A Neuropsicologia é a interface
da Neurologia com a Psicologia. A
Neuropsicologia se detém a estruturas e funcionamento cerebral, mas não deixa
de lado o comportamento humano e as emoções.
O aumento de psicólogos
especialistas em Neuropsicologia tem aumentado no Brasil, mas ainda sim temos
uma defasagem de profissionais em algumas regiões do país.
São os neuropsicólogos que
auxiliam no diagnóstico de crianças e adultos em questões relacionadas a lesões
cerebrais e doenças.
Nos últimos anos tem aumentado o
diagnóstico dos transtornos do neurodesenvolvimento. Os Transtornos do
neurodesenvolvimento fazem parte de um grupo de transtornos que podem
interferir na aquisição, retenção ou aplicação de alguma(s) habilidade(s). As
funções cognitivas impactadas podem ser a memória, a atenção, o planejamento, a
inteligência entre outras funções.
Fazem parte do grupo de
transtornos do desenvolvimento: Transtorno de desenvolvimento intelectual,
Transtornos de comunicação, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do
Défiict de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Específico de Aprendizagem,
Transtornos motores.
Muito se fala do aumento no
diagnóstico dos Transtornos do Neurodesenvolvimento, mais especificamente o
Transtorno do Espectro Autista e o Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade. A Neuropsicologia
apresenta papel importante no aumento dos diagnósticos, pois traz a
possibilidade de melhor compreensão do funcionamento cerebral dos indivíduos
com esses transtornos o que também possibilita melhor intervenção e como
consequência a mais possibilidade de melhora do paciente.
O diagnóstico precoce é
importante nos transtornos do neurodesenvolvimento porque possibilita ao
paciente maior efetividade no tratamento e prognóstico de melhor evolução.
Quando falamos do Transtorno do
Espectro Autista, a dificuldade para o diagnóstico é a falta de instrumentos
validados no Brasil quando pensamos em crianças menores de 3 anos. No caso do
TEA, no Estados Unidos os diagnósticos são feitos em crianças com idade média
de 3 e 4 anos, mas os pais já começam a notar os comportamentos no primeiro ano
de vida. No Brasil, as crianças tem recebido diagnósticos aos 6/7 anos. Uma das
consequências desse diagnóstico tardio agrava significativamente os
comportamentos.
É imprescindível falar que em
qualquer doença ou transtorno o diagnóstico precoce salva vidas!!
No caso dos transtornos do
neurodesenvolvimento, o diagnóstico precoce possibilita um encaminhamento
especializado para a melhora o
funcionamento do paciente.
O diagnóstico precoce só será
feita com mais expressividade se informações sobre os transtornos foram
disseminadas pela sociedade, além disso
é necessário mais investimento em pesquisa, para que profissionais de saúde,
como os neuropsicólogos tenham mais ferramentas para trabalhar.
É preciso pulverizar mais
informações sobre transtornos que são mais comuns do que se imagina, como a
dislexia e o TDAH.
- Psicóloga – Especialista em Neuropsicologia pelo Cepsic/FMUSP;
- Experiência como coordenadora pedagógica e em consultoria educacional;
- Atualmente atua com avaliação neuropsicológica e psicoterapia; e
-De acordo com suas próprias palavras:" Há 1 ano, 1 mês e 7 dias, mãe da Valentina que me fez mãe atípica e que me mostra todos os dias que essa vida é para ser feliz."
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