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sábado, 5 de março de 2016

Porque quero tirar meus filhos da escola!!



Para começar, eu nunca gostei de ir à escola. Não simplesmente por rebeldia, mas porque eu tinha medo. Medo dos professores, medo das broncas por eu ter esquecido algum caderno, por não fazer as coisas com a perfeição exigida, por não me sentar com a coluna reta, por estar com o cabelo na cara, por não ter prendido o cabelo, por ter falado muito alto com minhas amigas ou e muito baixo com os professores... Eu vivia com medo. A escola para mim, nunca foi um lugar acolhedor e menos ainda inspirador.

Enquanto sentada na sala de aula, ouvia os professores apáticos falando coisas que não podiam ser mais desinteressantes para mim. Eu olhava o céu azul e imaginava quantas outras coisas eu poderia estar fazendo naquela manhã de sol. Uma época da vida, nas férias, comecei a odiar o sol da manhã porque me lembrava a escola. Eu preferia acordar ao meio-dia para não ver aquele sol que me lembrava da existência daquele lugar (acho que acabei de descobrir porque adoro acordar tarde).

Quando estava na faculdade, uma das professoras pediu que cada aluno escrevesse sobre o período escolar. Eu coloquei toda a minha raiva no papel e entreguei a professora. Eu já tinha 20 anos. Depois ela leu, me devolveu o papel e veio falar comigo pessoalmente: “Nossa, o que foi isso? O que houve na sua infância? Por que você odiava a escola tanto assim?” A experiência dela na escola deve ter sido positiva, tanto que ela nem me entendeu. Ficou indignada comigo. Que bom, acho que algumas crianças não tem esta experiência tão negativa quanto a minha, mas sinceramente acho que é a minoria. Tenho conversado com muita gente e posso quase afirmar que esse grupo é mínimo.

Pelo que vejo e leio hoje, a maioria dos alunos e professores sentem enjoôs dentro da escola, prestes a entrar na escola, domingo à tarde, segunda, terça, quarta, quinta e sexta-feira à noite. Nunca aceitei e não aceito esta realidade escolar, que engessa, amedronta, poda, formata, mata a essência, a criatividade, a singularidade de cada um. Na minha opinião, a escola além matar nossos potenciais paulatinamente e por muitos anos, não ensina as coisas mais básicas que um ser humano tem que aprender como por exemplo: autoconhecimento, comunicação, música, tarefas domésticas, gastronomia, economia, cidadania e principalmente não dá a oportunidade ao aluno de buscar o que ele mesmo quer aprender.

São as horas mais preciosas da infância e da adolescência, um período onde o indivíduo está se formando, completo de vigor e curiosidade, que se perdem, escorregando pelos dedos de uma sociedade cega.
Apresentar algo fora de contexto para uma criança, ainda mais por um professor desmotivado, é matar o assunto, matar o gosto pelo assunto, matar tudo o que poderia florescer do contato do aluno com aquele assunto. É matar o aluno. Paramos de pensar, de criar, de inovar, de superar. Somos bons em repetir, repetir, repetir, copiar, copiar, copiar, ter medo e SUPORTAR. Ainda hoje me sinto engaiolada nas amarras da minha mente quebradiça, pelos tantos anos de secura e abandono. Talvez meu intelecto tenha desenvolvido um pouco, mas meu aspecto emocional, social, econômico, financeiro, ainda engatinha. Um prejuízo de 20 anos.

Além de tudo isso, a escola tem sido um depósito de crianças e nisso os pais tem culpa, muitos acabam vendo seus filhos apenas na hora do beijo de boa noite e olhe lá. Não há convivência. As crianças estão largadas pelos pais e depois pela escola. Por que será que andam tão agressivos e querendo se drogar?

Mas como seria um modelo melhor? Não sei, estou pesquisando.
As pessoas então dizem: - ah mas na escola eles aprendem a conviver. Não aprendem. Aprendem a competir com o outro, classificar como melhor ou pior do que o outro, colocar a referência no externo e ter medo. Se convivessem, estariam aprendendo a cooperar, trabalhar juntos, ceder, persuadir, co-criar.
Obviamente que a opção não é deixar os filhos em casa, fazerem o que quiserem, sem estrutura nenhuma. Mas talvez deixar com que montem seus currículos de acordo com seus próprios interesses, fazendo aulas com os pais, amigos, parentes, presenciais ou online, individuais ou em grupos, mais práticas do que teóricas.

Não sei como fazer isso, mas sei que não quero mais a escola. Não quero e nunca quis. Amo aprender, amo entrar na internet e ver que o mundo está aberto para mim. Agora mesmo estou me matriculando num curso sobre Empreendedorismo Social de uma universidade da Dinamarca – e de graça!!! Um curso que tem exercícios, trabalho em grupo, estudo de caso, trabalho final e certificado.

No youtube estão as melhores aulas com os melhores professores de praticamente todos os assuntos que procurarmos. Para quê essa escola? Para ter onde deixar o filho? Será que é disso que precisamos? Mas como se vai trabalhar com o filho em casa? Não sei mas pergunto: para que ir trabalhar como se vai para a escola? Todos os dias, várias horas por dia, vivendo mais na empresa do que na própria casa, sendo escravo dos donos desta empresa?

Não há dúvidas que este é um discurso rebelde, concordo, mas é rebelde com causa. A escola precisa mudar. A educação é a base da sociedade e por isso precisa ser vista com a máxima prioridade.

Estou hoje começando uma revolução na minha mente e talvez no meu mundo. A escola como é, não pode ficar. Eu como mãe, não posso deixar os meus filhos nesse lugar.

Por GRAZIELA BERGAMINI 



-Psicóloga(CRP 63276-7)
-Graduada pela PUC-Campinas e
-Orientadora Vocacional

sexta-feira, 4 de março de 2016

Mais Uma Vez nas Ruas



Há hora e lugar para tudo na vida. Somos os pagadores de impostos que sustentam o país. Não temos tempo sobrando para ficar participando de passeatas e manifestações de rua com a frequência com que alguns incentivam. Povo na avenida exigindo o fim da roubalheira tem resultado positivo por incentivar os trabalhos da Polícia Federal, Justiça e Ministério Público. 

Há também uma grande dificuldade de mobilização, já que a grande mídia trabalha remunerada para fazer com que haja a maior dispersão possível, para isso se vale de todo tipo de evento para fazer com que ocorram conflitos de horários entre aqueles que desejam participar. 

Os movimentos de rua já fizeram, em dezembro de 2015, um ensaio da manifestação de 13 de março próximo, e estão trabalhando firme desde então para que esta alcance o sucesso necessário para sustentar os atos que a justiça precisa exarar, além de fortalecer a oposição no Congresso Nacional, para que o processo de impeachment tenha continuidade. 

A organização criminosa que se instalou nos poderes executivos federal, estadual e municipal possui ramificações em todos os poderes da república, mas os enormes efeitos negativos na economia do Brasil acarretaram seu enfraquecimento. Suas ações desastrosas são de conhecimento de todo o mundo civilizado, causando uma vergonha sem limites nos cidadãos conscientes. 

Os milhões de novos desempregados, os quase sessenta milhões de inadimplentes, e os mais de cinquenta milhões de eleitores que foram violentados por uma eleição que foi fraudada antes, durante e depois de todo o processo que a envolve, são o espaço amostral a ser explorado e convocado a estar nas ruas no segundo domingo de março de 2016, para mostrar à nação e ao mundo que brasileiro não gosta só de carnaval e futebol, tem civilidade suficiente para extravasar sua indignação com a maior corrupção já vista na história da humanidade. 

Enfim, como declarado por vários patriotas nesses últimos dias, “ou você vai, ou ela fica”. Dessa vez não cabem alegações fracas para não participar, pois se trata do futuro dos nossos netos, já que o dos nossos filhos está bem comprometido, ante a destruição massiva levada a efeito por uma gestão medíocre, ineficiente e ineficaz, sem contar as dezenas de bilhões de reais desviados do erário. 

#VemPraRua13Mar #Dia13EuVou #ForaDilma #LulaNaCadeia

Por UBIRATAN MACHADO DE OLIVEIRA



Seu Mini-Currículo de acordo com suas palavras:
-Advogado, Engenheiro Civil, Encanador, Eletricista, Cozinheiro, Faxineiro, cadista , violeiro e cantor indignado com a situação atual de nosso Pais;
-AntiPTista e base aliada e apoiador da volta da democracia ao nosso País;
-Sou auditor de Controle Externo
Conheço bem a roubalheira pois o PT aparelhou tudo nesse País!!

quinta-feira, 3 de março de 2016

Pela Maringá/PR



A Cidade de Maringá

Projetada e planejada pela empresa "Companhia de Melhoramentos do Norte do Paraná", a cidade antes vila em 1947, logo depois distrito do município de Mandaguari. Maringá torna-se município somente em 14 de fevereiro de 1951. Décadas após, o crescimento populacional deu uma leve acelerada. Segundo a história, o nome do município deu-se Maringá, pois os operários cantavam a música Maringá, Maringá (de Joubert de Carvalho) durante seus trabalhos. 

Pontos Turísticos

Parque do Japão: obra com a intenção de aproximar a população de Maringá aos costumes japoneses e de preservar a cultura japonesa entre seus descendentes. No parque encontra-se o Monumento IMIN 100, o qual virou simbolo das comemorações dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil. O Jardim Japonês, composto pelo Museu da Imigração, restaurante típico japonês, bosque de cerejeiras e a Casa de Chá.

Mesquita Muçulmana: com arquitetura árabe, templo de oração dos muçulmanos da região. No local, um mirante traz aos visitantes uma vista de toda a cidade.

Horto Florestal: reserva florestal natural, com  a presença de diversas espécies de árvores e plantas, local com a presença de fontes de água e algumas espécies de animais que vivem soltos.

Teatro Regional Calil Haddad: leva o nome do primeiro teatrólogo da cidade, o qual fez surgir os primeiros grupos de teatro na região. O Teatro foiinaugurado em 1996, tendo hoje a capacidade de receber 800 pessoas.

Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória: fundada em 1958 com um pedaço de mármore retirado das escavações da basílica de São Pedro no Vaticano. É o monumento mais alto da América do Sul. Foi inspirada no "Spoutinikki", cujo significado é peregrino que se afasta do mundo para ficar mais perto de Deus.


Monumento ao Desbravador: escultura de Henrique Aragão, representa a nudez de um pioneiro que nada tinha  e apenas com sua força criou e desenvolveu a cidade.

Bosque das Grevíleas: bosque com apenas uma espécie de planta, a Grevílea. No interior, uma pista para cooper, ciclovia e loca para ginástica transformam o parque em um lugar para prática de exercícios e de passeios.

Praça PIO XII: também conhecida como Praça do Cogumelo, isto pelo formato da Caixa D' Água. Por estar em um local alto da cidade, a praça apresenta diversas antenas de rádios e televisões, do local é possível ver o encanto do Pôr do Sol de cada entardecer. 

A cidade ainda apresenta: O Mercado Municipal de Maringá, Praça Manoel Ribas, Maringá é Puro Verde e a Capela Santa Cruz.



Por FERNANDO BERVIAN
-Administrador do Blog do Bervian;
- Gaúcho de Ivoti/RS;
- Ensino Médio Completo;e
- Futuro Jornalista ou Professor de Geografia.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Ilegalidades das Operações Casadas



No atual contexto é muito comum à procura dos consumidores pela contratação de linhas de crédito, mesmo que na maioria das vezes sejam os consumidores submetidos a altos juros, patamares considerados a regra do jogo quando falamos em crédito no Brasil, neste ponto não existe muita discussão é contratar ou buscar outras formas ou instituições com juros menores e operações menos onerosas, que lhe adianto, é bem difícil.

Entretanto, além dos altos juros é corriqueira a venda casada e a inserção de cláusulas abusivas nas operações de crédito uma vez que a liberação do empréstimo ou financiamento prescinde de uma avaliação de risco para aprovação da operação ao consumidor, que de outro lado necessita com certa urgência desta disponibilidade financeira e acaba sendo alvo de vinculação a outros produtos ou serviços embutidos nas próprias prestações do contrato, como, por exemplo, a contratação de um seguro com finalidades diversas e algumas taxas por serviços de responsabilidade das instituições financeiras que não possuem respaldo em resolução do Banco Central. 

Acontece que o consumidor que procura por crédito só quer um produto, o crédito, não quer outra coisa além de contrair o empréstimo e ter o valor disponível em sua conta, simples assim. Não há intenção de contrair outra obrigação e onerar ainda mais o contrato, mas acaba permanecendo engessado sem opção de deixar de contratar por receio de ver a avaliação negada ou por maior demora na liberação do crédito, fazendo-se crer ser de caráter obrigatório à vinculação do outro produto ou serviço, sem a real opção de escolha para com o consumidor. 

Nesse sentido, a lei 8.078 de 11 de setembro de 1990, o famigerado Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 39, inciso I, ao tratar das práticas abusivas afirma que é proibida a prática da venda casada, e, ainda, em seu artigo 51, IV e XII, prevê que as cláusulas contratuias que estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade, bem como que obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de obrigação da instituição financeira são consideradas cláusulas abusivas. 

Contudo, apesar da proibição é muito comum isso acontecer na prática e o consumidor muitas vezes nem percebe, pois quando solicita um valor de empréstimo ou financiamento lhe é informado o número de prestações logo em seguida o valor de cada uma delas e se elas “cabem no seu bolso”, sendo que as prestações já possuem os encargos devidos “inclusive o seguro e outros”, muitas instituições só dão detalhes no final da operação quando questionadas pelo consumidor dizendo a ele que “não vai pagar mais nada por isso o valor permanece o mesmo”, mas na realidade o valor dos outros produtos ou serviços estão inseridos nas prestações sem ao menos ter sido solicitado o que acaba onerando ainda mais o contrato. 

Além do mais, ainda há situações que o consumidor percebe e questiona a contratação, mas não consegue exercer este direito, pois surgem vários empecilhos, como por exemplo, o crédito pode não ser liberado, vai demorar mais, enfim, uma série de situações que tornam de caráter obrigatório à contratação. 

Portanto, sabe-se que a venda casada e a inserção de cláusulas abusivas são proibidas, sendo direito do consumidor a informação e a livre escolha, assim, a atitude correta para não cair em práticas e cláusulas abusivas é estar preparado e pesquisar previamente questionando todos os encargos da operação antes de contratar, qualquer outro produto ou serviço que for vinculado pergunte se ele é obrigatório e qual a necessidade, pois depois que contratou sem a intenção dá um longo trabalho para cancelar a operação. 

Por FELIPE OLIVEIRA DE JESUS





-Advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB/SP sob nº 330.434;
 -Atua principalmente nas áreas do Direito do Consumidor, Cível(Indenizações e Execuções) e Trabalhista e 
-É escritor de artigos Jurídicos. 
CONTATOS: 
Tel.: (11) 3104-6485 - Celular/WhatsApp: (11) 98729-1969
Email: felipe.jesus@adv.oabsp.org.br
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terça-feira, 1 de março de 2016

Flexibilização e Modernização das Normas Trabalhistas


Tendo em vista as mudanças de nossa sociedade, das relações pessoais e interpessoais, da economia, do mercado de trabalho, da globalização e seus efeitos, verificamos a corrente e constante evolução normativa e jurisprudencial, porem, em função da presente dinâmica em que vivemos se faz necessário a evolução de nossa legislação trabalhista e da relação de trabalho acompanhando as necessidades da atualidade.

Porém é necessário nessa flexibilização normativa, no entendimento das novas relações de trabalho, termos em conta o direito as garantias individuais, os direitos coletivos, fundamentais, como os direitos sociais, arduamente conquistados, protegidos em cláusula pétreas, adaptando, alterando através do meio Constitucional Competente as mudanças da atualidade. 

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
...§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.

Para a flexibilização e mudança necessária nas Leis Trabalhistas é devido buscar e ter o verdadeiro entendimento e sentido que o Constituinte possuía na normatização magna, e o que o mesmo buscava, que ao meu ver, é a proteção do trabalho, do trabalhador e seus direitos, e assim proteger a sociedade e por consequência o indivíduo, no tema em questão.

Sabendo que a verdadeira busca dos direitos as garantias individuais é manter uma legislação aplicável a realidade, e ter uma relação de trabalho, salutar, com equidade as partes, visando fomentar o mercado de trabalho ao invés de ampliarmos a onerosidade, ou também excluirmos tais garantias.

E se engessarmos a Legislação Trabalhista, a Relação de Trabalho, através do entendimento normativo e jurisprudencial unicamente na época da promulgação de nossa Constituição Federal e da CLT e não acompanharmos o dinamismo das mudanças constantes no cenário global, nas necessidades da economia, e também dos indivíduos, sem o detrimento de um em face ao outro, estaremos divergindo do que foi pretendido por nosso constituinte na inclusão de direitos sociais às garantias fundamentais.

Pois a não havendo mudança, modernização, e um entendimento da realidade e da necessidade presente, com viés no futuro, os direitos fundamentais e individuais, como os sociais, serão feridos, quando não for mais possível a relação de trabalho, com trabalhador não conseguindo mais se enquadrar nas necessidades do mercado e se vendo afastado cada vez mais dele, e o empregador tendo um ônus que não pode suportar, e assim não contratando ou o fazendo de forma irregular ferindo os direitos assegurados.

Existe a necessidade mais do que nunca, em termos um equilíbrio na relação de trabalho e nas leis que a norteiam, e a flexibilização ou modernização da legislação, trafegando nesta balança os direitos constitucionais e infraconstitucionais garantidos com a realidade atual, porque os empregados e empregadores de hoje necessitam que seus deveres acompanhem o mercado, mas sempre assegurando também os direitos.

Por isso, muito mais do que flexibilização, o pensamento deve ser na necessidade de modernização e adaptação a realidade atual, do mercado, do mundo global, na relação de trabalho, que por fim tende a atender os direitos individuais garantidos constitucionalmente. 

Assim, o Legislador e Judiciário tem o dever de acompanhar as mudanças, o dinamismo que vivemos, pois não existindo esse comprometimento, ou existindo somente a visão única de uma das partes, e sem a possibilidade de flexibilização, não para o comprometimento de direitos, mas na flexibilização para enquadramento constante da relação de trabalho a realidade, com máxima certeza existirá um vácuo normativo perante a necessidade das partes na relação de trabalho com o mercado, e em razão disso, será preterido o direito, as garantias fundamentais do individuo, como o social com a degradação contínua das partes e seus deveres com o todo. 


Por RAPHAEL ANTONIO GARRIGOZ PANICHI 



-Advogado especialista em Direito Empresarial, Patrimonial e Direito da TI;
-CEO do Escritório Panichi Advogados e Associados.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

De cima para baixo




Naquele dia o ministro chegou de mau humor ao seu gabinete, e imediatamente mandou chamar o diretor-geral da Secretaria.

Este, como se movido fosse por uma pilha elétrica, estava, poucos instantes depois, em presença de Sua Excelência, que o recebeu com duas pedras na mão.

— Estou furioso! — exclamou o conselheiro; — por sua causa passei por uma vergonha diante de Sua Majestade o Imperador

— Por minha causa? — perguntou o diretor—geral, abrindo muito os olhos e batendo nos peitos.

— 0 senhor mandou-me na pasta um decreto de nomeação sem o nome do funcionário nomeado!

— Que me está dizendo, Excelentíssimo?…


E o diretor-geral, que era tão passivo e humilde com os superiores, quão arrogante e autoritário com os subalternos, apanhou rapidamente no ar o decreto que o ministro lhe atirou, em risco de lhe bater na cara, e, depois de escanchar a luneta no nariz, confessou em voz sumida:

— É verdade! Passou-me! Não sei como isto foi…

— É imperdoável esta falta de cuidado! Deveriam merecer-lhe um pouco mais de atenção os atos que têm de ser submetidos à assinatura de Sua Majestade, principalmente agora que, como sabe, está doente o seu oficial-de-gabinete!

E, dando um murro sobre a mesa, o ministro prosseguiu:

— Por sua causa esteve iminente uma crise ministerial: ouvi palavras tão desagradáveis proferidas pelos augustos lábios de Sua Majestade, que dei a minha demissão!…

— 0h!…

— Sua Majestade não o aceitou…

— Naturalmente; fez Sua Majestade muito bem.

— Não a aceitou porque me considera muito, e sabe que a um ministro ocupado como eu é fácil escapar um decreto mal copiado.

— Peço mil perdões a Vossa Excelência — protestou o diretor-geral, terrivelmente impressionado pela palavra demissão. — 0 acúmulo de serviço fez com que me escapasse tão grave lacuna; mas afirmo a Vossa Excelência que de agora em diante hei de ter o maior cuidado em que se não reproduzam fatos desta natureza.

0 ministro deu-lhe as costas e encolheu os ombros, dizendo:

— Bom! Mande reformar essa porcaria!

0 diretor-geral saiu, fazendo muitas mesuras, e chegando no seu gabinete, mandou chamar o chefe da 3ª seção, que o encontrou fulo de cólera.

— Estou furioso! Por sua causa passei por uma vergonha diante do Sr. Ministro! — Por minha causa?

— 0 senhor mandou-me na pasta um decreto sem o nome do funcionário nomeado!

E atirou-lhe o papel, que caiu no chão.

0 chefe da 3ª seção apanhou-o, atônito, e, depois de se certificar do erro, balbuciou:

— Queira Vossa Senhoria desculpar-me, Sr. Diretor… são coisas que acontecem… havia tanto serviço… e todo tão urgente!…

— 0 Sr. Ministro ficou, e com razão, exasperado! Tratou-me com toda a consideração, com toda a afabilidade, mas notei que estava fora de si!

— Não era caso para tanto.

— Não era caso para tanto? Pois olhe, Sua Excelência disse-me que eu devia suspender o chefe de seção que me mandou isto na pasta!


— Eu… Vossa Senhoria…

— Não o suspendo; limito-me a fazer-lhe uma simples advertência, de acordo com o regulamento.

— Eu… Vossa Senhoria.

— Não me responda! Não faça a menor observação! Retire-se, e mande reformar essa porcaria!

***

0 chefe da 3ª seção retirou-se confundido, e foi ter à mesa do amanuense que tão mal copiara o decreto:


— Estou furioso, Sr. Godinho! Por sua causa passei por uma vergonha diante do sr. diretor-geral!

— Por minha causa?

— 0 senhor é um empregado inepto, desidioso, desmazelado, incorrigível! Este decreto não tem o nome do funcionário nomeado!

E atirou o papel, que bateu no peito do amanuense.

— Eu devia propor a sua suspensão por 15 dias ou um mês: limito-me a repreendê-lo, na forma do regulamento! 0 que eu teria ouvido, se o sr. diretor-geral me não tratasse com tanto respeito e consideração!

— 0 expediente foi tanto, que não tive tempo de reler o que escrevi…

— Ainda o confessa!

— Fiei-me em que o sr. chefe passasse os olhos…

— Cale-se!… Quem sabe se o senhor pretende ensinar-me quais sejam as minhas atribuições?!…

— Não, senhor, e peço-lhe que me perdoe esta falta…

— Cale-se, já lhe disse, e trate de reformar essa porcaria!…

***
0 amanuense obedeceu.


Acabado o serviço, tocou a campainha. Apareceu um contínuo.

— Por sua causa passei por uma vergonha diante do chefe da seção!

— Por minha causa?

— Sim, por sua causa! Se você ontem não tivesse levado tanto tempo a trazer-me o caderno de papel imperial que lhe pedi, não teria eu passado a limpo este decreto com tanta pressa que comi o nome do nomeado!

— Foi porque…

— Não se desculpe: você é um contínuo muito relaxado! Se o chefe não me considerasse tanto, eu estava suspenso, e a culpa seria sua! Retire-se!

— Mas…


— Retire-se, já lhe disse! E deve dar-se por muito feliz: eu poderia queixar-me de você!…

***
0 contínuo saiu dali, e foi vingar-se num servente preto, que cochilava num corredor da Secretaria.

— Estou furioso! Por sua causa passei pela vergonha de ser repreendido por um bigorrilhas!

— Por minha causa?

— Sim. Quando te mandei ontem buscar na portaria aquele caderno de papel imperial, por que te demoraste tanto?

— Porque…

— Cala a boca! Isto aqui é andar muito direitinho, entendes? — Porque, no dia em que eu me queixar de ti ao porteiro estás no olho da rua. Serventes não faltam!…

0 preto não redarguiu.

***
0 pobre diabo não tinha ninguém abaixo de si, em quem pudesse desforrar-se da agressão do contínuo; entretanto, quando depois do jantar, sem vontade, no frege-moscas, entrou no pardieiro em que morava, deu um tremendo pontapé no seu cão.

0 mísero animal, que vinha, alegre, dar-lhe as boas-vindas, grunhiu, grunhiu, grunhiu, e voltou a lamber-lhe humildemente os pés.

0 cão pagou pelo servente, pelo contínuo, pelo amanuense, pelo chefe da seção, pelo diretor-geral e pelo ministro!… 

Postado originariamente em http://contobrasileiro.com.br/de-cima-para-baixo-conto-de-artur-azevedo/ em 22.03.2013


Por ARTHUR AZEVEDO (07.07.1855 - 22.10.1908)





- Dramaturgo, poeta, contista e jornalista brasileiro

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Pulsões: Um percurso da morte à vida...



Prezado Leitor, 

O texto que segue foi apresentado em sua forma completa no dia 24 de novembro de 2015, fruto de um produto final do cartel As Pulsões do qual fiz parte entre os anos de 2013-2015 apresentado à instituição Psicanalítica onde sou membro: Espaço Moebius Psicanálise. Obviamente o mesmo sofreu devidas alterações e foi “cortado” em várias partes visando uma melhor adaptação para esse blog. Desejo à todos uma boa leitura, reflexão e ação! 

Um encontro marcado, com data prevista, um término? Não é um fim...!! Confortável? Nada! Mas, toda escrita, qualquer que seja ela necessita de um ponto final; ainda que esse ponto possa ser momentâneo.

Penso ser o cartel, o dispositivo capaz de proporcionar esse trabalho da escritura, ou seja, o espaço privilegiado para a experiência do desejo de saber e para a travessia da teoria (Lacan, 1980; p.85). 

Como alguns sabem, de todos os lugares da transmissão da Psicanálise, sou daquelas que ainda acredito; a Psicanálise é uma pratica solitária e a transmissão acontece nos pequenos grupos, por isso insisto tanto em uma prática de cartéis. 

Ao longo desse dois anos, alguns trabalhos parciais pude escrever fruto das pesquisas bem como das discussões que tínhamos no cartel. Claro, o mais legal do cartel é o respeito ao estilo e o tempo de cada um. 

Entretanto, desde do início dos anos 2000, já estavam presentes em minha atividade de escrita; fragmentos originários desse desejo de saber sobre as pulsões, haja vista o artigo: Família, Afeto e Lei – datado de julho de 2009.A concepção de afeto para a psicanálise é referente ao registro psicológico determinado por Freud (Kaufmann 1996) que, com sua originalidade, desloca a concepção de afeto do registro neurológico para o registro psicológico, devido aos progressos ocorridos na elaboração do conceito fundamental de pulsão. 

A pulsão é radicalmente inconsciente, por definição ela habita no inconsciente freudiano. A pulsão não é nem um instinto, nem uma espécie de apêndice de algum órgão; ela é em si mesma a montagem de quatros termos. Os quatros termos que compõem a pulsão: o impulso, a fonte, o objeto e o fim. Ou seja: sua fonte é uma zona erógena; o objeto é totalmente contingente já que, como se diz, “o fim justifica os meios”; o fim (o alvo) é a satisfação entendida como uma diminuição da tensão que disparou. (Lajonquière, 2000, p.159)

A noção de “representação pulsional”. segundo a proposta Freudiana segue:

(...) a pulsão é inteiramente reprimida, de tal modo que dela não se encontre nenhum vestígio; ou se manifesta sob a forma de um afeto dotado de uma coloração qualitativa qualquer; ou, finalmente, é transformada em angústia. Estas duas últimas possibilidades nos induzem a levar em consideração um novo destino pulsional: a transmutação das energias psíquicas das pulsões em afetos, e muito particularmente em angustia. (Freud, 1915[2010]p.60)

A teoria das pulsões, desenvolvida por Freud em 1915, até os dias atuais ao relermos e estudarmos, alguns autores do século XXI, chegam ao ponto de afirmar: “que a teoria das pulsões , bem como a teoria do inconsciente ‘está para a Psicanálise assim como a Anatomia e a Fisiologia estão para a Medicina’”(DUNKER, 2013, p.155).

Segundo lannini e Tavares (2013) o modo como Freud descreveu a gramática de nossas escolhas e nossos desejos, a lógica de nossas fantasias inconscientes e os processos de transformação envolvida nelas são processos que presidem a eleição por uma sujeito de seus objetos de desejo. Para esses autores, Freud apresenta o conceito de pulsão, que está na base dos processos que determinam o modo como os sujeitos amam, desejam e sofrem. 

Em a pulsão e seus destinos, percebemos um esforço obstinado de sistematização deste que, não por acaso recebeu o estatuto de conceito fundamental tão ou mais fundamental do que o próprio inconsciente, a pulsão é um conceito fronteiriço, situado entre o corpo e o aparelho psíquico. 

Ainda segundo lannini e Tavares (2013)  apesar da relativa obscuridade admitida pelo próprio Freud, o conceito de pulsão ilumina a metapsicologia e demarca a especificidade da clínica psicanalítica. Ao discutir os fundamentos da economia libidinal, Freud também desenha um quadro sinóptico dos destinos das pulsões. Uma pulsão pode, ainda que parcialmente, satisfazer-se num objeto, provocando prazer, pode ser revestida em seu oposto; pode retornar ao próprio Eu; pode ser recalcada, sublimada, etc. 

Para Dunker (2013) a gramática dessas transformações é apresentada de modo claro e sucinto. Os destinos das pulsões dependem de fatores os mais diversos, ligados às possibilidades de que algo se realize ou não, dos encontros e desencontros da vida de um sujeito. 

Entre a pulsão de morte e a pulsão de vida, embora Freud, em Os Instintos e seus Destinos ([1915]2010) defina que a pulsão morte é responsável pela tendência ao retorno a um estado anterior, e a vida tende a retornar à morte. 

Torna-se valido pontuar que a repetição não é uma representação, não representa uma coisa. E sim, significa algo, a repetição é em essência, de natureza simbólica.

Concordo com Garcia- Roza (2003); “Aquilo que a psicanálise nos fala é dessa repetição interminável, desse jogo amoroso que constitui a ligação de Eros com um passado reencontrado.” (p.44). O que se repete é o sexual, esclarecendo: a repetição é constituinte do sexual. 

Ainda Garcia – Roza (2003) acrescentou, repete-se em um encontro amoroso que, em si mesmo, já é máscara. E após essa afirmação o autor pontuou: “a repetição alimenta a pulsão de morte”. (p.45).

Desse modo, o polo inicial do gozo absoluto revela seu aspecto mortífero e sua relação indissociável com a pulsão de morte, pois a ilusão de seu atingimento e sua perda se ilustra pelo assassinato passional.

O que ao seu modo, no seminário Livro 11 “Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise”; capítulo XV Do Amor à Libido, Lacan (1964) pontuou:

(…)Freud, de um lado põe as pulsões parciais, e do outro, o amor. Ele diz – não é a mesma coisa.

As pulsões nos necessitam na ordem sexual – isso, vem do coração. Para nossa maior surpresa, ele nos ensina que o amor, do outro lado, ele vem do ventre, é o que é o rom- rom. (…) a pulsão sexual genital, se ela existe, não é de modo algum articulada como outras pulsões. E isto, malgrado a ambivalência amor – ódio. Em suas premissas, e em seu próprio texto, Freud se contradiz propriamente quando ele nos diz que a ambivalência pode passar por uma das características de reversão da Verkehrung da pulsão. Mas quando ele a examina, ele nos diz mesmo que NÃO são de modo algum a mesma coisa, a ambivalência e a reversão. (p.179).

Na aula supracitada Lacan (1964), disse: “Se então a pulsão genital não existe, ele só pode se f… feiçoar alhures, do outro lado e não do lado onde há pulsão,” (p.179)

Vocês mataram a charada do que é esse f… (com reticências) que aparece no seminário? Não?!? Nós “matamos a charada no Cartel” …é o se fuder!!!!

Portanto, ainda que existam as paixões do ser: amor, ódio e ignorância. – Para se caminhar com a pulsão de vida, torna-se necessário fazer suplência; assim sou levada a acreditar na metáfora do amor onde produz como efeito o sujeito dividido, afastando do seu resto o objeto causa do desejo. Temos então um sujeito barrado, que implica a relação de dependência fundamental do sujeito com o significante.

A constituição do sujeito do desejo pela via simbólica é correlativa da produção do amor como metáfora.

E ainda que a partir do objeto a talvez se situa a vertente terminável da análise, de um cartel ou de uma escrita; prevalece a função disjuntora da pulsão de morte.Neste ponto, temos então, um espaço compreendido entre duas mortes. 

Mortes, simbólicas, que nos permite como tantas vezes já pontuei lembrar o poema de Paulo Mendes Campos: 

“ o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.”

Entretanto, diante de tantos “nós” e “transas” que o sujeito em um percurso de análise faz, ao fim de uma análise e possível se fazer novos enlaces e produzir um novo laço. Cabe ao amor, a tarefa de fazer suplência...se as pulsões pode vir a dilacerar...há de existir o amor...para possibilitar novos enlaces...ainda que na falta tenhamos que viver resta talvez acreditar nas palavras de Ferreira Gullar, ao dizer: 

O amor é uma doença como qualquer outra. E é verdade. Uma doença ou pelo menos uma anormalidade. Como pode acontecer que, subitamente, num mundo cheio de pessoas, alguém, meta na cabeça que só existe fulano, ou fulana, que é impossível viver sem essa pessoa? E reparando bem, tirando o rosto que era lindo, o corpo não era lá essas coisas...Na cama era regular, mas no papo um saco, e mentia, dizia tolices, e pensar que quase morro!... (GULLAR, 2005; p.279)

...mas não morreu...e foi capaz de dizer isso....um dia...comendo um bife com batatas fritas e de paz com a vida .... está vivo! Viva a pulsão de vida!!! Bom domingo à todos!!! 

REFERÊNCIAS:

CAMPOS, Paulo Mendes. Texto extraído do livro "O amor acaba", Editora Civilização Brasileira – Rio de Janeiro, 1999, p. 21

DUNKER, C. I.L. Uma Gramática para clínica psicanalítica. In: FREUD, Sigmund. As pulsões e seus destinos. In: Obras Incompletas de Sigmund Freud; tradução Pedro Heliodoro Tavares. – Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.p.135 – 157.

FREUD, Sigmund. Os Instintos e seus Destinos (1915). In: Obras completas, volume 12: Introdução ao Narcisismo: ensaios sobre a metapsicologia e outros textos (1914 – 1916)/ Sigmund Freud; tradução e notas de Paulo César de Souza – 1ª ed. - São Paulo: Companhia das, 2010, p.51 – 81.

GARCIA – ROZA. A Repetição e as Máscaras. In:GARCIA-ROZA, Luiz Alfredo. Acaso e Repetição. – 7ª ed. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2003, p.44 – 52.

GULLAR; Ferreira. “A estranha vida banal”. Editora. Objetiva; Rio de Janeiro. 2005. p . 279.

Jorge, Marco Antonio Coutinho. O Objeto perdido do Desejo. In. Jorge, Marco Antonio Coutinho. Fundamentos da Psicanálise de Freud a Lacan v.1: as bases conceituais – 4ªed – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2005; p.139 – 158.

KAUFMANN, Pierre. Dicionário Enciclopédico de Psicanálise: o legado de Freud e Lacan. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 1996.

LACAN, Jacques. A verdade surge da equivocação. In: LACAN, Jacques. Seminário livro 1: Os escritos técnicos de Freud (1953-1943). O Seminário Livro 1: Os escritos técnicos de Freud. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1981, p.297 – 310. 

_____________. Do Amor à Libido. In LACAN, Jacques. Seminário Livro 11: Os quatro conceitos cruciais da psicanálise(1964).- 2ªed – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998; p.177 – 189. 

LACAN, Jacques: A metáfora do amor: Fedro. In: LACAN, Jacques. O seminário, livro 8: a transferência. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992. p . 43-56.

LAJONQUIÈRE, Leandro de. De Piaget a Freud: para repensar as aprendizagens. 9ª Ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1992.

SAMPAIO, Adilson. Do amor á morte: Transferência. In: Amor e morte: anais./Org. por Urânia Tourinho Peres e Maria Thereza Ávila Dantas [et.al] _Salvador: EGBA, 1998.


Por CLARISSA LAGO


















-Psicóloga graduada(Formação Clínica e Bacharelado) - Primeira Turma(1999) pela UNIFACS (Universidade de Salvador);
-Mestre em Educação pela UFBA (Universidade Federal da Bahia);
-Especialista em Psicopedagogia pela UCSAL (Universidade Católica do Salvador);
-Pedagoga com habilitação em Orientação Educacional pela UCSAL;
-Psicanalista praticante;
-Articulista e Ensaísta;
-Escritora:Autora do livro Paranóias(Editora  JUSPODIVM-2012);
 - Autora do  Blog da Psicanálise (www.blogdapsicanalise.com.br).
-Atua como psicanalista e supervisora em consultório particular
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