Finalmente, após 13 anos de governos petista, pós impeachment, podemos eleger um novo Presidente, que terá a missão de encaminhar novos rumos ao País. O que aprendemos, o que queremos, o quanto amadurecemos com o processo?
A campanha está nas ruas, nas redes sociais, na TV, nas rádios.
Quero
fazer algumas considerações.
Como não criar um déspota com apoio popular.
Passamos por um período sombrio da nossa história, onde o Estado foi tomado por quadrilhas organizadas em corrupção. Os 4 mandatos dos Governos Petistas reuniram o pior da classe política, jurídica, empresarial, sindical, da sociedade comum num projeto criminoso de poder. O Estado foi palco de negociatas, assalto aos cofres, aparelhamento, desrespeito à Lei e a ordem. Tudo isso aconteceu sob as barbas do Ministério Público, sob a conivência da classe política, sob aplausos e omissão da sociedade distraída, desinteressada, lembrando que Lula chegou à ter 87% de apoio popular.
Dito isso, percebemos que as coisas começaram a mudar no segundo mandato da Dilma; com o arroxo nas finanças descobriu-se o caos estabelecido. A Lava -Jato começa a desvendar os esquemas de corrupção, o povo vai para as ruas e o impeachment acontece. A sociedade, até então deitada em berço esplêndido, desperta e quer mudança, quer renovação, quer acabar com a corrupção. Quer tudo novo, tudo limpo, tudo oxigenado. Nobre sentimento.
Mas, observo algumas movimentações nada saudáveis. Nesta ânsia pelo novo, abre-se espaço para muita desinformação e oportunismo, estrategista de plantão não perdem uma oportunidade para tirar proveito e manipular os movimentos mais distraídos. Plantam com muita facilidade, dada as circunstâncias, uma narrativa, tão mentirosa quanto perigosa, uma verdadeira demonização da classe política. O Ministério Público com muitos militantes dão a sua contribuição. Começam as delações, muito premiadas, muitos políticos comprometidos, outros tantos citados, começa a caça as bruxas.
Isso acaba caindo em uma injusta e perigosa generalização. As redes viraram palco de especialista políticos, que nem se lembram no deputado em que votou na ultima eleição, mas imbuídos de boa intenção e espirito de limpeza geral, abrem vasto espaço para populistas, acatam qualquer narrativa da moda; a desinformação, a incoerência, a falta de reconhecimento, a boçalidade, e os ataques dominaram o debate.
Uma constatação clara: Se não viramos uma Venezuela, depois de 13 anos do PT, dinheiro desviado, aparelhamento e todo poder do Lulopetismo, é por termos homens honrados, bons políticos, em Brasília e nos Estados, trabalhando pelo País.
Toda generalização é burra.
Vejo movimentos imaturos, revoltoso e sem consistência; as frases de efeito e a lacração está superando as análises; as discussões de ideias de propostas de vida útil ou inútil de cada candidato. Vejo grupos, onde a crítica é ofensiva, a discordância é motivo para ataques, julgamento e até a assassinato de reputação.
Estão distribuindo narrativas sem consistência, repetidas como verdade absoluta. Acompanho política a mais de 30 anos e de tempos em tempo voltam com o mesmo discurso de nova política. Onde o populismo se deleita.
Está na hora da sociedade parar de ser criança que se engana com bala, bolo e frases de efeito, e começar a crescer, aprender de verdade, romper com a tutela. Nas eleições é recomendado conhecer a trajetória dos candidatos, sem paixão, longe das bolhas das redes sociais.
É momento de exercer a cidadania, escolher seus candidatos com coerência, com respeito as divergências, com responsabilidade. Não é coerente você acusar o outro por atitudes cometidas pelo candidato que defende.
Não é lógico repetir e divulgar as frases oportunistas, como por exemplo, PSDB /PT são irmãos gêmeos, dois lados da mesma moeda, assim por diante; isto é desonestidade intelectual. Não tem fundamento na realidade. É só analisar os Governos dos dois partidos nos estados, municípios e governo federal nos últimos anos. Não é lógico taxarem Amoedo, um liberal, privatizador, que defende estado mínimo como esquerda renovada. Poderia citar outros exemplos. Acho que é suficiente.
É muito extremismo, estrelismo, lacração e confusão. Muitas frases de efeito. Não é honesto justificar o que considera injustificável somente para defender um candidato. Não é exercício de cidadania espalhar mentiras nas redes sociais, para acusar ou defender.
Recomendo para quem vai votar:
-Não podemos errar de novo;
-não podemos entregar o País a mais um aventureiro, despreparado e destemperado;
-não podemos avalizar mais uma vez o nós X eles;
-não podemos fechar os olhos para o nepotismo, a imoralidade e a ineficiência de políticos de carreira;
-não podemos ignorar os bons resultados, a competência, a responsabilidade em nome de uma pseuda renovação;
-não podemos ignorar a personalidade autoritária de coronéis da política; e
-não podemos correr o risco de trazer o Petismo predador de volta. Não podemos sucumbir ao fanatismo.
NÃO É UMA LUTA DO BEM CONTRA O MAU.
É Tempo de apostar na segurança na credibilidade, na pacificação e na união do País.
É Tempo de aproveitar o que temos de melhor e avançar.
"Dias de Paz"
Boa eleição para todos nós.
Boa sorte Brasil.
POR MARILSA PRESCINOTI
DE ACORDO C/SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS:
- ADMINISTRADORA DE EMPRESA, COLUNISTA DO RADARNEWS, BLOGUEIRA, TWITTEIRA, POLITICAMENTE ENGAJADA, ESPOSA, MÃE, CIDADÃ COMUM E ANTI-PETISTA.
http://linkis.com/www.radarnews.us/201/ZPItG
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