Escrevo esse texto no dia do Engenheiro Militar (10.04), e por conta de um doutorado na área me sobra pouco tempo para lazer e escrever artigos que não sejam técnicos, mas devo dizer que não poderia estar mais feliz com a estreia da minha coluna no Blog do Werneck. Só tenho a agradecer o convite que tive a honra de receber do meu amigo Raphael. Ao final da coluna, vocês terão meus dados e saberão um pouco mais para me acompanharem nas redes. Mas vamos ao que interessa?
Assisti à série do genial psolista José
Padilha na primeira folga que tive e isso me levou a uma reflexão. Padilha usa e
abusa da licença poética para descrever como a operação lava-jato desmontou em
parte o mecanismo que pretendia transformar o Brasil numa Brazuela, mas para
entender o que está em jogo (no Brasil e no mundo), é preciso entender também o
conceito do que é um mecanismo.
Pode se afirmar que o homem começou a entender de forma diferente os conceitos de uso de tração animal, ou da força humana, a partir do século XVII, e foi assim que construiu um mecanismo para gerar força de maneira automática. Mais tarde, essa invenção, permitiu a humanidade vencer com maior facilidade grandes distâncias e velocidades, dando origem a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, e inspirou Karl Marx a criar o conceito da mais-valia, a base do socialismo e da luta de classes.
A falta de conhecimento é o alimento do mecanismo, que evita o debate em bases iguais. Seria bem interessante que mais gente conhecesse autores como: Marx, Hegel, Adorno, Gramsci, etc.
Voltando à definição de mecanismo, pode se dizer que é uma combinação de peças unidas entre si, que mediante diferentes tipos de junções (ou pares cinemáticos), fazem a transmissão e ou a transformação de movimentos e forças que precisam ser previamente combinados.
Um mecanismo é sempre utilizado com algum objetivo claro, mas as peças que fazem parte dele normalmente não tem consciência de todo o funcionamento, mas se alguma peça pára, ou deixa de funcionar, isso o afeta em maior ou menor grau. Vários mecanismos trabalhando em conjunto criam um sistema. É assim com nosso corpo físico, é assim na política.
A série em questão ilustra um sistema, na qual apenas um dos mecanismos foi apresentado. Padilha mesmo, faz parte do que Claudia Wild chama de "o terceiro viveiro que mantém a estrutura do socialismo". Nesse "viveiro" mora também a imprensa, as universidades, os atores de Hollywood, os jogadores de futebol, as celebridades, como peças que "quando começam a dar defeito" prejudicam o plano, e expõem as vísceras e prejudicam o funcionamento. Para salvar o sistema às vezes é necessário sacrificar peças.
Descontada a licença poética que o artista tem, a série da Netflix é bem interessante, e pode até mesmo render boas conversas de botequim, mas é preciso analisar com distância algumas falas e cenas para exercitar a leitura crítica (sem deixar de se divertir com a produção). É preciso estar atento às ilusões e truques do sistema para não cairmos em armadilhas tão sutis.
Vejam, por exemplo, o personagem José Higino, que é o correspondente ao ex-presidente Lula na vida real, e na série fala bem e não solta um único palavrão (como se isso fosse possível!). Esse psicopata sequestrou o país com suas ideias, e teve até direito a show de missa satânica, mas vamos combinar que a anuência de Moro só ajudou mostrar ao mundo mais uma face de um líder tosco, que colocado pelo mecanismo no mais alto posto do país, conseguiu se reduzir a apenas em um bêbado preso.
A incoerência, os vícios e a falta de educação é uma doença que está impregnada na psique de socialistas (que preferem moram nos States ao invés de Cuba), e que sistematicamente usam o mecanismo para roubar almas de estudantes, advogados, intelectuais e quase toda a imprensa, além de padres, músicos, celebridades, e isso cobra um preço alto para a sociedade. Para essa gente, os generais, por exemplo, não têm direito a opinião, e o povo é que deve perder a liberdade, não o bandido!
O mecanismo produz uma cria de simpatizantes e ativistas que queimam bandeiras, veneram Che Guevara e podem ser classificados como gente disfuncional que aceita e valoriza a barbárie contra seres humanos. A prova? A Venezuela vive seu próprio Holodomor!
No entanto, mesmo com essa gente no poder, a Lava-Jato afetou o mecanismo de tal modo que expurgou Dilma Roussef da presidência (Janete Ruscov), e esse projeto pode vir a ruir completamente por dentro com a prisão do molusco, mas ainda poderão acontecer novas prisões surpreendentes, e é claro que haverá alguma pressão do mecanismo para que isso não aconteça, mas é inevitável que a sociedade também reaja, já que está cansada do uso e abuso desse sistema perverso e cruel que reflete na vida de todos.
O jogo de poder também não se esgota nunca, e provavelmente Lula, muito em breve, será apenas uma peça trocada por uma mais nova, mais lustrada, e com mais serventia ao sistema, que continuará o mesmo, mas vai se apresentar em versão upgrade.
A luta não acaba tão cedo, e nosso papel é tanto o de desmontar o mecanismo, quanto lutar para que os novos que forem criados sejam cada vez menos eficazes. Ninguém aguenta mais ser refém!
LINKS RECOMENDADOS E CITADOS NESTA EDIÇÃO
Os Desafios Da Era Pós-Lulista & Os Viveiros Da Esquerda
SUPER RECOMENDO:
CANAL DO DIEGO ROX OFICIAL
FROUXO, PSOL, VEREADORA, GLOBO E POLÍCIA MILITAR
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QUEM SOU EU:
-CEO da Divisão GO.neCTING AGENCIA WEB;
-Doutoranda em Engenharia de Produção;
-Mestre em Administração de Empesas;
-MBA em Tecnologiapela POLI-USP e
- Minhas ideias e ideais podem ser acompanhados no Twitter: @neusamandrade
Nota do Editor:
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Caríssima, seria tolice de minha parte entender que estes 35 partidos, essa hidra faz parte de uma das engrenagens desse mecanismo; e, que #NãoReeleger, quebraria uma das células, possibilitando enfraquecer todo esse sistema podre?
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