto e maduro. Mas como fazer isso? Pergunte ao parceiro, quais atitudes, qualidades, virtudes são importantes para ele e faça as mesmas perguntas para si mesmo.
2. Saber que estilo de vida quer ter. Não aquilo que é possível dentro das suas crenças limitantes, mas aquilo que realmente você acredita que fará com que a sua vida seja boa, prazerosa, alegre e saudável. Conhecer seus sonhos mais importantes.
Feito isso, nunca abandoná-los sem uma boa reflexão. Levar a sua vida a sério e incluir a outra pessoa na vida que quer ter. Saber também como é a vida que o outro deseja ter, conhecer os seus sonhos.
Depois disso encontrar uma área comum, e focar nesta área, juntar suas forças com as dele para que vocês se direcionem para lá.
3. Cada um é um, cada um tem a sua própria vida que deve ser preservada. A singularidade de cada um é importante na vida a dois. Ao mesmo tempo existe a vida a dois em si. Eu diria que é como uma intersecção das duas vidas, ou a área comum da qual falei acima. Saber disso apenas: Existe a minha vida, a vida do outro e a nossa vida. Não colocar tudo num saco só, não misturar as coisas. Saber o que é importante para seu parceiro e INCENTIVÁ-LO a se encontrar, se desenvolver, concretizar os seus sonhos. Nada mais brochante do que ver um obstáculo no parceiro, ou ser este obstáculo, colocando empecilhos e matando os sonhos de quem você ama.
4. Ser transparente. Conversar muito, falar o que pensa e o que sente. Admitir seus erros pedir desculpas, expressar o que é importante, dar a sua verdade para a outra pessoa para que vocês possam crescer juntos.
5. Querer crescer, ser uma pessoa melhor, aprender com o relacionamento, aprender com a vida. Querer dar passos para frente, agradecendo todas as coisas boas de hoje e se direcionando ao que pode ser ainda melhor.
6. Assumir a sua parcela de responsabilidade. Não existem vítimas em relacionamentos entre adultos. Cada um tem 50% de responsabilidade na vida a dois e cada um deve cuidar 100% deste 50%. Saber o que você pode melhorar em você e o que é um problema do outro - o qual você não tem o poder de mudar diretamente - ajuda a deixar o relacionamento leve e maduro.
Essas são algumas das principais atitudes que aprendi com o tempo. Tenho 15 anos de casada, vivemos períodos de calmaria e turbulência, mas estamos juntos e felizes. Desejo a todos muita alegria, paz, saúde e crescimento contínuo.
- Graduada pela Puc-Campinas;
- Cursos de extensão em Harvard "Human Emotions" e em Lesley University "Family Counselling" nos Estados Unidos;
- Formação em Coordenação de Grupos pela SBDG;
- Facilitadora de grupos de Pathwork (Eva Pierrakos);
- Formada em Professional Coaching pela SLAC com certificado internacional;
- Autora do livro "Viagens de uma Psicóloga em Crise" e
- Atende em consultório, dá consultoria sobre comportamento humano e ministra cursos e treinamentos sobre desenvolvimento pessoal em parceria com a Pulse Rh.
Palestras, Workshops, Treinamentos
Psicoterapia, Coaching, Orientação Vocacional
Celular/whatsapp: 11 96325 0757
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Perfil pessoal: http://goo.gl/Pk6gDp
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Muito bom artigo! Sou casada há mais de 40 anos e concordo com o escrito;só faltou o ítem "Cumplicidade",no melhor dos sentidos, qdo se entende que cumplicidade é sabermos dos pequenos defeitos um do outro,e nem por isso o/a amamos menos!Cumplicidade no sentido de sentirmos um grande amor,apesar dos defeitos (que não alardeamos!) Muito bom texto!
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