Autora: Tamara Mármore (*)
Como boas vindas, guirlandas que enfeitam inúmeras portas por todo o mundo nos ensinam que todo fim é também um (re)começo.
No Brasil, o fim de 2022 vem acompanhado da estrela do PT a anunciar o novo Presidente. O "senhor de vermelho", Luiz Inácio "Lula" da Silva, eleito com a maior quantidade de votos desde a redemocratização em 1985, contemplou 60,3 milhões de eleitores que representaram 50,9% dos votos válidos. O acirrado resultado reflete a polarização que se criou em nosso país. Em seu terceiro mandato, o cenário doméstico com que se depara é muito diferente daquele por ele legado há 11 anos atrás.
Em retrospectiva, segundo a Gerência Executiva Legislativa da CNI, após a vitória de Lula no 2o turno, o governo de coalizão composto por PT, PSB, PSOL, PV, PCdoB, REDE, PDT, MDB, PSD, Avante, SD, PROS é uma realidade. A composição da câmara atual é formada por 222 representantes do governo de coalizão (43,3%), 186 independentes "centrão" (36,2%) e 105 de oposição (20,5%), sendo que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) precisa de um quórum mínimo de 308 deputados (60,0%) para a sua aprovação.
A PEC do "Estouro", como tem sido denominada pela mídia, proposta pelo governo eleito permite superar o teto de gastos em R$198 bilhões, mas a grande preocupação tem sido se o teto que explodirá será o de mais brasileiros.
Com o principal propósito de garantir os R$ 600,00 do Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família), a proposta tem sofrido duras críticas por economistas e profissionais do mercado financeiro que defendem a possibilidade de realização dos gastos de forma mais modesta.
A equipe de transição planeja que o projeto seja votado na quarta -feira (7), no Senado e até sexta-feira (9) na Câmara.
Vamos acompanhar os resultados e que as políticas públicas que serão realizadas possam tirar novamente o País do mapa da fome e reconstruir o teto e lares de mais de 222 mil brasileiras e brasileiros que se encontram em situação de rua (IPEA - março/2020). Então bom natal e os próximos quatro anos também.
* TAMARA MÁRMORE
-Bacharel em Estatística pela UNESP/SP (2018) e
-Analista de Economia e Estatística
-Analista de Economia e Estatística
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Nota do Editor:
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Parabéns pelo texto claro e explicativo!
ResponderExcluirMuito obrigada pela leitura e retorno, fico feliz pelo reconhecimento!
ExcluirTexto muito bom. Objetivo e direto ao ponto.
ResponderExcluirOi Sid, que bom te ter por aqui!
ExcluirSua opinião sempre me engrandece, obrigada por todo apoio.
Texto claro e assunto bem abordado. Parabéns.
ResponderExcluirAgradeço a atenção e retorno, muito obrigada!
ExcluirParabéns pela forma de abordar o assunto, espero mais colunas como essa!
ResponderExcluirQue alegria!
ExcluirMuito obrigada.