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sábado, 15 de junho de 2024

Vamos ler historinhas?


 Autora: Maria Cristina Tófoli(*)


Qual importância o professor dá a esse tema tão essencial para a sala de aula? O cantinho da leitura até existe, às vezes tímido, com um puff, um pequeno tapete com uma caixinha de livros ou até um mais bem elaborado. Mas o que de fato realizamos com esse tema durante o ano letivo? Que atenção ou ação o professor tem em seu planejamento para que, de fato, seja desenvolvido e absorvido pelo aluno quando se tem um objetivo claro de formar um cidadão leitor e escritor?

  • Um livro é um brinquedo feito com letras. Ler é brincar. Rubem Alves
  • Leitura infantil: muito mais que um conto de fadas é iluminar a vida, abrir a mente de uma criança! Sid Trombini

Com certeza, essas duas frases são significativas e incentivam o professor a promover a leitura de histórias e contos infantis que trarão estímulos para a escrita, criatividade e para a imaginação, além de oferecer subsídios para a aprendizagem em todas as áreas de conhecimento, fomentando a linguagem e enriquecendo o vocabulário do aluno.

O que diz a BNCC sobre a leitura na educação infantil?

"A leitura de histórias e contos infantis contribui significativamente para o estímulo da imaginação e da criatividade. A BNCC encoraja práticas pedagógicas que explorem a narrativa como meio de ampliar o repertório cultural e promover o desenvolvimento da expressão artística".

Como desenvolver essas práticas pedagógicas?

Para desenvolver as habilidades da criança e torná-la boa leitora que amplie a capacidade de ler e adquirir o gosto pela leitura, a escola precisará ter um bom acervo de livros, de preferência, de boa qualidade. 

Fica para o professor a responsabilidade de aguçar a vontade do aluno em ler, fazer com que ele veja o ato da leitura como algo prazeroso e que indague:  Por que leio? E aí, sim, o professor, com projetos e embasamentos, fará um rico planejamento para que seus alunos gostem de ler e que entendam a importância disso.

O trabalho ou o plano de leitura deve ser diário, e não apenas lendo ou analisando gravuras e designs, mas trazendo significado para a criança daquilo que leu, a envolvendo em projetos que fazem parte de seu dia a dia. A escolha de bons livros e com boas temáticas facilitará o trabalho do professor.

Abaixo, algumas propostas para a realização de um planejamento de leitura efetivo:

Prepare o espaço e se prepare para esse momento;

- Promova na escola um projeto de formação de leitores: um projeto envolvendo escola, família e alunos, com atividades sequenciadas e com um produto final;

- Realize leitura diária, ora de forma silenciosa e individual, ora em grupo ou dupla;

- Possibilite a livre escolha de livros e temáticas das leituras. Em outro momento, o professor poderá indicar a leitura da temática que fará parte de um projeto, por exemplo;

- Leia contos de fadas. Os contos de fada agem como uma explosão de sentimentos no aluno. Através deles, é possível ensinar o aluno a controlar seus medos e emoções e a entender sentimentos. Aproveite e desenvolva um projeto socioemocional tão solicitado pela BNCC;

- Garanta sempre que a leitura tenha a mesma importância que as atividades de sala. Diga que o momento da leitura é uma proposta de trabalho que você preparou com muito carinho;

- Realize uma leitura colaborativa. Interagindo, conversando e lendo em voz alta, o professor dará sentido dentro da atividade que programou, indagando aos alunos sobre a história, realizando uma interpretação com intencionalidade e desenvolvendo habilidades relacionadas à compreensão oral. O professor orienta essa discussão deixando seus alunos expressarem seus sentimentos, suas experiências e opiniões;

- Exponha as atividades sempre que possível. Isso fará com que o aluno fique autoconfiante com o trabalho que desenvolveu;

- Lembre-se: os contatos com a escrita familiarizam o aluno com os mais diversos materiais (livros, revistas, gibis, jornais etc.) e ajudam no desenvolvimento linguístico. Comece com o manuseio do suporte desenvolvendo a motricidade, ajude-o a analisar desenhos, grafias, letras, palavras, frases e, assim, mais adiante, na idade proporcional, escreverão textos mais complexos; 

-Promova eventos de leitura, exposições, assembleias, feiras, teatro etc;

- Curta com o grupo momentos especiais de afeto, carinho e diversão, brincando com as palavras e ensine a cuidar e amar o material "livro";

- Incentive a literacia familiar através de um projeto na escola. Além de estimular a leitura de forma participativa entre os familiares, fortalece o vínculo escola-família;

Professor, não se esqueça de desenvolver etapas nos seus planejamentos para que, no futuro, o aluno tenha adquirido habilidades fundamentais da leitura: ouvir, falar, ler e escrever.

É fundamental, no segmento da educação infantil, ter um projeto de leitura na escola. Além disso, alunos com estímulos para ler desde cedo se tornam melhores leitores e estudantes mais bem-sucedidos. Use e abuse de sua criatividade, pois professor de educação infantil é todo sentimento!

"Uma prática de leitura que não desperte e cultive o desejo de ler não é uma prática pedagógica eficiente". (BRASIL, PCN, 1997, p. 38) 

Sugiro uma linda coleção para trabalhar as inteligências socioemocionais com temáticas que ajudam as crianças a desenvolver capacidades para gerenciar emoções e sentimentos, resolver conflitos de forma construtiva. Quatro livros em uma linda coleção com o título "EU SINTO" (empatia, frustração, autoconfiança e ansiedade), desenvolvendo habilidades alinhadas à BNCC, da autora Deborah Cooper, da Editora Sigma Educação.         https://www.sigmaeducacao.com.br/ 


Um abraço e estou sempre à disposição

* MARIA CRISTINA TÓFOLI











-Formada em Magistério/Especialização em Educação Infantil/ Pedagogia;

Há quase 30 anos na área da educação como coordenadora pedagógica,

-Atuando  na rede pública e em escolas particulares nos  segmentos da educação infantil ao ensino médio;

-Coordenadora pedagógica em escolas particulares no segmento da educação infantil ao ensino médio;

-Assessora autônoma  implantando o Programa “Avaliando sua Escola” com diferenciais visando crescimento nas escolas também, com cursos, oficinas e palestras;

-Nos últimos anos, atua como Assessora Pedagógica em editora atendendo professores, coordenadores e diretores. 

São suas palavras:

"Sou apaixonada por colaborar com o outro. Acredito que essa ação traz conforto e satisfação ao  coração."

Nota do Editor:



Todos os artigos publicados no O Blog do Werneck são de inteira responsabilidade de seus autores.

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Avanços e Retrocessos no Cenário Político Brasileiro!


 Autora: Marilsa Prescinoti (*)




A política tem sido historicamente um campo propenso à corrupção em muitos países ao redor do mundo, e o Brasil não é exceção. A corrupção política pode assumir várias formas, desde suborno e desvio de recursos públicos, até nepotismo e favorecimento de interesses privados em detrimento do interesse público.

Alguns facilitadores: poder e influência, falta de transparência e prestação de contas, financiamento de campanhas, cultura política, o homem.

No entanto, é importante destacar que nem todos os políticos são corruptos e que muitos dedicam suas carreiras ao serviço público com integridade e compromisso com o bem-estar da sociedade. São poucos e não despertam interesse do eleitor. A luta contra a corrupção requer ações coordenadas em várias frentes, incluindo a implementação de leis e instituições eficazes de combate à corrupção, promoção da transparência, prestação de contas e engajamento cívico na vigilância dos governantes. É importante salientar que os avanços políticos e em diversas áreas que o Brasil experienciou nos últimos 30 anos, sobre os quais vou discorrer logo abaixo, se devem exatamente a esses homens públicos que dedicaram suas vidas à democracia e ao bem público.

Avanços:

Redemocratização (1985): Após mais de duas décadas de ditadura militar, o Brasil passou por um processo de redemocratização, culminando com a eleição indireta de Tancredo Neves e a posse de José Sarney como presidente. Esse período marcou o retorno do país à democracia e à realização de eleições diretas;

Promulgação da Constituição de 1988: A Constituição Federal de 1988, também conhecida como "Constituição Cidadã", representou um marco na história do país, estabelecendo princípios fundamentais como os direitos individuais, sociais e políticos, além de definir a estrutura do Estado brasileiro;

Programas Sociais: Nos últimos anos, o Brasil implementou uma série de programas sociais, como o Bolsa Família, que ajudaram a reduzir a pobreza e a desigualdade social, proporcionando assistência financeira a milhões de famílias em situação de vulnerabilidade; e

Avanços na Saúde: Implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), garantido pela Constituição de 1988, que assegura acesso universal e gratuito à saúde (o programa é modelo no mundo). O programa foi oficialmente implementado em 1990, durante o governo de Fernando Collor de Mello, e ampliado significativamente durante os governos do PT.

Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), que se estendeu de 1995 a 2002, houve uma série de avanços políticos significativos no Brasil. Alguns desses avanços incluem:

Estabilização da Economia: Plano Real: Uma das maiores realizações de FHC, ainda como Ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, foi a implementação do Plano Real em 1994 que estabilizou a economia brasileira e controlou a hiperinflação, aumentando a confiança dos investidores no país;

Privatizações: O governo FHC implementou um amplo programa de privatizações, incluindo empresas estatais dos setores de telecomunicações, energia, siderurgia e mineração. Essas privatizações buscaram aumentar a eficiência e a competitividade da economia brasileira;

Reforma Administrativa: FHC promoveu uma reforma administrativa para modernizar o setor público, reduzindo o tamanho do Estado e aumentando sua eficiência. Isso incluiu a implementação de medidas de desburocratização e a melhoria da gestão pública;

Reforma da Previdência: O governo FHC enfrentou o desafio da reforma da previdência, buscando garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro. Embora não tenha sido uma reforma tão abrangente quanto as posteriores, foram implementadas algumas mudanças importantes nessa área;

Política Externa: FHC também foi responsável por uma política externa ativa e pragmática, buscando uma maior integração do Brasil na economia global e uma maior projeção internacional do país. Isso incluiu a participação em fóruns e organizações internacionais e o fortalecimento das relações bilaterais com outros países.

Observação: O Partido dos Trabalhadores e o Deputado Bolsonaro, à época, votaram contra os projetos do Governo FHC. Bolsonaro chegou a discursar pedindo o fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso.

Os avanços continuaram nos governos subsequentes.

Avanços na Educação: Houve esforços para expandir o acesso à educação, com a ampliação do ensino fundamental obrigatório e investimentos em programas de educação;

Luta contra a corrupção: Nas últimas décadas, houve uma maior conscientização e combate à corrupção no Brasil, com investigações e processos contra políticos e empresários envolvidos em esquemas ilícitos, além da criação de leis e instituições voltadas para a prevenção e punição da corrupção. Vimos políticos e empresários serem presos; e

Reconhecimento dos direitos das minorias: O Brasil avançou na garantia dos direitos das pessoas LGBTQIA+, com decisões judiciais e legislação que reconhecem uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo, além de políticas públicas de combate à discriminação e violência baseadas na orientação sexual e identidade de gênero.

Assim como tudo na política reflete a sociedade, também é verdade que indivíduos corruptos ascendem ao poder com apoio popular. Com os escândalos de corrupção e a prisão dos principais articuladores do Partido dos Trabalhadores, além da prisão do ex-presidente da República, e diante dos índices econômicos desastrosos dos governos Dilma Rousseff, nasceu um movimento antipetista. Fui parte ativa dessa história. O que parecia ser uma conscientização política da sociedade levou as pessoas às ruas pelo impeachment e as engajou naquilo que parecia ser uma luta contra a corrupção, que tinha chegado às ruas. Eu pessoalmente comemorei junto a mais de 1 milhão de pessoas vestidas de verde e amarelo na Avenida Paulista. Sim, eu estava lá.

O impeachment aconteceu e começou um novo período de grandes avanços com o governo de Michel Temer, que durou de maio de 2016 a dezembro de 2018. Apesar de seu mandato ter sido marcado por controvérsias e escândalos políticos, houve avanços e reformas significativas durante esse período. Vou citar as mais importantes:

Reforma Trabalhista:

Flexibilização das Negociações: Acordos coletivos entre empregadores e empregados passaram a prevalecer sobre a legislação em alguns aspectos;

Terceirização: A regulamentação da terceirização, permitindo que empresas terceirizem qualquer atividade, incluindo atividades-fim;

Jornada de Trabalho: Introdução de novas modalidades de jornada de trabalho, como o trabalho intermitente;

Férias e Intervalos: Maior flexibilidade na concessão de férias e intervalos durante a jornada de trabalho.

Reforma do Ensino Médio:

Em fevereiro de 2017, o governo sancionou a reforma do ensino médio, que visava modernizar e flexibilizar o currículo escolar. As principais mudanças incluíram:

Flexibilização Curricular: Introdução de itinerários formativos, permitindo que os estudantes escolham parte do conteúdo que desejam estudar conforme seus interesses;

Ampliação do Tempo Integral: Incentivo à implementação do ensino médio em tempo integral;

Emenda do Teto de Gastos:

Aprovada em dezembro de 2016, a Emenda Constitucional 95, também conhecida como Emenda do Teto de Gastos, estabeleceu um limite para o crescimento das despesas públicas federais por 20 anos, corrigindo-as apenas pela inflação do ano anterior. A medida visava controlar o déficit público e estabilizar a economia. Um projeto difícil, impopular e muito necessário;

Reformas na Previdência:

Embora a reforma da Previdência proposta pelo governo Temer não tenha sido aprovada, ele iniciou o debate sobre a necessidade de reformar o sistema previdenciário brasileiro, um tema que foi retomado e aprovado no governo subsequente de Jair Bolsonaro.

Melhorias no Ambiente de Negócios:

Redução da Burocracia: Privatizações e Concessões: Avanços em programas de privatização e concessão de infraestrutura, como aeroportos, rodovias e portos, para atrair investimentos privados;

Estabilização Econômica:

Durante o governo Temer, houve um esforço para estabilizar a economia brasileira após a recessão de 2015-2016. As medidas adotadas ajudaram a reduzir a inflação, baixar as taxas de juros e retomar o crescimento econômico;

Combate à Corrupção:

O governo Temer manteve o apoio às investigações da Operação Lava Jato e outras iniciativas de combate à corrupção.

Foi uma época de grandes avanços políticos que infelizmente não foram reconhecidos ou percebidos pela esmagadora maioria da população. O Brasil estava nos trilhos do desenvolvimento pós resseção:

2018: o início do retrocesso político e humano.

Infelizmente, naquele momento, não ascenderam à política homens sérios que atuavam em vários estados, no Congresso Nacional e que disputavam a presidência da República. Ali abriu-se espaço para o que havia de pior na política brasileira. Alçou-se vários degraus o populismo mais rasteiro já visto em ação neste país, graças a uma sociedade politicamente analfabeta, descontente com os resultados econômicos, desiludida com a corrupção que veio à tona, sem conhecimento das engrenagens políticas de seu país e ávida por um salvador da pátria. Esta sociedade foi o terreno fértil para a manipulação, o uso do ódio como ferramenta política, a exploração da ideologia e do nacionalismo doentio. Foi instituído o medo do comunismo; pregavam a destruição da família, a perseguição religiosa abusaram da exploração da fé. Pregavam o fim da liberdade pela "esquerda" enquanto clamavam por intervenção militar.

Nasce a extrema-direita, com a ascensão dos Bolsonaros.

Neste cenário de polarização, cegueira ideológica e analfabetismo político, em 2018, elegeu-se o mais inútil dos deputados do baixo clero do Congresso Nacional, Jair Messias Bolsonaro, que seria o 38º Presidente da República.

Aos poucos, veio à superfície o pior da nossa sociedade: preconceito, falta de empatia, ódio, rancor, paixão política, cegueira ideológica, desordem mental. Os críticos dos movimentos sociais diziam que os pobres e nordestinos faziam o voto de cabresto por conta dos programas sociais atribuídos ao Partido dos Trabalhadores, mas na realidade eram projetos de governos anteriores, muitos dos quais garantidos pela Constituição Federal. Esta sociedade, que se julgava bem instruída e bem-informada politicamente, saída de boas faculdades e de classe social privilegiada, se perdeu completamente na ideologização. Famílias foram radicalizadas, e muitos inocentes, miseráveis e sem esperança, também embarcaram nesta jornada pela defesa irracional e fantasiosa da pátria, Deus e família.

Nesta saga, a terra já podia ser plana, a vacina era coisa de comunista chinês, remédio para piolho e cloroquina seriam a receita para os males do momento. A voz do presidente, ou seja, do político, valia mais do que a voz da razão. E assim, muitas pessoas morreram recusando a vacina e as medidas sanitárias, tomando cloroquina e remédio para piolho, movidas pela fé no "messias." O senso crítico e a razão foram sacrificados em praça pública.

Com a eleição de Bolsonaro, também se elegeu um Congresso Nacional mais "conservador." No entanto, foi em 2022 que elegemos o pior Congresso Nacional das últimas décadas. Ali sempre houve o baixo clero, figuras exóticas e bizarras, e a corrupção; porém, a safra de homens melhores, comprometidos com projetos e políticas de interesse nacional, que dominavam os plenários, está melancolicamente chegando ao fim. Homens honrados ficaram fora do cenário enquanto elegemos pistoleiros, extremistas, bêbados, pedófilos, e gente sem compromisso com o país. Elegemos influenciadores e lacradores de redes sociais. Projetos bizarros, que normalmente eram engavetados, hoje saíram para afrontar a sociedade e serem aprovados com apoio popular. Até as praias já não serão as mesmas sob os conservadores que defendem a família deles, enquanto exploram a fé e abusam da hipocrisia.

Na era Bolsonaro, várias políticas e ações foram percebidas como retrocessos em diferentes áreas.

Alguns dos principais pontos incluem:

Meio Ambiente: Políticas ambientais que comprometeram a preservação da Amazônia e outros biomas brasileiros. O enfraquecimento das agências de proteção ambiental, cortes em orçamentos para fiscalização e incentivos para atividades econômicas como mineração e agropecuária em áreas sensíveis geraram preocupações nacionais e internacionais;

Direitos Humanos e Minorias: Abordagem em relação aos direitos humanos e minorias. Isso incluiu discursos e políticas controversas em relação à comunidade LGBTQ+, povos indígenas e quilombolas, além de medidas que enfraqueceram a proteção de direitos trabalhistas e sociais;

Educação e Cultura: Cortes significativos nos orçamentos para educação e cultura, interferência ideológica no sistema educacional e na gestão de instituições culturais;

Segurança Pública e Direitos Humanos: Flexibilização do porte de armas, revogação de portarias para rastreamento de armas e munições, abastecimento de armas mais baratas para o crime organizado, violações dos direitos humanos e aumento da violência;

Relações Internacionais: Houve mudanças significativas na diplomacia brasileira, com uma abordagem mais unilateral e distanciamento de certas parcerias e acordos internacionais, gerando preocupações sobre o impacto nas relações comerciais e na posição do Brasil no cenário global;

Orçamento Secreto: Bolsonaro (mandrião por excelência) promove um retrocesso gigantesco na transparência das emendas parlamentares, delega ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a distribuição indiscriminada de verbas por meio de emendas de relator. Este mecanismo, permitiu uma alocação significativa de recursos públicos sem a devida transparência, favorecendo aliados, foi a verdadeira farra da corrupção e empoderamento do Congresso já viciado.

A sociedade, que até então votava por desconhecimento e falta de interesse na ficha corrida do seu representante, hoje vota no corrupto que está do seu lado ideológico de forma consciente. A hipocrisia reina no Congresso e na sociedade: cada polo ideológico finge que não vê a corrupção dos seus afetos políticos, enquanto explora a do adversário. Poucos têm compromisso com o país ou políticas públicas de interesse nacional. Até porque isso não interessa a esta sociedade desinformada, cheia de paixão e ódio político.

Neste cenário, homens melhores foram escorraçados da política justamente por não terem chances ante ao eleitor sem noção de cidadania e perdido em ideologia burra. Perde o país, o retrocesso é gigantesco, os partidos oferecem o que o eleitor quer consumir. Neste cenário, chegamos às eleições municipais onde a polarização vai ser a tônica.

Vou falar da cidade de São Paulo, que é a capital do meu estado. Sim, há bons nomes e os oportunistas embusteiros de sempre; há gente com conteúdo e consistência para o cargo e há os lacradores. Quem tem chances? Quem poderá vencer? Diante das últimas pesquisas, concordo plenamente com a brilhante frase de Valentina de Botas Rosselli em uma postagem na sua rede social, falando sobre Pablo Marçal à frente de Tabata Amaral, que resume bem o retrocesso gigantesco destes últimos seis anos: "Tem jeito, não; brasileiro gosta mais de vigarista do que de feriado."

O brasileiro aprendeu a falar mal da política e dos políticos, mas não aprendeu a reconhecer as boas políticas públicas e os homens sérios; prefere os populistas de discurso fácil. Sem a ordenação política, com todos os seus vícios e defeitos, seria o caos e a desordem. A sociedade odeia ou ama o político sem nenhuma racionalidade, não se preocupa com a ficha dos homens que escolhe nas urnas, e se esquece que a classe política é a imagem e semelhança da sociedade. Há gente séria e gente que não presta; a classe só está mais em evidência. A sociedade é corrupta e desesperançosa, mas também solidária. Culpam o sistema; não, meus caros, o sistema é bom e pode ser aperfeiçoado. A culpa é do homem e de quem os escolhe para representá-los; são eles que fazem o sistema funcionar para o bem comum ou para interesses próprios.

A contaminação política e a cegueira ideológica vêm confirmando que escolaridade, dinheiro, classe social, inteligência, capacidade cognitiva, não têm nenhuma influência na percepção política ou na falta dela. Definitivamente, o analfabetismo político predomina.

Como resolver? Vejo alguns caminhos que podem contribuir:

- Mais compromisso de nação; menos paixão política;

- Mais racionalidade; menos WhatsApp;

- Senso crítico apurado;

- Conhecimento das engrenagens do país.

Informação é poder!

*MARILSA PRESCINOTI c/revisão de Maressa Fernandes















De acordo com suas próprias palavras:

-Empresária;

-Paulista;

- Gosto de filosofia; política; do Estado de SP e de gente bem resolvida.

Nota do Editor:

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quinta-feira, 13 de junho de 2024

Pets, nossos filhos de 4 patas


Autora: Angela Llase Gonçalves(*)
 


O conceito de família tem se modificado através dos tempos e novas entidades familiares tem conquistado direitos e deveres na sociedade, assim temos famílias monoparental, homoafetiva e multiespécies.

Embora ainda seja um conceito novo, é inegável que atualmente as famílias multiespécies vem crescendo, muitos casais acabam programando a chegada dos filhos para o futuro, seja por condições financeiras, estudo ou estabilidade profissional.

Ou ainda os casais mais velhos que após a saída dos filhos já criados de casa sentem a necessidade de dar e receber afeto, e os pets preenchem esse vazio, pois serão eternas crianças com suas brincadeiras e manhas, dependentes de seus tutores.

Os animais de estimação deixaram de ocupar os quintais e passaram a conviver dentro das casas e apartamentos, cães que antes eram utilizados para fazer a segurança da casa e gatos que serviam como controle de roedores hoje vivem como verdadeiros membros da família, ocupando sofás e camas em nossos lares.

Desta forma cada dia mais os pets vem ocupando o status de filho dentro da estrutura familiar, conquistam o afeto, o carinho e o coração de seus humanos, em razão dessa convivência temos clínicas especializadas, hoteizinhos, banho e tosa e até pets celebridades na internet.

Segundo a ABINPET (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação) até 2022 no Brasil já se totalizavam 167,6 milhões de pets entre cães, gatos, aves, peixes e outros, deste total 67,8 milhões de cães e 33,6 milhões de gatos.

O Brasil atualmente ocupa o terceiro lugar com mais pets no mundo, com esta população de pets cada vez maior e em virtude do afeto criado com seus tutores torna-se imprescindível novas normas que regulamentem essa convivência.

O artigo 82 do Código Civil é utilizado para designar a natureza jurídica dos pets, porém como se observa não menciona os animais:
"são móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social"
Sendo classificados como bens semoventes, ou seja, a eles é destinado o mesmo tratamento de "coisa"ou "objeto".

A proposta de reforma do Código Civil atualmente em discussão, traz uma nova proposta para a qualificação jurídica dos animais com a inclusão do art. 82-A, o qual propõe o seguinte texto:

"Dos Bens Móveis e Animais...

Art.82-A Os animais, que são objeto de direito, são considerados seres vivos dotados de sensibilidade e passíveis de proteção jurídica, em virtude da sua natureza especial.

§ 1º A proteção jurídica prevista no caput será regulada por lei especial, a qual disporá sobre o tratamento ético adequado aos animais;

§ 2º Até que sobrevenha lei especial, são aplicáveis subsidiariamente aos animais as disposições relativas aos bens, desde que não sejam incompatíveis com sua natureza e sejam aplicadas considerando a sua sensibilidade;

§3º Da relação afetiva entre humanos e animais pode derivar legitimidade para a tutela correspondente de interesses, bem como pretensão indenizatória por perdas e danos sofridos."
Importante salientar que os animais de estimação se diferenciam por sua natureza, não há como designar o mesmo tratamento que se daria por exemplo a divisão de uma manada de gado de corte e um cão ou gato criado no seio familiar em um divórcio.

Enquanto o primeiro facilmente se atribuiria um valor por arroba e a divisão seria meramente financeira, no segundo caso estaríamos tratando de afeto convivência.

Como estabelecer a guarda e os cuidados desse ser a um dos ex-cônjuges? Caberia o direito de visita? É possível visitar uma coisa, um bem móvel?

Essas são indagações que precisam ser sanadas, pois a realidade atual com relação aos animais de companhia é completamente diferente da estabelecida a época da criação do Código Civil de 2002.

O Ministro Luis Felipe Salomão já se pronunciou no sentido de que o atual regramento jurídico não se mostra suficiente para tratar dessas disputas familiares nos tempos atuais. Segundo o Ministro os animais de companhia são seres que, inevitavelmente, possuem natureza especial não se podendo tratar a questão como uma simples discussão de posse de propriedade. Ainda esclarece que não se trata de igualar os pets a filhos humanos, mas sim deixar de atribuir o conceito de meros objetos, pois são seres sensíveis.

As decisões no caso de um divórcio litigioso onde as partes não consigam chegar a um consenso sobre a guarda do pet, tem-se considerado o bem-estar dos animais e o interesse dos tutores, desta forma em um litígio o juiz poderá avaliar quem passava maior tempo com o pet, quem levava a consultas veterinárias, quem de fato teria o maior vínculo afetivo com o animal ou ainda quem possui maiores condições financeiras de manter os cuidados diários.

Além disso em alguns casos é possível pleitear uma ajuda com as despesas financeiras do pet, porém todas estas questões carecem de um regramento jurídico próprio dependendo de interpretação do magistrado.

Em alguns Estados do Brasil já é possível registrar o pet no cartório, o documento é uma "espécie de certidão de nascimento" e traz informações básicas do animal, como data de nascimento, espécie, cor da pelagem e dados do microchip caso o animal o possua.

A adesão dos cartórios a emissão desse documento não é obrigatória e, portanto, nem todos poderão se beneficiar de mais essa evolução dos direitos de nossos "peludos", este e outros documentos do pet são importantes para garantir ao tutor o vínculo com seu animal.

Enquanto não temos um regramento próprio para reger essa nova realidade, aos tutores resta utilizar-se de todos os meios probatórios em caso de uma disputa pela guarda do pet.

Referências:







*ANGELA LLASE GONÇALVES






















- Graduada em Direito pela Universidade Paulista – UNIP (2017);

- Pós-graduada em Direito de Família e Sucessões pela Faculdade Legale – (2022);

- Áreas de Atuação: Direito de Família e Sucessões, Direito Imobiliário e Direito Cível.

Nota do Editor:

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terça-feira, 11 de junho de 2024

Terceirização Condominial


 

Autor: Ubiratan Machado de Oliveira (*)

Conforme dever ser previsto em cláusulas contratuais, em um condomínio de casas ou apartamentos, ou seja, edificação multifamiliar, as obrigações trabalhistas e fiscais são de responsabilidade da prestadora de serviços, que deve ter seus empregados devidamente registrados em suas respectivas carteiras de trabalho (CTPS). Há obrigatoriedade de adimplemento mensal dos recolhimentos previdenciários, fundiários, bem como dos salários.

A estreita relação entre o zelador, empregado do condomínio, e a equipe que possibilita a limpeza, conservação e serviços de portaria 24 horas por dia, 7 dias por semana, não configura subordinação, especialmente quando há supervisores da empresa contratada: supervisor de portaria diurno, supervisor de portaria noturno e supervisor de limpeza. Neste caso, convém ao síndico sempre se dirigir a estes intermediários no caso de alguma necessidade ou reclamação.

A Lei nº 13.467/2017 dispõe sobre a terceirização de serviços e exige que a prestadora de serviços possua capacidade econômica compatível com a magnitude dos serviços contratados, pois se ela não tiver capacidade econômica o tomador de serviços (no caso o condomínio) arcará subsidiariamente com quaisquer verbas laborais em caso de inadimplência.

É certo que a empresa terceirizada é a principal responsável pelo pagamento de eventuais débitos. Mas caso ela não cumpra alguma obrigação, o condomínio arcará com os custos vencidos. Os débitos devidos ficam limitados ao período em que ocorreu a correspondente prestação dos serviços.

O contrato de prestação de serviços deve ser elaborado da forma mais detalhada possível. O objeto do contrato, as espécies de serviço que deverão ser executados, o número de empregados que serão lotados para atender às demandas, quais os horários em que as atividades devem ser executadas. Deve conter, ainda, cláusula expressa de vedação de subcontratação ou nova terceirização de serviços, com direito de regresso de uma parte por prejuízos advindos de atos ou omissões da contraparte, autorização do uso de imagens obtidas de sistema de videomonitoramento dos ambientes por câmeras de vídeo, em observância a Lei Geral de Proteção de Dados. Além disso, deve especificar locais onde os empregados irão trabalhar, equipamentos utilizados, horários para descanso, vale-refeição, seguro-saúde, uniformes e equipamentos de proteção individual.

Para efetivar o pagamento mensal pela prestação de serviços, dever-se-á exigir que a prestadora apresente mensalmente todos os comprovantes de regularidade fiscal de seus funcionários,  recolhimentos previdenciários, FGTS, e-Social, ISS, de forma a comprovar que está em consonância com todo o ordenamento jurídico vigente, tendo em vista a questão supracitada de responsabilidade subsidiária.

O síndico deve extrair nos sítios eletrônicos oficiais as certidões negativas de débitos federais, estaduais, municipais, trabalhistas, alvará de funcionamento e localização; e solicitar cópia dos programas de medicina e saúde ocupacionais, contrato social e sua última alteração.

Por fim, o instrumento contratual exige o acompanhamento das atividades econômicas das partes por uma assessoria jurídica especializada, desde a fase de policitação, elaboração, conclusão e sua execução, permitindo a análise de melhores alternativas para cada caso concreto.


*UBIRATAN MACHADO DE OLIVEIRA












- Graduação em Engenharia Civil na Universidade Federal de Goiás;

 - Graduação  em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira;

Especialização em Administração de  Empresas  pela PUC-GO;

 - Graduando em Logística pela Faculdade Alfredo Nasser

- Atualmente é:

   -Gerente na transportadora Expresso Mineiro Ltda;

   - Professor de Inglês no Manhattan English Course e na Sociedade Educacional Pré-Médico Ltda; e

- Engenheiro Assistente  com acervo técnico de execução pela Construtora Mendes Júnior S/A, do Sistema Meia Ponte da SANEAGO;

-Orçamentista no IPPUA – Prefeitura de Aparecida de Goiânia;

- Analista de Correios nos Correios e

-Auditor de Controle Externo no TCM-GO.

 

Nota do Editor:


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Aposentadoria por idade urbana da mulher


 Autora: Katiely  Bento Felipe (*)


Uma das prestações previdenciárias é a aposentadoria por idade, criada pela Lei n.º 3.807/1960 (Lei Orgânica da Previdência Social), e mantida pela Emenda Constitucional n. 103/2019. Este benefício é destinado às seguradas e contribuintes da Previdência Social que atingiram a idade considerada de risco social.

No sistema anterior à Lei n.º 8.213/1991, utilizava-se o termo "aposentadoria por velhice". Conforme Sergio Pinto Martins (1999, p. 255), "a expressão aposentadoria por idade surge com a Lei de Benefícios da Previdência Social (LBPS). A denominação utilizada atualmente é mais correta, pois o fato de a pessoa ter 60 ou 65 anos não quer dizer que seja velha".

Após a alteração do art. 48 da Lei n.º 8.213/1991, promovida pela Lei n.º 11.718/2008, a aposentadoria por idade passou a ser concedida em três modalidades: a) aposentadoria por idade urbana; b) aposentadoria por idade rural; e c) aposentadoria por idade híbrida.

Como uma forma de "compensação", considerando que as seguradas enfrentam dupla jornada de trabalho ao conciliarem a atividade doméstica com o emprego remunerado, além de outros fatores, por muito tempo a aposentadoria das mulheres foi diferenciada, com redução na idade em comparação com os homens.

Entretanto, com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n.º 103/2019, o requisito etário na aposentadoria por idade foi elevado tão somente para as mulheres, nas regras de transição e na transitória.

As normas gerais a respeito da aposentadoria por idade estão detalhadas nos arts. 18 e 19 da Emenda Constitucional n.º 103/2019, nos arts. 48 a 51 da Lei n.º 8.213/1991 e nos arts. 51 a 55 do Decreto n.º 3.048/1999.

Para a concessão da aposentadoria por idade urbana à mulher, conforme o regramento anterior à Emenda Constitucional n.º 103/2019, fazia-se necessário o cumprimento da carência mínima de 180 (cento e oitenta) meses, equivalente a 15 (quinze) anos de tempo de contribuição, além da idade mínima de 60 (sessenta) anos.

A idade mínima para as mulheres foi prejudicialmente alterada pela Reforma, tanto na regra de transição quanto na transitória, mantendo o tempo de contribuição inalterado.

Na regra de transição, destinada às seguradas que já estavam filiadas ao Regime Geral de Previdência Social até 13/11/2019, mas que não cumpriram os requisitos para se aposentar até então, é necessário preencher cumulativamente os requisitos do art. 18 da Emenda Constitucional n.º 103/2019, ou seja: 15 (quinze) anos de contribuição e 60 (sessenta) anos de idade. A partir de 1º de janeiro e 2020, a idade mínima de 60 (sessenta) anos aumentou 6 (seis) meses a cada ano, até atingir 62 (sessenta e dois) anos de idade em 2023.

Com a regra de transição, para as mulheres se aposentarem por idade em 2020 era necessário ter no mínimo 60 (sessenta) anos e 6 (seis) meses, 61 (sessenta e um) anos de idade em 2021, 61 (sessenta e um) anos e 6 (seis) meses em 2022 e 62 (sessenta e dois) anos de idade a partir de 2023.

A reforma também trouxe uma regra transitória, prevista no art. 19 da Emenda Constitucional n.º 103/2019, criada para as contribuintes que se filiaram no sistema previdenciário após a Reforma, exigindo das mulheres 62 (sessenta e dois) anos de idade e no mínimo 15 (quinze) anos de tempo de contribuição.

Uma grande mudança trazida pela reforma ocorreu no cálculo de benefício da aposentadoria por idade. Para aquelas que cumpriram os requisitos antes da vigência da Emenda de 2019, Castro e Lazzari afirmam que:

"Até o advento da EC n. 103/2019, o valor da aposentadoria por idade era proporcional ao tempo de contribuição, consistindo numa renda mensal correspondente a 70% do salário de benefício, mais 1% por grupo de doze contribuições mensais, até o máximo de 100% do salário de benefício, podendo haver a multiplicação pelo fator previdenciário, caso este, uma vez aplicado, caracterize condição mais benéfica para o segurado. (CASTRO; LAZZARI, 2020, p. 979)."
No cálculo do benefício para aquelas que completaram os requisitos a partir da entrada em vigor da Reforma, tanto na regra de transição quanto na transitória, não há mais o descarte dos 80% (oitenta por cento) menores salários de contribuição. Será utilizada a média aritmética de 100% (cem por cento) do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição. A aposentadoria corresponderá a 60% (sessenta por cento) dessa média com um acréscimo de 2 (dois) pontos percentuais para cada ano que exceder 15 (quinze) anos de contribuição das mulheres, conforme estabelece o art. 26, § § 1º e 2º da Emenda Constitucional n.º 103/2019.

Do exposto, percebe-se que apenas para as mulheres houve aumento na idade mínima pela Reforma, sem alterações para os homens, que continuam se aposentando aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Emenda Constitucional n.º 103, de 12 de novembro de 2019. Brasília, 2019. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm.

CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista. Manual de Direito Previdenciário. 23. ed., Rio de Janeiro: Forense, 2020, p. 979.

MARTINS, Sergio Pinto. Direito da seguridade social. 11. ed., São Paulo: Atlas, 1999, p. 255.

*KATIELY BENTO FELIPE























-Advogada Previdenciarista  graduada em Direito pela Universidade Paranaense (2020);

-Pós-graduada em Advocacia em Regimes Próprios de Previdência Social pela ESMAFE - Escola da Magistratura Federal do Paraná (2023);

- Especialista em benefícios do INSS e dos Sevidores Públicos;

- Professora  Universitária; e

-Membra da Comissão de Direito Previdenciário da OAB Seccional Paraná e Subseção Toledo.

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