sábado, 14 de janeiro de 2017

O Desafio de Superar o Passado e Educar para o Futuro


É do conhecimento de todos (especialistas e leigos) que a educação é a principal ferramenta de desenvolvimento econômico de um país. Não faltam exemplos de como a educação alavancou a economia de países destruídos por guerras ou catástrofes naturais. O exemplo mais clássico é o do Japão , derrotado na Segunda Guerra Mundial e com duas cidades totalmente destruídas por bombas atômicas. 

A implantação de um ensino pragmático , voltado para as necessidades materiais do país, conjugado com investimentos em infraestrutura e recursos humanos fez o Japão saltar de um estágio de dependência material e intelectual para o patamar de produtor e exportador de tecnologia.

No Brasil, a discussão sobre a importância da educação atravessa nossa história. Professores, pedagogos , filósofos e até políticos tem tratado do assunto com graus diferentes de interesse. O foco também tem variado ao sabor da conjuntura e da orientação ideológica de quem está no poder.

Mais importante que a análise das teorias e práticas adotadas, no decorrer do tempo, é a verificação dos resultados obtidos em nosso sistema educacional.

No artigo "8 medidas para melhorar a educação no Brasil sem aumentar os gastos públicos" , publicado no site do Instituto Liberal e assinado por Adolfo Sachsida, são elencados alguns problemas antigos:
" De cada 10 estudantes que concluem o ensino fundamental, 7 não têm o nível adequado de português, e 8 não tem o nível esperado de matemática. Aproximadamente 50% deles não sabem localizar o Brasil no mapa mundi. Espantosos 30% deles são incapazes de compreender uma frase simples, o que nos dá uma noção do tamanho do analfabetismo funcional que assola nosso país.
No ensino superior, o resultado não é diferente: percentual expressivo de alunos são incapazes de escrever e elaborar frases concatenadas que façam sentido, e que expressem o desenvolvimento de um raciocínio minimamente compreensível.
Qualquer pessoa civilizada se espanta com as estatísticas acima. Para qualquer pessoa civilizada os dados apresentados sugerem a necessidade de uma mudança urgente em nosso sistema educacional." (Adolfo Sachsida)
A análise das estatísticas revela um quadro de falência generalizada da educação no Brasil. Do Ensino Fundamental ao Superior, passando pelo Médio, não temos formado cidadãos aptos à contribuir com o desenvolvimento do país. E a culpa, obviamente, não é dos estudantes ou da maioria dos professores.

Nos últimos anos , sob a influência do Lulopetismo, as políticas educacionais foram direcionadas para a expansão da oferta de vagas e de escolas , sem qualquer preocupação em reavaliar a qualidade e a funcionalidade do que é ensinado.

O aumento das verbas destinadas à educação tem contemplado apenas os aspectos materiais do sistema, relativizando e até subestimando a educação enquanto filosofia.

Em outros artigos tratei dos efeitos nefastos da partidarização das escolas sob a influência do gramscismo. Herança dos 13 anos de tutela petista , psolista e comunista sobre professores e alunos. 

O grau de alienação entre os estudantes militantes é tão acentuado que rejeitaram a Reforma do Ensino Médio, do governo Temer, que contempla antigas reivindicações de alunos e professores. Rejeição que combina ignorância com oposicionismo pragmático.

Fica claro que para a esquerda bolivariana a educação deve ser um instrumento de dominação ideológica. Este modelo cria militantes para uma causa política e não cientistas , técnicos e profissionais liberais para dar suporte ao desenvolvimento do país.

Isso explica em parte o "atoleiro"em que a educação brasileira se encontra. Outros fatores , porém, são anteriores a influência esquerdista e dizem respeito a falta de interesse das oligarquias em dar ao país uma educação de qualidade. 

Voltando ao artigo assinado por Adolfo Sachsida, no site do Instituto Liberal, gostaria de citar algumas medidas propostas pelo autor para melhorar a educação Básica. Algumas medidas já foram discutidas exaustivamente por especialistas, mas não foram implementadas na sua plenitude pelos governos, a nível federal, estadual e municipal.

Objetivamente as medidas propostas são quatro:

1) Aumentar a concentração da carga horária em disciplinas básicas;
2) Combater a doutrinação ideológica nas escolas;
3) Aumentar a segurança nas escolas; e
4) Reduzir as faltas na rede pública e remunerar progressivamente os professores que cumpram metas de produtividade.

O debate sobre como melhorar o nível da educação no Brasil está longe de se esgotar. 

Alguns estudos, com efeito, permitem vislumbrar saídas possíveis para a crise. Neste sentido cabe festejar a MP 746/2016 que reforma o Ensino Médio, dando a este segmento uma funcionalidade que nunca teve. Talvez por isso a MP tenha sido tão criticada pela esquerda bolivariana, através de estudantes que não estudam e pensadores que não pensam além do seu umbigo ideológico..

POR OMAR FERNANDES









- Licenciado e bacharel em história;
-Graduado pela Universidade Gama Filho/RJ; e
- Atuou como professor na rede pública e privada da cidade do Rio de Janeiro.
 - Twitter:@omarbrasilrj

Nota do Editor:

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2 comentários:

  1. Omar concordo e assino junto,você descreveu exatamente a ineficiência do nosso sistema educacional.O pior é ver que todos criticam mas não deixam mudar nada e perpetuam nossa incompetência.Parabens.

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