quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Dilma e Macri





Lula e Néstor Kirchner chegaram ao poder no mesmo ano, 2003, criaram uma nova organização internacional, a Unasul, e lideraram a guinada à esquerda do continente na última década.

A aliança sobreviveu à eleição de Dilma e Cristina, mas não chegará à terceira geração de presidentes. Foi implodida pela eleição de Mauricio Macri, o liberal que governará a Argentina a partir do próximo dia 10.

A vitória de Macri não estava nos planos do Planalto. Dilma abriu o palácio para o candidato governista, Daniel Scioli. Lula chegou a reforçar um ato de sua campanha, no qual pediu votos para o "projeto que mudou a história da Argentina".

Por outro lado, a oposição brasileira não escondeu a torcida por Macri, que foi comparado ao tucano Aécio Neves. Nesta segunda, Fernando Henrique Cardoso festejou seu triunfo como a derrota da "irresponsabilidade" e do "populismo".

As emoções eleitorais ainda estão à flor da pele, mas vão passar em breve. Macri e Dilma sabem disso e já começaram a ensaiar uma aproximação, mesmo que a contragosto.

O novo presidente da Argentina prometeu inaugurar um relacionamento mais "dinâmico" com o Brasil. Dilma o convidou a visitar Brasília antes de receber a faixa.

O fim da aliança do PT com o kirchnerismo não significa que as relações entre Brasil e Argentina vão piorar. Diplomatas lembram que Lula se deu melhor com Bush do que com o sucessor Obama, com quem teria mais afinidade ideológica. Na área comercial, a saída de Cristina, que voltou sua atenção para os chineses, abre caminho a uma nova tentativa de ressuscitar o Mercosul.

Para o petismo, o pior que pode acontecer é o sucesso de Macri inspirar uma nova onda de governos de centro-direita no continente. Nesse caso, o ocaso do kirchnerismo seria um aperitivo para uma derrota do PT em 2018. Mas isso não é um problema para Dilma, e sim para Lula, o cabo eleitoral do derrotado Scioli.
POSTADO NO DIA 24.11.2005 EM 

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/bernardomellofranco/2015/11/1710129-dilma-e-macri.shtml

Por BERNARDO MELLO FRANCO



- Jornalista da Folha de São Paulo

COMENTÁRIO

A Argentina vai começar seus anos de "vacas gordas" pois conseguiu derrubar o populismo da Cristina! 
Desejamos sorte ao novo presidente da Argentina  que com seu liberalismo governará a Argentina e esperamos que isso inspire a nossa oposição a lutar pelo impeachment de Dilma para que possamos iniciar  a recuperação econômica e política de nosso Brasil!!

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