Autor: Eli dos Reis(*)
A notícia sobre o pedido das Forças Armadas é de 12 de julho, e mostra que de maneira bastante clara, o que os militares querem ver e o que o TSE tem a mostrar com o que, de fato, ocorreu nas eleições no Brasil, nestas duas datas.
Na realidade esse pedido exprime o que a grande maioria dos brasileiros querem saber, e, o pedido ainda tem a capacidade de expressar o que cada eleitor gostaria de ouvir do presidente deste Tribunal, que nos últimos tempos se arvora como um supremo mandante, fazendo e dizendo sem pestanejar o que lhe vem à cabeça.
Arrogância estúpida e inescrupulosa de alguém que deve explicações, que não foi votado, e que deve responder a uma parcela significativamente grande da população que elegeu o atual presidente, que continua com ele, e mais, o quer para mais um turno e quer também, a transparência nas próximas eleições.
Todos estão vendo que o cerco ao ministro do TSE, começa a mostrar a força daqueles que apenas querem transparência nas eleições, para que elas sejam merecedoras de crédito e acreditadas por todos, e que seus resultados sejam válidos, mas que isso seja mostrado abertamente, e não da forma como ele quer impor.
Quer que apenas acreditemos, sem prova limpa e transparente de que, o que vai nas urnas é o que o eleitor escolheu e lá colocou.
Em 2014 e 2018, os resultados não foram convincentes.
Nunca provaram os resultados apresentados, e nunca explicaram de forma clara o que de fato ocorreu. Apenas dizem que o resultado foi aquele e pronto.
Temos que acreditar e está acabado.
Assim, o pedido dos militares não é só deles é do Brasil que elegeu Bolsonaro, um povo decente, ordeiro, trabalhador e amante de seu país.
Nossa população, decente e ordeira, começa a se cansar de pedir ações mais duras do presidente, assim como fez no 07 de setembro passado, quando se mostrou desapontada com a atitude de Bolsonaro, após a reunião com o ex-presidente Michel Temer e os telefonemas ao ministro Alexandre de Moraes. Hoje sabemos por declarações do presidente, que na ocasião Moraes teria prometido diversas ações, entretanto, não cumpriu nenhuma delas, deixando Bolsonaro em situação de descrédito perante seus apoiadores.
Moraes não só não fez o que prometera, como aprofundou as desavenças e ataques à democracia via desrespeito à Constituição. Ele e Luiz Edson Fachin, o outro ministro que vive afrontando Bolsonaro, trabalham com a firme convicção de que mesmo com toda fiscalização, conseguirão fraudar os boletins das urnas, "nas barbas" dos técnicos.
Na busca incessante de procurar garantir resultados fidedignos nas eleições, o presidente busca apoio das Forças Armadas, que inclusive se prontificaram a ajudar o TSE nos ajustes necessários a dar credibilidade que faltam às urnas. Esse apoio foi recusado pelo TSE.
Bolsonaro tem, ainda, buscado tomar várias atitudes para mostrar sua intenção ante as ações dos ministros no TSE. Tem falado, dado depoimentos, e, recentemente provocou uma reunião com mais de 50 embaixadores, marcada para a segunda-feira, dia 18 do corrente, para mostrar a realidade do que ocorre nas apurações o TSE. Disse que apresentaria um PowerPoint com documentos sobre os resultados das eleições de 2014, 2018 e 2020, e, que queria mostrar a legislação e "defender eleições limpas".
Além de Fachin, o ministro Luiz Fux, que preside o Supremo Tribunal Federal (STF), também foi convidado, mas não confirmou presença. Também foram chamados os presidentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins; do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emmanoel Pereira; e do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes. Destes, apenas Pereira disse que iria.
Mesmo querendo mostrar tudo como realmente acontece, o presidente tem-se mostrado bastante duro com o TSE e seus integrantes, o que acaba sendo muito explorado pelos ministros, pela oposição, e pela imprensa, que procura mandar ao mundo a ideia de que aqui no Brasil vai haver golpe nas eleições, comandado pelo atual mandatário da nação.
Na data de hoje, dia da publicação deste artigo, a reunião já terá ocorrido e já estarão sendo digeridas por nós brasileiros, as repercussões de tudo aquilo que deve ter sido apresentado pelo presidente.
Dependendo dos ataques e duras falas sobre a reunião efetuada, proferidas pelo TSE, STF, políticos e imprensa, teremos a medida do acerto da medida adotada pelo governo na reunião.
Quanto mais transparente ele pode ter sido e quanto mais documentado seu pronunciamento, mais revoltas provocará e exporá os ministros defensores das urnas suspeitas.
Muitos brasileiros têm se pronunciado, dizendo que o país está carente de uma "linha mais dura" por parte do presidente e das Forças Armadas. Estão programadas duas grandes manifestações de apoio ao Brasil: 31 de julho e 07 de setembro, próximos.
Muitos dizem que duas manifestações são melhores que só uma, já outros se preocupam que se enfraqueça a "grande manifestação" do Dia da Independência, o aniversário de 200 anos tão esperado.
Parte considerável de eleitores, apoiadores do presidente, quer que ele tome medidas contra o STF e o TSE, radicalizando sua postura. O que se vê é um presidente que vem trabalhando a seu jeito, sem radicalizar ao extremo, e ainda assim, aos poucos vai conseguindo fazer tudo o que quer, pacificamente.
Na atualidade, a impressão que se tem é que o STF está isolado e sem nenhuma credibilidade para grande parte da população, o que deixa a impressão dele estar muito enfraquecido.
O que preocupa é que uma Suprema Corte encurralada, pode adotar atos extremos.
Entretanto o governo tem grandes perspectivas em andamento, e, uma decisão drástica contra os ministros, porá por terra todos seus esforços até aqui e as conquistas recentes, e a ONU e o mundo, poderão considerar como um golpe contra a democracia.
Ele tem que buscar algo que seja decisivo para o país, sem romper com a democracia e a liberdade que vem sendo pregada.
Alguns começam a dizer que Bolsonaro está numa "sinuca de bico", mesmo tendo o apoio das Forças Armadas, do povo e de lideranças políticas. Por outro lado, se o povo exigir e ele nada fizer como o ano passado, ficará mal perante a nação.
O encontro dele com os diplomatas na reunião com embaixadores estrangeiros, que foi marcada para a segunda-feira (18) no Palácio da Alvorada, em Brasília, onde a pauta do encontro foram as eleições, poderá ter sido o divisor de águas, e, dependendo da reação dos diplomatas e da resposta do TSE às Forças Armadas, que lhe pediram os arquivos das eleições de 2014 e 2018, a sua atuação no dia 7 de setembro, poderá ser mais dura.
No entender de muitos, ele poderá fazer duas coisas, sem haver grandes reações em cadeia no Brasil, e no mundo que venham atrapalhar a realização das eleições:
Primeira: Decretar intervenção no TSE com mudanças nas eleições, com voto auditável, e cem por cento de acompanhamento de todas as etapas da eleição.
Segunda: Decretar a prisão temporária dos três ministros do TSE arredios ao governo, e colocando o André Mendonça (que é o quarto homem), para dirigir as eleições.
Essas atitudes, se tomadas em 7 de setembro, não dariam tempo para grandes reações, uma vez que as eleições ocorreriam 24 dias depois, sem possibilidades de fraudes indetectáveis pelos técnicos da PF e do Exército.
Essa seria uma forma de cuidar para que não ocorram fraudes, uma vez que, como já disse acima, eles estão certos de que mesmo com toda fiscalização, conseguirão fraudar os boletins das urnas, "nas barbas" dos técnicos.
Vamos em frente, falta muito pouco tempo para as eleições, mas, muito para que se consiga o que imensa parcela de brasileiros almeja:
Um bom futuro, sem esse socialismo, maroto, corrupto e mestre em roubalheira.
* ELI DOS REIS
-Graduado em Economia pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de Mogi das Cruzes UMC – SP;
-Especialista em :
-Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância pela Universidade Federal Fluminense UFF – RJ; e
-Gestão Empresarial pela Universidade Paulista UNIP – SP; e
-Realiza cursos e seminários, e é Consultor Empresarial e de Vendas.
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