Há 3 anos estamos vendo o crescimento da Lava Jato, suas investigações, suas denúncias, suas condenações e para muitos que acompanham o cenário político do Brasil já era de se imaginar aonde as delações e os fatos narrados ao público através dos depoimentos e inquirições de testemunha chegaria.
Só analisando a história política recente do Brasil e seus ex-presidentes já poderíamos prever tal desfecho, vendo Fernando Henrique Cardoso com sua agenda Socialista Fabiana, Luiz Inácio da Silva e seu aparelhamento Bolchevique do estado com a continuidade Marxista (fundamentalista) de Dilma Vana Rousseff e seu impeachment causado em síntese por sua inabilidade política e deterioração econômica e moral do país trazida pelo socialismo, era inerente que “criminocracia” implantada estava por entrar em colapso.
Lógico, que essa riqueza de detalhe trazida a cada dia e principalmente nessas últimas semanas podem ter deixado alguns brasileiros mais perplexos tendo em vista a soma do grau de sordidez, corrupção, subversão de valores, imoralidade e outros tantos pejorativos e defeitos de conduta, caráter, ética e desvirtuamento de princípios pessoais e funcionais.
Vendo dessa forma, o organograma demonstrado no “Power Point” pelo Dr. Deltan Martinazzo Dallagnol e Equipe da Lava Jato em 14.09.2016 colocando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como chefe da ORCRIM e com as algumas explicações fáticas da denúncia foram até “gentis”.
Lógico que tal gentileza não foi em função de uma condescendência com o ex-presidente, e sim porque novos fatos, delações, depoimento, colheitas de provas oriundos inclusive de desdobramentos das fases anteriores foram surgindo, e assim, sendo construído no mundo legal a presente robustez em que está se iniciando a investigação sobre o núcleo duro, político.
Sim é o início. A ponta do Iceberg. Pois até o momento essas últimas delações que levaram muitos ao espanto são só da Odebrecht. Ocorreram outras, pequenas, introduções em que outros atores desse establishment anularam, ou guardaram sob sigilo.
São poucas horas de depoimentos de alguns executivos da empresa de Emílio e Marcelo Odebrecht, que também delataram e divulgam uma forma de fazer negócio e política, de manipular todo um país, seu legislativo, executivo, e quiçá também parte do Judiciário, com a naturalidade, como isso fosse algo inevitável e não pudesse ser conduzido de outra forma, que não existisse outra realidade possível no mundo dos negócios e da política. Como se desde a criação dos tempos até o fim desse fosse assim o meio e único resultado a se ter.
Muitos também ficaram perplexos com essa demonstração do balcão de negócios que já existiam a tempos, e criados e passados por geração e por uma estrutura empresarial viciada e subvertida a viver do estado e do prejuízo dos cidadãos que formam essa sociedade, esse país.
Alguns incautos agora tiveram esse conhecimento, nessas delações, dessa cultura de beneficiar-se de uma estrutura falida, em que um pai forja para filho seus ensinamentos de dominar uma economia, políticas nacionais, transnacionais, como mestres da marionetes de uma realidade escondida sob as cortinas da ignorância planejada por parte do esquema corrompido.
Esquema que afasta a percepção de muitos brasileiros, para que esses abasteçam diariamente todo esse esquema com o dinheiro de seu trabalho, expropriado através dos impostos diretos e indiretos, e somados a uma estrutura pública que não funciona de forma planejada para propositalmente afetar a estrutura privada, engessando a população para não ter alternativas para escapar, com a ajuda de legislações, portarias, burocracias, corrupções e empecilhos a pedido de agentes políticos e públicos, prepostos desses empresários para espoliar uma nação.
A grande maioria sofreu de uma convulsão, como se algo nunca possível de ser pensado estive acontecendo; essa parte da população teve essa epifania com a ajuda de nossa mídia convencional, marrom, aparelhada de Socialistas batizados no Marxismo e catequizados nos ensinamentos de Antonio Gramsci que não conseguiram segurar mais a realidade, e que ainda tentam conduzir os fatos de forma ideológica, para o seu proveito, nessa fatia que lhe provem do sistema para não se tornarem irrelevantes, fato que já quase o são.
E para esses que é necessário o embate, a demonstração da verdade, mesmo que chocante, por meio de um contra golpe a essa Guerra Cultural estabelecida, para que possam saber o mínimo da realidade evitando que esse ciclo nefasto de ignorância dos fatos seja interrompido, através da educação e da exigência por estes, de uma estrutura que funcione, e não um sistema como o atual que aprisiona.
Mas já, para uma parcela de brasileiros, quem sabe os que mais sofrem por conhecerem a realidade e ainda não terem a força suficiente para antagonizar contra esse sistema, nada do que foi demonstrado até o momento, o conhecimento a “luz do sol” de algumas delações foi um espanto. Lógico a grande maioria não conhecia todas essas pérfidas minucias trazidas pelos fatos narrados, mas não desconhecem a realidade, e lógica que isto pode gerar, pois vivem ou já viveram toda a problemática acima narrada.
E a problemática narrada de forma sintética, pois a descrição de toda a engrenagem para que o sistema não funcione para nós, e funcione muito para eles é enorme, e pensada e arquitetada a séculos e cada momento implementadas novas “regras” para que assim continue e até se aperfeiçoe.
Toda essa burocracia, a não existência de meritocracia, faz parte de um planejamento de poucos, políticos e membros desse establishment, revestido do poder que muitos outorgam e custeiam, nós, a mando e proveito de poucos, parceiros e amigos do “Rei”, do “Sistema” que lucram com tudo isso e também dividem assim por consequente um parcela com os mantenedores desse “grande esquema”.
E nessa parcela supracitada, eu, mesmo em minha humilde posição não me espantei ou me trouxe perplexidade, como muitos outros brasileiros podem também por si também afirmarem o mesmo. Pois o simples exercício da cidadania, pesquisa e estudo, traz de forma desmascarada a realidade de nosso quadro político, de nossa democracia fraudada, do capitalismo de estado vigente, da falta de cultura e moral dos atores e protagonistas desse maior caso de corrupção e dilapidação de uma nação na história moderna do mundo, como daqueles que por parceria ou omissão também deixaram ocorrer.
E frisando, essa parcela não é de “donos da verdade” ou do conhecimento (alguns sim podem estar acompanhado de certa arrogância, mas que não tira a razão apesar de trazer detrimento nestes), porém esta parcela não se deixam dominar e busca por conhecimento, galgando degraus, escavando masmorras aos vícios de uma nação, que hoje se caracteriza por sua ignorância, falta de cultura, moral, preguiça, indolência, passividade e condescendência com todo esse sistema, em troca de um pouco de pão e circo, migalhas, e em certos momentos fomentados a um falso ufanismo, que destrói a capacidade de percepção das limitações inerentes a todos.
Esses poucos tentam protagonizar a mudança do país, através da busca de conhecimento, discussões, em erros e acertos, mas sempre evitando e questionando o “status quo”. Esses nada mais fazem que o dever com sua nação e com seus semelhantes, pensando mais no que podem fazer do que esperar pelos direitos convencionados em uma Constituição planejada para servir a esse sistema pernicioso.
Estes, que vem analisando, ponderando, buscando uma opinião verdadeira e não um opinião qualquer, através de livros, literatura, na mídia alternativa através de seus repórteres, jornalistas, articulistas e também através de inúmeros usuários, formadores de opinião em redes sociais como Twitter e Facebook, que já vinham divulgando, noticiando, denunciando, discutindo, antecipando e apontando no que agora culminou no início do inevitável, não como oráculos de Delfos mas sim como observadores que não aceitam serem manipulados por um meio convencional cooptado. Não que todos estejam imunes a manipulação ou informação errada, mas estes quando descobrem o indício de manipulação, rompem com essas correntes, pelo menos a sua maioria.
Parcela essa chamada de chatos, implicantes, reacionários, e fascistas por alguns esquerdistas (que na verdade servem a estes), só porque divergem daqueles que se sentem bem anestesiados com a ignorância e com a preguiça de querer mudar o que vem falindo uma nação e uma civilização, pois a conjuntura dos fatos não é somente nacional, não surgiu aqui e não será delimitada aqui.
Alguns desses como eu, conservadores, que buscam os fatos, as verdades, que não possuem ideologias, e sim constatações críveis que me faz lembrar o pensamento de Roger Scruton: “Nós, conservadores, somos chatos. Mas também estamos certos.”
E como Conservador não vou aqui argumentar e discutir sobre o surgimento da corrupção, do erro, do “pecado capital”, pois é cediço que este sempre existiu, tendo em vista que é alimentado pelo erro, ganância de seres humanos desprovidos da moral. Mas vou afirmar que a corrupção vem aumentando avassaladoramente, como tem a cada dia seu lugar sedimentado na sociedade e na estrutura que rege esse, com o semeio da subversão, com a relativização de valores, com a propagação das ideologias de esquerda pela mídia com a implementação massiva da Agenda da Cultura Marxista e seu politicamente correto na destruição dos valores ocidentais, judaico-cristãos.
Como não estarei aqui a tentar chegar em quem causou isso primeiro: os políticos que receberam nosso mandato ou alguns empresários imorais vendo a oportunidade nesse sistema falido e planejado para esse resultado. Só posso aqui falar, que os Políticos deviam estar em seus cargos através de nossos interesses em defender a nação como muitos dos Agentes Públicos desvirtuados nessa “equação” que lá estão, através de nossos impostos, para fazer funcionar o estado e executar o melhor e certo, como previsto em lei, para seus empregadores, nós.
E nisso dou ênfase a necessidade da existência e luta pelos valores morais, e que evitariam todos os problemas anteriores citados nos parágrafos acima; valores morais que são relativizados e deixados de lado pelos libertários na busca do resultado financeiro se tornando prezas e ventríloquos dos ideais de esquerda, que com o tempo transforma o capital antes aberto, em seu capital de estado, com a destruição da estrutura e de toda a sociedade.
Mas aponto que precisamos de mudanças, e urgentes, e através de simples alterações em leis, algumas prisões, ou deixarmos soluções a cargos de outras pessoas, quando toda mentalidade, cultura e sistema continua o mesmo, quando nós somos os verdadeiros agentes da mudança, e se não fizermos estaremos fadados a fracassar tantas vezes até que acordemos a nossa responsabilidade.
Ficando claro para que qualquer real mudança no Brasil e evolução de nossa sociedade, devemos atacarmos frontalmente os problemas Estruturais e Culturais, ao mesmo tempo, com o resgate dos nossos valores morais da civilização judaico-cristã, com uma renovação dos atores políticos, uma transformação de nosso sistema atual, para um novo aonde há uma diminuição do estado, uma desoneração do setor privado, uma fomentação na criação de novos setores e empreendedores, não mais presos a burocracia que visava o fracasso, com a educação e conscientização de uma nação, para que esta através de seu povo possa contribuir, exigir e buscar leis e um estado que funcione e traga a prosperidade.
Tudo isso deve ser feito para que em um futuro não tão distante possamos conquistar uma nova Constituição Federal feita por homens mais justos e mais sábios, pleiteada e norteada por um população que tem a noção do seu real dever de cidadania. E com a consequente diminuição do estado, a busca de uma verdadeira federação como nos Estados Unidos da América, Nova Zelândia, Austrália dentre outros países que possuem interligado a isso um maior desenvolvimento que os demais, tanto financeiro como em sue IDH (índice de desenvolvimento humano).
Com isso e uma também uma diminuição drástica da quantidade de leis vigentes em nosso país com a redução de interpretações e hermenêuticas legais, evitaremos a subversão das normas em vigor por agentes propensos a falhas ou mal intencionados e uma diminuição do tamanho e controle de um governo federal grande e autocrata, carente de impostos que nunca chegam aos cidadãos, e engessa os estados membros a se desenvolverem, tendo em vista que a cada um possui diferenças inerentes, suas necessidades e sua vocação para o crescimento.
Temos que ter em mente, que toda a experiência vivida e conhecimento aprendido tem que se sedimentar, através da educação e seu engrandecimento cultural com uma estrutura nova e sólida, que traz impeditivos a futuros erros ou retrocessos, para que não tenhamos uma vitória de Pirro, para após desse amadurecimento e despertar sermos suplantados novamente pela ignorância e tirania; porque apesar de ser necessário a existência de um estado mínimo, precisamos de um estado forte naquilo que é inerente a este, e assim nós devemos “ser o Estado”, tendo em vista que este e as leis vigentes só devem existir se puderem trazer justiça e paz para a sua sociedade e não a atual escravidão.
E nunca nos esqueçamos do que nos trouxe ao ponto desse embate, o livre conhecimento possibilitado pela internet, que também sofre das influências do sistema atual, que procura cercear a liberdade de informação e divulgação de fatos verídicos sem ideologias, através de suspensões, bloqueios que geram uma censura, por “suposta/s “infração/ões na/s norma/s da comunidade virtual. Pois até esses meios de comunicação buscam a facilidade da dependência do financiamento do dinheiro estatal, do sistema, para criar essa simbiose necessária para muito desses. Como também através do aporte financeiro de meta capitalistas como George Soros.
Com o fim que já utilizam na mídia convencional para uma completa idiotização das novas gerações que são mais afeitas pelo mundo digital e mais afastadas da mídia vermelha por uma questão de modernidade. Dessa forma se precavendo da falta ou diminuição de influencia dos meios anteriores, para atingir a meta de uma nação (civilização) de servis e escravos que abasteceram seus propósitos sem discutir.
POR RAPHAEL PANICHI
-Advogado, Jurista Especializado em Direito Empresarial, Constitucional e TI;
- Sócio-Proprietário do Escritório Panichi e Advogados Associados;
- Conservador, Contra Politicamente Correto, Lutando contra o Comunismo e
- Membro do Movimento Avança Brasil.
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