Autor: Alberto Romano Schiesari(*)
Imagine que você está na Terra do Nunca. É onde nunca as coisas certas vão vencer, nunca o bem vencerá o mal, nunca a "verdade verdadeira" dos fatos poderá ser revelada, nunca se viu tanta pilantragem como nesse momento em que você olha à sua volta.
O que você vê?
Do lado esquerdo: raposas do mal dizendo-se coelhinhos. Do lado direito: mais raposas fingindo serem coelhinhos. O mal disfarçado de bem. Em baixo, sendo pisados pelas raposas, há coelhos inocentes e ingênuos que são apenas objetos da volúpia das raposas. É o bem sendo massacrado pelo mal.
Há décadas se escuta o mantra "A Terra do Nunca é o país do futuro", provavelmente criado por raposas especialistas em marketing. A grande esperteza dessa frase é que ela mata dois coelhos com uma única cajadada.
O primeiro coelho é a criatura ingênua que acredita que "o país do futuro" significa "o país que no futuro será melhor, mais desenvolvido, menos corrupto, com uma justiça justa de verdade, onde a justiça injusta não tem vez. E, obviamente, com mais cenouras, a preços acessíveis, para todos os coelhos se fartarem".
Nem passa pela cabeça dos coelhos ingênuos que a interpretação correta da frase é "o país do futuro medíocre, da continuidade e aprofundamento da desigualdade entre os pobres coelhos e as ricas raposas (não existem raposas pobres), do futuro pior do que o presente e o passado, da educação servil às safadezas raposais".
O segundo coelho é aquele que recebe a mensagem subliminar de que algo está sendo feito para que o futuro dos coelhos seja melhor, e ainda acredita piamente nessa mentira esfarrapada. Isso é algo muito distante da realidade. O que de fato está sendo feito pelas raposas é uma ampla ação orquestrada por raposas pilantras, cujo objetivo único é estabelecer fundações sólidas, capazes de sustentar um sistema que apenas as favorece.
Benesses financeiras, jurídicas, de poder, e de controle de orçamento são distribuidas a uma minoria de raposas privilegiadas, poucas das quais têm as condições mínimas necessárias para exercer as funções e cargos que lhes são confiados.
São raposas cuja única função é amealhar beneficios para si próprias e para a raposada, às custas da exploração de coelhos servis, idiotizados. É um processo harmônico, em âmbito mundial: se assim não fosse, por qual razão uma raposa que finge ser do bem iria publicamente defender raposas do mal?
Isso tudo é um projeto coordenado por raposas de elevado QI, para as quais vale tudo para atingir seus maléficos objetivos. Elas são capazes de iludir coelhos tal qual efeitos especiais iludem espectadores nos cinemas e na TV.
É de amplo conhecimento o fato de que nos regimes raposo-ditatoriais a escolha das raposas que devem chefiar coelhos é baseada apenas no nível de aderência que as candidatas mostram ao projeto de poder das raposas que são as poderosas chefonas.
Além dos coelhos ingênuos há, sim, coelhos que conhecem a verdade dos fatos, pronunciam-se sobre isso, e também são valentes e determinados. Preocupam-se em denunciar e brecar os movimentos das raposas. Mas tais coelhos têm sua reputação vilipendiada com deslavadas mentiras raposais. Eles são castrados, destituidos de seus legítimos direitos, pressionados a calar a boca, ameaçados de prisão e morte. É o método da castração e extermínio sem razão, sem dó nem piedade, fartamente usado pelas raposadas hitleristas, stalinistas, putinistas, maduristas, castristas, e assim por diante.
As raposas constituem, isso sim, uma agremiação de pilantragem.
Qualquer que seja o lado em que você vê uma raposa, à direita ou à esquerda, elas têm muita coisa em comum, um
lugar comum que as faz farinhas do mesmo saco.
Uma delas certamente é o esmero em lamber as partes baixas das raposas-líderes acima citadas. Por falar nisso, é impossível, neste momento, deixar de comentar uma notícia bem fresquinha. Merece “menção honrosa” a podre e recente manifestação da líder máxima das raposas católicas, a qual engrossou a fila dos adoradores da raposa-mor russa, uma notória vigarista, viciada em assassinar quem ousa se opor a ela.
Mas, voltando às raposas da Terra do Nunca,, temos que nos render à sua pontualidade. De forma a não perder a hora, há aquelas do lado direito que adoram usar Rolex, e sabem direitinho o preço desse hábito. Tanto que, coitadinhas, tentam vender tal produto nas lojas de penhor dos EUA para, talvez, terem o que comer.
De forma similar, há raposas do lado esquerdo que adoram ver a hora no Patek Phillippe que adorna seus pulsos, presenteado por não sei quem, oferecido sabe-se lá sob quais pretextos, mas avaliado sabe-se exatamente por quanto.
Outra característica comum às raposas, sejam elas do lado esquerdo ou direito, é o empenho, o prazer e a alegria de observar sua prole se tornar bem sucedida como raposas empreendedoras. Pequenos negócios que, nas mãos dos mais sábios coelhos, seriam fadados a se enquadrar como micro-empresas, se dirigidos por descendentes de raposas tornam-se nascedouro de grandes fortunas. É a mágica contabilidade raposal...
Quer mais smelhanças entre as raposas do lado direito e do lado esquerdo? Elas fingem ser defensoras dos coelhos pobres e oprimidos, mas todas são extremamente ricas. Vivem na opulência, gastam fortunas com raposas advogadas para se livrarem das ilegalidades que cometem. Gastam dinheiro grosso também com pernoites em tocas de alto luxo quando viajam a serviço. E quem paga isso tudo? Os coelhos...
Citemos mais outros denominadores comuns entre as raposas de ambos os lados.
A soberba é o primeiro que deve ser lembrado. Sempre falam com uivo grosso aos coelhos, principalmente com os insurgentes. É a forma de dizer: "Aqui quem manda sou eu" ou "Aqui eu faço o que quero, não importa a lei. Se eu precisar e se eu quiser eu mudo a lei, eu pago para que ela seja mudada ".
As raposas que detêm o poder também engrossam as cordas vocais ao falar com algumas outras raposas. Mas, nesse caso, debaixo dos lençois todas elas se abraçam e conversam amigavelmente. Nem abordam a questão de serem de um lado ou de outro. Entre um uísque 30 anos e outro, acertam os rasgos temporários de sua relação, serzindo-os com emendas inimagináveis e polpudas.
Ao final das contas tudo é apenas uma encenação para justificar acordos repugnantes, que prolongam a continuidade do poder máximo às raposas da vez, e certos privilégios indizíveis para as raposas que nem se importam muito com o poder máximo, visto que conseguem se beneficiar independentemente de quais raposas sejam as chefonas. São hermafroditas das ideologias, raposas que ora correm para a esquerda, ora estão comodamente alojadas ao lado direito. A escória da raposada.
Todas as raposas se dizem cumpridoras da lei. mas quando elas mesmas têm que enfrentar a justiça justa, elas se borram de tanto medo. C omo consequência, vão bater nas portas da justiça injusta, e assim se livram de qualquer mal...
Para as raposas, vencer os coelhos bons e de coragem não basta, é preciso F**** com eles. De forma cruel, violenta, desleporídica. Para humilhá-los, espalhar o medo e calar a boca dos coelhos corajosos que ousam discordar delas. Para desencorajar as oponentes a se manifestar.
As raposas se travestem de diversas formas e agem seguindo diversas técnicas, consagradas e refinadas por várias gerações de raposas.
Elas se travestem de inocentes cordeirinhos, fingem que são como os coelhinhos, qualificam-se como animaizinhos inofensivos e democratas.]
Elas se fantasiam de criaturas honestas, não importa a obviedade de seus atos desonestos, como por exemplo o exercício ilegal da medicina.
Elas mentem deslavadamente, caçoando da inteligência dos coelhos. Tem até aquela que admite em público que mente, pois sabe ser impune.
Elas brindam e festejam vitórias contra os coelhos, obtidas com o demérito de terem sido compradas, pois se assim não fosse nunca teriam sido conquistadas.
Elas são fúteis, gostam de joias e objetos de valor, que surrupiam do patrimônio público coelhal.
Ladram, mas na hora H dão um jeito de fazer com que qualquer punição recaia sobre suas raposas camaradas e idiotas.
E assim a vida segue, raposas explorando coelhos. Estes, em infantil ingenuidade, vivem com a falsa esperança de que seus filhos viverão melhor, quando, na verdade, a vida deles certamente será muito pior, enquanto o domínio das raposas continue firme e forte.
E aqui, no final, vai o spoiler: as futuras gerações de coelhos serão cada vez mais desinformadas, informadas apenas com mentiras, criadas sobre falsas bases de conhecimento. Os coelhos ingênuos do bem terão como única finalidade servir as vitoriosas raposas do mal.
Haverá um momento em que talvez nenhum coelho saberá nada sobre como foi, de fato, o passado, este trágico presente que estamos vivendo. Será um tempo onde só haverá coelhos idiotizados, que viverão sob o domínio das raposas.
Esse tempo está muito mais perto do que sonham as vãs consciências dos inocentes coelhos. Hoje em dia a coisa já é parcialmente assim. Muito em breve quase todos os coelhos da Terra estarão dominados. A esperança é que antes disso haja algum fenômeno da natureza que destrua todas as raposas e os coelhos idiotizados. Que sobrem apenas os poucos coelhos que hoje combatem a dominação das raposas. Assim pode haver esperança.
E aqui uma dica aos coelhos cientistas e aos coelhos ingênuos: as raposas são seres vivos resultantes de uma putrefata involução dos seres humanos. Pesquisem nessa linha, reflitam sobre essa assertiva, e lhes serão reveladas coisas inimagináveis sobre a podridão que se instalou nesse ramo das criaturas vivas, a ponto de originar raposas tal qual elas são hoje em dia.
* ALBERTO ROMANO SCHIESARI
-Economista;
-Pós-graduado em Docência do Ensino Superior;
-Especialista em Tecnologia da Informação, Exploração Espacial e Educação STEM;
-Professor universitário por mais de 30 anos;
-Consultor e Palestrante.
Nota do Editor:
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