Ainda quando estudante universitário, jamais passara por minha cabeça que um dia me tornaria um advogado criminalista, face a minha, até então, maior intimidade com o Direito Civil e suas correlações.
Todavia, pus me aos prantos quando descobri que tudo que aprendi na faculdade não era nada mais do que contos de fadas, já que a realidade prática é muita mais tenebrosa.
Sim, ao me deparar com a enormidade do “jus puniendi” estatal, muitas vezes desleal e sem qualquer tipo de respeito aos Direitos Humanos, especialmente em face dos menos abastados, nasceu em mim uma coragem até então adormecida. Não seria e jamais serei conivente com qualquer tipo de desrespeito aos direitos e liberdade individuais.
Dali em diante a advocacia criminal me imantou. É como se eu tivesse nascido novamente, pois, apesar de incompreendida, ela é, dentre as diversas áreas de atuação de um advogado, a mais nobre.
O advogado criminalista não está ali defendendo apenas os direitos de seus clientes, mas o de todos, já que o injustiçado de amanhã poderá ser qualquer um de nós. Defendemos os direitos de terceiros como se fossem os nossos.
Sempre declaro que me fui convocado a defender o réu, nunca o crime, porquanto todo e qualquer ilícito penal deve ser repreendido, e aquele que o pratica, deve ser condenando, desde que, evidentemente, lhe sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa como fim de evitarmos que a lei seja maculada pelo Estado e assim tenhamos um inocente condenado. Mesmo nos casos perdidos, quando há condenação, buscamos que seja feita justiça e nunca vingança.
Prisões conheço aos montes. Truculência policial para mim é mato. Já fui preso, injuriado e caluniado, mas nem isso me fez esmorecer, especialmente quando estou advogado, afinal, ainda não nasceu policial militar, delegado, promotor e juiz que possam me intimidar. Antes de tudo, me faço respeitar.
O aprendizado é diário. Reflexões costumeiras. O crescimento humanístico gigantesco. Busco sempre a verdade real, para que a consciência não seja açodada pelo badalo do erro, dado que é preferível absolver mil culpados do que condenar um inocente.
Críticas são normais, já que muitos não entendem e põem-se a dizer: como podes defender um bandido? Sempre retruco dizendo que, antes de qualquer epiteto que lhe seja dado, ele é um ser humano, e como tal deve ser respeitado e seus direitos protegidos, uma vez que ao defender os direito dele, indiretamente estarei defendendo o seu.
ISTO É A ADVOCACIA CRIMINALISTA, e me orgulho dela.
Por TADEU JOSÉ DE SÁ NASCIMENTO JÚNIOR
Por TADEU JOSÉ DE SÁ NASCIMENTO JÚNIOR
-Advogado e escritor;
-Especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil;
-Estudioso em Direito Penal e Processual Penal e
- Autor de artigos jurídicos publicados em sites especializados
E-mail: tadeusajunior@gmail.com
Twitter:@tadeusajunior
Mora em Pinheiros-ES
Sem dúvida, atuar no Direito Penal como Advogado Criminalista em BH foi a melhor decisão da minha vida.
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