Comemoramos no dia 21 de Setembro o Dia Mundial da doença de Alzheimer.
No mundo estima-se que 38 milhões de pessoas tenham a demência de Alzheimer. No Brasil são diagnosticados 55 mil casos novos por ano na população com mais de 60 anos. Hoje a doença acomete cerca de 1,2 milhões de brasileiros. As projeções mostram que teremos de 4 a 5 milhões de brasileiros com Alzheimer em 2050 e 131 milhões no mundo. O custo envolvido com o cuidado dos doentes foi de cerca de 818 bilhões de dólares no ano de 2015. A doença de Alzheimer causa mais mortes do que os cânceres de mama e próstata juntos. A cada 3 doentes, 2 são mulheres. E as mulheres com mais de 60 anos tem 2 vezes mais chances de desenvolver Alzhemer do que câncer de mama na vida inteira. O aumento dos casos aumenta com a idade. Entre os 60 e 65 anos apenas 1 % da população tem Alzheimer, em contra-partida entre os 80 e 85 anos a doença pode acometer até 35% da população.
O Sintoma mais comum da doença é o esquecimento, especificamente quando a perda de memória compromete ou interfere nas atividades rotineiras. Na grande maioria das vezes esses sintomas em fases iniciais são negligenciados pelos próprio pacientes ou familiares baseado na crença de que o esquecimento é um fato normal no envelhecimento. Realmente os idosos enfrentam uma discreta perda na capacidade de retenção de novas informações e na busca por aquelas já assimiladas. Mas esta perda jamais pode prejudicar as atividades habituais daquela pessoa. Se isso acontecer, devemos procurar sempre por ajuda médica.
Com a evolução do quadro, os acometidos pela doença podem apresentar uma grande variedade de sintomas: desorientação temporal e espacial, perda da capacidade de execução de tarefas habituais, dificuldade de reconhecimento e nomeação de objetos, dificuldade de planejamento, alterações de linguagem, alterações comportamentais, desinibição, entre outros.
Não existe cura para doença mas os tratamentos tem avançado cada vez mais. Além disso, a prevenção tem ganhado cada vez mais força no combate a doença já que o combate aos fatores de risco são capazes de atrasar ou prevenir até 1/3 dos casos.
Os principais fatores de risco modificáveis são: Diabetes, Hipertensão, Tabagismo, Obesidade, Depressão, Sedentarismo, baixa escolaridade e perda auditiva.
Portanto, a melhor forma de combate a Doença de Alzheimer é trabalhar a prevenção, cuidando do coração, praticando atividade física, manter uma dieta saudável e balanceada, manter o cérebro ativo (Atividades cognitivas) e manter as atividades sociais.
Procure seu médico, faça avaliações rotineiras de sua saúde e não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. Sua memória e suas lembranças agradecem.
POR MARCELO ALTONA
-Geriatra especialista pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e Clínico Geral pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica;
-Médico do Hospital Israelita Albert Einstein;e
- Médico Assistente do Serviço de Geriatria e Gerontologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Consultório: Rua Iguatemi, 192, cj 43/44, tel: 3168-2130
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www.agingcare.com.br
Nota do Editor:
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Minha mãe sofre desse mau...Infelizmente a geração dela não teve as informações de prevenção dispostas hoje ao mundo moderno.
ResponderExcluirMas, mesmo com essa informações hoje, o sedentarismo e a falta de educação alimentar e principalmente as FACILIDADES dos FAST FOOD'S, a tendência é esses números alarmantes subirem.
Políticos e empresas de medicamentos agradecem...