Autora: Keity VALLIM(*)
Nos últimos tempos as práticas meditativas têm sido incorporadas em vários ambientes, como o escolar e o corporativo. Os profissionais da saúde têm feito mais recomendações para que seus pacientes pratiquem meditação, como auxílio no tratamento médico.
No Brasil a prática do mindfulness é mais conhecida e “visa debruçar-se continuamente, de maneira curiosa, aberta e receptiva, sobre a questão: o que está acontecendo, agora, na minha experiência”. (Kamalashila, 2012)
A prática de atenção plena está sendo estudada no ambiente familiar e já traz evidências dos benefícios que traz.
Mas, o que seria uma parentalidade atenta? "Uma parentalidade atenta (Mindful) significa manter um estado de atenção sobre os próprios processos internos (o que eu penso, sinto, percebo, e notar isso tudo me faz sentir e pensar), e também ser responsivo às necessidades emocionais dos filhos".
A prática ajuda os pais a nomearem seus pensamentos, sentimentos e emoções, atribuições e valores. Além de desenvolver a capacidade de uma resposta empática diante do conhecimento de suas emoções.
Essa prática meditativa tenta desenvolver nos pais uma atitude menos reativa e de maior aceitação sobre os problemas comportamentais dos filhos. O mundo onde vivemos faz com que respostas a uma determinada demanda seja dada de forma automática, sem pensar, sem identificar que emoção ou sentimento estão guiando nossas respostas. A prática da atenção plena faz com que encontremos um tempo para desacelerar e busquemos flexibilizar certos padrões de respostas e conseguir estratégias criativas para a ocasião que nos encontramos.
As autoras do estudo "Práticas meditativas na família" indicam passos para uma parentalidade mindful, são eles: 1) escutar com toda atenção; 2) Aceitação não julgadora de si e da criança e 3) Compaixão e cuidado por si e pela criança.
É consenso que para um desenvolvimento de personalidade saudável das crianças os pais exercem papel importante e a prática de atenção plena pode auxiliar nesse processo de desenvolvimento.
Como praticante de meditação há dois anos só tenho que incentivar que pais e filhos. Pratiquem!!!
*KEITY TEIXEIRA FONSECA VALLIM
-Psicóloga Clínica;
-Especialista em Neuropsicologia pelo CEPSIC-ICHC/FMUSP;
Especialista clínica na abordagem analítica – Unicamp;
Experiência como coordenadora pedagógica, formação de professores e assessoria educacional;
contato: keityteixeirafonseca@yahoo.com.br
Nota do Editor:
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