segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

A Saúde do Idoso no Processo de Reabilitação da Terapia Ocupacional


Pesquisas indicam que a população brasileira com mais de 60 anos poderá ser responsável por aproximadamente 15% da população brasileira em 2025. A queda da mortalidade faz com que os idosos “dependentes” vivam por mais tempo, necessitando assim, de mais assistência ao longo dos tempos.

A hospitalização é seguida por uma diminuição da capacidade funcional e mudanças na qualidade de vida, muitas vezes irreversíveis. Muitos idosos vivem com independência na comunidade e podem subitamente se tornar dependentes ao precisarem internar-se.

O sujeito doente inicia um processo de ruptura com a vida, vivencia o desconforto da doença, é dominado pela dor, passa a sentir que sua vida está em jogo, que depende do socorro esterno para tê-lo de volta em domicilio. As condições crônicas tendem a se manifestar na expressividade. Tais condições tendem comprometer de forma significativa a qualidade de vida, afetando a funcionalidade dos idosos e, consequentemente, o desempenho das atividades de vida diária (AVD’s) - rotina do cotidiano (alimentar-se, vestir, higiene pessoais, entre outros) e nas atividades instrumentais de vida diária (AIVD’s) - rotina do fazer complexo (atender o telefone, anotações, lavar objetos, arrumar a cama , entre outros), são tarefas de cuidados pessoais, mobilidade funcional, comunicação funcional, que permitem a um individuo atingir a independência pessoal. A perda de suas capacidades das necessidades pessoais provoca perda da autoestima e profundo senso da dependência e as instrumentais indica a capacidade do individuo de levar uma vida independente dentro de sua comunidade.

 A reabilitação terapêutica ocupacional consiste em estimular no desempenho funcional, que pode ser mesurado pelo desempenho nas atividades motoras, capacidade de comunicação e outros aspectos cognitivos, além de medir o grau de solicitação de cuidados de terceiros que o paciente exige para realização de tarefas motoras e cognitivas. O método avaliativo – Medida de Independência Funcional (MIF) verifica o desempenho do individuo para a realização de um conjunto de 18 tarefas, dividindo-se em 2 domínios: motora ( autocuidado, controle de esfíncter , transferência , locomoção); cognitiva (atenção, sequenciamento, raciocínio lógico, execução de tarefas complexas e simples) e o social. São pontuados em escala de graus de dependência e independência.

No tratamento em Terapia Ocupacional é essencial levar o idoso ao restabelecimento funcional máximo, manter suas funções corporais e melhorar as funções de seus músculos e de suas articulações, com o objetivo de fazê-lo alcançar grau máximo de independência.

POR ANNA SUELY DAMASCENO FERREIRA








Terapeuta Ocupacional, graduada na Universidade Potiguar - RN. Ano de conclusão 2009; 
-Especialização em Saúde da Família (Pós-Graduação Latu Sensu - Imbrad / RN), Junho / 2010 - Dez / 2011;
-Amplo conhecimento em reabilitação física e neurológica;
-Atendimento terapêutico Ocupacional em idosos e adultos na área de reabilitação física e neurológica em clínicas particulares e instituição geriátrica; 
-Realização de visita domiciliar e elaboração de adaptação de recurso terapêutico ocupacional além de relatórios e orientações de atendimento terapêutico com a família;
-Atendimento voluntário em pacientes com câncer, realização de avaliação e oficina Terapêutica Ocupacional; e
-Experiência na saúde Publica - Caps I. (Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil) – realização de atendimentos individuais, em crianças com transtorno mentais graves e oficinas terapêuticas.


Nota do Editor:
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