sábado, 17 de junho de 2017

A Relação Pais x Educação


O presente artigo possuí como objetivo relatar a participação efetiva dos pais na relação acadêmica dos filhos, visualizando a escola como um espaço democrático em que todos os presentes deste âmbito tem o direito de exercer a cidadania, ou seja, a formação dos alunos em prol dos interesses sociais para perceberem a importância em suas atividades. 

As escolas básicas do ensino regular, sejam elas públicas ou privadas, acreditam no caminho da organização democrática, que possibilita a todos o espaço à voz no contexto do ensino-aprendizagem. Dessa forma salienta-se que uma escola democrática é uma escola que se baseia na linha participativa, iguais para estudantes, pais e funcionários. No ambiente acadêmico as vozes fazem parte do ensino e da liderança, em que todos participam das funções de acordo com o interesse de um bem comum. Assim, todos estão democraticamente comprometidos com as responsabilidades das relações com o outro. 

E não menos importante, como consta no Artigo 205 da Constituição Federativa do Brasil: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”. Disponível em

Seja estatal ou de controle privado, as instituições de ensino não podem ser vistas como filantropia, ou seja, meras prestadoras de serviço assistencial. Se a escola deseja transformar-se para um bem comum, faz-se necessário a participação do discurso dos pais e do coletivo. Neste ponto, os discursos revelam diferenças no que se refere à apresentação e à democracia escolar, vista em diferentes ângulos por muitos. Os pais e professores que se interagem de forma contínua, considerando sempre todas as dificuldades, encontrarão juntas as soluções que favoreçam a família, os educadores, a instituição escolar e, principalmente, os alunos. Essa é a razão de ser da parceria entre a escola e a família.

Os pais devem enxergar os professores como aliados e não como inimigos. Já os professores possuem a necessidade de ver os pais como potencializadores do rendimento escolar do filho, abrindo possibilidades de identificarem juntos as deficiências de aprendizagem e reprogramar o processo de ensino de maneira personalizada e eficiente. Não basta dizer a um responsável que o seu filho não está indo bem na escola por diversas razões, mas o pai precisa saber como pode intervir e como deve fazer para ajudar. Além disso, os direitos e deveres da família e da instituição devem estar claramente definidos sobre como auxiliar em ambos. 

Porém as expectativas dos pais em relação à escola, ao professor e aos rendimentos do filho, em alguns casos são contraditórios como visto acima.

Baseado em observações, vê-se que menos da metade dos responsáveis presentes alegam que a escolarização é um passo para a prosperidade da criança e adolescente para a vida futura. Apenas 1/3 dos responsáveis legais participam frequentemente da democracia escolar. Muitos restantes destes 2/3 alegam falta de tempo por motivos variados, em especial jornada de trabalho, ou até mesmo vê-se o desinteresse pelo desempenho do filho visando a escola como a única responsável por tal.

Ainda assim, muitos pais destacam que a então prestadora de serviços (instituição escolar) possuí a única obrigação na educação, respondendo que a relação ensino/aprendizagem cabe somente ao órgão. Destaca-se aqui a necessidade de apontar o diálogo de uma herança cultural ainda viva atualmente, que a instituição deve cuidar apenas do intelecto do menor e não mais que isso.

Dados referem às expectativas dos pais em depositarem na escolarização dos filhos, não desenvolvendo estratégias em confrontar interesses em comum, mas apenas ensinar. Assim fica claro o desconhecimento dessa maioria sobre o papel que a escola desempenha. 

Apesar de a escola defender, e com muita razão, a necessidade da participação na vida escolar, este tem sido muitas vezes, negligenciado. Poucos possuem a leitura da relação escola x pais inseridos no contexto pedagógico, não possuindo a consciência da importância na vida acadêmica. 

A parceria família e escola trazem impactos positivos. Reuniões de conselho, apresentações de trabalhos abertas à família, deliberações coletivas e outros eventos com a participação dos pais resulta da união de forças entre a família e a instituição escolar tornando o espaço mais útil e dinâmico.

POR MARIA DE MARCO BOHOMOLETZ







-Professora de História do Ensino Fundamental e Médio;
-Graduada em História pela PUC Minas e Pós Graduanda em Gestão em Orientação Educacional pela UNA BH e
-Professora desde 2008 sendo 5 anos de EJA. 
Apaixonada pela história da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, já foi foco de pesquisa por algum tempo.

Nota do Editor:

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Um comentário:

  1. Excelente artigo. Nos traz a reflexão sobre nossas funções na sociedade, família e como pessoa. Parabéns!!!

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