Chama-se de metástase a evolução expansionista de um tumor maligno produzindo o surgimento de focos secundários no corpo. Este processo conduzido politicamente com intenção totalitária ocorre também nas organizações de Estado e de governo, nos movimentos sociais e trabalhistas.
Com o projeto executado, constrói-se um imã para atrair os fracos e os tímidos, cooptando-os, comprando-os e submetendo-os a uma lavagem cerebral que os torna fanáticos.
Assistimos essa seqüência na implantação do sistema que vigora no Brasil a partir da dita redemocratização e as promessas de um partido de “novo tipo” – o Partido dos Trabalhadores – criado pelo general Golbery do Couto e Silva para barrar a influência do PCB e do PTB que, de certa maneira, atraiam as massas.
Assim surgiu Lula da Silva – pelego da Volkswagen ligado à ditadura através de Romeu Tuma –, orador treinado nas disputas sindicais que, com discursos agressivos e mentirosos atraiu professores obreiristas da USP e a juventude empolgada pelo socialismo.
Eleito presidente da República por um estelionato eleitoral, incentivou a mitologização da própria existência através da propaganda massiva que financiou um filme biográfico ficcional. E assim nasceu o culto à personalidade.
Nos primeiros anos de governo colheu os frutos do Plano Real, a estabilidade das economias mundiais e os exemplos europeus dos governos “de bem estar social”.
Logo vieram as contribuições das empreiteiras, convenientemente relacionadas com as obras públicas. Para consolidar o poder, introduziu-se um sistema de recolhimento de propinas que abarrotaram os cofres do PT e o bolso dos hierarcas do partido.
Então começou a metástase política. Altamente financiados, os lulo-petistas aparelharam o governo, os bancos públicos, as estatais (principalmente a Petrobras, controlada por sindicados influenciados pelo PCdoB) e os fundos de pensão.
O serviço público dominado tornou-se progressivamente ineficiente, os gestores indicados eram despreparados e corruptos, como se viu no “Mensalão”.
Aí, Lula apelou para o arsenal de mentiras dos pelegos. Anunciou uma política externa que elevaria o País à potência mundial com assento no Conselho de Segurança da ONU, inventou a quitação da dívida externa e a independência do FMI, fantasiou um MERCOSUL isolacionista e, aliado aos bandidos que assaltavam a Petrobras, quimerizou a existência do “pré-sal” que nos igualaria aos sheiks árabes…
O mais terrivelmente demagógico foi quando Lula – que havia se afastado da memória de Getúlio Vargas e do Trabalhismo para agradar os intelectuais udeno-trotskistas que lhe cercam – apropriou-se da personalidade e do comportamento nacional-populista de Vargas.
Para deleite dos movimentos sociais e populares cooptados, Lula se submeteu à orientação de Fidel Castro e aliou-se a Chávez, pondo o Itamaraty a serviço do narco-populismo e anulando a ação militar nas fronteiras, atenuando sua obediência à doutrina da soberania nacional.
Confiante na fidelidade ao seu projeto de poder dos 300 picaretas do Congresso comprados e a infiltração de juízes nas altas cortes de Justiça, o lulo-petismo aderiu à “Pátria Grande Bolivariana” arrastando consigo os grupamentos metastáticos fanatizados para a traição ao Brasil.
Este governo fictício e o Estado fantasma mesmo enrolados em papel celofane e laços de fitinhas vermelhas, mostram uma desorganização geral pela incompetência e a corrupção. A degenerescência moral se alastrou.
O melhor exemplo está na depravação da “juventude petista” exaltando assaltantes do patrimônio nacional Cunha, Delúbio, Dirceu, Genuíno e Vaccari, ladrões condenados pela justiça, como “heróis”. Esta reprodução de focos cancerígenos exibe painéis com a efígie deles e saúda histericamente a cleptocracia maligna instalada no PT-governo.
Sem ocorrer metástase, a medicina consegue estabilizar e até regredir a doença em seres humanos. No caso deste câncer político, porém, as drogas ideológicas e a pajelança sindicalista nada resolvem; está condenado à morte.
Miranda Sá