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segunda-feira, 11 de maio de 2020

Idosos:Coronavírus e o Isolamento Social Acentuado



Autora: Gabriela Guedes(*)

Se todos nós estamos sendo afetados pela pandemia, imagina os idosos, que pertencem ao grupo de risco? A interrupção de todas os compromissos externos, socialização, visitas. Sem contar com o misto de sentimentos e ansiedade envolvidos.

É um momento necessário, mas merece muita atenção para que consigamos passar por ele sem alterações na saúde e na funcionalidade dos nossos queridos idosos. Lembrando que a funcionalidade (capacidade de desempenhar determinadas tarefas) é um dos indicadores de saúde, e para mantê-la da melhor forma, precisamos manter o hábito de realizar estas tais funções. 

Cada função ou atividade que realizamos demanda habilidades motoras e cognitivas (por exemplo, para cozinhar precisamos desempenhar movimentos específicos do nosso corpo, como também ter uma boa memória e concentração). Podemos comparar estar habilidades como a de um músculo, que devemos manter em uso frequente caso queiramos manter a mesma força, movimento e tonificação. Para mantermos nosso corpo e mente no seu melhor desempenho, precisamos usá-los com uma boa frequência e intensidade. Isso acentua-se ainda mais quando falamos de pessoas idosas.

No momento atual há uma grande alteração na rotina e acho interessante falar um pouco dela. Uma rotina equilibrada em suas diversas atividades (de casa, trabalho, socialização, lazer, atividades produtivas, de autocuidado, entre outras) é muito benéfica, ainda mais para os idosos! 

O planejamento da rotina viabiliza a identificação, organização e realização de tarefas relevantes. O que é muito benéfico para todos, e ainda mais para pessoas com alterações de memória simples ou mais complexas, como as demências. Hábitos e contextos bem estabelecidos ajudam essas pessoas a se orientar no tempo e no espaço, a não passarem por momentos de confusão e desconforto, e a manterem-se ativas e com autonomia por mais tempo. 

O isolamento que a pandemia demanda traz alterações nessa rotina, em pouco ou muitos aspectos, e pode ser preocupante a partir do momento em que há interrupção das atividades que o idosos realizava anteriormente. 

A dica é procurar manter os hábitos anteriores, como horário de dormir, acordar e se alimentar. E tentar adaptar, na medida do possível, as atividades que precisaram ser interrompidas: substituir as visitas por videoconferências, manter atividades de auto-cuidado em casa, realizar as consultas e terapias online, caminhadas em casa. 

Mantê-lo envolvido no planejamento de atividades como compras, pagamentos, gerenciamento doméstico. Se saía para fazer as compras, participar do planejamento delas, de quais produtos comprar, marcas. Estimular o envolvimento com recebimento de aposentadoria ou outros rendimentos, como também das despesas. Manter o hábito de leitura, escrita. E por que não tentar acrescentar atividades prazerosas e significativas? A ideia é buscar não perder os hábitos e as habilidades (cognitivas e motoras) necessárias para fazê-los. Ociosidade é super prejudicial em muitos aspectos. Vamos passar por esse momento fortalecidos! 

Acompanhe meu perfil do instagram - @gabrielaguedes.to – onde compartilho informações e dicas para um envelhecimento ativo!

* GABRIELA COSTA GUEDES













-Terapeuta Ocupacional Graduada pela UFPE;
-Especialista em Neuropsicologia pela Faculdade   Pernambucana de Saúde (FPS-IMIP); e
-Atualmente atende em clinica e domicílios localizados na cidade de Recife - PE.

Nota do Editor:


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