Autora: Keity Teixeira Fonseca Vallim (*)
Como no dia 22 de julho se comemorou o Dia Mundial do Cérebro vou tecer no presente texto algumas breves considerações sobre ele.
Nos últimos anos tivemos um
aumento significativo nos estudos da neurociência e tivemos a propagação desse
conteúdo a população em geral, o que ao meu ver foi positivo. Mas, a entrada da
neurociência nas salas de aula foi o mais importante. Os docentes tiveram
acesso a conteúdos sobre o funcionamento cerebral que auxiliaram no processo de
ensino-aprendizagem. Isso propiciou a
compreensão das dificuldades dos alunos e como consequência assegurou a busca
de estratégias em sala de aula para uma
melhor aprendizagem pelo discente.
Os conteúdos de neurociência
também alcançaram os pais e cuidadores, o que oportunizou melhor compreensão da
maneira como as crianças agem, o que faz com que a resposta dada a elas sejam
mais eficientes diante de situações difíceis. Isso possibilitará a construção
de uma base social, emocional e mental da criança mais saudável.
O cérebro tem 100 bilhões de
neurônios, cada um com uma média de 10 mil conexões com outros neurônios, dados
extraídos do livro "O cérebro da criança".
O que molda nosso cérebro é a
experiência. Por esse motivo é muito importante proporcionarmos as crianças
experiências diversificadas. E é importante frisar que mesmo na velhice,
as experiências alteram a estrutura
física do cérebro.
Pesquisas em psicologia do
desenvolvimento sugerem que tudo que acontece conosco – a música que ouvimos,
as pessoas que nos relacionamos, os livros que lemos, as emoções que sentimos –
tem impacto na forma como nosso cérebro se desenvolve.
O lado esquerdo do cérebro é
lógico, literal, linguístico e linear. O lado direito é mais intuitivo, emocional e não-verbal. Resumindo: o esquerdo
enfoca o texto, o direito o contexto.
Crianças muito pequenas têm o
hemisfério direito predominante, nos três primeiros anos de ida. Quando a
criança começa a questionar "porquê?" o tempo todo, é um indício que o cérebro
esquerdo está começando a entrar em ação.
Porquê? Porque nosso cérebro esquerdo gosta de compreender os
relacionamentos causa-efeito lineares do mundo – e de expressar essa lógica com
linguagem.
Enquanto pais e cuidadores, é
importante auxiliar as crianças para a integração do cérebro direito e esquerdo
o que fará com que tenhamos uma cooperação mas rápida e com menos drama da
criança. Além disso, um cérebro integrado resulta em "tomada de decisão
aprimorada, melhor controle do corpo e das emoções, auto compreensão mais
completa, relacionamentos mais fortes e sucesso escolar. Tudo começa com as experiências que os pais e outros cuidadores oferecem, estabelecendo as bases
para a integração e a saúde mental."
*KEITY TEIXEIRA FONSECA VALLIM
-Psicóloga Clínica;
-Especialista em Neuropsicologia pelo CEPSIC-ICHC/FMUSP;
Especialista clínica na abordagem analítica – Unicamp;
Experiência como coordenadora pedagógica, formação de professores e assessoria educacional;
contato: keityteixeirafonseca@yahoo.com.br
Nota do Editor:
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