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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Gratidão Gera Gratidão


Autora: Águida Barbosa (*)

Gratidão gera gratidão é a máxima que norteia a Igreja Messiânica Mundial – IMM -, pois este pensamento-sentimento constitui a essência humana. 

Mokiti Okada (1.882-1955), cujo nome religioso é Meishu-Sama – Senhor da Luz - fundou a IMM em 01 de janeiro de 1.935, no Japão, visando à construção de uma ultra religião, de natureza universal, capaz de unir todos os povos para a paz mundial. 

Em decorrência da universalidade dos fundamentos da IMM, estes podem ser definidos como uma filosofia e estão insertos nos ensinamentos deixados pelo fundador, dentre os quais o ensinamento O Homem Depende de seu Pensamento[1], no qual exalta o valor da gratidão. 

Um recorte do ensinamento em comento comporta uma extensa reflexão: "É realmente verdade que gratidão gera gratidão e lamúria gera lamúria [...]". 

Gratidão e lamúria são dois pensamentos-sentimentos antagônicos, que denotam uma atitude positiva ou negativa, perante a vida. 

Gratidão é uma atitude humana alinhada à lei da ordem do universo - DEUS - sem desvios ou atalhos, produzindo seratonina e outros hormônios responsáveis pela sensação de alegria e bem-estar.

A lamúria é uma atitude humana decorrente do desvio da lei da ordem do universo, tendo em vista o padrão vibratório acionado pelo pensamento pessimista, de natureza egoísta. Esta atitude produz os hormônios do estresse – cortisol e adrenalina. 

Tanto a gratidão como a lamúria contagiam, afinal, há um encontro de ondas magnéticas que se entrelaçam, ou se rejeitam. Há um impulso natural em repetir o comportamento do outro, de acordo com a faixa vibratória da pessoa influenciada. 

Portanto, enquanto gratidão gera gratidão, seguramente, pode-se afirmar que lamúria gera lamúria.

A prática da gratidão faz parte de muitas religiões, a exemplo daquelas oriundas do xintoísmo, como a IMM, constituídas de materialização financeira, ou atividades que visam levar conforto a pessoas em sofrimento, como o voluntariado, capelania, assistência religiosa em hospitais, prisões, clínicas, orfanatos e asilos. 

A oração sincera, também constitui prática de gratidão, mesmo à distância, produzindo efeitos imediatos, como frequentes relatos de médicos e enfermeiros, que testemunham melhoras inesperadas em doentes que recebem preces. 

No judaísmo há a tradição do tsedacá, palavra do hebraico que se traduz como integridade, justiça. Enfim, se há alguém que precisa de recursos materiais para viver, para ter a vida salva, reserva-se a décima parte dos ganhos para esta atividade de integrar, completar. 

O dízimo é uma atitude altruísta, símbolo da gratidão por ter trabalho e saúde que garantiram o ganho capaz de prover a família e, ainda, destacar a décima parte para esta ação de completude, de justiça e de desapego. 

Portanto, tsedacá não pode ser traduzido por esmola, pois seu fundamento está no fato de que somos meros depositários dos bens, não somos donos de nada. Trata-se de ato de harmonia, de completude do todo, do integral. 

A festa da colheita, descrita nas estórias antigas, como sagradas, constitui a narrativa da gratidão. Os súditos ofereciam ao rei a primeira colheita, aquela que vem com o esplendor da vida, com a força vital capaz de produzir muitas outras colheitas. E o rei agradecia oferendo do seu vinho a todos os súditos, que tinham a permissão de bebê-lo somente naquela festa. 

A gratidão é um pensamento-sentimento que contém reciprocidade, pois aquele que oferece seu dízimo sente a alegria do alinhamento à lei da ordem, e aquele que recebe a décima parte emite o mesmo sentimento, porque passa a se sentir pertencente ao todo, à completude. 

A IMM, no Brasil, recolhe experiências de fé de seus membros e, em relação à prática da gratidão, há inúmeros relatos de mudanças, demonstrando o pragmatismo possível a ser alcançado. 

Na experiência de fé apresentada no Culto Mensal de Agradecimento de agosto de 2019[2], uma mãe relata a difícil trajetória de cuidar de um filho autista, marcada pela lamúria e a desesperança. 

Merece um recorte a emocionante declaração constante da experiência: "Conforme Meishu-Sama orienta "Gratidão gera Gratidão", quando aprendi a agradecer pela permissão de ser mãe e a entender que a purificação do meu filho não deveria nunca ser maior do que minha fé, tudo mudou".

Um bom exercício para avaliar a prática da gratidão:ao sair de casa observar se consegue receber, ao menos,dez "obrigado".Porém, é preciso ter o sentimento correspondente, conscientemente, afinal, sua atitude lhe permite o alinhamento à lei da ordem, despido de apego, e de modo altruísta, permitindo que o outro desperte sua capacidade de ativar o pensamento-sentimento de gratidão.

E, com certeza, vai constatar que gratidão gera gratidão. 

REFERÊNCIAS

[1] Meishu-Sama. O homem depende de seu pensamento. Alicerce do Paraíso, volume 4, pág. 41, edição revisada.;
[2] www.messianica.org.br

*ÁGUIDA ARRUDA BARBOSA



Teóloga Messiânica
-Professora da Faculdade Messiânica de Teologia








Nota do Editor:


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2 comentários:

  1. Excelente texto, muito esclarecedor! Parabéns!Grandioso é o seu sentimento em servir com tanto amor e esmero por tudo que faz.
    Minha eterna gratidão!! Te amo...te admiro. Bjs

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