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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Economia do Brasil Observada de Nossa Poltrona





A economia do Brasil no início deste ano indicava um crescimento de 2.5 no PIB, mas alguns fatos aconteceram, geraram insegurança e os novos investimentos expressivos não vieram para o país. As Reformas tramitam lentamente, algumas falas do governo, posicionamentos, junto com a falta de uma equipe preparada de comunicação, aliadas aos conflitos não resolvidos, mais a turma do contra, refletiram no crescimento econômico. Com isso devemos ter um PIB na faixa de zero e mais alguma coisa inexpressiva. 

A história mostra que a maior crise financeira no Brasil ocorreu em 1929, sob o governo de Washington Luís, que teve seu mandato interrompido 20 dias antes de completá-lo, pois Getúlio Vargas toma o poder em 1930. 

O mundo inteiro sofreu a crise de 29 e em nosso país ela levou os Barões do Café a bancarrota; muita gente ficou sem emprego, crescendo ainda mais a miséria no país. 

Outro momento crítico no Brasil, em que sofremos a pior e mais longa crise econômica é a de 2015 que foi o resultado da gestão ineficiente e corrupta do PT que finalizou seu domínio no governo de Dilma. 

Sabemos que toda economia em ascensão, bem aquecida, tende depois a estacionar por um tempo, ou até ter uma pequena queda. Quando isso ocorre o ano termina ruim como foi para os Estados Unidos 1929, o seguinte fica no nível do zero a zero (1930) e no próximo começa a voltar à normalidade, ter crescimento do PIB no terceiro ano (1931). 

No governo da Dilma, vem a crise em 2015, no ano seguinte deveria ficar no zero a zero, mas isso não ocorre, o país fica na lama, em 2017 se repete, mais um ano na lama, só em 2018 é que vai para o zero a zero e em 2019 vem uma economia positiva, PIB sofrível, mas é positivo. 

Tivemos outras crises no país como a do petróleo dos anos 70, depois houve uma década perdida nos anos 80, devido ao endividamento da América Latina, com problemas severos da inflação alta e em 2008 há uma crise desencadeada pela bolha do mercado imobiliário, iniciada pelo banco Lehman Brothers (o quarto maior dos Estados Unidos). 

Deixando as crises, o que temos pela frente para nos guiar é um economista de sucesso, homem de visão, Paulo Guedes, que trabalha para construir uma economia liberal, de crescimento e geração de renda. Torcemos para que as falas do governo, não gerem mais insegurança, não venham mais atrapalhar o crescimento. Precisaremos também pressionar o Congresso para que aprove as Reformas necessárias, para que não andem em lentidão, embromação nas Casas Legislativas. 

A Reformar da Previdência (PEC 06/2019) já desidratou, de uma economia prevista de 1,2 trilhão e está entre 800 a 700 milhões, sendo que o país precisará até 2029 ter uma redução de 5,1 trilhões, para manter as contas no azul. Isso equivale há uma dívida de cada brasileiro na ordem de $24,5mil, ou seja, aquele brasileiro que não quer a Reforma da Previdência está a fim de assumir sua parte na dívida e pagar as aposentadorias gordas para quem as têm. Há ainda a necessidade de que o Congresso aprove uma reforma para os estados e municípios, porque não darão conta os entes federativos de fazê-la, se não for estabelecida em forma de lei. 

No segundo semestre deste ano temos a Reforma Tributária light, não é suficiente, mas já é um avanço em unificar 3 tributos da cadeia produtiva (Pis, Cofins, Contribuição Social) em 1 imposto só, sendo uma boa desburocratização. 

No ano que vem, no primeiro semestre, aprovam o IVA Federal, em que os impostos federais serão cobrados do consumidor final, não mais da cadeia produtiva. Com isso abrirá espaço para os estados e municípios irem se preparando para também mudarem a forma de cobrança dos impostos, simplificando. A proposta é que município fique com o papel do caixa, recolherá todo o imposto e repassará para cada ente federativo o que lhe for devido, assim acaba com a guerra de tributos entre os estados. 

Todo esse processo não será tão fácil de implantar, levará 10 anos e a Comissão que está se dedicando a Reforma Tributária na Câmara dos Deputados está usando o nome de IBS e não mais de IVA. Toda essa transformação exigirá comprometimento de vários governos e é trabalho a longo prazo para melhorar o país para o povo. 

Tivemos também neste ano a privatização a BR Distribuidor, que foi fonte de corrupção, e o modelo utilizado para a venda da estatal foi muito inteligente. Paulo Guedes e sua equipe deram show de transparência, eficiência, venderam em menos de 6 meses, utilizando a Bolsa. Assim todos puderam participar e no fechamento da Bolsa não se sabia quem detinha a maior parte das ações, quem faria parte do Conselho, para nova estruturação do corpo diretivo da empresa. 

Outro destaque de nossa economia que está enfraquecida foi a queda da taxa Selic, estava 6.5 foi para 6.0 e até o final do ano deve ficar entre 5.5 ou 5. Isso mexe diretamente com a aplicação em renda fixa que fica com rendimento inexpressivo, fica no zero a zero. 

Quanto aos acordos, houve a concretização do acordo comercial com a União Europeia, que estava avançando lentamente, só foram 20 anos para florescer e agora também foi fechado o acordo bilateral entre Brasil e Estados Unidos. Este acordos prometem aquecer a nossa economia e ganhará um bom reforço com a venda de outras estatais, como Correio e a Eletrobras. 

Virão certamente dias melhores e precisaremos saber aproveitá-los, elegendo pessoas competentes e com ética, para conduzir o Brasil que seja melhor para todos viverem. 

*MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA

- Professora, formada em Letras na PUCCAMP;
-Pós-Graduação em Ciência Política;
-Atualmente é funcionária pública federal.







Nota do Editor:

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