Autora: Ana Paula Stucchi(*)
Quando
hoje, a imprensa, a mídia iMunda em geral está massificada e você, um simples
cidadão querendo saber opiniões divergentes para saber o que pensam os
cientistas, só encontra formadores de opinião "chapa branca".
Explico:
Recomeçando
a ativar o Blog do Werneck, resolvi pesquisar as projeções pra 2022, depois da
primeira e segunda onda do vírus (não gosto de dar ibope por razões óbvias) e
pasmem: a maioria absoluta desprezível projetando números bem pessimistas para
a Economia do Brasil.
Porém,
sempre tem alguém que tenta falar a real. Não que esteja tudo bem, mas o setor
exportador vai muito bem obrigado, afinal com o dólar a R$ 5 os exportadores
estão rindo à toa. Pense: por que será que o óleo de soja anda tão caro e não
abaixa o preço? Estão exportando o que podem! Aí aqui faço uma crítica ao
brasileiro em geral; nossa política econômica sempre foi e é equivocada em
relação a um mínimo equilíbrio de abastecimento de mercado interno. Qualquer
país protegeria sua população de gastar mais que o necessário com alimentação,
que gera saúde, que gera saúde preventiva, economiza-se em saúde e investe-se
em educação... porém o que se vê é ao contrário, para tristeza nossa e mão de
obra mal qualificada e com saúde comprometida o que encarece os produtos e gera
inflação... é o econossistema. Infelizmente o nosso não anda como se deve,
mas enfim, vamos ter esperança de dias melhores afinal.
Isto
posto pra reflexão, vamos a alguns números:
O FMI
(Fundo Monetário Internacional) projetou crescimento do nosso PIB em 1,5%. . A
OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) 1,4%; já o
nosso Banco Central projetou apenas 0,5%... ou seja, o Mercado Internacional
está mais otimista que nós (!!!!!!??????!!!!).
Claro que
o cenário não é dos mais favoráveis. Inflação fechando o ano em 4,71% segundo
Boletim Focus do Banco Central, enquanto que o IPCA está em 10,2%. Isso é
reflexo de alguns setores que produziram menos, sendo que o consumo foi
relativamente estável por conta do e-commerce.
Porém, a Balança Comercial como já
disse vai muito bem, obrigado: o Indicador de Comércio Exterior (Icomex),
divulgado nesta sexta-feira (14) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta que
a balança comercial brasileira registrou, no ano
passado, o maior superávit da série histórica, no valor de US$ 61,2 bilhões,
US$ 10,8 bilhões a mais em relação ao saldo de 2020. Nosso setor
industrial exportador cresceu de 23% para 28% na composição do índice; ou
seja, estamos melhorando, mesmo que aos poucos, de ser um país exportador de
comodities. Isso é extremamente positivo.
Vejam alguns setores que também
foram muito bem obrigado em 2021:
1 – EcommerceO Comércio eletrônico não é novidade para os brasileiros, porém, com o longo período de isolamento social, notou-se um aumento expressivo no consumo pela internet. Segundo a plataforma Ebit, o mercado de Ecommerce deve crescer 26% em 2021.2 – Cursos OnlineMuitos profissionais não tiveram outra escolha a não ser o reposicionamento no mercado de trabalho. Os cursos online são uma ótima oportunidade de capacitação para 2021. Pesquisa do Google apontou um crescimento de 130% na procura por cursos online, ainda em março de 2020.3 – Mercado PetO Brasil tem a terceira maior população PET do mundo. A pandemia intensificou o relacionamento dos donos com seus animais de estimação, consequentemente os cuidados e gastos também aumentaram nesse período. Empresas do setor se adequam ao mercado online para aumentar as vendas em 2021.4 – DeliveryO Delivery é um serviço que cresceu exponencialmente em 2020 e promete mais crescimento para 2021. As restrições de consumo nos próprios estabelecimentos, devido às regras de isolamento social, levaram alguns gestores a mudarem suas estratégias, optando pelo delivery.5 – Beleza e CosméticosAtualmente, o Brasil ocupa a quarta posição do ranking mundial de Beleza, liderado por Estados Unidos, Japão e China. Estima-se que em 2021 haverá um crescimento de 4,5% no número de novos salões no país.
Os problemas que temos são:
diminuição de renda em 11%, setor de serviços (os que mais empregam) ainda sem
condições de retomada e a reforma trabalhista que acabou, numa situação de
pandemia, prejudicando os assalariados. elevará a taxa de desemprego
que, atualmente está em 12,6%. o consumo só se reduz no nível de
endividamento do brasileiro que já está em 76% (nisso o brasileiro se
reinventa).
Alguns (a maioria) dos economistas aponta a
elevação da taxa básica de juros, SELIC, para valores superiores a 10% ao ano.
Vale lembrar que, em dezembro de 2021, está em 9,25% ao ano sendo que janeiro
de 2021 estava em 2% ao ano. Os resultados desta política monetária podem até
ser negativos, no sentido que reduz o investimento e pouco contribuirão para
reduzir o impacto inflacionário.
Medidas fiscais como a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) dos precatórios, do teto de gastos e da Lei de
Responsabilidade Fiscal, que além de constitucionalizar o “calote” em dívidas
reconhecidas pela última instância do judiciário, propõe a revogação da Lei de
Responsabilidade Fiscal e do Teto de Gastos. Por um lado é temerário; por outro
dá um fôlego para os Estados investirem em infraestrutura e outras ações que
induzem crescimento econômico.
ANA PAULA STUCCHI
Twitter:@stucchiana
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