Autor: Fábio Ribeiro(*)
Muitos fatores podem afetar o desenvolvimento de um país: corrupção generalizada, intervencionismo estatal na economia, irresponsabilidade fiscal, centralização de poder, agigantamento do estado, falta de infraestrutura básica de transporte e saneamento, apadrinhamento e loteamento de cargos públicos, patrimonialismo, entre outras mazelas já conhecidas. No entanto, pode ser atribuído à má qualidade da educação a origem de todos os males. Por muito tempo, a educação não foi tratada com a atenção devida no Brasil.
Em 2018 a secretaria do tesouro nacional divulgou um relatório intitulado “aspectos fiscais da educação no Brasil” que mostra que o Brasil gasta 6% de seu PIB em educação pública. Esse investimento é comparado ao realizado em países desenvolvidos e acima da média obtida por um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que é de 5,5%. Todavia, ocupamos as últimas posições em rankings internacionais de educação.
Estamos fazendo algo de errado. A má gestão pública de recursos aliada aos métodos de ensino utilizados atualmente não tem obtido sucesso. A educação básica deveria ser prioridade. Precisamos enxergar nossos alunos como protagonistas de um futuro brilhante a ser trilhado com afinco e não como vítimas de uma sociedade desigual. Devemos incentiva-los a buscar seus objetivos.
As consequências são vistas diariamente: empresas e órgãos públicos mal administrados, baixa inovação, analfabetismo funcional, desemprego, insegurança pública, sistema de saúde pública em colapso, etc. O efeito cascata gera um círculo vicioso que tende a potencializar os problemas.
Nesse sentido, a boa qualidade na formação dos professores é fundamental.
Um país que não prioriza a educação é fadado ao fracasso. O descaso nos custa caro. Necessitamos de bons engenheiros, excelentes administradores, médicos dedicados, professores preparados e preocupados com a formação dos alunos, incentivar o empreendedorismo e a inovação desde a tenra idade.
Precisamos de uma ‘disrupção’ na educação no Brasil. Fazer sempre a mesma coisa não trará resultados diferentes. Precisamos mudar o prisma pelo qual enxergamos os caminhos a serem trilhados. Devemos deixar paixões, ideologias e devaneios de lado para enfrentar o mundo real.
Ao invés de buscar construir uma sociedade perfeita e utópica, devemos nos apegar ao que é factível, considerar as lições aprendidas através dos tempos e com prudência, mas de forma continua e persistente, mudar a realidade.
*FÁBIO RIBEIRO
-Especialista em Engenharia de Software
-Fundador do Movimento Loucos pela Pátria
-Twitter: @Fabioacr e @Protest_A
-Fundador do Movimento Loucos pela Pátria
-Twitter: @Fabioacr e @Protest_A
Nota do Editor:
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Caríssimo,sou deveras um critico contumaz da educação brasileira, penso que ela se tornou uma farsa, professores fingem que ensinam, alunos fingem que aprendem, e os políticos, bem, os políticos se divertem.
ResponderExcluirParabéns! Gostei muito do seu discernimento. O Brasil precisa de jovens como vc que se preocupem em melhorar o país.
ResponderExcluirParabéns! Gostei muito do seu discernimento. O Brasil precisa de jovens como vc que se preocupem em melhorar o país.
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