Autor: Flávio Santos(*)
É inegável que estamos vivenciando uma crise de saúde pública severa. O "Chinese Virus" é uma realidade que se alastrou (ou foi disseminado) pelo mundo causando danos à saúde pública, com reverberação nas mais variadas formas de relações humanas, causando um solavanco na economia global sem precedentes na história.
Nunca é demais lembrar que a Guerra do Vietnã não paralisou economicamente o mundo, nem tampouco as duas recentes intervenções dos EUA no Oriente Médio tiveram o condão de fazê-lo, ou a ação militar no Afeganistão após os acontecimentos de 11 de setembro de 2001. Mais ainda, os diversos conflitos armados existentes no planeta, desde as guerras civis locais, a massacres étnicos, também não foram capazes de fazer tamanho estrago à economia dos países.
Agora, quando a claridade já começa a insinuar-se em meio ao nevoeiro da onda de pânico e o alarmismo desenfreado a que veículos de comunicação e autoridades deram causa em certa medida, é preciso pensar nos rumos que a sociedade do planeta irá trilhar para não só eliminar o problema em curso, mas também para se precaver contra eventos que possam ocorrer no futuro.
Para tanto, precisamos buscar as responsabilidades seja por omissão ou por deliberada conduta criminosa (culposa ou dolosa), consubstanciada na posição adotada pelo Partido Comunista Chinês, que depois de matar mais de 70 milhões de seres humanos ao longo dos últimos 70 anos, e estando no poder ao longo desse mesmo período, recentemente proibiu a Bíblia e mandou retirar as expressões "Deus" e "Jesus Cristo" dos livros. Hoje na China as igrejas foram obrigadas a retirar os crucifixos, a cruz é queimada na frente de todos, e as imagens sacras estão sendo substituídas pelo retrato de Xi Jinping, o líder supremo da República Popular da China.
A história da China e suas epidemias nos remete a vários casos. Em 2003 tivemos o caso da SARS (síndrome respiratória aguda grave), com origem em Guangdong. Em 2005 surgiu a Gripe Aviária. Já, bem antes no século 14, de lá se disseminou a Peste Bubônica que inflingiu o caos na saúde européia através da "rota da seda".
Estes lamentáveis episódios têm origem em hábitos milenares de convivência e consumo de animais exóticos. No presente caso do "Chinese Virus", existe supeita cientificamente fundada de que o mesmo tenha origem em "iguarias", muito comuns na província onde se localiza Wuhan, em animais comumente comercializados e consumidos como alimento (filhotes de lobo, cobras, salamandras gigantes, pavões, ratos, jacarés e raposas vivas) no gigantesco mercado existente naquela cidade. Este fato é a repetição do acontecido em Guangdong (SARS) cujo contágio iniciou com os trabalhadores e frequentadores do mercado de animais exóticos daquela cidade.
Ao citar estes fatos, fala-se de um recorte da cultura local de uma sociedade que precisa, no mínimo, ser atualizada em seus costumes dentro de parões sanitários vigentes para o mundo contemporâneo dado o avanço apresentado pela ciência nesta área.
Analisado por este prisma (cultura local), verifica-se que não existe possibilidade de implementar uma estratégia global de combate as pandemias tão a gosto das elites globalistas. A responsabilidade, porém, é assunto internacional.
No presente surto é notória a total irresponsabilidade dos dirigentes chineses. O próprio prefeito da cidade de Wuhan confessa ter "escondido" o surgimento do problema, por pressão das "autoridades" do Partido Comunista Chinês (sempre eles). A notícia chegou ao mundo quando já teriam saído da região mais de 5 milhões de pessoas que se encarregaram de disseminar o vírus em proporções planetárias.
O resultado da irresponsabilidade dos dirigentes do PC Chinês é a pandemia que estamos atravessando, amplificada por políticos oportunistas locais, muitos deles defensores e até aliados ideológicos com ampla divulgação da chamada "grande mídia" onde, aliás, transita dinheiro de procedência chinesa.
Em nosso país existe, inegavelmente e oportunisticamente, um objetivo subjacente em tentar desgastar o governo central, travestido em "medidas restritivas" do tipo "dar um tiro de canhão para abater uma formiga". Ao invés de isolar apenas o grupo de alto risco (idosos e pessoas portadoras de patologias diversas), opta-se por parar o país indiscriminadamente naquilo que pelo mundo se chama de "lock down", no caso, horizontal.
Para se ter uma ideia e apenas para exemplificar, o Influenza causou o óbito de 500.000 pessoas no último ano ao redor do mundo enquanto o "Chinese Virus" não chegou aos 30.000 mortos! Os cientistas, em uníssono, entendem ser o "Chinese Virus" menos letal que o Influenza. É evidente que deve-se lamentar qualquer número de óbitos, independentemente da sua causa. No Brasil, tanto o influenza quanto a dengue apresentam números de mortes epidêmicos e o país nunca parou por este motivo.
O excesso nas medidas restritivas irá a causar, no "the day after", um colapso econômico de proporções inéditas, muito ao gosto dos grupos (hoje amplamente minoritários) situados a esquerda, nova esquerda, globalistas fabianos, isentões e demais "faunas", que nunca se conformaram com o último resultado eleitoral. Querem, a qualquer custo, um discurso para imputar responsabilidades ao governo Bolsonaro. A imposição do "lock down" horizontal ao invés do vertical, irá dizimar as pequenas e médias empresas (responsáveis por mais de 50% dos empregos formais) elevando, sobremaneira, o já alto desemprego herdado do recente período das trevas esquerdistas. Este é o cardápio desejado pelas aves de rapina que comandaram o país nos últimos tempos e agora se apresentarão como "salvadores da pátria".
Estes grupos jamais se conformaram em estarem alijados do comando do erário público onde se fartaram nos últimos 25 anos com desvios bilionários que hoje sabemos ter acontecido como prática usual e criminosa de exercício do poder.
Embora tenham sido expurgados do Poder Executivo Federal o mesmo não ocorreu em outros poderes e setores e os mesmos encontram-se entrincheirados no Judiciário e Legislativo, com ampla cobertura na "grande mídia" (também em abstinência de verbas públicas), dedicados diuturnamente a boicotar as ações de recuperação intentadas pelo governo Bolsonaro.
A estrutura da economia brasileira não comporta o mesmo remédio usado em países de economia madura. Vejam que a renda média das famílias brasileiras é de U$ 400,00, enquanto a das famílias italianas é de U$ 2.000,00. Somente 6% da população brasileira possui algum tipo de poupança enquanto nas famílias europeias o índice chega próximo aos 80%. É óbvio que deveremos usar "remédios" diferentes para lidar com a atual pandemia.
É inegável que precisamos usar o "lock down" mas não o horizontal que os países de economia madura adotam, mas sim o modelo "vertical", isolando os grupos de maior potencial de risco de vida e permitir que aqueles grupos de letalidade mínima (0,2%) sigam tocando a criação de riqueza indispensável ao nosso futuro.
No âmbito internacional a tentativa chinesa de se contrapor às democracias ocidentais via BRICS (criaram um "banco" para se contrapor ao FMI e Banco Mundial e colocar a sua moeda como reserva mundial de valor). Como se sabe, o BRIC "abatumou" e nunca aceitou "perder" o controle sobre o Brasil que deveria ter um papel importante (embora subalterno aos interesses chineses) na pensada hegemonia global "by China".
Por outro lado, com a crise do "chinese virus", os chineses recuperaram a perda de cerca de 2,5 trilhões de dólares que amargaram com a deblaque da bolsa de Xangai em 2015 com amplas sobras. É só analisar o movimento das "commodities" nos últimos 90 dias que é tão impressionante que deverá ser base para um novo artigo em futuro próximo.
Em face disso, é urgente que sejam apuradas as reais responsabilidades dos dirigentes do PC Chinês com relação ao episódio do Covid-19 e que os mesmos sejam responsabilizados de todas as formas em direito admitidas. Não esperemos, porém, que a elucidação do fato seja patrocinada pela ONU ou qualquer das suas agências. A esperança reside numa ação coordenada entre EUA-Inglaterra-Israel-Japão-Brasil no sentido de apurar e responsabilizar de forma exemplar quem de direito.
*FLÁVIO JOSÉ CARPES SANTOS
- Professor Universitário;
- Graduação em Economia;
-Mestrado em:
Desenvolvimento Econômico e Doutorado em Economia Social;
- Economista da Carpes dos Santos Assessores Econômicos e Gestão de Crise.
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