sábado, 19 de setembro de 2015

Lição de Casa


Ao iniciar o ano letivo, a animação é geral, a turma nova, as novidades para contar, pais, professores e alunos descansados. Porém esse entusiasmo dura pouco, quando a lição de casa começa a ser motivo de conflitos entre pais e professores.

A lição de casa surgiu nos Estados Unidos, nos anos 30, como parte integrante de um método de ensino para estudantes da zona rural.

A lição de casa possui uma função pedagógica importante. Além de ensinar a criança a construir uma relação de responsabilidade e autonomia, favorece o hábito do estudo. Entretanto, para que a lição de casa atinja esse objetivo, cabe ao professor orientar a criança em cada lição e esclarecer os objetivos dessa.

Os conflitos quanto à lição de casa começam a aparecer quando os pais acham que os filhos trazem lições demais para casa. A cena é comum, pais de um lado se queixando de não dispor de tempo para ajudar o filho e do outro lado a criança que às vezes não se lembra de fazer a lição ou não consegue desempenhá-la sem a supervisão de um adulto.

Mas como a lição de casa favorece muitos alunos, uma das formas de evitar esse clima de tensão que a atividade ocasiona, é o estabelecimento de um bom relacionamento entre os pais e a escola. É importante que a escola compreenda que a lição de casa é uma responsabilidade dela, e não do aluno e de sua família.

Algumas maneiras podem favorecer a realização da lição de casa, como por exemplo, criar uma rotina de estudo, disponibilizar um espaço da casa para esse fim e incentivo.
Os pais podem encorajá-las nessa responsabilidade, ao demonstrar interesse e ao dar autonomia quando oferecem sua ajuda ao invés de fazer a lição pela criança.

Postado em

http://www.brasilescola.com/educacao/licao-casa.htm

Por PATRICIA LOPES


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A irresponsabilidade reiterada



A partir de hoje fica criada a Seção "Opinião dos Jornais" que terá quinzenalmente a postagem dos 2 melhores Editoriais publicados na quinzena anterior em jornais do País.Essa nova seção dividirá o mês com a seção "Opinião de 3ºs".


A reação do Planalto ao rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela Standard & Poor’s é uma patética reiteração da irresponsabilidade do governo na gestão de suas próprias contas, apontada pela agência de classificação de risco como a principal razão de sua decisão. Embora a presidente Dilma Rousseff tenha afirmado dias atrás, em entrevista ao jornal Valor, que seu governo tem “uma clara estratégia” para tirar o País da crise econômica, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi escalado para anunciar, após a reunião de emergência realizada na manhã de quinta-feira no Planalto, que “até o fim do mês” serão anunciadas as medidas de corte de despesas e aumento de tributos destinadas a promover o ajuste fiscal. Ora, o próprio Levy, que tem proposto medidas de austeridade desde o início do ano, apenas para serem invariavelmente rejeitadas por Dilma e pelo PT, faz uma clara confissão de que não existe nenhuma estratégia definida. Quem sabe, até o fim do mês.

A razão pela qual o governo está sendo incapaz de dar uma pronta resposta ao agravamento da crise é óbvia: Dilma Rousseff não tem a menor ideia do que fazer, dividida entre o caminho da austeridade e o da persistência na gastança que é a matriz econômica ditada por suas convicções estatistas e pelo populismo irresponsável do PT. Sem credibilidade popular e política, e com um comportamento errático, a presidente tem-se limitado a bisonhas tentativas de tapar o sol com a peneira que só fazem rebaixar mais ainda o nível da confiança que a Nação ainda deposita nela.

Para agravar a situação, o ex-presidente Lula – cujo desespero pela sobrevivência política o tem impelido a agir estabanadamente – escancarou seu populismo irresponsável com a declaração desdenhosa de que o rebaixamento da nota de crédito “não significa nada”. Despudoradamente, desdisse o que afirmara em 2008, ao comemorar o ingresso do Brasil na faixa de crédito da qual é agora rebaixado: “O Brasil foi declarado um País sério”. Pelo mesmíssimo critério, deixou de sê-lo.

Apesar da decadência da liderança política do chefão do PT, o modo cada vez mais explícito como ele se posiciona contra o ajuste fiscal agrava o impasse político que paralisa o governo e joga para além do horizonte as perspectivas de alguma saída a curto prazo para a crise econômica. Lula não está nem um pouco preocupado com a crise que solapa as conquistas sociais obtidas a duras penas pelas classes menos abastadas nos últimos anos. Ele só pensa em tirar proveito da situação para voltar a ocupar o Palácio do Planalto, desta vez vem sem intermediação.

Diante da gravidade e da abrangência da crise – política, econômica, social e moral –, seria de esperar que as chamadas forças vivas da Nação se unissem para tirar o País do buraco fundo em que o lulopetismo o meteu.

Mas não é isso o que se vê. Em vez de medidas oportunas para evitar que as classes pobres e médias se vejam ainda mais sacrificadas pela inflação e pela recessão, o que as pessoas e os partidos responsáveis pela condução do governo fazem é, uns, contemplar a chegada do desastre, imóveis, e, outros, engendrar fórmulas perversas para tirar proveito da desgraça alheia.

Não é preciso ser economista para saber que o País está à beira da insolvência e essa situação só pode ser revertida com a adoção de medidas – tão mais severas quanto é a gravidade da crise – tanto de redução de despesas quanto de aumento da receita. E os sacrifícios inevitavelmente decorrentes devem ser distribuídos da maneira mais justa possível entre todos os membros da sociedade. É um equívoco imaginar, até porque não é justo nem democrático, que qualquer segmento social seja mais penalizado ou beneficiado do que outros na hora da austeridade. É preciso, acima de tudo, que tais medidas saneadoras sejam adotadas sem mais delongas.

A “travessia” que Dilma não se cansa de mencionar exige uma liderança competente, segura e confiável. Comportando-se como cego em tiroteio, a presidente mostra que não é nada disso e que seu governo está sujeito a ter breve final. O que virá depois não se sabe. Mas uma coisa é certa: pior do que está pode ficar.


Publicado em 12.09.2015 EM

http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-irresponsabilidade-reiterada,1760820

Muito pouco




Cinco dias depois do rebaixamento da nota de crédito do país, o governo Dilma Rousseff (PT) anunciou um plano para reequilibrar o Orçamento de 2016. Entre corte de despesas e aumento de receitas, o Planalto espera obter R$ 66,2 bilhões a mais do que havia estimado na proposta anterior.

Trata-se de esforço para amenizar o desgaste gerado pela peça orçamentária com deficit de R$ 30,5 bilhões, enviada ao Congresso em agosto. Com a cifra divulgada na segunda (14), o Executivo poderá produzir superavit primário (desconsiderado o pagamento de juros) de 0,7% do PIB, meta com a qual se comprometeu há um mês e meio.

Em tese, a mudança no saldo das contas evitará novas quedas da nota brasileira no futuro próximo e estancará a deterioração dos mercados –dólar e juros em alta são os sintomas mais evidentes da baixa credibilidade do governo.

O pacote, todavia, é insuficiente do ponto de vista econômico e tem pouca viabilidade política.

De saída, resta evidente o improviso. Não há o mais tênue sinal de um projeto orquestrado de reformas; há nada mais que um conjunto desconexo de iniciativas destinadas a tapar buracos emergenciais.

Para começar, dos R$ 66,2 bilhões, a menor parte (R$ 26 bilhões) proviria de redução de despesas, e a maior (R$ 40,2 bilhões), do aumento de receitas, sobretudo com a recriação da CPMF.

O governo parece não ter percebido que a sociedade, bem como os parlamentares que elegeu, não pretende aceitar majoração da carga tributária sem a devida contraparte em cortes na máquina pública.

Isso não significa apenas adiar o reajuste de servidores, suspender concursos, diminuir o número de ministérios e cargos comissionados e alterar fontes de financiamento de certos programas. Embora tais ações tenham se tornado imperativas, elas não representam a principal resposta à crise.

O fundamental, neste momento, é promover reformas de cunho estrutural, capazes de convencer a população de que haverá esforço genuíno para conter o crescimento do tamanho do Estado.

Impressiona que, sem fazer isso agora e oferecendo só a promessa de que abraçará tais ajustes no ano que vem, o governo peça ao Congresso que recrie a CPMF.

Se quiser retomar a iniciativa e reverter o pessimismo, o governo Dilma deverá fazer mais. Precisa apresentar medidas, por exemplo, para reduzir o deficit da Previdência e as vinculações orçamentárias, além de conter a expansão estrutural dos gastos em relação ao PIB.

Apenas assim será possível discutir novos impostos que sejam justos socialmente –e a CPMF não figura como a melhor alternativa.

Publicado no dia 16.09.2015 em http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/09/1682212-muito-pouco.shtml

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Superdotados Esquecidos!















“... O que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor,
o amor, a moderação, a dedicação, a diligência, a justiça, a educação.
São estas as virtudes que devem formar o seu carácter...!”

Sócrates

O ingresso do Brasil ao Primeiro Mundo não pode se cingir a um exercício de retórica. Deve ser algo muito mais consistente, que passa pelos cuidados com a educação, a ciência e a tecnologia. 

Se investirmos apenas 0,5% do Produto Interno Bruto em Ciência aí está o sintoma claro de que nos distanciamos de nações mais desenvolvidas, como é o caso da Coreia do Sul, que hoje coloca 2% do seu PIB em pesquisa científica e tecnológica. Com um pormenor notável: 70% desses recursos são oriundos da iniciativa privada, que acredita nesse investimento, o que infelizmente não ocorre entre nós.

A quase totalidade dos nossos fracos investimentos na área é devida a recursos federais, colocados à disposição das universidades. Não se deve desconsiderar o valor dos recursos hoje aplicados no Brasil aos setores de desenvolvimento científico e tecnológico. São 2,4 bilhões de dólares, resultado das muitas campanhas realizadas e da aquisição de uma consciência generalizada a respeito da sua importância. Mas é também claro que estamos muito longe dos recursos ideais. 

Veja o caso dos EUA: as universidades americanas disporão este ano um orçamento de 158 bilhões de dólares, mais da metade para projetos de pesquisa básica.

Quando se coloca a questão da inserção do Brasil no clube do Primeiro Mundo, gostaria de deixar claro o meu ponto de vista: entrar no Primeiro Mundo não significa vencer a corrida tecnológica, mas acompanhá-la. Um país pertence ao Primeiro Mundo quando contribui para o desenvolvimento da humanidade como um todo.



O Brasil poderia estar dedicando maior atenção ao desenvolvimento de vacinas contra a meningite do tipo B e o dengue. No primeiro caso, temos importado vacinas de Cuba, gastando milhões de dólares, quando isso poderia estar sendo feito em nossos próprios laboratórios, com economia e eficiência. O mesmo pode ser dito em relação à genética. O nosso país tinha resultados apreciáveis, em nível mundial, nas décadas de 50 e 60, mas por falta de apoio a nossa presença foi definhando, tornando-se hoje secundária.

A origem da falha encontra-se no sistema escolar ("a escola está preocupada em ensinar - e não fazer o aluno aprender"). A escola quer formar os cidadãos médios, mas é preciso valorizar os bons alunos, aqueles que irão compor as elites científica e intelectual, de onde são extraídos os elementos capazes de sustentar a liderança em setores determinados do conhecimento ou do pensamento. Há exemplos internacionais do que deve ser feito, como é o caso da Bronx School of Science (NY), que trabalha com alunos superdotados para o ensino de Ciências. Eles são estimulados, por mestres competentes, em laboratórios devidamente apetrechados, para que se ampliem as suas possibilidades de acesso a outros patamares da ciência moderna.



Estamos diante da irreversibilidade da lei da educação brasileira (LDBEN nº 9394/96). Não custa, pois, acentuar alguns aspectos que poderiam ter merecido melhores definições, como é o caso da educação especial, tratada de modo superficial. É muito grande, no Brasil, o número de deficientes visuais, auditivos, motores e psicológicos, todos merecendo na escola os cuidados que são dispensados, com tanto carinho, nas nações mais desenvolvidas.

Por outro lado, no caso da educação infantil (de 0 a 6 anos de idade) não basta a simples referência que se faz no instrumento legal. Não temos tradição no trato dessa faixa etária, de resto entregue à iniciativa privada, portanto inacessível, dado os seus custos, às camadas mais pobres da população. 

Quando na LDBEN/9394/96 - se fala em superdotados há apenas uma referência no artigo 58. 

Sabe-se que o Brasil tem cerca de 4 milhões deles, o que configura uma imensa potencialidade entregue à própria sorte. Se Israel pôde criar um Instituto para Superdotados, em que se faz uma apropriada educação complementar, por que não se pode pensar o mesmo entre nós? 

Outro fato a merecer destaque: o grande número de alunos da rede pública que se encontram prejudicados pela distorção idade-série (mais de 80% do efetivo existente). Isso causa enormes prejuízos ao aprendizado e precisa ser considerado quando se vai partir para inovações pedagógicas.

Somos partidários igualmente de uma grande valorização da educação ambiental, prevista na Constituição Federal de 1988, de forma inédita no mundo. Não se tem notícia de nenhum outro país que determine, em sua Carta Magna, a adoção dessa disciplina. E finalmente cabe ainda um registro sobre o ensino médio, que é responsabilidade dos Estados. A valorização tecnológica não deve ser descartada das nossas preocupações. A profissionalização nesse nível pode ser um poderoso antídoto à onda de desemprego, São aspectos que, na implementação da LDBEN/96, talvez devam ser corrigidos por intermédio da legislação complementar e das ações a serem desenvolvidas pelos sistemas estaduais e municipais de educação.


A Suécia é o país que mais investe em educação. Só em 2014, gastou 7,6% do seu Produto Interno Bruto nessa área, superando os Estados Unidos, a França, o Japão e a Itália, que aplicaram índices inferiores do seu PIB no mesmo setor. Com uma população de 8,4 milhões de habitantes, o país passou por uma intensa reforma educacional, a partir dos anos 50.

Hoje, dedica nove anos à escolarização obrigatória, que abrange alunos dos sete aos dezesseis anos de idade; dispõe de classes integradas para o ensino médio, objetivando acomodar indivíduos a partir dos 16 anos; possui um sistema municipal de educação de adultos oferecendo a mesma qualidade-padrão dada aos mais jovens; e conta com um nível superior aberto a qualquer um, com qualificações bastante diversificadas.

Todas as crianças entram no pré-escolar pelo menos um ano antes de iniciar a escolarização obrigatória. As instituições que realizam esse trabalho não pertencem ao sistema regular de ensino, mas a programas governamentais de auxílio à criança.

A parcela do orçamento voltada para o ensino é distribuída de tal forma que aumenta os incentivos, estimulando os estudantes. A pré-escola, a educação obrigatória e o ensino médio são controlados pelas autoridades municipais, mas os gastos com a manutenção são divididos com o Estado.

As escolas são gratuitas e seus alunos recebem ainda o material escolar, a refeição e o transporte. Existem poucas escolas particulares. Os pais dos estudantes recebem o salário-família, que é idêntico para todos, até que os dependentes completem 16 anos. A partir daí, os jovens que desejam continuar os estudos recebem bolsas. Chegando ao nível superior, essas bolsas passam a ser empréstimos reembolsáveis.

As administrações municipais proporcionam a um número cada vez maior de crianças atendimento durante todo o dia e atividade fora do horário escolar, por preços módicos. A educação em nível universitário é totalmente controlada pelo governo, existindo mais de 30 instituições que proporcionam ensino gratuito. 

Na Suécia, as pessoas com retardamento mental cursam uma escola especial, que não é apenas um direito, mas faz parte da escolarização obrigatória, na faixa dos 7 aos 21 anos. A integração entre o ensino regular e o especial cria condições para uma cooperação mútua, oferecendo aos deficientes mentais as mesmas facilidades de que dispõem os outros estudantes.

Observando o sistema educacional sueco, nota-se uma forte preocupação em manter um currículo homogêneo, igual para todas as escolas do país. Ele contém exigências expressas quanto às tarefas escolares, de maneira que elas se adaptem às necessidades intelectuais e sociais dos alunos.

O objetivo principal do governo é beneficiar o desenvolvimento da personalidade da criança, aumentar suas possibilidades de uma boa colocação no mercado de trabalho e garantir uma intensa participação na vida da comunidade. Para um país das suas dimensões, o sistema funciona de modo bastante adequado, o que resulta na posição invejável da Suécia no conceito internacional.



No Japão, o ensino é obrigatório durante os primeiros nove anos de escolarização ( seis no primário e três no secundário inferior). A partir daí, tudo é opcional. Em consequência, praticamente todos os japoneses dos seis aos 15 anos de idade encontram-se nas escolas, num fenômeno elogiável de universalização do ensino.

Alcançando esse ideal, os educadores agora se voltam para a discussão em torno da qualidade do ensino, procurando-se valorizar a criatividade, de que eles andam bastante divorciados.

Condena-se hoje o excesso de memorização nas escolas, quando o desejável é a compreensão maior e melhor das lições transmitidas por seus mestres. 

Outro aspecto a ser ressaltado é o excesso de competitividade, responsável pela enorme frequência de suicídios entre os jovens. Não serve estudar em qualquer escola, mas nas que têm renome, sobretudo universidades. 

As melhores oportunidades são oferecidas aos que têm históricos escolares exemplares, o que é compulsado pelos caçadores de talentos das empresas japonesas. Para oferecer essas oportunidades aos seus estudantes, o Japão investe 12% do orçamento em educação.

Os Estados Unidos investem nada menos de 13,6 %. Numa comparação sem maior análise, do que faz o Brasil. O problema é que temos uma dívida social imensa, que precisa ser resgatada com investimentos maciços na educação. Enquanto isso não se fizer, continuaremos a conviver com números e carências verdadeiramente absurdos.

As nações desenvolvidas agem dessa forma. Não temos outra saída senão seguir os seus passos.

Postado originariamente no dia 16.09.2015 na Sala de Protheus em
http://epensarnaodoi.blogspot.com.br/

Por NELSON VALENTE

Escritor
-Professor Universitário;
-Jornalista e
-Escritor

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Atirando nos aliados



Os novos cortes anunciados pelo governo vão atingir em cheio os aliados que poderiam defender Dilma Rousseff da ameaça de impeachment. A previsão é do senador petista Lindbergh Farias, que se irritou com o "pacote de maldades" divulgado nesta segunda-feira.

Um dos parlamentares mais próximos do ex-presidente Lula, o senador teme a reação do funcionalismo e dos movimentos sociais que ainda se mantêm próximos ao Planalto. Ele diz que o custo político das medidas de austeridade será mais alto do que a futura economia no Orçamento.

"O governo voltou a atirar contra a nossa base. A Dilma está atirando no pessoal que pode ir para a rua defender o mandato dela", protesta.
Para o petista, o adiamento do reajuste dos servidores vai gerar "uma grande confusão" com sindicatos que apoiaram a reeleição da presidente. Ele prevê mais greves nas universidades e em órgãos que já funcionam de forma precária, como o INSS.

O senador também reclama dos cortes em vitrines do governo, como PAC, Pronatec e Minha Casa Minha Vida. "O governo está insistindo numa fórmula que já fracassou. Esse ajuste agravou a recessão, aumentou o desemprego e não resolveu o problema fiscal", protesta.

Acuada pelo PMDB e pelo empresariado, a presidente agora terá que resistir ao "fogo amigo" por adotar o receituário que eles defendem.

As críticas de Lindbergh ecoam um discurso cada vez mais forte no PT. Na semana passada, Lula disse que o ajuste "leva ao empobrecimento e à perda de postos de trabalho". Nesta segunda, o presidente da sigla, Rui Falcão, cobrou "mais receitas e menos cortes". Juntos, os três parecem avisar que Dilma pode perder o apoio de seu próprio partido.

Postado no dia 15.09.2015 em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/bernardomellofranco/2015/09/1681759-atirando-nos-aliados.shtml
Por BERNARDO MELLO FRANCO

Resultado de imagem para Imagem de Bernardo Melo Franco

-Jornalista

Nós, Os Novos Inconfidentes?




Tenho arrepios severos cada vez que ouço falar em impostos, taxas, qualquer coisa parecida com "tungarem mais dinheiro ainda de nossa sofrida carteira". E nesses últimos dias essa forma de solução das bobagens que eles andaram fazendo arrancando do meu, do seu, do nosso, tem sido dita insistentemente. Tiveram a cara de pau até de chamar de investimentos, e dizendo que adoraremos contribuir

Acabei lembrando a derrama, a forçada e violenta forma de cobrança de tributos com que os colonizadores portugueses coletavam parte do que se obtinha na exploração dos minérios, aliada à "quinta", que ainda tirava o naco de 20% dos ganhos. Daí foi um passo para lembrar a revolta popular, de Tiradentes e dos Inconfidentes, de tudo o que a História do Brasil já registrou e que terminou de forma tão cruel e sangrenta. Você também deve ter ouvido muita gente aí do seu lado falar que, caso resolvam impor mais impostos, deveríamos nos unir, todos deixarem de pagar, que não está certo pagarmos ainda mais pelos erros que vêm cometendo, trapalhada após trapalhada.

Ouviu também, né? Não se fala outra coisa.

Pois eu ouvi de gente respeitada, de pessoas maduras, honestas e trabalhadoras, homens e mulheres sérios que vocês não imaginam nem engrossando passeatas em verde e amarelo, muito menos empinando balões de bonecos. Mas eles estão dispostos a reagir e mostram, como no passado, ter de fazer isso para não sucumbir à ganância dos governantes. Uma questão de sobrevivência, explicam. Já enxugaram o que podiam, dispensaram seus "escravos", temem não ter o que dar aos seus filhos. Não veem o que já pagaram até aqui revertido em benefícios - sem saúde, sem educação, sem infraestrutura. Estão insatisfeitos, indignados, sentem-se roubados, espoliados e enganados. 

Achei nessa parte de nossa História - a Inconfidência Mineira - muita coisa parecida com a que estamos vivendo agora em pleno século XXI, incluindo até os delatores que, em troca de se livrarem, a si, aos seus bens, atiram mais gente ainda no fogo da caldeira, dando combustível para que essa fogueira esteja cada dia mais furiosa. Só não encontrei ainda os heróis.

Obviamente faço esse paralelo muito mais pensando no que aprendemos de melhor ali, na honra, na coragem dos insurretos, nos mitos que se criaram, do que na desgraça de uma solução militar, como a que fechou o tempo por longos 25 anos. 

Não é de hoje que a ideia de conspiração ocorre nas horas mais tumultuadas da política nacional como a que vivemos nos últimos meses, e que alguns analistas já associaram até ao Titanic. O navio afundando e a ordem para que a orquestra continuasse. O problema é: com quem? Não há grupo coeso, mas miríades deles e fica difícil se encaixar em alguma conjuração. Pelo menos eu ainda não senti liga, e sigo apenas com alguns amigos aqui e ali com os quais tenho afinidade de pensamento. Não posso me juntar a quem defende liberdade pelo poder, quem perdeu por incompetência e vê na crise chance de emplacar, quem ainda acha que o mundo se divide em bons e maus, esquerda e direita, com quem usa a religião para constranger e proibir.

Procura-se um modelo de República, de ideias arejadas; uma nova e simples Constituição; ideias e filosofias que se coadunem com o tempo, com o chão que pisamos, com o futuro que acreditamos em poder erguer, com justiça social verdadeira. Algo integrado ao desenvolvimento global, progresso, sem esquecer o ar que respiramos, o chão que pisamos, os oceanos que se aproximam crescendo sobre a terra.

Quem sabe encontraremos juntos?

São Paulo, em um conturbado setembro de 2015

Postado em
 http://www.diariodopoder.com.br/artigo.php?i=30568490182
Por MARLI GONÇALVES












-Jornalista

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Venda casada




Casa vem mais devido o consumo exagerado que se instalou no meio comercial, verificamos a existência de abusos em prol do lucro e em detrimento dos Direitos dos Consumidores, assim esse artigo tem por escopo elucidar esse fenômeno da "venda casada"

A venda casada consiste em prática muito comum no nosso cotidiano, na qual fornecedores de serviços e/ou vendedores embutem na compra realizada, um produto ou um serviço, não requisitado pelo consumidor, a fim de obterem lucro indevido.

Trata-se de prática comercial abusiva e criminosa, proibida pela Lei 8078/90, Código de Defesa do Consumidor e pela Lei 8137/90, que define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo.

Essa situação é frequente principalmente na contratação de empréstimos bancários, sendo que na maioria das vezes, o consumidor acaba por adquirir junto com o empréstimo solicitado, que pode ser: um seguro de vida, um seguro residencial, ou mesmo um título de capitalização; O problema é que na maioria das vezes o consumidor não é esclarecido, sobre o que está contratando e adquire o produto sem saber.

Essa situação, não se limita a contratos bancários, ao contrário, ocorre corriqueiramente no nosso dia a dia, por exemplo: É usual que cinemas somente permitam ao consumidor adentrar a sala de exibições com produtos alimentícios adquiridos no próprio estabelecimento, esse simples fato já é considerado pela jurisprudência a “venda casada”.

Outro caso semelhante é condicionar a venda de um produto à aquisição de outro produto, a exemplo: a compra de uma viagem em agências de viagem que somente comercializam pacotes turísticos fechados, na qual o consumidor é condicionado, diga-se, obrigado a contratar passeios e serviços de traslados.

Da mesma forma, a prática da consumação mínima é ilegal, posto que não pode o estabelecimento comercial estipular valores mínimos de consumação. Essa postura se traduz em enriquecimento sem causa do estabelecimento comercial, pois permiti a este cobrar por produto ou um serviço que pode ser ou não consumido pelo cliente.

Cabe ao consumidor definir o que quer consumir, não podendo o fornecedor e/ou vendedor estabelecer qualquer tipo de imposição na venda de produtos e serviços.

Entretanto, a busca pela informação e a atenção na hora de acordar contratos, é essencial para que você, consumidor, não seja lesado.

Todas as situações acimas descritas, além de outras tantas, são reprimidas pela indigitadas leis, pois são praticas abusivas, que ensejam dano material e moral para a vítima, devendo aquele que praticou reparar os danos causados, haja vista que constituem crime contra as relações de consumo e contra a ordem econômica.

Assim, fiquem atentos! Caso você se depare com alguma das situações supracitadas ou semelhante, ou se sintam coagidos ao adquirir algum produto ou prestação de serviço que não queiram, não aceitem a imposição.

Procure o Procon de sua cidade e denuncie, porém se você já sofreu o dano, procure um advogado e faça valer seus Direitos.

Postado originalmente no dia 09.09.2015 em
 http://jus.com.br/artigos/direito-do-consumidor

Por MIRIAM CRISTINA DOS REIS

Foto do Usuário

-Advogada no  Escritório Melo Rodrigues Sociedade de Advogados e
-Graduada pela Universidade Presidente Antonio Carlos - UNIPAC

Sogra é para sempre



Existe ex-mulher, ex-marido... mas não existe ex-sogra!

Sabem aquelas histórias de novela que o mocinho separa da esposa e casa com a sogra?

Só é possível no mundo da ficção mesmo!

No mundo real sogra é nossa parente por "afinidade". Não que você tenha afinidade com ela, mas a palavra é utilizada para expressar que não são laços de sangue, já que você não tem (ou pelo menos não deveria ter) a genética dela.

Os laços do casamento a tornam sua parente de primeiro grau, exatamente como seu pai e sua mãe.

E sabe qual é a parte mais cruel disso tudo? Existe ex-mulher, existe ex-marido, mas não existe ex-sogra! Uma pessoa pode ter histórico de vários divórcios em sua vida, mas isso faz com que ele acumule sogras também!

O nosso Código Civil impede o casamento com ascendentes (pais, avós, bisavós, etc) e descendentes (filhos, netos, bisnetos, etc), e com parentes colaterais até o terceiro grau (tios, sobrinhos).

Logo, se sogra será para sempre sogra, ela sempre será sua parente de primeiro grau, e nossa lei impede o casamento com parentes até o terceiro grau, não se pode casar com ela.

E digo mais! A sogra não é a única parente que você ganha com o casamento! Aquela história de casar é ganhar outra família é verdade! Junto com o casamento vem os parentes do conjuge (os pais, avós, filhos, netos, etc)! E aqui vai mais uma revelação bombástica: Cunhado é parente, sim!

Porém, os laços de parentesco com os cunhados se rompem com o fim do casamento. O que quer dizer que é possível se casar com cunhados e cunhadas após o divórcio, ou que você não terá que pagar pensão alimentícia para eles caso eles venham te pedir.

Postado originariamente em EM http://milenaimanishi.jusbrasil.com.br/artigos/232626339/sogra-e-para-sempre

Por MILENA IMANISHI PARISOTTO

Milena Imanishi Parisotto

-Advogada; 
-Graduada em Comércio Exterior; e
-Pós-graduada em Direito Tributário

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Pai com Fábio Jr.



Música



Letra

Pai
Pode ser que daqui algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez

Pai
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre esses 20 ou 30
Longos anos em busca de paz

Pai
Pode crer eu tô bem, eu vou indo
Tô tentando vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer

Pai
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você

Pai
Senta aqui que o jantar tá mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensina esse jogo da vida
Onde vida só paga pra ver

Pai
Me perdoa essa insegurança
É que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos seus braços você fez segredo
Nos seus passos você foi mais eu

Pai
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar

Pai
Você foi meu herói, meu bandido
Hoje é mais muito mais que um amigo
Nem você, nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz

domingo, 13 de setembro de 2015

Agora Não Dá Mais Tempo



Na faculdade de Psicologia, um dos meus colegas era uma senhora de setenta anos..

Quando se é pequeno, ainda não se tem medo da vida. 

Então se vai arriscando, vivendo e acreditando. 

Até que os revezes começam a mostrar que nem tudo é tão suplantável. 

E muitas vezes, sonhos terão que ser abdicados, adiados, sublimados... 

Muitos terão energia para se rebelar e provar que pode ser diferente. 

Alguns tentarão até o fim. 

Outros tantos seguirão culpando os Céus. 

A frustração é uma das coisas mais duras de se viver. 

E é dos sentimentos mais impactantes que se pode experimentar e carregar. 

A frustração é o “NÃO!”, que a vida grita. E fere, irrita, contraria os melhores desejos. 

É das imposições mais duras. 

E em muitos casos os obstáculos serão reais e irresolúveis (?). 

Em outros, o desaponto funcionará como justificativa para um resto de vida de lamentação e auto piedade, quando não se puder perceber a inautenticidade do desejo, a crença inconsciente na incapacidade, ou então a existência de um não merecimento cravejado fundo, pelos processos difíceis da infância. 

Muitos desperdiçarão fardos de energia em sua viagem, quando não puderem captar que a aspiração não era mais que um devaneio, mera ilusão da idade. 

Muitos culparão a passagem do tempo, por ser menos árduo do que enfrentar o desgaste na batalha pelo tão pregado sonho. 

Dirão que o tempo levou a vontade, desfez a possibilidade. 

Mas o tempo não é tão maldoso assim. 

Não mais do que as nossas insuficiências internas, que podem ser enfrentadas, mostrando mais uma lição da vida nos bons resultados. 

Hoje aquela senhora do curso de Psicologia deve estar nos seus 85 anos. 

Creio que ela tenha descoberto como é ultrapassar uma reta final. Deve ter valido a pena. 

Porque os sonhos são como jóias: se legítimos, são lindos e caros. 

De qualquer forma, quando se conseguir ter a clareza e a certeza de que os esforços e aprendizados sempre valem a pena, e que sempre existirão formas de se dar a volta por outros cursos, então se poderá contornar o tropeço, manter-se menos emburrado com a vida, descobrindo que numa pequena receita pode caber o ingresso para um sonho genuíno: fé em si mesmo, aceitação e disposição sem limites.

Por ROSANGELA TAVARES



-Psicóloga Clínica

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