Bom dia amigos!!
Continuando a alternatividade hoje é dia de meu artigo na seção Opinião. Semana que vem retornaremos com a Opinião de 3ºs.
Sem mais conversas, vamos ao artigo de hoje:
As causas da memória curta do eleitor brasileiro
Advogado e Consultor tributarista.
Instrutor na área de impostos indiretos (ICMS, IPI e ISS) e co- autor do livro Substituição Tributária no ICMS - Editado pela IOB Informações Objetivas Publicações Jurídicas Ltda - 7ª edição
Desde 17.03 aposentado em tempo integral ou quase, rss, vez que só trabalharei quando tiver vontade.
Blogueiro do Blog do Werneck Direito & Política.
Instrutor na área de impostos indiretos (ICMS, IPI e ISS) e co- autor do livro Substituição Tributária no ICMS - Editado pela IOB Informações Objetivas Publicações Jurídicas Ltda - 7ª edição
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Atualmente,curte a vida em Serra Negra/SP .
É conhecida de todos a frase que diz: Brasileiro tem memória curta.
Face os fatos que vem ocorrendo na política há 32 anos somos obrigados a reformular essa frase para: O eleitor brasileiro tem memória curta.
Quem estiver lendo este artigo deve estar pensando: Isso não ocorre há tanto tempo. Quem escreve está enganado.
Não estou enganado, mas posso estar errado. Pode ser que seja há muito mais tempo que o eleitor sofre desse mal conhecido como “memória curta”.
Escrevo me lembrando do escândalo da Paulipetro ocorrido em 1979 na gestão do então Governador eleito pelo Colégio Eleitoral do Estado de São Paulo, Sr. Paulo Maluf (1979-1982), quando este deflagrou projeto de prospecção e extração de jazidas de petróleo e gás na bacia do rio Paraná e, para isso, criou o consórcio Paulipetro, que firmou contrato com a Petrobras.
Apesar de terem sido perfurados 69 poços na bacia, nenhuma jazida viável foi encontrada e, em março de 1980, o advogado Walter do Amaral entrou com ação popular de ato lesivo ao patrimônio público.
A ação pedia que as partes envolvidas nas operações da Paulipetro devolvessem “ao patrimônio público a importância equivalente em cruzeiros a US$ 250 mil, já paga pela Paulipetro à Petrobras a título de aquisição das informações geológicas a respeito da Bacia do Paraná, nos termos das normas regulamentares dos contratos de risco”, conforme diz o processo.
A ação popular foi distribuída na Justiça Federal do Rio de Janeiro, por ser a área onde está a sede da Petrobras e, foi julgada improcedente em primeira e em segunda instâncias.
Em 1997, no entanto, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) acatou recurso da acusação e o processo foi considerado procedente.
A defesa então recorreu dessa decisão no STJ e finalmente pediu recurso final no Supremo Tribunal Federal (STF) e, no início do mês de agosto de 2008 , o SFT finalmente julgou esse recurso extraordinário e o arquivou e, com o arquivamento desse recurso prevaleceu a condenação do STJ.
Com todo esse escândalo rolando na Justiça durante quase 10 anos (1997 -2008) , apesar dele e, de outros em que se envolveu (fuscas para os jogadores do Brasil em 1970 época em que era Prefeito e o superfaturamento na construção do túnel Ayrton Senna quando foi governador de 1993 a 1996) , o Sr. Paulo Maluf vem sendo seguidamente eleito deputado federal em 2006 com 739.827 votos, em 2010 com 497.000 e em 2014 com 250.000, o que vem bem provar que o eleitor tem memória curta.
E, porque tem o eleitor brasileiro essa memória curta ?
Embora as causas possam ser inúmeras, na minha opinião elas se resumem a 3 principais:
1. Falta de educação do eleitor
O grau de analfabetismo da população faz com que ela não se interesse por política, exceto na época de eleições e, dessa forma, ele “esquece” o que o seu candidato fez ou deixou de fazer e só se envolve emocionalmente com o que ocorre na campanha eleitoral. Aí, ele se deixa levar pelo “canto da sereia”, ou seja, se deixa convencer por aquele que por ter mais lábia o faz acreditar que seus problemas serão resolvidos.
2. Baixo poder aquisitivo do eleitor/educação do eleitor X Voto de Cabresto
O poder aquisitivo aliado a falta de educação do eleitor influencia o mesmo nas suas escolhas na medida em que ele fica suscetível ao denominado “voto de cabresto”, ou seja, ao voto ditado pelo “coronel” dono da cidade . Isso ocorre nas regiões mais pobres do Brasil.
3. Promessas de concessão de benefícios sociais ou de sua retirada
Isso ocorreu nas últimas eleições quando as promessas de concessão ,de “bolsas família”, Bolsa dentaduras” e outras , bem como a ameaça de retirada destes fizeram que inúmeros votos fossem direcionados para a candidata da situação.
Enquanto existirem essas causas , principalmente a falta de educação não teremos eleitores politizados que saibam escolher com a razão e não com o estomago ou com o coração.
Brasileiros, com todos os escândalos sendo tema das rodinhas de amigos e familiares, temos a chance de começar a mudar nossa postura como Cidadão e Eleitor já na Eleição de 2016 (Prefeito e Vereador) levantando a Ficha Corrida de cada candidato e votando bem!!
Vamos mudar a frase para: Eleitor brasileiro tem muito boa memória!!
Muito bom. Somos assim por absoluta falta de cultura política. Votar nos candidatos por interesses próprios, desde o ganho de um saco de cimento ou o bolsa familia é consequencia também da falta de educação. É POSSIVEL que nos tempos de hoje com tanta divulgação nas redes sociais possamos mudar esta mentalidade.
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