Autora: Edina Silva(*)
Nunca se ouviu falar tanto em TEA ( Transtorno do Espectro Autista) como nos tempos atuais. Será que antigamente não tinha muito conhecimento sobre o transtorno ou era uma coisa velada onde as famílias escondiam seus filhos.
Os primeiros sinais de TEA podem ser diagnosticados em bebês, facilitando o tratamento, quanto mais cedo começar as intervenções, o desenvolvimento dessa criança será bem melhor do que uma que foi diagnosticada tardiamente.
Os sintomas são: Dificuldades de interação social, não contato visual, dificuldades de comunicação, uso repetitivo da linguagem, sensibilidade ao barulho, sensibilidade ao toque, seletividade alimentar , etc.
Muitas famílias têm autistas leves em casa e não sabem, acham que quando a criança tem crise em lugares movimentados, muitas das vezes, é rotulado como birra ou falta de educação. Alguns pais não aceitam o diagnostico e impedem que o filho receba tratamento. Autista não tem esteriótipo, não tem cara como sempre ouvimos a pessoas falarem. Cada autista é único, e cada tratamento tem que ser personalizado conforme vão surgindo as necessidades.
Segundo o DSM 5 este distúrbio é rotulado como espectro porque se manifesta em níveis diferentes, indo do leve, moderado e severo. Uma criança com grau leve, tem uma vida com poucos prejuízos, são verbais, e podem ter uma vida social dentro da normalidade, com autonomia. Já o grau severo, vai sempre precisar contar com o apoio de alguém para realizar atividades ao longo da sua vida.
Muito autistas tem altas habilidades, como capacidade de memorização, capacidade de aprender outros idiomas, hiperlexia, cálculos, músicas e etc.
Ha muita desinformação ainda sobre o assunto, nas escolas não temos professores habilitados para lidarem com o caso, acabam não contribuindo com o desenvolvimento ou ate piorando o quadro.
Ainda hoje, apesar de ouvirmos falar muito sobre inclusão, temos um deficit grande, as escolas não estão preparadas para lidar com alunos especiais e os excluem de várias atividades, nas salas não tem um acompanhante e só a Pedagoga não dá conta de ensinar salas lotadas. Esses alunos têm os mesmos direitos a educação como qualquer outra, mas, infelizmente a inclusão é somente feita no papel, na realidade quase não funciona ou não funciona mesmo.
Preparar essas crianças para a vida, tem que ser feita em conjunto com escolas, pais e educadores, se um lado falhar dificilmente veremos melhoras nos estímulos aplicados e na sociabilização dessa pequena parcela.
* EDINA COSTA DA SILVA
- Graduada em Psicologia Clinica pelo Centro Universitário FMU (2018);
- Pós Graduanda em Psicopedagogia com Ênfase em Educação Especial pela Faculdade Fael;
-Vivência em Plantão Psicossocial na Abordagem Psicanalítica e Junguiana;
-Atendimento Clínico Individual e Atendimento Infantil.
- Pós Graduanda em Psicopedagogia com Ênfase em Educação Especial pela Faculdade Fael;
-Vivência em Plantão Psicossocial na Abordagem Psicanalítica e Junguiana;
-Atendimento Clínico Individual e Atendimento Infantil.
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