Autora: Carolina Gremelmaier(*)
Desde os primórdios das civilizações os homens procuram compreender sobre o cérebro e suas funções. Os Egípcios utilizavam-se de técnicas e procedimentos a fim de tratar transtornos cerebrais, os sumérios manipulavam sementes de papoulas a fim de provocar sensações eufóricas, os gregos antigos reconheciam o cérebro como o centro das sensações humanas, na era medieval a lobotomia chegou a render um prêmio Nobel. Inúmeras foram as tentativas teóricas e experienciais para se chegar à compreensão da mente humana.
Na década de 70, chegou-se ao conceito de neurociência, que é basicamente o estudo do sistema nervoso, ou seja, sua estrutura, funcionamento e desenvolvimento. Nos últimos anos, o tema vem sendo discutido por estudiosos de todo o mundo, com o objetivo de alcançar uma melhor compreensão dos mecanismos que envolvem o processo de aprendizagem em cada indivíduo.
Na área educacional a neurociência destaca-se por auxiliar nos processos de ensino-aprendizagem, trazendo subsídios aos educadores sobre estímulos e ações comportamentais decorrentes dos mesmos. Assim sendo, podemos considerar que o estudo da Neurociência é uma grande conquista para o sistema da educação, pois oferece novas possibilidades para o professor desenvolver seu trabalho, colocando em prática as soluções mais eficazes às necessidades da educação.
As pesquisas no campo da Neurociência aumentaram significativamente nossa compreensão dos processos cerebrais e a função de seus sistemas neurais subjacentes. Em outras palavras, estudos nos mostram como o cérebro armazena e processa informações, como a plasticidade neural afeta o aprendizado e o comportamento observável, e assim por diante. A Neurociência confirma que o aprendizado começa quando o cérebro de uma pessoa processa a informação. Esta informação é absorvida através dos sentidos, processada nos diferentes lóbulos sensoriais na parte de trás do cérebro, e depois processada para o centro expressivo do lobo frontal e organizada em caminhos neurais. Todas as pessoas têm uma codificação genética única que influencia uma predisposição genética para a qual lóbulos, hemisférios e sentidos dominarão ao processar informações.
Estudos na área neurocientífica, reiteram que a aprendizagem ocorre quando dois ou mais sistemas funcionam de forma inter-relacionadas, por isso uma das grandes descobertas que essa ciência trouxe para a educação é que através de atividades que para os alunos são prazerosas e desafiadoras o “disparo” entre as células neurais acontece mais facilmente: as sinapses se fortalecem e redes neurais se estabelecem com mais facilidade.
Neste sentido, conhecer a Neurociência, passa a ser fundamental para o professor no desenvolvimento de sua função. O educador necessita de ampliação em seus conhecimentos, inovar seu repertório, pois isso trará muitos benefícios no processo de aprendizagem, abrindo uma nova estrada no campo do aprendizado e da transmissão do saber.
BIBLIOGRAFIA
FONSECA, Vitor da. Importância das emoções na aprendizagem: uma abordagem neuropsicopedagógica. Rev. psicopedagia.2010;
HOUZEL, Suzana Herculano. Fique de Bem com Seu Cérebro. Ed. Sextante, 2007; e
VERMEULEN, Sonia. O desenvolvimento psicológico da criança. Trad. Maria Helena Ortiz Assumpção. 2. ed. Bauru: EDUSC, 2004.
*CAROLINA GREMELMAIER
-Graduada em Pedagogia pela Faculdade Mauá(FAMA) - 2009;
-Graduada em Neuropsicopedagogia pela Unimais -2018;
-Mestrado em Educação pela Unicid -2016;
-Pós graduação em Comunicação e Marketing pela Anhembi Morumbi -2020; e
-MBA em Gestão Pública pela Faculdade Metropolitanas Unidas - 2019;
-Atua há 11 anos na educação, com pesquisa e conteúdo.
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