quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Teologia Moral


Caros leitores quero através deste artigo aguçar a curiosidade e chamar a atenção de cada leitor para a questão da moral com base na Teologia moral, sou Católico Apostólico Romano e é com imensa alegria que partilho com vocês um pouco do que nos é ensinado.

Para começar quero fazer a seguinte reflexão “os fins justificam os meios”? penso que ao ler este pequeno artigo você encontrara a resposta e fundamentos para ter de fato uma reta consciência dentro do que o artigo nos propõe.

Desejo que façam uma boa leitura, e para aqueles que quiserem se aprofundar no assunto ao fim do artigo deixo algumas referências bibliográficas.

O que é moral?

■ Moral é a arte de viver

– Aprender a viver

– O homem tem capacidades, mas precisa ser educado, desenvolver essas capacidades.

Educar= ex ducere

■ Moral é a arte de ser livre

– É a arte arte de usar bem a liberdade

■ Moral é a arte do hábitos, dos bons hábitos

Como descobrimos o que é bom?

■ Com a inteligência descobrimos o que convém ou não a nós, atos que estão ou não conformes à natureza humana criada por Deus.

Atos bons e atos maus

– “Segue os mandamentos”

– “Vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me”.

Ø Tem atos que nos colocam em direção da vida. Tem atos que nos tiram dela.

“Bom Mestre, o que devo fazer para herdar a vida eterna?” – Lc18,18

MORAL FUNDAMENTAL
NOÇÕES FUNDAMENTAIS

Os atos livres do homem

■ Para uma ação ser moral, precisa começar por ser humana.

■ Atos do homem – os que procedem do homem, mas que falta quer advertência (dementes, crianças, distração total), quer voluntariedade (coação física), quer uma e outra (quem está dormindo).

■ Atos humano – atos próprios do homem, ou seja, levados a cabo com conhecimento e liberdade, duas características do ser humano que é, simultaneamente, racional e livre.

■ Para a ação ser humana é necessário conhecimento e deliberação, em outras palavras, a advertência e o consentimento.

Sentir não é consentir

“Os atos humanos são atos morais, porque exprimem e decidem a bondade ou malícia do próprio homem que pratica aqueles atos” – Veritatis Splendor, 71

O homem é capaz do bem e do mal

■ Para que se possa imputar o bem e o mal, é preciso que a ação tenha sido realizada com plenitude de conhecimento e com ponderada deliberação.

■ Não se pode exagerar tanto alguns elementos que têm influência no conhecimento e na decisão da liberdade, que se chegue a considerar que o conhecimento perfeita e a vontade plena nunca se dão, ou só se encontram em muito poucas ocasiões.
Isto seria um conceito pessimista do homem, como se quase nunca fossem capazes de atuar como pessoas.
■ O magistério rejeita a afirmação de alguns autores, que mantém que o homem muito poucas vezes pode cometer um pecado mortal, pois não gaza de um conhecimento lúcido nem é capaz de decidir livremente na sua ação.

“Este homem pode ser condicionado, pressionado, impelido por numerosos e ponderosos fatores externos, como também pode estar sujeito a tendências, taras e hábitos relacionados com a sua condição pessoal. Em não poucos casos, tais factores externos e internos podem atenuar, em maior ou menor grau, a sua liberdade e, consequentemente, a sua responsabilidade e culpabilidade. No entanto, é uma verdade de fé, também confirmada pela nossa experiência e pela nossa razão, que a pessoa humana é livre. E não se pode ignorar esta verdade, para descarregar em realidades externas — as estruturas, os sistemas, os outros - o pecado de cada um.
Além do mais, isso seria obliterar a dignidade e a liberdade de pessoa” – São João Paulo II, Reconciatio et Paenitentia, 16

Ação com duplo efeito

■ Ação de duplo efeito: quando de uma única ação derivam dois efeitos – um positivo e outro negativo. Para se executar requer-se que se deem simultaneamente 4 condições:
– A ação seja boa ou ao menos indiferente;
– Que o fim que se pretende seja alcançar o efeito bom;
– Que o efeito primeiro e imediato que se segue seja o bom e não o mau e
– Que exista causa proporcional grave par atuar.

Moralidade do ato humano

1. Objeto – ação mesma do sujeito, mas olhada do ponto de vista moral
(ex: assassínio, defesa própria, aborto, mentir, rezar, adular...)
2. Circunstâncias – diversos fatore ou modificações que afetam o ato humano: quem, que coisa (qualidade ou quantidade do objeto), onde, com que (meios), quando
3. Finalidade – intenção que a pessoa tem ao praticar um ato; pode coincidir ou não com o fim objeto da ação

Moralidade do ato humano

■ “O ato moralmente bom pressupõe, em simultâneo, a bondade do objeto, da finalidade e das circunstâncias” (Catecismo n. 1760).
■ As circunstâncias, incluindo as consequências, são elementos  secundários dum ato moral. Contribuem para atenuar ou agravar a bondade ou a malícia de um ato. Não podem, de per si, modificar a qualidade moral dos próprios atos; não podem tornar boa ou justa uma ação má em si mesma – Cf. Catecismo, n. 1754
“Não se pode fazer o mal com o fim de obter um bem” – (Rm 3,8)Os fins não justificam os meios!

■ Os atos morais são bons na medida em que podem ser orientados para Deus, por isso aperfeiçoam a pessoa e, além disso, são válidos para alcançar a salvação.
■ Pelo contrário, existem atos que, por muito boa que seja a intenção e, inclusive, pelas circunstâncias que neles concorrem, são em si mesmos maus, independente das intenções do agente, já que não são ordenáveis a Deus.

Este artigo é parte de um material escolar que tenho onde faço meu curso de Teologia, “saboreiem”, forte abraço a todos esperam que tenham gostado.

Bibliografia Básica

■ FERNANDEZ, Aurelio. Moral Fundamental
– Iniciação Teológica. Lisboa, Diel, 2003;e
■ LORDA, Juan Luis. Moral, a arte de Viver.
São Paulo: Quadrante 

 Bibliografia Auxiliar

■ AGOSTINI, Nilo e MANZINI, Rosana. Moral
Fundamental. Batatais, Claretiano, 2012;
■ HARING, Bernard. A lei de Cristo. São Paulo: Herder,1959. (3 volumes);
■ JOÃO PAULO II, “Carta encíclica Evangelium Vitae (O Evangelho da Vida), sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana”, em Documentos da Igreja, v. 4.
São Paulo: Paulus, 1997, p. 885-1038;
■ PINCKAERS, Servais, Morality, The Catholic View.
South Bem: Augostine’s Press, 2000;
■ PINCKAERS, Servais, El Evangelio y la Moral. Barcelo: Eunsa, 1992; e
■ PIO XII, “Carta encíclica Humani Generis, sobre opiniões falsas que ameaçam a doutrina católica”, em Documentos da Igreja, v. 5. São Paulo: Paulus,1988, p. 431-452.Paulinas, 1993.

POR ALEX ALESSANDRO TRIDA











-Cabeleireiro de corte masculino;
- Cristão da  Igreja Católica Apostólica Romana;
- Faz parte da pastoral familiar de sua paróquia e
- Atualmente  faz um curso de teologia oferecido por sua Diocese
Mora em Serra Negra -São Paulo.

Nota do Editor:
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