Autora: Fernanda Araújo(*)
Autoestima é uma avaliação positiva ou negativa que uma pessoa faz de si mesma em algum grau a partir de emoções, ações, crenças, comportamentos ou qualquer outro tipo de conhecimento de si próprio.
Em geral os pais são responsáveis por todos os tipos de mensagens que passam aos filhos e que eles levam consigo a vida inteira. Nem todas são negativas, mas todas causam impacto na autoestima e consequentemente na maneira como os filhos viverão no mundo.
"Você é igual a seu pai, nunca conseguirá nada na vida"
"Ela é uma menina tão doce, vai crescer, casar-se e ter uma porção de filhos".
Mensagens como estas podem gerar cenários limitados nas memórias das crianças, que vão crescendo seguindo estas "verdades".
Nem sempre são mensagens verbais, algumas se manifestam na forma de expectativas com relação ao comportamento que esses filhos devem ter.
"Porque você não é igual seu primo, ele conseguiu passar em matemática com nota 10".
"Você é tão preguiçoso, sempre desiste quando fica difícil".
Frases assim tendem a fazer acreditar e confiar que há uma única verdade a se seguir. Alguns adultos têm reações inadequadas em consequência das atitudes dos pais, que alimentaram expectativas exageradas a seu respeito ou fizeram com que se sentissem desvalorizados.
O que os pais dizem e a maneira como agem influenciam no valor que os filhos dão a si mesmos, por isso é preciso auxiliá-los a desenvolver desde pequenos a autoconfiança e o sentimento de que eles são capazes.
Uma autoestima bem constituída é algo extremamente importante para termos sucesso em várias áreas de nossas vidas. Com as crianças não é diferente.
Ser portador de boa autoestima ajuda-nos a realizar coisas maiores na vida, incluindo a sensação de segurança constante até mesmo com as atividades de dia a dia, inclusive profissionalmente.
Boa autoestima pode garantir atitudes mais sensatas, com clareza e confiança. É a qualidade que pertence ao indivíduo satisfeito com a sua identidade, ou seja, uma pessoa dotada de confiança e que valoriza a si mesma. É a capacidade que a pessoa tem de respeitar, confiar e gostar de si. Através dela podemos enfrentar desafios e defender nossos interesses, possibilitando um mundo interno mais positivo.
Primeiramente precisamos trabalhar em prol de nosso amor próprio. Ele é o primordial para que nos sintamos bem com nós mesmos, do jeito que somos, sem autojulgamento. A não aceitação de si pode trazer dificuldades para conseguir valorizar seus próprios potenciais.
A autoestima tem a ver com a autovalorização e auto reconhecimento.
É o que você transborda por dentro. É muito mais o que você é, do que você tem ou apresenta.
Vivemos em um mundo que nos exige sermos perfeitos, termos um corpo maravilhoso, uma aparência, uma carreira, uma família que se julga ser a ideal. E muitas vezes isso pode trazer muitos transtornos para a nossa vida, afetando nossa autoestima negativamente.
Mas você pode tomar alguns cuidados com relação à sua autoestima.
A nossa mente constantemente recebe memórias com mensagens da nossa infância. Quando essas mensagens tentarem impedir você de realizar seus objetivos, você pode tentar responder a elas com mensagens conscientes de que você não é mais aquela criança com aqueles medos e inseguranças. Que já conseguiu alcançar muitas coisas. E assim tentar ressignificar alguns registros. O trabalho psicoterapêutico pode auxiliar de forma significativa nesse sentido.
Há outras coisas que se pode fazer para ajudar a alimentar a autoestima.
Fazer exercícios físicos, pois liberam endorfinas, fazendo bem. Isso pode trazer bem estar e uma sensação de cuidado consigo.
Permitir-se dar-se bons momentos em pequenos gestos. Por exemplo cozinhando algo de que goste. Separando um tempo para ouvir suas músicas preferidas.
Não ser tão duro consigo mesmo. Nem exagerar no perfeccionismo. Impor-se metas e prazos alcançáveis, lembrando-se de que você é humano. Lidar então com os erros como parte da vida, que inclui muitas tentativas sobre tudo. Lembre-se: "Feito é melhor que perfeito". Reconheça que você também precisa descansar, mente, corpo e alma. Faça pausas no trabalho, nos estudos para distrair. Faça alongamentos, cante, tome um chá, um sorvete.
Acostume-se a reconhecer suas conquistas e qualidades. Converse consigo e relembre os desafios que já superou quando achava que não sobreviveria.
Não se compare com os outros. Nas redes sociais, "a grama do vizinho parece ser mais verde". Mas nem tudo que parece realmente é. Desligue-se disso, foque em sua vida e em seus esforços. Isso lhe garantirá realizar coisas para você.
Escolha companhias de pessoas que te façam bem. O seu tempo é precioso como você. Não se sinta egoísta em dispensar pessoas que não somam à sua vida.
Não carregue responsabilidades que não são suas. Discernir qual o seu limite e papel nas situações, é necessário para que entenda que aquele problema de fato não é seu.
Busque a autoaceitação. Acolha seus erros e acertos, acredite em suas ideias, sonhos, pensamentos e decisões.
Autoestima pode ter muito a ver com você aceitar de verdade quem você é. E sentir orgulho disso.
Não somos perfeitos.
Não estamos no mundo para agradar as pessoas, mas para ajudá-las com equilíbrio. Sem esquecer de nos ajudarmos.
Boa autoestima inclui nos concentrarmos em nosso próprio caminho.
*FERNANDA ARAÚJO
-Psicóloga Clínica – CRP 06/143598
-Formada em Psicologia pela Faculdades
Metropolitanas Unidas (FMU);
-Especialista em Saúde Coletiva com Ênfase
em Saúde da Família;
-Atende em consultório particular, na
abordagem psicanalítica;
-Atendimento de casais, adultos,
adolescentes e crianças
Local de Atendimento ABCD e Jabaquara /
SP
@psicofernandaaraujo
(11) 987172012
Nota do Editor:
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