Aquele eu que fala manso, baixinho. Que quase ninguém ouve, mas costumam achar elegante. Elogiam.
Aquele eu que nunca fala nada, não questiona o troco a menos ou a comida errada.
Aquele eu que pensa que não vale a pena “brigar”. Aquele eu que acha que vai desagradar.
Aquele eu que está mal, triste, passando por situações difíceis, mas escuta por horas a/o amiga/o falar sobre si sem ter a oportunidade de falar de si também.
Aquele eu que só se preocupa com o outro, com o que está pensando, como está se sentindo, se está bem ou se está mal.
Aquele eu que quase nunca perde o controle, e que quando perde dá uma resposta “meio torta” e depois se arrepende.
Aquele eu que pede desculpas por tudo, que tem medo de contrariar, de magoar. Que vive sentindo culpa.
Aquele eu que se molda ao desejo da/o outra/o.
Aquele eu que fala manso, mas que por dentro está gritando porque guardar tudo machuca, dói.
Aquele eu que somatiza tudo, e depois sofre com enxaquecas, dores de garganta, gastrite.
Aquele eu que está prestes a explodir. Só que ninguém vê.
Aquele eu que todas/os amam. Menos eu.
(O texto tem por objetivo “ilustrar” a somatização e o mal que ela faz)
Texto originalmente publicado no site www.psicologakarlak.com.br em 09/03/2017.
POR KARLA KRATSCHMER
-Atua na área clínica com uma psicoterapia de base psicanalítica para adultos, adolescentes e casais;
-O consultório fica localizado no bairro Chácara Santo Antônio, na ZS de São Paulo/SP, na região das ruas Verbo Divino e Alexandre Dumas;
-Oferece atendimento particular, por plano de saúde via reembolso, ou pelo PROGRAMA DE PSICOLOGIA DIFERENCIADA.
Contato:
karlak@karlak.com.br
(11) 9-9613-5444 (chamadas e WhatsApp) |www.psicologakarlak.com.br
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