sábado, 28 de julho de 2018

Um Voto na Educação


Conforme se aproximam as eleições de outubro, que este ano irão definir não apenas o novo(a) presidente da República, mas também os novos governadores(as) e deputados estaduais, mais evidentes são as pautas que irão predominar no debate político do país, a saber, a retomada do crescimento econômico e a segurança pública. Pautas que demonstram, além da ausência de um projeto de país, um forte imediatismo e um sentimento de medo que perpassa a população. 

Fato que não chega a espantar, mas que preocupa, é a quase total ausência da pauta educação nas falas durante as entrevistas e nos discursos dos pré-candidatos. O que já assinala que a educação continua não sendo prioridade no país.

Contudo, enquanto a educação for marginalizada do debate eleitoral, tratada como gasto e não como um investimento estratégico para o desenvolvimento do país, incluída no ajuste fiscal e subordinada ao teto de gastos, como no caso da leviana PEC 55, aprovada em 2016 e que congela os limites orçamentários de saúde e educação por um prazo de vinte anos, qualquer projeto de país minimamente sério, está fadado a naufragar. 

Medidas como a PEC 55 estão na contramão do que se espera de políticas públicas para a educação. O investimento em pesquisa científica e tecnológica no Brasil encolheu cerca de 40% somente em 2018, de acordo com dados do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), investimento que é o mais baixo da história do setor e já é considerado catastrófico pelos especialistas da área.

Algumas universidades e mesmo institutos federais estão com o funcionamento ameaçado por falta de verbas. Outras federais têm reduzido as suas obras e cortado serviços de limpeza, elevador, celulares e até a luz. A Universidade Federal do ABC (UFABC), por exemplo, foi uma das que mais sofreram com o ajuste fiscal e teve sua verba diminuída em 60,3% desde 2013, chegando ao ponto de cortar funcionários terceirizados. A Unifesp também interrompeu licitações para a construção de salas de aula, laboratórios e bibliotecas. 

Qualquer programa político que afirme a necessidade de melhorias reais para a educação e ao mesmo tempo defenda a necessidade de manter a educação subordinada ao limite do teto de gastos, não passa de um embuste. Devemos ficar atentos, pois as chances de mudanças reais nessa área estratégica para o desenvolvimento do país, sem rever o descalabro causado pela PEC 55, são quase nulas. O que tornam as eleições para os cargos legislativos desse ano tão ou mais importantes que os cargos executivos.

Neste sentido, a proposta em andamento do "Novo Ensino Médio", que pretende criar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio, separando as habilidades não por disciplinas, mas por áreas de conhecimento, divididas entre Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Matemática, mantendo apenas língua portuguesa e matemática como disciplinas obrigatórias, prevendo também a possibilidade de que parte dessa formação seja feita à distância (EAD), tem causado inúmeras dúvidas e questionamentos por parte de educadores, sindicatos e organizações. 

Recentemente, por discordar da maneira como o BNCC e a reforma do Ensino Médio estão sendo conduzidas, o presidente do CNE (Conselho Nacional da Educação) César Callegari deixou o cargo, enviando uma carta aos colegas do CNE tecendo duras críticas e cobrando posicionamentos. Entre os vários pontos de desacordo, o ex-presidente não admite a restrição a apenas 60% da carga horária dedicada à BNCC e o restante (40 %) divididos entre os cinco itinerários formativos que o estudante deveria optar, a saber: Ciências Humanas, Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ensino Profissionalizante.

Sobre isso, ele afirma "Quantos conhecimentos serão excluídos do campo dos direitos e obrigações e abandonados no terreno das incertezas, dependendo de condições, em geral precárias, e das vontades, por vezes, poucas?". 

Callegari mostrou consciência do papel do CNE enquanto órgão estatal protetor dos interesses educacionais do país, inclusive contra os danos do oportunismo político, que não tem compromisso em garantir a equidade de ensino e efetivamente elevar a qualidade da educação brasileira, pois são "incapazes de oferecer educação de qualidade, [portanto] baixam a régua, rebaixam o horizonte. Essa, a mensagem que se passa para a sociedade". 

A verdade é que todos sabem o que precisa ser feito para mudar a realidade da educação no Brasil, mas falta vontade política. Não basta discutir formas e conteúdos e ignorar o ser humano. Há um grande esforço para evitar e mesmo desqualificar as reivindicações históricas do magistério, como a diminuição do número de alunos por salas de aula, uma política de valorização da carreira de professor e uma formação de qualidade. 

De acordo com uma pesquisa realizada em 2018 entre mais de 60 países que fazem parte do PISA (Programa Internacional de Avaliações de Alunos), intitulada Políticas Eficazes para Professores: Compreensões do PISA, o Brasil possui uma das quantidades mais elevadas de alunos por sala de aula no ensino médio. O documento, que foi publicado pela OCDE (Organização para a Cooperação Econômica Europeia), mostra que as escolas públicas brasileiras têm em média 37 alunos por sala no 1º ano do ensino médio e cerca de 22 alunos por professor, uma das médias mais altas. Ainda segundo a pesquisa, esses dois aspectos incidem diretamente sobre a carga de trabalho dos professores e a qualidade de ensino. 

De acordo com a OCDE, por um lado, o caminho para resolver o problema passa pela redução das turmas e a desoneração da carga horária dos professores, dando-lhes mais tempo para o desenvolvimento de atividades pedagógicas, desde a preparação de aulas, passando pela orientação pedagógica ou tutoria até atividades de formação profissional. Para tanto, a saída deveria ser o aumento do número de professores. Isso poderia amenizar os problemas de superlotação de salas, as jornadas duplas de serviço, (em duas ou mais escolas) e o problema de falta de atratividade em relação à profissão. 

No que diz respeito à política de valorização do magistério, por outro lado, o atual governo do Maranhão, do governador Flávio Dino (PCdoB), pode ser um exemplo de que essa valorização é factível. A Secretaria da Educação do Estado do Maranhão elevou para R$ 5.750 o salário inicial dos educadores com jornada de 40 horas semanais, quase duas vezes o valor do piso nacional, que hoje é de R$ 2.455 para as mesmas 40 horas semanais. 

Em São Paulo, um reajuste de 10,5% concedido ao magistério paulista em primeira e segunda instância jurídica foi suspenso pela Presidente do Supremo Tribunal Federal, a Ministra Cármem Lúcia, atendendo ao recurso da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo. No dito recurso, alega-se que, se concedido, o impacto financeiro do reajuste, que seria extensivo aos demais integrantes da carreira, ultrapassaria os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, causando, segundo as palavras da própria ministra em sua decisão, "grave risco de lesão à ordem e à economia públicas". 

Causa espanto que um Estado como São Paulo alegue motivos econômicos para negar um reajuste desse valor. Pois, segundo um levantamento da FecomercioSP realizado em 2013, a partir de dados do IBGE, se São Paulo fosse um país, sua economia seria a 36º economia mundial, superando países como Portugal, Hong Kong e até a Finlândia, que é uma referência mundial em educação. Descontando o fato de que vivemos momentos econômicos muito diferentes, a hegemonia econômica de São Paulo em relação aos demais estados brasileiros ainda é indiscutível. 

Portanto, é importante que deixemos não apenas nosso “promessômetro” em alerta máximo, mas também é fundamental que consigamos enxergar em nossos candidatos uma perspectiva histórica menos imediatista, com um projeto de país além do personalismo partidário. As eleições desse ano devem ocupar, para o bem ou para o mal, um lugar histórico na nossa imatura democracia e a educação, apesar do medo predominante e falta de representatividade, não pode ser mais relegada a uma pauta secundária. 

Referências 








POR ZÓZIMO ADEODATO













-Graduado e licenciado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP - 2010);
-Trabalha como professor  de Filosofia na rede estadual de ensino de São Paulo desde 2011; e
-Atualmente, faz pós-graduação na UNIFESP(Especialização no Ensino de Filosofia para o Ensino Médio-EAD) e mestrado em filosofia na Universidade Federal do ABC - UFABC).


Nota do Editor:


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sexta-feira, 27 de julho de 2018

O Brasil Tem Jeito: Depende de Nosso Voto!!

Os tempos de eleições são tidos como os mais preocupantes para muitos na atualidade brasileira: para uma grande parte dessa massa de eleitores, são tempos que se configuram de renovação de pedidos e solicitações de favores e benesses;  por outro lado, para outra parte dela são tempos para se pensar no futuro das suas famílias, das empresas, das cidades e do país de uma forma mais geral. 

Mas, pelo que temos visto atualmente, como se comporta essa grande massa de eleitores?

Simples, temos visto duas vertentes agora voltadas a apenas duas defesas: 

Uma querendo a libertação do ex-presidente que um dia representou as aspirações de todo um povo, especialmente de duas classes muito representativas, quais sejam, o povo humilde que depositou nele toda sua esperança de melhora de vida, e os políticos espertalhões que hipotecaram a ele todo seu apoio em troca, também de verem atendidos seus pedidos e solicitações de favores e benesses. 

Esta vertente quer a soltura de um presidiário ilustre pelo que já foi e pelo que representa para os seguidores de sua seita, e, 

Outra querendo a implantação de um novo governo, com novo estilo de governar, representado por um candidato que aparentemente se contrapõe a tudo aquilo que temos visto ser feito no nosso país, desde a última eleição de Lula. Estes tem plena consciência que tudo que temos hoje na política, o temos por plena conivência de um sistema político corrompido, deformado e deturpado e que se apoia numa justiça também corrompida e corrupta. 

Entre esses dois pontos máximos, temos um número expressivo de candidatos que se engalfinham na disputa dos eleitores, mas que até agora não conseguiram realmente aparecer para eles de forma mais consistente. Desta forma ficam, ou esbravejando tentando chamar suas atenções, ou fazendo acordos os mais espúrios possíveis na busca de apoio e tempo nas campanhas eleitorais que se aproximam. 

Assim, a esperança do brasileiro ainda continua sendo assentada na busca de um "salvador da pátria" que lhe resolva todos os problemas, seja aquele que já foi um dia seu salvador, mas que frustrou grande parte dos brasileiros pelo sistema corrupto de governo que seu partido procurou implantar no país, ou, por aquele que se mostra um radical que promete destruir tudo que aqui foi feito tendo por base a corrupção e ser contrário às políticas de Estado que não deram certo e pelo que se realizou apoiado por uma classe de políticos que justamente promete trabalhar contra. 

Esquece-se o brasileiro que nossos políticos são muito bons, tão bons, que lá em Brasília, nos governos Estaduais ou Municipais, representam exemplarmente os seus eleitores. Por isso são o que são. Brasileiros, pessoas que querem tirar vantagem em tudo, utilizarem-se de postos de importância para se locupletarem de algo que, via de regra, não deveriam. Parece que temos isso no sangue. 

Enquanto não tomarmos consciência que o país depende de nossas atitudes, pois, da soma dos comportamentos é que teremos o resultado final. O Brasil só será melhor quando cada um de nós formos melhores. Será mais honesto, quando cada um de nós formos mais honestos, e, vemos aqui um comentário que faço que não deveria ser assim, ou seja, sermos "mais honestos". Não podemos acatar esse sentimento de mais ou menos honestos. Temos que ser honestos, simplesmente isso, mas não é isso que vemos no nosso dia-a-dia. 

Um exemplo disso posso dar aqui. Há alguns dias, justamente naquele domingo em que um partidário do PT que trabalha lá no TRF4 tentou libertar o ex-presidente, estando em Porto Alegre fui visitar, no Parque Farroupilha, o Brique da Redenção, uma exposição misturada com mercado ao ar livre de artigos variados feitos por artesãos, com bancas de objetos antigos e nostálgicos. Pois bem, num dia extremamente chuvoso, frio e com muito vento que era capaz de derrubar barracas dos expositores, tive a oportunidade de ver um minúsculo ajuntamento de petistas pedindo "Lula Livre" e correligionários de um vereador, cujo mérito ressaltado foi o fato de ter sido ciclista profissional, fazendo abaixo assinado buscando a defesa de "um novo modelo de cidade", que sem maiores explicações apenas fazia a distribuição de folhetos ensinando fazer hortas urbanas e domésticas. 

A pequena baderna que os seguidores da seita faziam e o objetivo dúbio da coleta de assinaturas deixou diversas pessoas pensativas até serem informados pelas rádios e televisões do golpe que tentava se dar na Policia Federal em Curitiba na tentativa de soltar o presidiário ex-presidente. A baderna havia se transferido para a entrada do TRF4 e o abaixo assinado para o novo modelo de cidade, com certeza transformado em pedido de liberdade do preso. 

Simples saber porque, porque não somos sérios, o brasileiro não é sério. Os agitadores e os assessores do partido não estavam dizendo o real objetivo de seu movimento, enganavam o povo e aqueles que se mostraram dispostos a ajudar na causa das novas cidades. Deram um nó, usando a gíria popular, nos simpatizantes para tentar juntar adesões no movimento e na coleta de assinatura. Esse é um exemplo, pois, todas as iniciativas de políticos são assim, mentirosas, cheias de inverdades, de falcatruas, de corrupção, de falta de escrúpulos. 

Infelizmente é assim que os políticos tratam o futuro do nosso país, mas, nós brasileiros precisamos mudar isso, precisamos voltar a dar esperanças aos nossos conterrâneos, dar futuros as nossos filhos e netos que ficarão aqui depois de nós. E só poderemos fazer isso adotando postura séria, honesta e transparente de alguém interessado no futuro da pátria, não fazendo como os políticos e a grande mídia, que só se interessam pelo dinheiro e por ele fazem toda e qualquer sorte de irresponsabilidades com a população, com a nossa cidade, nosso Estado e com o nosso Brasil. 

Vamos colocar para fora nossas posições em defesa do certo, do correto e do honesto. 

Vamos levantar a bandeira da moral e da decência de forma mais contundente. 

Chega de silenciar, de aquietar-se frente ao desmando, ao errado e à falta de escrúpulos! 

Podemos fazer diferente simplesmente fazendo o certo. 

Temos que fazer o que é correto, mesmo que ninguém esteja vendo! 

Temos que fazer isso sabe porquê? Simplesmente porque nosso país merece ser bem tratado, foi ele que deu acolhida aos nossos antepassados, nos sustenta na atualidade e dará meios de vida aos nossos herdeiros que ficarão por aqui depois que partirmos. 

O BRASIL TEM JEITO, SÓ DEPENDE DE NOSSAS ATITUDES. COMECEMOS ESSAS NOVAS ATITUDES COM O NOSSO VOTO NESSAS ELEIÇÕES QUE SE APROXIMAM.

#NaoDesperdiceSeuVoto

POR ELI DOS REIS














-Graduado em Economia pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de Mogi das Cruzes UMC – SP;
-Especialista em :
   -Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância pela Universidade Federal Fluminense UFF – RJ; e
  -Gestão Empresarial pela Universidade Paulista UNIP – SP;
-Trabalhou como Professor Tutor de EAD, tendo atuado nas turmas de Graduação dos cursos de Administração de Empresas, Recursos Humanos, Logística e Gestão de Pequenas e Médias Empresas do Pólo Ribeirão Preto da UMESP - Universidade Metodista de São Paulo;
-Também foi Professor de Cursos de Treinamento na área de Logística no Colégio Metodista de Ribeirão Preto e
-Realiza cursos e seminários, e é Consultor Empresarial e de Vendas.
Nota do Editor:
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quinta-feira, 26 de julho de 2018

Princípios Budistas:10 Estados de Vida


A base da filosofia de vida elucidada pelo Budismo de Nitiren Daishonin, afirma que todas as pessoas possuem dentro de si mesma todos estados de vida que não são fixos, e sim podem oscilar de um Estado para o outro de acordo com as influências internas e externas. 

Existem situações que ocorrem no dia a dia das pessoas que dependendo de como estão internamente esta reage de uma maneira ou de outra. 

Os Estados de vida são os seguintes: 

Inferno = Nesse estado a pessoa é dominada pelo impulso de destruir, arruinar tudo e a todos e a si próprio, e representado pelo sofrimento e desespero, como exemplo podemos citar perda de emprego, perda de um relacionamento a pessoa sente uma incapacidade interna de resolver os seus problemas, e como se estivesse no fundo do poço e não conseguisse sair. 

A forma positiva das pessoas que estão nessas condições, quando conseguem transpor essa barreira de extremo sofrimento a pessoa consegue entender melhor os sofrimentos do próximo. 

Fome = a pessoa e dominada pela busca para satisfazer seus próprios desejos pessoais, para saciar a fortuna, fama e prazer causando sofrimento a si próprio de forma insaciável. 

O estado de fome na forma positiva conduz para o progresso individual ou coletivo, o ponto chave e que haja um ponto de equilíbrio. 

Animalidade= a pessoa é dominada pelo instinto de fome, sexo, sono dentre outros, não tendo controle racional sobre sua própria vida, um exemplo também são as pessoas que ameaçam pessoas de nível inferior no trabalho mas temem seu chefe. 

O aspecto positivo desse estado está manifestando no instinto de autopreservação e de que não houve a desistência devido as circunstâncias. 

Ira = Nessa condição a pessoa consciente de seus atos de forma egoísta e arrogante tenta passar por cima de tudo ou de todos desprezando-os.A pessoa acredita que somente será feliz se ela conseguir superar as ultrapassar as outras pessoas utilizando qualquer meio.

Tranquilidade = A pessoa pode controlar temporariamente seus desejos ou impulsos com a razão, nesse estado a pessoa fica em paz, acomodada pelas circunstâncias porém vulnerável as influências externas negativas. 

É normalmente manifestado quando a pessoa teve um dia sereno, no entanto se a pessoa tiver uma notícia ruim automaticamente vai descer o nível de consciência e abaixar o Estado de vida. 

Alegria = É a condição de contentamento e alívio, ou quando a pessoa recebe uma notícia boa e depende de condições externas e sempre favoráveis, no entanto fica vulnerável a condições externas. 

Erudição = a pessoa busca seu autodesenvolvimento, e o desejo de aprender e adquirir cada vez mais conhecimento, e o estado de vida que experimentam por exemplo os cientistas e os estudantes. No entanto tem que haver equilíbrio da forma que esse conhecimento e usado, pois a busca pelo autodesenvolvimento pode fazer com que a pessoa se sinta acima das demais pessoas. 

Absorção = Nesse estado a pessoa compreende tudo que estudou e é experimentado por pessoas que lidam com artes, filósofos, e um estado de inspiração. 

O aspecto negativo é semelhante ao de erudição. 

Bodhisattva = A pessoa busca a sua felicidade e também a dos demais, esse estado é definido pela compaixão. Porém existe um lado negativo, pois a pessoa pode se preocupar tanto com as demais pessoas que esquece de si próprio. 

E por fim o Estado de Buda no qual a pessoa compreende a realidade da vida e significa o iluminado, é um estado que possibilita compreender a verdadeira essência da vida. Esse e o único estado de vida que não há um aspecto negativo, nesse Estado a pessoa é repleta de sabedoria, coragem e a benevolência. 

POR CRISTINA BEATRIZ DE SOUSA ALMEIDA 












-Advogada, budista há 27 anos;
-Aassociada da BSGI, constituída em 1960 por Daisaku Ikeda que é a entidade é a representante da organização não governamental Soka Gakkai Internacional – SGI, em terras brasileiras. 
Com base em sua missão vêm promovendo exposições, intercâmbios com universidades e museus entre outras atividades nas áreas da educação e cultura, cujo propósito e a paz mundial.

Nota do Editor:

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quarta-feira, 25 de julho de 2018

O Direito ao Arrependimento da Compra



Quando o consumidor adquire um produto ou serviço, fora do estabelecimento comercial, mas quer desistir desta compra, o Código de Defesa do Consumidor assegura o direito de arrependimento, e ainda garante a obrigação da devolução do valor pago, conforme Lei nº 8.078/90 no artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor: 
"Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados."
 
Esse direito é garantido,quando as compras ou serviços contratados ocorreram por telefone, na residência, aproveitando-se da sua tranquilidade, por telefone ou em compras online, e nestes casos o comprador acaba confiando na propaganda criada pelo vendedor, e não tem contato direto com o produto, o que pode levá-lo a ser engano. 

Chamo a atenção que nas compras realizadas no próprio estabelecimento comercial, em loja física, o consumidor não terá direito ao arrependimento. 

Importante destacar que, é desnecessário o consumidor informar por qual motivo está cancelando a aquisição do produto ou serviço, bastando ficar atento ao prazo de 7 dias estabelecido na norma, devendo para tanto, formalizar sua pretensão de arrependimento quanto ao produto/serviço contratado, através de carta, e-mail, notificação, com isso poderá comprovar que buscou seus direitos como consumidor. 

Sendo assim, após exercer seu direito de arrependimento, deverão ser restituídos integralmente os valores pagos, sendo direito receber a quantia a vista, não podendo ser cobrado por serviço de logística, mas caso o vendedor se negue a cancelar a compra e principalmente devolver os valores pagos, o comprador deverá buscar seus direitos perante a justiça, pleiteando restituição dos valores. 

Nestes termos, mesmo após o decurso do prazo de arrependimento, caso o consumidor se sinta lesado, tenha sido enganado, ou houve propaganda enganosa, terá direito a ingressar com ação judicial pelo abusivo sofrido, devendo sempre que tiver duvidas buscar o PROCON da sua cidade ou advogado de sua confiança.

 POR RAFAEL SOUZA RACHEL




















-Advogado e
-Pós graduando em Direito Civil e Processo Civil


Nota do Editor:


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terça-feira, 24 de julho de 2018

Crimes Contra a Honra:Saiba Diferenciá-los



Todos já ouviram falar de calúnia, injúria e difamação. É comum que pessoas tenham dúvida acerca da diferença entre os três. 

São chamados crimes contra a honra e estão previstos nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal. A primeira diferença básica entre eles é que a calúnia e a difamação são contra a honra objetiva, e a injúria, contra a honra subjetiva. 

A honra objetiva diz respeito ao que a sociedade pensa sobre a pessoa lesada. É uma ofensa na qual todos ficam sabendo e envolve a reputação e idoneidade. Já a honra subjetiva , tratada na injúria, ofende a pessoa, sua moral, sua integridade e até saúde mental. 

Conforme o artigo 138 do CP, a calúnia ocorre quando uma pessoa diz que a outra cometeu um crime previsto no ordenamento jurídico e trata-se de uma mentira. Por exemplo, João, em uma mesa de bar, diz aos amigos que Paulo furtou uma loja. E não é verdade. João responderá por calúnia. Os amigos do bar, que sabem que não é verdade, contam para outras pessoas também, apenas para sacanear Paulo. Estes também responderão por calúnia. 

A pena é de detenção de seis meses a dois anos e multa.

A difamação, prevista no artigo 139 do CP, diz que difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação e a pena pode ser de três meses a um ano e multa, ou seja, é de menor gravidade que a calúnia.

Exemplo comum de difamação, acontece muito entre artistas, quando contam histórias sobre sua vida íntima, passando dos limites do tolerável. É comum jornalistas difamarem políticos, atores, cantores e pessoas que estão expostas na mídia, contando fatos inverídicos e exagerados, ou até intimidades que não devem ser de conhecimento público. A vida profissional da pessoa pública pode ser divulgada, mas nem sempre a vida íntima.Deve haver um bom senso e limites. 

O artigo 140 trata da injúria e diz que injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, incorrerá em pena de detenção de um a seis meses  ou multa.

Não é tão simples acusar alguém de injúria, pois a duas excludentes da ilicitude são bem comuns e fáceis de ocorrer, de acordo com o § 1º do art. 140 do CP, o juiz pode deixar de aplicar a pena: 
"I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. "
Ou seja, uma briga de casal, por exemplo, se um xinga e o outro retruca com outro xingamento,isso consistirá em duas injúrias e é extremamente complicado provar que realmente houve a ofensa em ambas as partes. 

Os motivos devem sempre ser ouvidos e as justificativas levadas em consideração. Para se caracterizar a injúria, a ofensa deve acontecer gratuitamente, sem que a parte lesada tenha provocado, ou ao menos, não tenha tido intenção, e o ofensor, geralmente descontrolado, ofende podendo muitas vezes deixar a pessoa com problemas psiquiátricos, como depressão, por exemplo. 

Há casos em que uma injúria pode levar a pessoa ao suicídio, portanto, xingar, ofender, contar mentiras, inventar histórias, além de ser crime pode acarretar consequências gravíssimas em um ser humano. 

Hoje em dia, os crimes contra a honra também podem ser cometidos pela internet, através de e-mails, publicações ofensivas ou que caracterizem difamação ou calúnia em páginas da internet, redes sociais, blogs, ou até grupos de WhatsApp. Já encontramos jurisprudência sobre o tema e condenações de pessoas que cometeram tais crimes em grupos de WhatsApp prejudicando seriamente a integridade e idoneidade da pessoa, gerando como consequências perda de emprego, perda de confiança dos colegas de trabalho devido a falsas acusações. 

Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência a pena será aumentada para reclusão de um a três anos e multa. 

Caso seja vítima de um dos crimes acima expostos, o procedimento a ser adotado é prestar queixa em uma delegacia, pois são crimes de ação penal privada, iniciados exclusivamente pela vítima ou seu representante legal. 

POR LUCIANA WIEGAND CABRAL - OAB/RJ 130.297




















-Advogada graduada em 2003 pela Universidade Estácio de Sá -RJ ;
-Autônoma, com escritório na Barra da Tijuca-RJ atende causas de Direito de Família e Consumidor;
Site de seu escritório:https://wradvocacia.wixsite.com/wradvocacia
 e
Contatos pelo WhatsaApp (21) 9 8118-4673


Nota do Editor:


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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Inverno,Férias e em Breve,Primavera


O Inverno em Goiás, especificamente na minha querida capital Goiânia é de clima seco, com um friozinho nas madrugadas e manhãs amenas de sol brilhante, que refletido no verde das samambaias que ornamentam minha varanda trazem a certeza de um dia de beleza incomensurável.



Aqui, no amplo quintal há mangueiras, jabuticabeiras, mamoeiros produzindo e uma imensa goiabeira, onde pássaros de variadas espécies e tamanhos, moradores do bosque que fica aqui perto, fazem a festa desde as primeiras luzes do dia. A natureza, sábia e mãe, fez com que houvesse uma safra de goiabas temporãs, que fazem a alegria da passarada. Assim, periquitos, mulatas, maracanãs, rolinhas, pombas do bando e as vezes alguns casais de araras Canindé marcam presença. 

Essas araras são um espetáculo à parte. De grande porte e cores azul e amarelo, são puro carinho com seus companheiros. Buscam a goiaba madura e fazem questão de dividir com quem está mais perto, intercalando a degustação com pequenas bicadas na penugem das outras, em claro gesto de carinho e alegria. 

E trafegando pelas ruas de Goiânia, percebo uma maior tranquilidade no trânsito, sempre denso e complicado. Por causa das férias escolares, muitos aproveitam para viajar e descansar, buscando outras capitais e a grande maioria, procura as praias do majestoso e belo Rio Araguaia, o que de certa forma esvazia as ruas.

Nessa época o Araguaia em toda sua extensão, de Goiás onde nasce até o Pará, onde deságua no Rio Tocantins (para muitos uma injustiça, pois o Tocantins é quem deságua no Araguaia) pela beleza das praias e a água rasinha atrai milhares de turistas, em busca do sossego – ou do agito conforme o lugar que escolhem. 

Alguns acampamentos são mais luxuosos, repletos de modernidade, com água quente e equipamentos náuticos de última geração, além da TV de imagens perfeitas sempre ligada, internet wi-fi e shows musicais por toda a noite.Outros, um pouco mais adentro e longe das cidades são mais simples, com uma pequena área de convivência coberta por folha de coqueiro e próximo aos maravilhosos exemplares de ipê-amarelo que dominam a paisagem nessa época do ano. Para dormir e descansar as pequenas barracas onde apesar da simplicidade o corpo encontra conforto e segurança. De modernidade, apenas celulares sem conexão para tirar muitas fotos e às vezes um rádio, que traz a alegria e a comunicação de emissoras distantes.

Mas, em tudo isso, independente de o acampamento ser simples ou incrementado, todos democraticamente podem curtir as águas generosas do rio e apreciar as belezas do pôr do sol, que segundo se afirma aqui é o mais bonito do mundo. 

Mas o mês de julho logo chegará ao fim e voltaremos ao transito caótico e à rotina. Em agosto, mês seco e de muitos ventos, os pássaros começam a refazer seus ninhos, movimentando-se para continuar o maravilhoso ciclo da vida. 

Mas a natureza sábia está a preparar um espetáculo. Após esses meses de inverno seco e com baixa umidade a partir dos primeiros dias de setembro o clima muda de uma vez quando costumam vir as primeiras chuvas e a natureza de imediato se abre em beleza e aconchego: é chegada a primavera.

Assim, vamos seguindo. Da beleza das manhãs de julho à chegada da primavera, o tempo é curto. Passa rápido, como passa rápido a vida. E Primavera é esperança, beleza e renovação da vida. 

POR PAULO ROLIM













-Jornalista e Produtor Cênico
-Twitter: @americorolim

Nota do Editor:

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domingo, 22 de julho de 2018

Somos O Que Nossa Alma Reflete

Arranque sua alma e coloque ela sentada numa cadeira. 

Coloque uma luz bem forte em sua direção, deixando-a ainda mais translúcida. Qual é a sua cor? Como ela se reflete para ti. 

Dê uma volta ao seu entorno e observe cada detalhe de sua alma. Suas imperfeições, suas belas formações, a intensidade do seu brilho. Ele é forte, está numa densidade média ou encontra-se bem fraco? 

Coloque-se novamente diante de sua alma e olhe bem em seus olhos. O que vê?

Saudade? Amor? Satisfação? Prazer? 

Ódio? rancor? Inveja? Covardia? 

O que consegue enxergar olhando sua alma assim por fora do seu corpo, diante de seus próprios olhos… 

Sua alma parece feliz? Ela encontra-se em harmonia? Ou sua alma está perturbada? 

Ela parece entediada ou seus pés se balançam na ânsia de sair logo para fazer outra coisa?

Se te aproximar o bastante para medir seu calor, o que sua alma oferece? O Quente ou o frio? Ela aquece ou precisa ser aquecida? 

Sente-se no chão e debaixo para cima o que enxerga nela? 

Você consegue ver honra? Dignidade? Respeito? 

Ou olhando assim você vê vergonha ou perversidade? 

Consegue tentar descobrir como ela está se sentindo - olhando em direção ao seu rosto? 

Bondade ou uma tendência a ser indiferente aos sentimentos alheios?

Sua alma parece que já se apaixonou algum dia na vida?

Parece que já viveu um grande amor? Viveu momentos em que esteve plena? Já sentiu o gosto de se sentir livre ou ela passa expressões de que vive numa prisão?

Olhe para sua alma agora, novamente de pé. Peça para ela se levantar e suba na cadeira onde ela estava. Olhando de cima para baixo o que podes comentar?

Sua alma é maior que seu corpo? Sua alma é pequenina como um anão? Sua alma é espaçosa ou ela parece ser mais comedida? 

Desça da cadeira e encare bem nos olhos da sua alma.

O que vê? 

Agora diga o que sentiu olhando para sua alma. Ela reflete exatamente o que você é? Somos o que nossa alma reflete. 

Então, como te sentes?

POR VITOR ANDRADE


-Psicólogo, Psicanalista e Psiquiatra;
-Possui Mestrado pela UFRJ e UDS em Assunção, estuda Ph.D na UBA em Buenos Aires e estuda Doutorado na UFRJ;
-Especialista em MBA em Psicologia Organizacional, MBA -Executivo em Coaching, MBA Gestão de Pessoas; 
-Pós Graduado em Neuropsicologia, Geriatria, Saúde Mental;
-Docência de Ensino Superior, Hipnose Clínica, Psicanálise Clinica, Psiquiatria, Farmacologia e Ciências da Educação.
-Especialista em Hipnose Clínica, Especialista em balão gástrico hipnótico pela USP;
-Especialista em tratamento de álcool e outras drogas pela secretaria Nacional de tratamento de drogas; 
-Autor do livro A Medicalização das Emoções
-Graduado em Filosofia;
-Professor Adjunto do curso de Mestrado na Universidad de Asunción, onde possui uma cadeira lecionando no curso de educação e saúde mental;
-Professor de Mestrados nas faculdades da Mercosul;
-Consultório particular: Itaperuna, Laje do Muriae, Miracema e Pádua.
Nota do Editor:

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