“ (...) Para cada época Deus faz surgir
as pessoas e as religiões
necessárias, cada qual com sua missão (...)”
Meishu-Sama
Autora: Águida Arruda Barbosa(*)
O dia 21 de janeiro foi instituído, em 1.949, como o Dia Mundial da Religião, tendo como objetivo promover o respeito, a tolerância e o diálogo entre as diversas religiões existentes no mundo.
A data estimula uma reflexão acerca dos valores universais que unem todas as religiões, consistentes na busca da resposta às indagações que acompanham o ser humano desde os primórdios: de onde viemos? Para onde vamos depois da morte?
As indagações revestem-se de um caráter universal, porém, se diferenciam quanto aos caminhos em busca destas repostas. Pode-se afirmar que todas as religiões explicam Deus.
Mesmo os ateus, ao negarem a existência de Deus, estão construindo um entendimento de Deus para negá-lo. Enfim, trata-se de uma concepção inversa àqueles que se filiam a alguma religião e creem em um Deus, pela fé.
No entanto, o valor universal para todas as religiões, inclusive para os ateus e agnósticos, encontra-se, indiscutivelmente, na observação dos fenômenos da biologia, afinal, Deus é a ordem que está em toda manifestação de vida, em todas as suas formas.
Esta assertiva encontra-se na obra Código Divino da Vida[1], de autoria do geneticista Kazuo Murakami, que participou da decodificação do genoma humano, resultando no Projeto Genoma. Este projeto consistiu num esforço internacional para o mapeamento do genoma humano e a identificação de todos os nucleóticos que o compõem.
Segundo o cientista, nascido e formado no Japão, quanto mais se estuda o código genético, na tentativa de entender a vida, mais se percebe a existência de uma complexidade. A organização celular é tão perfeita, que não existe nenhuma possibilidade de que tenha ocorrido por acaso, pois existe, concretamente, uma consciência maior, uma ordem da qual emana o intangível.
Ao final de sua participação no Projeto Genoma, Kazuo Murakami estava convencido da existência de um Algo Maior,que tem sido nominado de Deus.
A partir deste alto grau de consciência acerca da organização celular, o geneticista deu início à aplicação deste conhecimento em grupos humanos, portadores de doenças, a exemplo de diabetes, concluindo que, para atuar na cadeia genética portadora de genes benéficos e maléficos o humano depende de seu pensamento.
A pesquisa em comento resultou que, para transformar os genes maléficos, é preciso alinhar-se à ordem emanada do Algo Maior, por meio de pensamentos e atitudes permeados por este arquétipo essencial, origem de todas as coisas.
A título de exemplo, visando ao pragmatismo capaz de amalgamar esta correção genética, necessária em decorrência do desvio da ordem natural das coisas, herdada de nossos antepassados e ancestrais, diz Murakami: " Viva com atitude de gratidão perante a vida. No meu caso, o que me ajuda é lembrar que não vivemos neste mundo simplesmente devido à nossa esperteza e vontade, mas sim porque a natureza nos brindou com esta dádiva inestimável. Todo dia podemos ser gratos pelo simples fato de estarmos vivos".
A contribuição de Murakami consiste na aproximação de religião e ciência, afinal, caminham juntas em busca da compreensão dos mistérios da vida.
Murakami participou, em outubro de 2004, com mais nove cientistas visionários, do Diálogo entre Budismo e as Ciências, em Draramsala, Índia,
Dalai Lama, que promove este evento bianual, convidou o geneticista depois de ler seu trabalho acerca do tratamento de diabetes a partir do estímulo do riso, do estado de alegria proporcionado aos pacientes.
O representante do budismo declarou, ao final do encontro:
"A humanidade do século XXI enfrenta desafios que não podem ser resolvidos só pela ciência ou pela religião. Precisamos fundir nosso entendimento espiritual com o conhecimento científico moderno para superar o sofrimento. A importante pesquisa de Kazuo Murakami nos aproxima deste objetivo".
Neste diapasão, encontramos na religião professada pela Igreja Messiânica Mundial este Deus que está em todas as coisas vivas, e tem a missão de promover a universalidade de todas as religiões, como declara seu fundador Meishu-Sama: "Para cada época Deus faz surgir as pessoas e as religiões necessárias, cada qual com sua missão".
Para registro da filosofia da religião em comento, vale encerrar esta abordagem com a transcrição da máxima messiânica, que orienta as práticas religiosas, tão bem fundamentada, cientificamente, por Kazuo Murakami, alinhando o pensamento a Deus:
"É realmente verdade que gratidão gera gratidão e lamúria gera lamúria. Isto acontece porque o coração agradecido comunica-se com Deus, e o queixoso relaciona-se com Satanás. Assim, quem vive agradecendo torna-se feliz; quem vive se lamuriando, caminha para a infelicidade."
A frase "Alegrem-se que virão coisas alegres” expressa uma grande verdade." (O HOMEM DEPENDE DE SEU PENSAMENTO, 3 de setembro de 1949, Alicerce do Paraíso. Vol. 4, p. 41)
REFERÊNCIAS
[1] Prolíbera Editora. Brasil, 2008
*AGUIDA ARRUDA BARBOSA
-Teóloga Messiânica
-Professora da Faculdade Messiânica de Teologia
Nota do Editor:
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